Autor Tópico: Os estragos do chavismo na Venezuela  (Lida 123313 vezes)

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Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #1775 Online: 11 de Dezembro de 2017, 21:27:04 »


Já imaginou se essa crise acontecer  neste ou nos próximos 5 anos,  e o Brasil perder  370 bilhões de dólares ...  :susto:

Imagino o que deve se passar na cabeça de quem escondeu dinheiro nos bancos, toda essa rede de corrupção depositando bilhões em bancos que faliram.


Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #1776 Online: 11 de Dezembro de 2017, 21:37:13 »
Uma coisa que pensei apesar de não entender nada dessas moedas como bitcoins e afins, então posso perguntar uma besteira?

No caso de uma crise em que o dinheiro de papel simplesmente desapareça e passe valer nada,  essas moedas que passaram a existir há pouco tempo como bitcoins não seriam afetadas, estou certo?

Bom, supondo que estou certo e levando em conta a valorização que apresentou em tão pouco tempo não quer dizer que já tem gente grande se preparando para o pior?

Valorização tão rápida para uma determinada operação financeira não é um sinal claro de que existe algo muito errado de que gente grande está fugindo?


Offline Fernando Silva

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #1777 Online: 12 de Dezembro de 2017, 07:29:40 »
Aproveitando que você citou as reservas internacionais,  as quais são  primordialmente em dólares,  o governo deveria urgentemente trocar essas reservas por ouro,  e ouro físico, nada de ouro papel.

Se não fizer isso corremos o risco de num futuro próximo perdermos o equivalente a cerca de 370 bilhões de dólares.

Atualmente com estes 370 bilhões de dólares daria para comprar 9.309.331,09  kg de ouro (cotação hoje = R$130,96 por grama e dólar a 3,295).
Não esquecendo que essas tais de reservas foram conseguidas com dinheiro tomado por empréstimo aos brasileiros ao custo do aumento da dívida pública (que já está na casa dos trilhões). Pagamos juros pela dívida externa (que não foi paga, ao contrário do que anunciou Lula) e o governo paga juros pela dívida pública.

Offline Fernando Silva

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #1778 Online: 12 de Dezembro de 2017, 07:32:28 »
Uma coisa que pensei apesar de não entender nada dessas moedas como bitcoins e afins, então posso perguntar uma besteira?

No caso de uma crise em que o dinheiro de papel simplesmente desapareça e passe valer nada,  essas moedas que passaram a existir há pouco tempo como bitcoins não seriam afetadas, estou certo?

Bom, supondo que estou certo e levando em conta a valorização que apresentou em tão pouco tempo não quer dizer que já tem gente grande se preparando para o pior?

Valorização tão rápida para uma determinada operação financeira não é um sinal claro de que existe algo muito errado de que gente grande está fugindo?
Bolhas são bolhas. São um esquema de pirâmide onde quem entrou no início se dá bem e quem entrou no final leva ferro.

Não confie tanto assim na sabedoria dos investidores.

Offline Fernando Silva

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #1779 Online: 12 de Dezembro de 2017, 07:35:12 »
E já tem algum tempo que vários analistas estão apontando que a crise de 2008 não foi resolvida, foi apenas adiada...
Um monte de gente negociando papéis sem valor porque eram lastreados em dívidas que, supostamente, um dia seriam pagas com juros.
Foram pagas? Ou os governos assumiram os prejuízos?

Offline JJ

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #1780 Online: 12 de Dezembro de 2017, 07:46:29 »
Aproveitando que você citou as reservas internacionais,  as quais são  primordialmente em dólares,  o governo deveria urgentemente trocar essas reservas por ouro,  e ouro físico, nada de ouro papel.

Se não fizer isso corremos o risco de num futuro próximo perdermos o equivalente a cerca de 370 bilhões de dólares.

Atualmente com estes 370 bilhões de dólares daria para comprar 9.309.331,09  kg de ouro (cotação hoje = R$130,96 por grama e dólar a 3,295).

Não esquecendo que essas tais de reservas foram conseguidas com dinheiro tomado por empréstimo aos brasileiros ao custo do aumento da dívida pública (que já está na casa dos trilhões). Pagamos juros pela dívida externa (que não foi paga, ao contrário do que anunciou Lula) e o governo paga juros pela dívida pública.


