Enquete

Em que casos e circunstâncias o aborto deveria ser legalizado?

Proibido em todos os casos e circunstâncias
2 (4.8%)
Legalizado em todos os casos independente das circunstâncias
8 (19%)
Legalizado em todos os casos até a 4ª semana de gestação (Período onde geralmente se identifica os primeiros batimentos cardíacos) e após este período a qualquer momento em caso de má-formação do feto (MFF) ou risco de vida para a mãe
4 (9.5%)
Legalizado em todos os casos até a 4ª semana de gestação (Período onde geralmente se identifica os primeiros batimentos cardíacos) e após este período até a 13ª semana em caso de má formação do feto e qualquer momento em caso de  risco de vida para a mãe
1 (2.4%)
Legalizado em todos os casos  até a 5ª semana de gestação (Período onde geralmente é identificado o inicio da atividade do Sistema Nervoso Central) e após este período a qualquer momento em caso de má-formação do feto (MFF) ou risco de vida para a mãe
3 (7.1%)
Legalizado em todos os casos  até a 5ª semana de gestação (Período onde geralmente é identificado o inicio da atividade do Sistema Nervoso Central) e após este período até a 13ª semana em caso de MFF e qualquer momento em caso de risco de vida para a mãe
1 (2.4%)
Legalizado em todos os casos até a 13ª semana de gestação (Período onde o sistema nervoso central do bebê está completo) e após este período a qualquer momento em caso de má-formação do feto ou risco de vida para a mãe
14 (33.3%)
Legalizado em todos os casos até a 13ª semana de gestação (Período onde o sistema nervoso central do bebê está completo) e após este período a qualquer momento em caso de  risco de vida para a mãe
2 (4.8%)
Legalizado  em todos os casos até a 14ª semana de gestação (Período onde o feto está completamente formado, faltando apenas terminar de crescer e desenvolver todos os órgãos e sistemas) após este período em caso de má formação do feto e de risco de vida
2 (4.8%)
Legalizado  em todos os casos até a 14ª semana de gestação (Período onde o feto está completamente formado, faltando apenas terminar de crescer e desenvolver todos os órgãos e sistemas) após este periodo a qualquer momento em caso de risco de vida
1 (2.4%)
Legalizado  em casos de estupro, risco de vida, problemas de saúde, fatores socioeconômicos ou má-formação do feto
0 (0%)
Legalizado  em caso de estupro, risco de vida, problemas de saúde ou má-formação do feto
3 (7.1%)
Legalizado  em caso de estupro, risco de vida ou problemas de saúde
0 (0%)
Legalizado em caso de risco de vida ou problemas de saúde
1 (2.4%)

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Autor Tópico: [Enquete] Legalização do Aborto  (Lida 6090 vezes)

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Offline Skeptikós

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[Enquete] Legalização do Aborto
« Online: 04 de Maio de 2014, 03:36:41 »
Em que casos e circunstâncias o aborto deveria ser legalizado?

Vote na opção acima que melhor represente a sua opinião e deixe um comentário abaixo caso deseje debater a questão com os outros foristas.


Dados sobre a formação do feto segundo o período de Gestação:

1 Direito a Viver - Fernando Alves
2 Tua Saúde - Desenvolvimento do Bebê - Dra. Sheila Sedicias (Ginecologista)
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
"E, não menos que saber, duvidar me agrada."

Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

Offline Skeptikós

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Re:[Enquete] Legalização do Aborto
« Resposta #1 Online: 04 de Maio de 2014, 04:20:25 »
Eu votei na opção 8: Legalizado em todos os casos até a 13ª semana de gestação (Período onde o sistema nervoso central do bebê está completo) e após este período a qualquer momento em caso de  risco de vida para a mãe.

Acredito que antes de o sistema nervoso central estiver completo seria aceitável ainda deixar a escolha de manter ou interromper a gravidez com a própria mãe, e por isso legal. No entanto após este período, só seria aceitável em casos de risco de vida para a mãe.

Sobre possíveis más formações do feto, eu penso que se houve alguma, já deu tempo para a mãe se decidir por interromper ou não a gestação, este é o momento de tomar a decisão. Caso não tenha acontecido até aqui (13 semanas) provavelmente não acontecera no intervalo de 1 semana (entre a 13ª e a 14ª semana de gestação, onde o feto estará completamente formado) e mesmo que aconteça alguma, não seria grave o suficiente para cogitar interromper a gestação, por isso depois do período de 13 semanas eu sou contra a interrupção em casos de má formação do feto.

Abraços!
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Offline Pasteur

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Re:[Enquete] Legalização do Aborto
« Resposta #2 Online: 04 de Maio de 2014, 06:17:10 »
Eu votei na opção 2: Legalizado em todos os casos independente das circunstâncias.

A mulher teria o filho se quisesse. Deveria ser o óbvio, não é? Alguém não deveria gerar algo indesejado. Simples.

Offline Fabrício

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Re:[Enquete] Legalização do Aborto
« Resposta #3 Online: 04 de Maio de 2014, 07:50:41 »
Eu votei na opção 2: Legalizado em todos os casos independente das circunstâncias.

A mulher teria o filho se quisesse. Deveria ser o óbvio, não é? Alguém não deveria gerar algo indesejado. Simples.


Não é assim tão simples, afinal estamos tratando de vidas humanas, que não são tão descartáveis.

Votei na segunda opção, que é um "ponto de corte" aceitável a partir do qual o embrião pode ser considerado um ser humano (aleatório, eu sei, mas na falta de coisa melhor...)
"Deus prefere os ateus"

Offline Pasteur

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Re:[Enquete] Legalização do Aborto
« Resposta #4 Online: 04 de Maio de 2014, 08:13:59 »
Eu votei na opção 2: Legalizado em todos os casos independente das circunstâncias.

A mulher teria o filho se quisesse. Deveria ser o óbvio, não é? Alguém não deveria gerar algo indesejado. Simples.


