Aproveitando a confusão da guerra e da existência de um exército inepto, surge um grupo extremista que ocupa grandes áreas territoriais com o objetivo de criar um novo Estado aplicando seus ideais. E que também ambiciona exportar seus ideais através da luta armada pelo mundo afora, onde simpatizantes em outros países procuram criar outros focos.
Esse grupo extremista aplica uma política brutal cometendo várias execuções e torturas para intimidar e se manter no poder.
Apesar de sofrer um embargo, consegue arrecadar bastante recursos por contrabando ou ajuda de generosos doadores.
Ele é visto pelo mundo como uma aberração que deve durar pouco tempo. Uma coalizão envolvendo vários exércitos combate esse novo regime e ela recebe o apoio de potências como Estados Unidos, França e Inglaterra que intervêm diretamente.
Entretanto, divergências entre os membros da coalizão impedem que esse grupo extremista seja derrotado, e ele continua firme no poder.
Será que estamos falando do estado islâmico? Não, estamos nós referindo aos Bolcheviques que tomaram o poder na Rússia em 1917, derrotaram uma coalizão de vários exércitos (os "brancos") e conseguiram se manter no poder.
Os Bolcheviques criaram o Exército Vermelho e um aparato policial (conhecido como "Tcheka") para reprimir com brutalidade toda oposição e receberam a ajuda de bilionários ocidentais como Julius and Armand Hammer. Eles também visavam gente de classe média alta no Ocidente para aderir a luta (ao contrário do Estado Islâmico, foi algo que levou alguns anos para se realizar)
Apesar de algumas diferenças (os ideais dos Bolcheviques eram ideológicos e os do Estado Islâmico são religiosos, o território do novo Estado Bolchevique era maior e permitia uma melhor proteção contra risco de invasão), é um cenário quase idêntico que parece se repetir.