A origem das reservas não são apenas empréstimos. A origem das reservas são os superávits na balança de pagamentos (que incluem empréstimos mas não são exclusivos). Veja:


Reservas Internacionais Brasileiras

*Artigo do economista Saumíneo da Silva Nascimento
25/07/2012  09:47

Saumíneo Nascimento


O Banco Central do Brasil, através da sua Gerência Executiva de Riscos  e Referências Operacionais apresentou a publicação Relatório de Gestão das Reservas Internacionais, dentro da sua estratégia de ampliar a transparência de informações da economia brasileira, com isso como forma de contribuir com o processo de disseminação da informação, comentarei adiante alguns pontos do relatório.


Para os não economistas é importante destacar um dos conceitos para reservas internacionais: total de moedas estrangeiras mantido pelo Banco Central e disponível para uso imediato. As reservas internacionais têm origem nos superávits do balanço de pagamentos, assim sempre que há uma entrada de moeda estrangeira, o Banco Central do Brasil realiza o câmbio, ficando com a moeda estrangeira e pagando os exportadores em reais, assim sempre que há mais entradas de moedas estrangeiras que saídas, o Banco Central aumenta as suas reservas. Do outro lado, quando o país realiza saída de divisas, usam-se as reservas internacionais. As reservas internacionais possuem dois conceitos básicos, o conceito caixa  e o conceito de liquidez internacional.


Para entender o conceito caixa, informamos que uma das funções das reservas é o de cobrir os eventuais déficits nas contas externas e as reservas também podem ser utilizadas para proteção de ataques especulativa contra a moeda do país. No conceito de liquidez internacional, considera-se adicionalmente os títulos em moedas estrangeiras e outros recursos em poder do Banco Central.


Para referenciar a origem das reservas internacionais, informamos que de acordo com a última Nota Externa do Banco Central divulgada para imprensa, o balanço de pagamentos do Brasil apresentou superávit de US$ 627 milhões em junho/2012, mas ocorreu déficit em transações correntes no montante de US$ 25,3 bilhões no primeiro semestre de 2012, patamar inferior ao registrado no mesmo período de 2011, que foi de US$ 26 bilhões. O índice de déficit das transações correntes nos últimos doze meses na posição de junho/2012 é equivalente a 2,16% do PIB. Já conta financeira registrou superávit de US$ 4,8 bilhões, com destaques para o ingresso líquido de US$ 5,8 bilhões em investimentos estrangeiros diretos (IED) e para as taxas de rolagem do endividamento externo de médio e longos prazos, 361%.


Os dados do relatório de reservas internacionais do Banco Central do Brasil estão atualizados até dezembro/2011 e revelam que o Brasil fechou o ano de 2011 com um saldo de US$ 352,01 bilhões nas reservas internacionais, o que representou um crescimento de 21,9% em relação ao ano anterior, 2010.


Já de acordo com a Nota para a imprensa que o Banco Central divulgou na data de 24 de julho/2012, verificou-se que as reservas internacionais brasileiras atingiram US$ 373,9 bilhões em junho/2012, revelando uma elevação de US$ 1,5 bilhão em relação ao estoque do mês anterior.


Em consulta que fiz no site do Banco Central na posição de 23 de julho de 2012, verifiquei que as reservas internacionais do Brasil já alcançou o montante de US$ 374,95 bilhões, o que revela que é contínuo o crescimento das nossas reservas.


Um dado interessante revelado pelo relatório é o de que o Brasil ocupa a sexta posição no ranking de maiores reservas internacionais no mundo, porém apresenta a segunda menor proporção de reservas em relação ao PIB, tendo um valor aproximadamente três vezes menor que a média. As reservas brasileiras em relação ao seu PIB ficou em 13,8% no final de 2011, enquanto que a média dos países analisados ficou em 46,6%. Os países que possuem os maiores índices são Arábia Saudita, Taiwan, China, Coréia do Sul, Rússia, Japão e Índia. Já os países que possuem as maiores reservas internacionais são: China, Japão, Arábia Saudita, Rússia, Taiwan e Brasil.


Gostaria de fazer referência a um texto do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA, do ano de 2007 e de autoria dos técnicos do Instituto Marco Antônio F. de H. Cavalcanti e Christian Vonbun, em que há um comentário sobre o embate entre os economistas que julgam o aumento das reservas como importante e necessário  para uma prevenção contra crises internacionais ou como forma de evitar a apreciação do real e; os economistas que julgam que o nível das reservas excessivo poderia impor  e um custo desnecessário ao Brasil, associado ao custo de carregamento das reservas. Então se percebe que este é um tema controverso entre os economistas. A minha opinião é a de que é bom para o país a busca de ampliação do seu nível de reservas, porém é importante avaliar qual o nível ótimo, ou seja, adequado, quais os índices ou indicadores que poderiam mensurar adequadamente este quesito?