Não é assim tão simples, afinal estamos tratando de vidas humanas, que não são tão descartáveis.

Votei na segunda opção, que é um "ponto de corte" aceitável a partir do qual o embrião pode ser considerado um ser humano (aleatório, eu sei, mas na falta de coisa melhor...)


Você votou na terceira opção...

Seu ponto de corte está muito radical. Quatro semanas para a pessoa descobrir que está grávida e partir para o aborto é muito pouco. Mas é melhor do que nada.

Offline Fabrício

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Re:[Enquete] Legalização do Aborto
« Resposta #5 Online: 04 de Maio de 2014, 08:17:59 »
Eu votei na opção 2: Legalizado em todos os casos independente das circunstâncias.

A mulher teria o filho se quisesse. Deveria ser o óbvio, não é? Alguém não deveria gerar algo indesejado. Simples.


Não é assim tão simples, afinal estamos tratando de vidas humanas, que não são tão descartáveis.

Votei na segunda opção, que é um "ponto de corte" aceitável a partir do qual o embrião pode ser considerado um ser humano (aleatório, eu sei, mas na falta de coisa melhor...)


Você votou na terceira opção...

Seu ponto de corte está muito radical. Quatro semanas para a pessoa descobrir que está grávida e partir para o aborto é muito pouco. Mas é melhor do que nada.


Na verdade eu fiquei com preguiça de ler todas as opções  :vergonha: :hihi:...

Neste caso eu mudo para a opção até o início da formação do sistema nervoso...
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Offline Skeptikós

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Re:[Enquete] Legalização do Aborto
« Resposta #6 Online: 04 de Maio de 2014, 13:44:23 »
Eu votei na opção 2: Legalizado em todos os casos independente das circunstâncias.

A mulher teria o filho se quisesse. Deveria ser o óbvio, não é? Alguém não deveria gerar algo indesejado. Simples.


Não é assim tão simples, afinal estamos tratando de vidas humanas, que não são tão descartáveis.

Votei na segunda opção, que é um "ponto de corte" aceitável a partir do qual o embrião pode ser considerado um ser humano (aleatório, eu sei, mas na falta de coisa melhor...)
Concordo com o Fábricio, não é assim tão simples, vejamos um exemplo onde a mãe já esta gravida de 6 meses, (O bebê já esta totalmente formado e praticamente desenvolvido) em uma gestação saudável, sendo a grávida de uma família sócio-economicamente estável. Ou seja, é uma gravidez perfeita, saudável, estruturada e etc. e ainda por cima com um tempo de gestação extremamente avançado, onde o feto já pode ser considerado um bebê completo e desenvolvido.

Interromper uma gravidez nestas circunstâncias estáveis e saudáveis, neste período (Com o bebê totalmente formado e desenvolvido) na minha opinião não seria muito diferente de matar uma criança recém-nascida. Principalmente pelo fato de a mãe poder ter tomada uma decisão desta antes de deixar a gestação chegar neste período, onde o feto já se tornara um verdadeiro bebê.

Acho que até a 13ª semana, onde o feto não está completamente formado (Nem o sistema nervoso central esta) seira menos cruel, digamos assim, e 13 semanas seria tempo suficiente para a mãe já ter decidido (3 meses de gestão) se vai desejar continuar ou interromper a gravidez.

Agora, deixar passar deste período, onde o bebê já é praticamente uma pessoa formada, para então do nada decidir interromper a gravidez, seria na minha opinião negligencia do estado e irresponsabilidade da gestante por uma falta de respeito para com a vida do bebê.

Abraços!
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Re:[Enquete] Legalização do Aborto
« Resposta #7 Online: 04 de Maio de 2014, 14:08:09 »
Skeptikós,

e por que uma mulher iria esperar até o sexto mês de gravidez, se ela é bem informada e faz parte de uma família estruturada, estável financeiramente?

Offline João da Ega

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Re:[Enquete] Legalização do Aborto
« Resposta #8 Online: 04 de Maio de 2014, 17:06:46 »
Eu votei na opção 2: Legalizado em todos os casos independente das circunstâncias.

A mulher teria o filho se quisesse. Deveria ser o óbvio, não é? Alguém não deveria gerar algo indesejado. Simples.

Deve ter um limite definido de tempo de gestação - ainda que um tanto arbitrário - após o que o Estado tenha o direito de proibir e criminalizar o aborto. (para usar um metáfora do livro "Pensamento Crítico", não é porque, numa sala iluminada por uma vela, não se saiba exatamente onde termina a luz e começa a escuridão, que não há diferença entre elas. Não é porque é dificil não ser arbitrário em um limite que se possa dizer que não há diferença - que gerem direitos pro nascituro - entre um embrião e um feto de 6 meses. Não sei qual deve ser o prazo limite, mas acho que depois do sexto, sétimo mês não se pode dar o direito de escolha.
"Nunca devemos admitir como causa daquilo que não compreendemos algo que entendemos menos ainda." Marquês de Sade

Offline DDV

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Re:[Enquete] Legalização do Aborto
« Resposta #9 Online: 04 de Maio de 2014, 19:06:43 »
Eu acho curiosa a opinião de quem votou na segunda opção e ao mesmo tempo não apoia o direito ao infanticídio: basta o cara cruzar a vagina*, virou gente!   :biglol:

Seria bom especificarem se o bebê só vira gente quando o último dedo (ou cabeça, se for parto pélvico) passa pela vagina, se quando a metade do corpo sai, se quando a cabeça sai, se quando os ombros se desprendem, etc.


