Esses dias eu fui contar os países islâmicos da região. Não são poucos.
Por que a Liga Árabe ou equivalente não intervêm nesses conflitos? A União Africana interviu com sucesso na Somália*.
Nos países afetados, e entre os refugiados, há muitos homens com capacidade pra lutar. Por que não organizam um exército pra derrubar os ditadores e lutarem contra os jihadistas? Bastava organizarem o exército que não faltaria doadores de armas.
Os países da região não são pobres, podem muito bem intervir na Síria se quiserem.
O EI recebeu a adesão de quase 100 mil muçulmanos de fora dos países envolvidos. Se a população muçulmana não-jihadista é maioria, não seria difícil para uma cruzada anti-ditaduras e anti-jihadistas recrutar milhares de voluntários também.
Resumindo: o jihadismo tem o apoio da população muçulmana e até de governos muçulmanos vizinhos, e se não apóiam, ao menos são coniventes e não fazem porra nenhuma contra os mesmos.
Se os jihadistas fossem uma minoria sem apoio, já teriam sido engolidos há muito tempo.
Só que não.
* No caso da Somália, os warlords eram grupos islâmicos, mas deve ser só coincidência.