As reservas internacionais podem ser avaliadas pelas razões reservas/importações, reservas/dívida externa de curto prazo ou pelo seu peso na balança comercial,


De acordo com o relatório do Banco Central do Brasil que aborda as reservas internacionais, um dos objetivos a ser alcançado na gestão das reservas internacionais é a redução da exposição do país ao risco cambial. É por isso que ocorre uma busca por uma diversificação nas moedas e assegurando-se o hedge cambial do passivo externo total registrado. Na posição de dezembro de 2011, a alocação por moedas tinha a seguinte composição: 79,6% em dólar norte-americano; 6,0% em dólar canadense; 4,9% em euro; 3,1% em dólar australiano; 3,0% em libra esterlina; 1,0% em iene; e 2,4% em outras moedas, a exemplo de coroa sueca e coroa dinamarquesa.


É importante ressaltar que o montante das reservas internacionais deve ser aplicado em ativos que proporcionem rendimentos adequados ao país, de acordo com o relatório do Banco Central que ora comentamos, os investimentos das reservas internacionais estão aplicados em renda fixa, especialmente em títulos governamentais, títulos de agências governamentais, títulos de organismos supranacionais e depósitos bancários a prazo fixo. Na posição de dezembro/2011, a distribuição da aplicação das reservas foi da seguinte forma: 83,5% em títulos governamentais; 4,4% em títulos de organismos internacionais; 7,1%  em títulos de agências governamentais; 3,8% em depósitos em bancos centrais e organismos supranacionais; 0,3% em depósitos em bancos comerciais; e 0,8% em outras classes de ativos, a exemplo de ouro. Estes investimentos que pelo apresentado são bem diversificado e o prazo médio destes investimentos são superiores a dois anos e inferiores a três anos, o que revela uma boa administração dos prazos, diante de possíveis necessidades de alocação das reservas.

No primeiro semestre de 2012, a remuneração das reservas somou US$ 356 milhões, enquanto as demais operações externas, relacionadas principalmente a variações de preços e de paridades, elevaram o estoque em US$ 1,1 bilhão.

Para concluir esta breve abordagem das reservas internacionais, julgo importante destacar que há uma necessidade de avaliação do nível adequado de reservas para o Brasil, pois existem alguns modelos que sinalizam caminhos que auxiliam a administração do regime de câmbio. A minha opinião é de que o Brasil tem uma administração das reservas internacionais adequada e crescente.


* Economista e Secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia de Sergipe


http://www.infonet.com.br/noticias/economia//ler.asp?id=131591


« Última modificação: 12 de Dezembro de 2017, 07:50:57 por JJ »

Offline JJ

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #1781 Online: 12 de Dezembro de 2017, 07:57:43 »
Uma coisa que pensei apesar de não entender nada dessas moedas como bitcoins e afins, então posso perguntar uma besteira?

No caso de uma crise em que o dinheiro de papel simplesmente desapareça e passe valer nada,  essas moedas que passaram a existir há pouco tempo como bitcoins não seriam afetadas, estou certo?




Poderia não serem afetadas diretamente pela falência de bancos em si (ou por restrições que os bancos viessem a adotar para que evitassem a falência), mas numa crise de liquidez pessoas poderiam começar a vender bitcoins, mais do que a comprar,  então o preço do bitcoin poderia cair, mas isto seria uma consequência indireta.



Bom, supondo que estou certo e levando em conta a valorização que apresentou em tão pouco tempo não quer dizer que já tem gente grande se preparando para o pior?

Valorização tão rápida para uma determinada operação financeira não é um sinal claro de que existe algo muito errado de que gente grande está fugindo?


Não me parece o caso,  pois apesar de ter valorizado muito,  o valor total dos bitcoins ainda é insignificante perto do valor total dos atuais ativos financeiros que existem no mundo.


Outro motivo para duvidar de tal corrida é que o ouro ainda não teve um disparo em seu preço.