*Ou o miométrio, em caso de cesária.
Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

"O maior vício do capitalismo é a distribuição desigual das benesses. A maior virtude do socialismo é a distribuição igual da miséria." (W. Churchill)

Offline Skeptikós

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Re:[Enquete] Legalização do Aborto
« Resposta #10 Online: 04 de Maio de 2014, 19:32:56 »
Skeptikós,

e por que uma mulher iria esperar até o sexto mês de gravidez, se ela é bem informada e faz parte de uma família estruturada, estável financeiramente?
Por muitos motivos, ate aqueles que possam parecer absurdos para algumas pessoas, como por exemplo o caso da modelo inglesa Josie, que deseja interromper uma gravidez de 18 semanas para poder participar de um reality show. Por isso talvez a necessidade de estipular uma data limite de tempo de gestação até onde o direito de escolha pelo aborto seja totalmente da mulher, sendo a partir desta data limite uma decisão do estado, permitido por exemplo somente em casos extremos, como nos casos onde a vida da mãe esteja em risco por exemplo.


Modelo diz que vai abortar bebê para entrar no ‘Big Brother’ inglês

Texto publicado originalmente em:

20/04/14 10:02 Atualizado em 21/04/14 11:39




Josie Cunningham vai fazer aborto porque desejar ser famosa Foto: Reprodução / Internet

“Eu quero ser famosa/Ser uma grande artista/Gravar comercial/Ser capa de revista” já dizia a música de Kelly Key, e a inglesa Josie Cunningham que fará qualquer coisa para conseguir alcançar o estrelato. Tudo, até mesmo fazer um aborto — ela está grávida de 18 semanas e deve fazer a cirurgia na próxima semana, de acordo com uma matéria do The Mirror.

“Um aborto significa que poderei continuar com minha carreira. Daqui a um ano, eu não terei um bebê. Em vez disso, serei famosa, dirigirei uma Range Rover rosa novinha e comprarei um casa enorme”, contou Cunningham, de 23 anos, que continua fumando e consumindo bebidas alcoólicas durante a gestação.

A jovem não sabe quem é o pai do filho, mas garante que a incerteza nada tem a ver com a decisão. Tudo está relacionado às negociações com a Channel 5 para que ela participasse da versão inglesa do reality “Big Brother”.

“Channel 5 estava me sondando para participar do programa, mas aí descobriram que eu estava grávida e as negociações esfriaram. Foi nessa época que comecei a cogitar o aborto. Depois da operação, voltarei a procurá-los e perguntarei se ainda estão pensando em mim para o reality”, contou ela, que demonstra, sempre que pode, quão importante é para ela ser reconhecida: “Tenho muitas outras ofertas para impulsionar minha carreira, e não vou desistir disso porque estou grávida”.



Josie Cunningham deseja participar da versão inglesa do “Big Brother” Foto: Reprodução / Internet

Um jogador de futebol e um cirurgião, que são apontados por ela como possíveis pais da criança que ela espera, já ofereceram ajuda para criar o bebê. Mas Cunningham está irredutível. Ela afirma que não quer ser conhecida pela polêmica de quem é o pai de seu filho — ela já é mãe de dois meninos: Harley, de 6 anos, e Frankie, de 3.

“Eu sou uma boa mãe, mas isso é algo que eu desejo há muito tempo. Não posso desistir da minha grande chance”, conta ela, que não está lá muito preocupada com a opinião alheia: “As pessoas não vão concordar com minha atitude, eles nunca concordam. Mas eu não ligo. Essa não é a situação ideal, mas eu nunca quis ficar grávida”. A cirurgia de aborto deve custar cerca de R$ 6 mil.

De acordo com a lei na Inglaterra, o aborto pode ser feito até a 24ª semana. Deve ser feita em um hospital ou numa clínica licenciados e dois médicos devem concordar que a operação causará menos dano para a mãe do que continuar com a gravidez.


Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/mundo/modelo-diz-que-vai-abortar-bebe-para-entrar-no-big-brother-ingles-12248676.html#ixzz30mvY55AX
« Última modificação: 04 de Maio de 2014, 19:35:05 por Skeptikós »
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
"E, não menos que saber, duvidar me agrada."

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Offline Geotecton

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Re:[Enquete] Legalização do Aborto
« Resposta #11 Online: 04 de Maio de 2014, 22:02:24 »
Eis um caso conspícuo no qual eu sou totalmente contra o aborto.
Foto USGS

Offline Pasteur

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Re:[Enquete] Legalização do Aborto
« Resposta #12 Online: 04 de Maio de 2014, 22:14:32 »
Eu acho curiosa a opinião de quem votou na segunda opção e ao mesmo tempo não apoia o direito ao infanticídio: basta o cara cruzar a vagina*, virou gente!   :biglol:

Seria bom especificarem se o bebê só vira gente quando o último dedo (ou cabeça, se for parto pélvico) passa pela vagina, se quando a metade do corpo sai, se quando a cabeça sai, se quando os ombros se desprendem, etc.


*Ou o miométrio, em caso de cesária.

Se configura aborto quando há expulsão prematura do embrião ou feto antes dele se tornar viável. Portanto sua resposta está completamente inadequada.

Offline Pasteur

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Re:[Enquete] Legalização do Aborto
« Resposta #13 Online: 04 de Maio de 2014, 22:20:06 »
Skeptikós,

e por que uma mulher iria esperar até o sexto mês de gravidez, se ela é bem informada e faz parte de uma família estruturada, estável financeiramente?
Por muitos motivos, ate aqueles que possam parecer absurdos para algumas pessoas, como por exemplo o caso da modelo inglesa Josie, que deseja interromper uma gravidez de 18 semanas para poder participar de um reality show. Por isso talvez a necessidade de estipular uma data limite de tempo de gestação até onde o direito de escolha pelo aborto seja totalmente da mulher, sendo a partir desta data limite uma decisão do estado, permitido por exemplo somente em casos extremos, como nos casos onde a vida da mãe esteja em risco por exemplo.


Modelo diz que vai abortar bebê para entrar no ‘Big Brother’ inglês


Primeiro que você pegou um exemplo de aborto com motivação fútil, mas mesmo nesse caso ela está amparada na lei.

