Derfel, ao menos tente ler o link que eu te mandei. http://stanmed.stanford.edu/2013fall/article2.html Leia isto antes de simplesmente repetir o que você disse antes. Se você só passar os olhos pelas características principais do artigo vai ver que invalida seu ponto de vista.
Não invalidada, não. A maior parte do mundo usa a definição de nascido vivo da OMS, inclusive o Brasil, EUA e Canadá. Como seu artigo mesmo mostra poucos países europeus (e alguns asiáticos) possuem uma definição um pouco diferente, mas ainda assim são conceitos de morte fetal e Taxa de Mortalidade Fetal. Uma influi na outra?
Era um texto de economia que dizia isso? não. Invalidei seu ponto 1. Essas estastísticas tem metodologias iguais em todos os países, não, invalidei seu ponto 2. Mas tudo bem. De qualquer forma, se existem essas diferenças é essencial que se faça ajustes nas estatísticas para que não se compare bananas com maçãs (e isso é importante no caso cubano, por exemplo). E como eu disse, a questão é multi-fatorial, tem de se tirar as estatísticas de mortalidade de acidentes, fazer ajustes para diferenças de composição populacional (negros tem expectativa de vida diferente das de branco, apesar do acesso a serviços iguais, por exemplo), etc. E quando se faz isso, a diferença entre os EUA e os outros países desenvolvidos praticamente desaparece, apesar das estatísticas de mortalidade infantil. Por isso acho que dizer que a saúde nos EUA é um desastre baseado na expectativa de vida é wishful thinking, apesar de que os custos são sim um pouco altos demais. Mas mesmo assim, se você comparar a renda per capita dos americanos com a dos europeus, vai ver que mesmo eles gastando mais que países como a suécia, eles ainda ficam com dinheiro sobrando no final das contas.
Eu justifico o alto custo da medicina nos EUA nos seguintes fatores:
- Políticas que incentivam as pessoas a comprar planos de saúde. Quanto mais pessoas com plano de saúde, menor é o incentivo de controlar custos.
- Controle extremo da educação médica pelo estado. Para se ter uma ideia, em 1910, haviam 155 escolas médicas nos EUA, hoje existem 144. Nesse período quanto a população americana cresceu? No Brasil existem 800 escolas de medicina e temos uma população bem menor que os EUA. O que salva lá é o interesse de médicos estrangeiros no país, mesmo eles impondo uma dificuldade muito grande a médicos estrangeiros que querem revalidar o diploma.
Olhe só como se comportou o número de formados nos EUA nos últimos 30 anos:
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Não parece que eles tem a mínima preocupação com a oferta de médicos.
- O sistema de justiça dos EUA empurra os médicos a uma medicina defensiva. É muito fácil dizer o que poderia ter sido feito depois que a coisa aconteceu, mais fácil ainda usar protocolos criados por uns poucos como documento supremo para julgar médicos. A evidência em si e a opinião do médico é completamente irrelevante para os juízes dos EUA.