« Última modificação: 12 de Dezembro de 2017, 08:00:28 por JJ »

Offline JJ

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #1782 Online: 12 de Dezembro de 2017, 08:05:46 »
E já tem algum tempo que vários analistas estão apontando que a crise de 2008 não foi resolvida, foi apenas adiada...
Um monte de gente negociando papéis sem valor porque eram lastreados em dívidas que, supostamente, um dia seriam pagas com juros.
Foram pagas? Ou os governos assumiram os prejuízos?


Não foram pagas, e tampouco os governos assumiram tudo (pelo que eu sei foi uma parte, o necessário para acalmar o mercado, ao menos até a próxima encrenca).




Offline JJ

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #1783 Online: 12 de Dezembro de 2017, 08:20:23 »
Bom, supondo que estou certo e levando em conta a valorização que apresentou em tão pouco tempo não quer dizer que já tem gente grande se preparando para o pior?

Valorização tão rápida para uma determinada operação financeira não é um sinal claro de que existe algo muito errado de que gente grande está fugindo?


Não me parece o caso,  pois apesar de ter valorizado muito,  o valor total dos bitcoins ainda é insignificante perto do valor total dos atuais ativos financeiros que existem no mundo.



Só para ter uma ideia dessa atual insignificância  do valor total dos ativos em bitcoins frente ao valor total dos ativos financeiros, as estimativas são de que o valor total dos derivativos  (que compõe a maioria esmagadora do valor total dos ativos financeiros)  devem ser de  10.000 x  o atual valor total dos bitcoins, ou seja:

Bitcoins: 120 bilhões de dólares

Derivativos: 1,2 quadrilhão de dólares  (ou 1.200 trilhões de dólares).*



*As estimativas do valor total dos derivativos variam  de 630 trilhões de dólares a 1.400 trilhões de dólares, mas mesmo que seja o valor menor de 630 trilhões de dólares, ainda assim é um valor astronômico.






« Última modificação: 12 de Dezembro de 2017, 08:30:03 por JJ »

Offline JJ

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #1784 Online: 12 de Dezembro de 2017, 08:25:48 »

Pelo valor astronômico dos derivativos, que existem no mundo, dá para se ter uma ideia do que pode acontecer  se  ocorrer uma quebra de confiança (que não possa ser contida via governos) no sistema bancário mundial.


  :D


 :susto:
« Última modificação: 12 de Dezembro de 2017, 08:32:37 por JJ »

Offline JJ

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #1785 Online: 12 de Dezembro de 2017, 08:37:39 »
Fonte:


Representação gráfica mostra onde está todo o dinheiro que existe no mundo


Por Maria Luciana Rincón

Em Ciência
14 jan 2016 — 15h57



Pois, de acordo com Shaunacy Ferro, do portal Mental_Floss, o pessoal do The Money Project resolveu criar representações gráficas simples que mostram onde todo o dinheiro do mundo se encontra e, de quebra, os gráficos ainda nos ajudam a visualizar as somas — e constatar que a maioria de nós é muito pobre!

Muita grana

Para criar as ilustrações, a turminha do The Money Project considerou que cada quadradinho das figuras representa US$ 100 bilhões. Mas, como nem todas as companhias e fortunas chegam a somar tanto dinheiro — a de Bill Gates, por exemplo, é de US$ 79,2 bilhões apenas —, eles fizeram algumas adaptações para ajustar as comparações, usando quadradinhos menores.


Você pode conferir o infográfico completo em alta resolução através deste link, mas, como ele está todo em inglês, nós aqui do Mega Curioso “quebramos” as informações e incluímos explicações em português. Veja:


Lembrando que cada quadrado equivale a US$ 100 bilhões, a seguir temos o quanto a Bitcoin, o mercado de prata e as fortunas de Warren Buffett, Bill Gates e Carlos Slim representam no mundo:



Segundo o The Money Project, a Bitcoin está avaliada hoje em aproximadamente US$ 5 bilhões, embora ela tenha chegado a bater os US$ 14 bilhões em 2013. Já toda a prata em circulação pelo mundo valem US$ 14 bilhões, e as fortunas dos caras mais ricos do planeta ficam abaixo dos US$ 100 bilhões.


Agora, veja o que as companhias mais valiosas do mundo — Berkshire Hathaway, Microsoft, Apple, Alphabet e Exxon Mobil —, a Reserva Federal dos EUA, todas as cédulas e moedas e os imóveis comerciais que existem no mundo representam:



Como você viu, a Apple encabeça as companhias mais valiosas do mundo, somando, conforme mencionamos no início da matéria, uma fortuna estimada em mais de US$ 600 milhões.