Segundo que esse exemplo não condiz com aquele seu primeiro exemplo que seria um abortamento de um feto de 6 meses e este caso é de um pouco mais de quatro meses.

Offline Pasteur

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Re:[Enquete] Legalização do Aborto
« Resposta #14 Online: 04 de Maio de 2014, 22:29:05 »
Eis um caso conspícuo no qual eu sou totalmente contra o aborto.

Pois é, todo abortamento é triste e nesse caso é asqueroso pelo motivo apresentado, mas quem deve decidir gerar ou não, é quem vai gerar. Ou seja, pro homem é fácil ser do contra, porque ele está numa posição confortável, sai bimbando a torto e direito e quem leva o peso todo é a mulher.

Offline Geotecton

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Re:[Enquete] Legalização do Aborto
« Resposta #15 Online: 04 de Maio de 2014, 22:31:51 »
Eis um caso conspícuo no qual eu sou totalmente contra o aborto.
Pois é, todo abortamento é triste e nesse caso é asqueroso pelo motivo apresentado, mas quem deve decidir gerar ou não, é quem vai gerar. Ou seja, pro homem é fácil ser do contra, porque ele está numa posição confortável, sai bimbando a torto e direito e quem leva o peso todo é a mulher.

Eu sou favorável à ideia de que a mulher é quem deve ter a 'palavra final'. Mas no caso em tela, a decisão dela é abjeta. Para dizer o mínimo.
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Offline Pasteur

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Re:[Enquete] Legalização do Aborto
« Resposta #16 Online: 04 de Maio de 2014, 22:36:01 »
O Clube Cético está de parabéns. Até agora 100% votaram pela legalização e até o final da enquete imagino que não caia de 80%. Vamos pensar na dura realidade encontrada no dia a dia, milhares de mulheres morrendo todo ano porque a lei as impedem de proceder de modo seguro.

Offline Pasteur

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Re:[Enquete] Legalização do Aborto
« Resposta #17 Online: 04 de Maio de 2014, 22:36:57 »
Eis um caso conspícuo no qual eu sou totalmente contra o aborto.
Pois é, todo abortamento é triste e nesse caso é asqueroso pelo motivo apresentado, mas quem deve decidir gerar ou não, é quem vai gerar. Ou seja, pro homem é fácil ser do contra, porque ele está numa posição confortável, sai bimbando a torto e direito e quem leva o peso todo é a mulher.

Eu sou favorável à ideia de que a mulher é quem deve ter a 'palavra final'. Mas no caso em tela, a decisão dela é abjeta. Para dizer o mínimo.

Você tem toda razão.

Offline Skeptikós

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Re:[Enquete] Legalização do Aborto
« Resposta #18 Online: 04 de Maio de 2014, 22:58:30 »
Skeptikós,

e por que uma mulher iria esperar até o sexto mês de gravidez, se ela é bem informada e faz parte de uma família estruturada, estável financeiramente?
Por muitos motivos, ate aqueles que possam parecer absurdos para algumas pessoas, como por exemplo o caso da modelo inglesa Josie, que deseja interromper uma gravidez de 18 semanas para poder participar de um reality show. Por isso talvez a necessidade de estipular uma data limite de tempo de gestação até onde o direito de escolha pelo aborto seja totalmente da mulher, sendo a partir desta data limite uma decisão do estado, permitido por exemplo somente em casos extremos, como nos casos onde a vida da mãe esteja em risco por exemplo.


Modelo diz que vai abortar bebê para entrar no ‘Big Brother’ inglês


Primeiro que você pegou um exemplo de aborto com motivação fútil
Justamente, você indagou qual seria a motivação para uma mulher com uma gestação saudável (Com boa formação do feto e sem risco de vida algum para mãe), que foi fecundada de forma consentida (não existiu estupro), com uma vida sócio-economicamente estável (modelo e acompanhante de luxo), abortar após um tempo avançado de gestação (18 semanas, sendo que o país onde ela reside permite o aborto por decisão exclusiva da mãe até a 24ª semana (6 meses)). E eu apresentei um motivo, de um exemplo real, e que de tão aparentemente absurdo (devido a repercussão que obteve na mídia, inclusive no país onde ela reside e no qual tal caso de aborto é tido como legal), e que até mesmo por você foi considerado como fútil, e é por isso por exemplo que eu levantei a questão se a decisão deve de fato sempre ser da mulher, independente do caso e das circunstâncias.


Citar
mas mesmo nesse caso ela está amparada na lei.
A questão não é se a decisão de abortar com 18 ou 24 semanas de gestação é ou não amparada pela lei, mas sim se é ou não moralmente aceita por você como uma decisão que deveria ser considerada legal.

Citar
Segundo que esse exemplo não condiz com aquele seu primeiro exemplo que seria um abortamento de um feto de 6 meses e este caso é de um pouco mais de quatro meses.
Em certo ponto sim, pois a legislação do país onde ela reside permite o aborto por decisão exclusiva da mãe até a 24ª semana, ou seja seis meses.

Mais ainda sim, 18 semanas é muita coisa, de acordo com os dados que encontrei em minha pesquisa, ao chegar na 14ª semana de gestação o feto já está totalmente formado. Todos os órgãos, membros, o cérebro e inclusive o sistema nervoso central já estão finalizados, restando apenas crescerem e se desenvolverem mais, ou seja, podemos dizer que já existe uma vida humana ali.

Eis um caso conspícuo no qual eu sou totalmente contra o aborto.

Pois é, todo abortamento é triste e nesse caso é asqueroso pelo motivo apresentado, mas quem deve decidir gerar ou não, é quem vai gerar. Ou seja, pro homem é fácil ser do contra, porque ele está numa posição confortável, sai bimbando a torto e direito e quem leva o peso todo é a mulher.
Mas você não acha que deveria ser estabelecido uma data limite de gestação até onde a decisão seria exclusiva da mãe, onde ao expirar esta data a decisão passa a ser do estado?

Antes que o feto esteja completamente formado, por volta dos 3 meses, caso a mãe possua condições externas e internas suficientes para não correr riscos e etc. Acho eu este um período de tempo suficiente para a mãe se decidir por ter ou não o seu filho, não existindo necessidades de legalizar o aborto em todos os casos por tempo superior a este (13 semanas).

Desta forma também, pelo fato de o feto ainda não ter terminado de se formar (antes de 13 semanas), o aborto se decidido antes deste período limite seria ao meu ver menos cruel, e por isso mais aceitável.

Abraços!
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Offline Skeptikós

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Re:[Enquete] Legalização do Aborto
« Resposta #19 Online: 04 de Maio de 2014, 23:10:10 »
Eis um caso conspícuo no qual eu sou totalmente contra o aborto.
Pois é Geotecton, mais ao votar na opção dois, onde o aborto passa a ser legal em todos os casos independente das circunstâncias, abrimos espaços para casos como este da modelo, que mesmo fecundada de forma consentida, com uma gestação saudável, uma vida sócio-economicamente estável e já com a gestação em período avançado, com o feto totalmente formado, como todos os órgãos, a exemplo do cérebro, incluindo o sistema nervoso central. Opta por abortar, por uma motivação de simplesmente alcançar a fama, deixando implícito que ela considera o reconhecimento de sua imagem na mídia como mais importante do que a vida da criança que ela carrega.

É apenas um exemplo de como a opção dois abre espaços para casos absurdos e sócio-moralmente reprovados, a exemplo da falta de apoio que ela obteve mesmo por parte das pessoas do país onde ela reside, onde apesar disso tal atitude é amparada pela lei.
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Re:[Enquete] Legalização do Aborto
« Resposta #20 Online: 05 de Maio de 2014, 00:18:21 »
Citação de: Skeptikós
...que foi fecundada de forma consentida (não existiu estupro)...


Skeptikós, as mulheres em 99,99% das vezes buscam apenas prazer e não desejam sempre serem fecundadas. Então não é só no estupro que são fecundadas sem consentimento.

Citação de: Skeptikós
...e que até mesmo por você foi considerado como fútil...

Fútil, mas defendo o direito dela de abortar já que ela não deseja ser mãe novamente.

Citação de: Skeptikós
... é ou não moralmente aceita por você ...

É fácil pra nós homens condenar. Se eu fosse mulher não esperaria até 4 meses, mas não a condeno pois ela não quer ser mãe. Só pra deixar claro. O feto de 4 meses pode ter todos os órgãos em avançado estado de desenvolvimento, mas é um feto e não um bebê. Então defendo este direito dela.

Ainda estou esperando um exemplo seu de um aborto de um feto de 6 meses.

Citação de: Skeptikós
... Mas você não acha que deveria ser estabelecido uma data limite de gestação até onde a decisão seria exclusiva da mãe, onde ao expirar esta data a decisão passa a ser do estado?...


Se fosse legalizado o aborto até 13 semanas já resolveria a imensa maioria dos casos. Já seria um enorme avanço. Mas ainda assim haveriam diversos casos onde a mulher se encontraria em apuros.

Só pra deixar claro: minha motivação maior para a total legalização é a minha preocupação com a vida das mulheres que se submetem a tratamentos clandestinos e consequentemente um maior risco de vida. Vamos ser práticos, se o Estado proibir ou não, isso não as impedirão de realizar o aborto.

Agora sendo muito prático, claro, contundente:

Quem é contra a legalização do aborto está contribuindo para milhares de mortes de mulheres todo ano, conscientemente ou não. Então sou a favor da legalização total e irrestrita da prática do aborto, por mais triste que possa ser.

Abraços!

Offline Cientista

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Re:[Enquete] Legalização do Aborto
« Resposta #21 Online: 05 de Maio de 2014, 03:17:18 »
Não sei...   acho que...   ...vou suspender meu juízo a respeito...  ...não dá para responder assim, só com essas alternativas encabrestantes... faltam muitos dados e "variáveis"...

hahahahahahahahaha...

É muito interessante você fazendo campanha de divulgação de uma teoria filosofista ("ceticismo antilógico-ataráxico") e, concomitantemente, provocar tanto a antagonização a ela com todas essas suas "enquetes"... É algum "experimento"? Pergunta aí o que acham da invasão de haitianos. Que tal?


Vamos ver...  um monte de alternativas iguais, a maioria graduada em vieses do que seria "humano/'coisa' pré-humana" com base no desenvolvimento do SNC (como se isso tivesse qualquer real importância -- até que o indivíduo possa assumir a prerrogativa de opinar expressamente sobre si mesmo, só um pré-caráter, uma pre-personalidade estão presentes, não consciência, que só vem a efeito bem depois do parto, e está à mercê das opiniões dos outros já conscientes 'moralmente', opiniões que tornam-se falaciosas tão logo acusarem as outras arbitrariamente de imorais), e nenhuma me serve.

Isso é a concessão de um direito, do que se trata? Então, a pergunta é: em que implicam concessões de direitos? Responda essa pergunta e não precisará mais de alternativas.

De fato, legalizar é pouco. Há casos em que se deveria incentivar e outros em que se deveria obrigar o aborto.

E a questão dos custos, da oneração social pelos(as) que não podem pagar as custas de um procedimento da melhor excelência médica, com a máxima segurança? Pode até ser que (de fato, deve mesmo ser que) o custo de abortar seja menor para a sociedade do que o de tantos casos em que o bebê indesejado pela própria mãe é imposto que nasça.