Em seguida, vemos a Reserva Federal dos EUA, que pulou de US$ 1 trilhão (representado em cinza) para US$ 4,5 trilhões entre 2008 e 2014, graças a um programa conhecido como flexibilização quantitativa — que consiste na criação de somas significativas de dinheiro novo, quase sempre eletronicamente, mas mediante o cumprimento de normas de percentuais predefinidas e com a autorização prévia do Banco Central. O montante “criado” aparece em verde.


Depois, temos todas as moedas e cédulas em circulação no mundo, somando US$ 5 trilhões, e a estimativa de quanto os imóveis comerciais valem: US$ 7,6 trilhões. Assim, os quadrados em azul escuro representam os imóveis comerciais das Américas (36%); em azul claro, os da Europa (31%); em marrom, os de Ásia e Pacífico (30%); e, por último, em marrom claro, os imóveis comerciais do Oriente Médio e da África (4%).


Lembrando que a representação se refere apenas aos imóveis comerciais, ou seja, uma mera fração de todos os imóveis que existem no planeta. Veja a seguir como o ouro e o que os economistas chamam de agregado monetário estreito — ou somas de dinheiro facilmente acessível, incluindo moedas, cédulas e depósitos bancários — se saíram nas comparações:



Segundo o The Money Project, as reservas de ouro — já garimpado! — somam 183,6 mil toneladas, o que equivale a US$ 7,8 trilhões, e os quadradinhos esverdeados do gráfico simbolizam o ouro em posse do Fundo Monetário Internacional e de Bancos Centrais, ou seja, 17%. O agregado estreito soma míseros US$ 28,6 trilhões.


Agora, veja todos os mercados de ações do mundo:



O mercado de ações mundial soma US$ 70 trilhões, sendo que a participação de EUA, União Europeia, Japão, China e do resto do mundo correspondem a 52%, 8%, 7%, 2% e 31%, respectivamente. A seguir, temos o agregado monetário largo, ou seja, a soma de todas as moedas, cédulas, contas-correntes, poupanças, do mercado financeiro e depósitos a prazo fixo que, juntas, representam US$ 80,9 trilhões.

O pessoal do The Money Project inclusive criou uma representação de toda a dívida mundial! Veja:



Segundo o gráfico, a dívida corresponde a US$ 199 trilhões, sendo que 29% desse total foi acumulado desde a crise financeira que abalou o mundo em 2008. Além disso, incluído nesse montante estão os US$ 59,7 trilhões referentes às dívidas governamentais, e como ela se distribui pelo mundo (29% do total correspondem aos EUA, 26% à Europa, 20% ao Japão, 6% à China, e 19% ao resto do mundo).


Por último, a representação criada pelo The Money Project engloba o mercado financeiro de derivativos, isto é, contratos que derivam de outros valores, como seria a cotação de alguma moeda estrangeira, o desempenho de uma entidade, ativo-objeto ou um índice financeiro, por exemplo. Eles podem ser firmados entre dois ou mais representantes, e os principais tipos de derivativos são os contratos a termo, os futuros e os de opções.


Segundo as estimativas mais modestas, a soma dos derivativos pode bater os US$ 630 trilhões, mas, como ninguém sabe dizer exatamente quantos desses contratos foram negociados — já que a maioria é negociada fora da bolsa de valores —, pode ser que o montante chegue a impressionantes US$ 1,4 quadrilhão. Confira o infográfico a seguir e veja, ao final, o que esse dinheiro todo representa!


Fonte: The Money Project


https://www.tecmundo.com.br/economia/93996-representacao-grafica-mostra-onde-dinheiro-existe-mundo.htm


Offline Geotecton

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #1786 Online: 12 de Dezembro de 2017, 08:48:51 »
[...]
Um dado interessante revelado pelo relatório é o de que o Brasil ocupa a sexta posição no ranking de maiores reservas internacionais no mundo, porém apresenta a segunda menor proporção de reservas em relação ao PIB, tendo um valor aproximadamente três vezes menor que a média. As reservas brasileiras em relação ao seu PIB ficou em 13,8% no final de 2011, enquanto que a média dos países analisados ficou em 46,6%. Os países que possuem os maiores índices são Arábia Saudita, Taiwan, China, Coréia do Sul, Rússia, Japão e Índia. Já os países que possuem as maiores reservas internacionais são: China, Japão, Arábia Saudita, Rússia, Taiwan e Brasil.