E a questão do absurdo mesmo que é a própria mãe querer abortar? Como pode alguém querer forçar o bebê, futuro ser consciente, a ter uma mãe assim? Porque seria uma 'coisa de momento' -- ela só não quer ser mãe agora, mas, talvez, depois...? Então, filhos, em suas individualidades, nada significam para tais mulheres, sendo só preenchimentos para caprichos próprios oriundos da natureza de fêmea reprodutora? Se ela for forçada a ter um que não queria agora, vai "amá-lo" tanto quanto outro que terá depois, desejando ter? Qual a diferença?

Quantos fatores mais na 'equação'? O fator mais preponderante que vejo é o que não mencionei ainda aqui: a enorme crescente população mundial a tornar seres humanos médios coisas de bem pouca importância individual e a necessidade de não promover a piora desse quadro.

Offline Sparke

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Re:[Enquete] Legalização do Aborto
« Resposta #22 Online: 05 de Maio de 2014, 06:03:00 »
Eu juro que não consigo compreender que alguém defenda a legalização em qualquer hipótese. Não parece evidente que se está a enfocar a questão somente pelo viés da liberdade da mãe, quando, na verdade, essa é UMA das variáveis? A discussão a respeito do começo da vida interessa sim, pois, caso contrário, o ato de aborto equivale ontologicamente a um homicídio!

Em uma sociedade democrática, o direito da minoria, como o seria de um feto, deve ser respeitado, sendo desinfluente se ainda não há uma consciência perfeitamente formada, até porque, fosse assim, muitas pessoas incapazes, pela mesma razão, poderiam ser livremente objeto de outros seres humanos...

Offline Skeptikós

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Re:[Enquete] Legalização do Aborto
« Resposta #23 Online: 05 de Maio de 2014, 12:44:46 »
Citação de: Skeptikós
...que foi fecundada de forma consentida (não existiu estupro)...


Skeptikós, as mulheres em 99,99% das vezes buscam apenas prazer e não desejam sempre serem fecundadas. Então não é só no estupro que são fecundadas sem consentimento.
Esta certo, mudamos então para foi penetrada com consentimento. O fato de ter sido fecundada sem consentimento pode ser entendido como uma imprudência dos parceiros envolvidos. Não obstante devido ao possível uso de anti-concepcionais, preservativos e demais métodos anti-conceptivos que poderiam ter evitado esta gravidez indesejada.

E Mesmo que com todos os cuidados, a gravidez ocorra, por algum acidente, um prazo limite de 13 semanas colocando já importância relevante a vida do feto, seria ao meu ver tempo suficiente para a mulher tomar noção de que esta gravida e decidir se deseja ou não ter seu filho, passado este período o feto já teria desenvolvido o suficiente para que fosse considerado uma vida humana, tomando como critério a formação completa do feto, incluindo o cérebro e o sistema nervoso central.

Caso não seja levado em consideração a importância da vida do feto em nenhum momento, mas somente o a importância da vida da mãe, a data limite para a interrupção da gravides por decisão arbitrária apenas da mãe talvez deveria ser prorrogada por maior tempo, se estabelecendo no máximo em seis meses, pois de acordo com especialistas1 [1][2], abortar depois deste período poderia ser mais perigoso para a saúde e vida da mãe do que se deixasse a gravidez seguir seu curso normal até o nascimento do bebê, talvez por isso nenhum país mantem uma lei irrestrita de legalização do aborto.

Visando a segurança e saúde da mãe1 [1][2], o tempo maior de gestação até onde o aborto é legalizado em todos os casos independente das circunstância esta limitado a 24 semanas de gestação, ao menos, atualmente eu não tenho conhecimento de nenhum país que mantenha uma lei irrestrita de legalização para o aborto.


Notas:

1 O risco de mortalidade relacionada com o aborto aumenta com a idade gestacional, mas permanece menor do que o do parto até pelo menos 21 semanas de gestação.[1][2] (Wikipédia, Aborto, Risco de um aborto)

[1] Bartlett LA. (April 2004). "Risk factors for legal induced abortion-related mortality in the United States". Obstet Gynecol 103  729–37. DOI:10.1097/01.AOG.0000116260.81570.60. PMID 15051566.

[2]Trupin, Suzanne (27 May 2010). Elective Abortion. eMedicine. Página visitada em 1 June 2010. "At every gestational age, elective abortion is safer for the mother than carrying a pregnancy to term."

Citação de: Skeptikós
...e que até mesmo por você foi considerado como fútil...

Fútil, mas defendo o direito dela de abortar já que ela não deseja ser mãe novamente.
Pressuponho que você então só considera o feto como uma vida humana somente depois que ele tenha nascido, independente de a gravidez já estar em período avançado, como superior a 6 meses por exemplo, né?

Porque permitir o aborto em todos os casos e circunstâncias, incluiria por exemplo a decisão de uma mãe de abortar em período avançado, como seis meses ou mais.

Citação de: Skeptikós
... é ou não moralmente aceita por você ...

É fácil pra nós homens condenar. Se eu fosse mulher não esperaria até 4 meses, mas não a condeno pois ela não quer ser mãe. Só pra deixar claro. O feto de 4 meses pode ter todos os órgãos em avançado estado de desenvolvimento, mas é um feto e não um bebê. Então defendo este direito dela.

Ainda estou esperando um exemplo seu de um aborto de um feto de 6 meses.


Texto publicado em:

Do G1 Piracicaba e Região
02/05/2013 12h02 - Atualizado em 02/05/2013 14h02

Mãe que tentou abortar com 6 meses de gravidez é presa em Piracicaba, SP
Delegado definiu fiança de R$ 4 mil para liberá-la, mas valor não foi pago.
Ela chegou muito abalada à delegacia e apenas chora, dizem funcionários.

A mulher que tentou abortar um bebê com seis meses de gestação na tarde desta quarta-feira (1), em Piracicaba (SP), foi presa na manhã desta quinta-feira (2) após deixar o hospital onde estava internada. Segundo informações da Polícia Civil, o delegado Emerson Marinaldo Gardenal definiu fiança de R$ 4 mil para liberá-la, mas o valor não foi pago durante o plantão policial pela família.


Mulher que tentou abortar bebê recebeu alta e foi
presa em Piracicaba (Foto: Fernanda Zanetti/G1)

Com 29 anos e mãe de uma menina de 9, a mulher tomou remédios abortivos e foi parar no hospital com dores na barriga. O bebê nasceu prematuramente, estava com o cordão umbilical enrolado no pescoço, teve três paradas cardíacas e, mesmo assim, sobreviveu e segue internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal da Santa Casa de Piracicaba.


Equipes do Corpo de Bombeiros e do hospital que salvaram bebê em Piracicaba (Foto: Fernanda Zanetti/G1)

De acordo com o Hospital dos Fornecedores de Cana, onde a mulher estava internada, ela teve alta por volta das 8h30 desta quarta. Em seguida, foi levada por policiais militares para a cela do 1º Distrito Policial e aguarda para ser transferida. Segundo funcionários da delegacia, ela chegou abalada e chora o tempo todo.

Leia mais em: http://g1.globo.com/sp/piracicaba-regiao/noticia/2013/05/mulher-que-tentou-abortar-gestacao-de-seis-meses-e-presa-em-piracicaba.html


Citação de: Skeptikós
... Mas você não acha que deveria ser estabelecido uma data limite de gestação até onde a decisão seria exclusiva da mãe, onde ao expirar esta data a decisão passa a ser do estado?...


Se fosse legalizado o aborto até 13 semanas já resolveria a imensa maioria dos casos. Já seria um enorme avanço. Mas ainda assim haveriam diversos casos onde a mulher se encontraria em apuros.
Me parece que a importância da vida da mãe é a unica levada em consideração por você, ignorando por completo a importância da vida do feto independente do período de gestação, no entanto mesmo levando em conta apenas a importância da vida da mãe, me parece que ainda é necessário a imposição de uma data limite para o aborto por única, livre e arbitrária escolha da mãe, visando a sua própria segurança, segundo as citações presentes nas notas acima.

Pois abortar após  21 ou 24 semanas de gestação seria um procedimento mais arriscado do que o parto de uma gravidez normal, e por isso um motivo relevante para limitar a data limite para um aborto por escolha arbitrária exclusiva da mãe ao menos em em 24 semanas.

Só pra deixar claro: minha motivação maior para a total legalização é a minha preocupação com a vida das mulheres
Mais um motivo para existir restrições, pois se for de fato mais perigoso abortar após 21 semanas de gestação do que ter um filho de parto normal. Restringir a livre decisão da mãe a um tempo limite de gestação, bem como 24 semanas, seria uma decisão tomada pensando na segurança única e exclusiva da mãe. Assim como provavelmente o foi na Inglaterra, ao limitar a decisão exclusiva e livre da mãe ao um prazo limite de 24 semanas de gestação.

Vejo que uma legalização irrestrita traria mais riscos a vida das mulheres gravidas que possam decidir eventualmente por um aborto, do que uma legalização mais liberal, porém ainda com restrições visando a própria segurança da mãe.

Mesmo que a relevância da vida do feto seja totalmente ignorada nestes casos, ainda me parece absurdo aprovar uma legalização irrestrita do aborto, pois esta decisão seria ainda perigosa para a saúde das próprias mulheres.

Abraços!
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
"E, não menos que saber, duvidar me agrada."

Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

Offline Skeptikós

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Re:[Enquete] Legalização do Aborto
« Resposta #24 Online: 05 de Maio de 2014, 13:40:45 »
Não sei...   acho que...   ...vou suspender meu juízo a respeito...  ...não dá para responder assim, só com essas alternativas encabrestantes... faltam muitos dados e "variáveis"...
:histeria:

Aponte os dados e variáveis que você julga como faltantes nas alternativas, quanto mais tumultuado de opiniões diversas, melhor para o debate.

hahahahahahahahaha...

É muito interessante você fazendo campanha de divulgação de uma teoria filosofista ("ceticismo antilógico-ataráxico")
Aqueles tópicos sobre ceticismo criados por mim eram apenas uma descrição do ceticismo como ele realmente é, e não uma descrição de seu conceito deturpado e erroneamente aplicado por "pensadores" modernos, a exemplo de Dawkins e companhia, e como aparentemente defendido e apresentado neste fórum.

 Como explanado nestes tópicos, a postura da maioria dos pensadores modernos que se dizem céticos é em sua grande maioria uma postura pseudo-cética, já que não esta de acordo com a doutrina cética já formalizada e demarcada.

concomitantemente, provocar tanto a antagonização a ela com todas essas suas "enquetes"... É algum "experimento"?
Enquetes servem para mapear a opinião do público. E os dados podem servirem para vários objetivos, o meu é simplesmente a curiosidade e o interesse em motivar um debate.

Vamos ver...  um monte de alternativas iguais, a maioria graduada em vieses do que seria "humano/'coisa' pré-humana" com base no desenvolvimento do SNC
Não só o sistema nervoso central, o batimento cardíaco e  a formação completa do feto também foram tomadas como períodos relevantes da gestação.

No decorrer do debate que aqui se seguiu, me pareceu que uma alternativa com um período de relevância importância no que cabe a importância da vida da mãe que me parece ter faltado foi a de 21 ou 24 semanas de gestação, onde o aborto neste período oferece risco de vida para mãe superior em comparação a de um parto normal em uma gestação que seguiu seu curso natural.

(como se isso tivesse qualquer real importância
Vale como possível critério de definição de onde começa a vida, e são geralmente os períodos demarcados por mim nas alternativas os geralmente defendidos por pessoas que são contra o aborto ou que são a favor do aborto com restrições que levem em consideração a importância da vida do feto.

até que o indivíduo possa assumir a prerrogativa de opinar expressamente sobre si mesmo
Este poderia ser um critério, mas de acordo com minhas fontes o bebê só toma consciência de si mesmo (Não pode ainda opinar, somente tem consciência) depois de 5 meses de nascido, ou seja, se este fosse o critério estabelecido, matar um bebê com menos de 5 meses de nascido e abortar um feto de 6 meses ou mais não seria diferente no que se configura como crime de assassinato de uma vida humana, pois neste caso nenhum dos casos estaria em causa o fim de uma vida humana, já que em nenhum dos casos, os seres mortos envolvidos possuíam ainda a capacidade de tomar consciência de si mesmos.

Sobre poder opinar, ai a coisa se complicaria ainda mais, o tempo seria ainda superior, logo este critério não me parece capaz de suscitar aceitação pública de nenhuma forma, e por isso não vale a pena ser levantada aqui como uma alternativa.


só um pré-caráter, uma pre-personalidade estão presentes, não consciência, que só vem a efeito bem depois do parto, e está à mercê das opiniões dos outros já conscientes 'moralmente', opiniões que tornam-se falaciosas tão logo acusarem as outras arbitrariamente de imorais), e nenhuma me serve.
Mesmo tratando as leis morais como meras convenções sociais, ao invés uma moral a priori, é importante mesmo para o cético, como para o sofista, saber lidar e conviver com elas, pois de forma prática, a boa convivência em sociedade e com suas leis é prerrogativa para uma vida comum sem pertubações. Logo, mesmo que você não tome como certa nenhuma das alternativas, você pode tomar como razoável uma delas, visando a sua boa convivência em sociedade.

Isso é a concessão de um direito, do que se trata? Então, a pergunta é: em que implicam concessões de direitos? Responda essa pergunta e não precisará mais de alternativas.
Se trata de uma concessão de um direito muito especifico, que esta em jogo a vida de dois seres, o da mãe e a do feto, além claro dos interesses de outras pessoas envolvidas, como o do futuro pai do bebê, que também, é a parte envolvida no caso. Fora as opiniões das demais pessoas constituintes da sociedade, que dentro de um estado democrático tem voz ativa sobre uma decisão como essa.

Logo, a resposta e a pergunta pode não ser tão simples como proposto por você.

De fato, legalizar é pouco. Há casos em que se deveria incentivar e outros em que se deveria obrigar o aborto.
Cite alguns exemplos.

E a questão dos custos, da oneração social pelos(as) que não podem pagar as custas de um procedimento da melhor excelência médica, com a máxima segurança? Pode até ser que (de fato, deve mesmo ser que) o custo de abortar seja menor para a sociedade do que o de tantos casos em que o bebê indesejado pela própria mãe é imposto que nasça.
Ai novamente se ignora a importância da vida humana, neste caso, do feto futuro bebê, e pensa somente de forma unilateral, desta vez nos lucros e gastos do estado.

Sera que é assim mesmo que devemos pensar, de forma utilitarista apenas?


E a questão do absurdo mesmo que é a própria mãe querer abortar? Como pode alguém querer forçar o bebê, futuro ser consciente, a ter uma mãe assim?
Porque não deixar a opinião para a criança quando ela tiver capacidade de opinar?

Porque não se faz uma pesquisa de opinião, com crianças que eram pra terem sido abortadas, mais não foram, qual sera a opinião delas hoje, seria melhor não ter nem nascido, ou elas são gratas por leis terem dificultado que elas fossem impedidas de nascer, e graças a essas eis hoje elas não podem desfrutar dos prazeres de viver.

Talvez os resultados da pesquisa apontem para uma conclusão que te satisfaça, eu não me surpreenderia caso a maioria dessas crianças não abortadas respondessem que são gratas por viverem a vida.

Além disso, porque deixar a decisão de por fim a vida de um feto apenas com a mãe, sendo que existem mais do que a vida dela em jogo, mais a do próprio feto. E mais do que os interesses dela em jogo, bem como os do próprio futuro pai da criança, e os da própria criança, depois de nascida e desenvolvida sua capacidade racional de opinar sobre o assunto?

Por isso a questão se parece mais complicada do que a forma como ela fora apresentada por você.

com a Porque seria uma 'coisa de momento' -- ela só não quer ser mãe agora, mas, talvez, depois...? Então, filhos, em suas individualidades, nada significam para tais mulheres, sendo só preenchimentos para caprichos próprios oriundos da natureza de fêmea reprodutora? Se ela for forçada a ter um que não queria agora, vai "amá-lo" tanto quanto outro que terá depois, desejando ter? Qual a diferença?
A diferença é levar em consideração não só os interesses da mulher, mais por exemplo, os do paí, e o próprio direito a vida do bebê, e futuramente os seus próprios interesses em poder ter vivido a vida.

Quantos fatores mais na 'equação'? O fator mais preponderante que vejo é o que não mencionei ainda aqui: a enorme crescente população mundial a tornar seres humanos médios coisas de bem pouca importância individual e a necessidade de não promover a piora desse quadro.
Uma política de educação é ao meu ver uma postura mais aceitável socialmente, não geraria polêmica por parte do debate entre a população a favor e contra o aborto, e que economizaria também em gastos para o estado, pois seria muito mais barato gastar com métodos anti-conceptivos e políticas de cuidados para não engravidar do que com abortos financiados pelo estado.

São inúmeras as vantagens de se prevenir de uma gravides indesejada do engravidar de forma indesejada e ter que recorrer a um aborto por exemplo, não só o e de evitar polêmica e gastos desnecessários, mas também o de prevenir riscos de vida para a mãe e o fim da vida de um ser que dependendo dos critérios já pode ser considerado como o fim de uma vida humana também.

Abraços!
« Última modificação: 05 de Maio de 2014, 13:47:55 por Skeptikós »
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
"E, não menos que saber, duvidar me agrada."

Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

 

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