Gostaria de fazer referência a um texto do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA, do ano de 2007 e de autoria dos técnicos do Instituto Marco Antônio F. de H. Cavalcanti e Christian Vonbun, em que há um comentário sobre o embate entre os economistas que julgam o aumento das reservas como importante e necessário  para uma prevenção contra crises internacionais ou como forma de evitar a apreciação do real e; os economistas que julgam que o nível das reservas excessivo poderia impor  e um custo desnecessário ao Brasil, associado ao custo de carregamento das reservas. Então se percebe que este é um tema controverso entre os economistas. A minha opinião é a de que é bom para o país a busca de ampliação do seu nível de reservas, porém é importante avaliar qual o nível ótimo, ou seja, adequado, quais os índices ou indicadores que poderiam mensurar adequadamente este quesito?
[...]
De acordo com o relatório do Banco Central do Brasil que aborda as reservas internacionais, um dos objetivos a ser alcançado na gestão das reservas internacionais é a redução da exposição do país ao risco cambial. É por isso que ocorre uma busca por uma diversificação nas moedas e assegurando-se o hedge cambial do passivo externo total registrado. Na posição de dezembro de 2011, a alocação por moedas tinha a seguinte composição: 79,6% em dólar norte-americano; 6,0% em dólar canadense; 4,9% em euro; 3,1% em dólar australiano; 3,0% em libra esterlina; 1,0% em iene; e 2,4% em outras moedas, a exemplo de coroa sueca e coroa dinamarquesa.

É importante ressaltar que o montante das reservas internacionais deve ser aplicado em ativos que proporcionem rendimentos adequados ao país, de acordo com o relatório do Banco Central que ora comentamos, os investimentos das reservas internacionais estão aplicados em renda fixa, especialmente em títulos governamentais, títulos de agências governamentais, títulos de organismos supranacionais e depósitos bancários a prazo fixo. Na posição de dezembro/2011, a distribuição da aplicação das reservas foi da seguinte forma: 83,5% em títulos governamentais; 4,4% em títulos de organismos internacionais; 7,1%  em títulos de agências governamentais; 3,8% em depósitos em bancos centrais e organismos supranacionais; 0,3% em depósitos em bancos comerciais; e 0,8% em outras classes de ativos, a exemplo de ouro. Estes investimentos que pelo apresentado são bem diversificado e o prazo médio destes investimentos são superiores a dois anos e inferiores a três anos, o que revela uma boa administração dos prazos, diante de possíveis necessidades de alocação das reservas.
[...]

Texto interessante postado pelo JJ, que merece algumas considerações.

O Brasil tinha, em 2012, a sexta maior reserva do mundo, que era composta principalmente de dólares estadunidenses (79,60%), resultado dos seguidos superávits nos balanços de pagamentos nos anos em que o crescimento mundial, em especial a China e a Índia, teve taxas recordes, com elevada demanda de commodities e principalmente da compra, pelo BC, desta moeda com dinheiro obtido da emissão de títulos da dívida pública.

Este contexto serviu para o PT para propalar mentiras ("o Brasil pagou a dívida externa", sendo que ela continua existindo e está quase no mesmo valor) com finalidade de propaganda, repetida ad nauseam por acólitos desta organização criminosa, inclusive neste fórum.

Mas o que mais me deixa perplexo neste aspecto, é a opção do BC em criar uma reserva em US$ baseada na captação de dinheiro pelo enorme aumento da dívida pública, ou seja, para manter um valor em espécie de moeda estrangeira, os petistas 'explodiram' o valor principal da dívida interna, cuja taxa de juro é uma das mais altas do mundo.

Quase todos os países possuem grandes reservas em dólares ou em títulos do Tesouro do EUA, explicando porque é que, em tese, o EUA não possuem grandes reservas; afinal de contas o dinheiro deles é o próprio lastro da maioria dos países.

O EUA usa isto para financiar os seus déficits, sempre crescentes. Só que, em algum momento, ele terá de  pagar esta conta. Se isto ocorrer de forma gradual, possivelmente não trará problemas mas se for feito de modo forçado ou abrupto, levará a economia mundial à ruína e o EUA a uma super-inflação.

Enfim, eu acho que o que continua tendo valor efetivo mesmo é aquilo que é tangível. Em termos de investimento e ou reserva de valor, são os imóveis e o ouro.
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Offline Geotecton

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #1787 Online: 12 de Dezembro de 2017, 08:54:48 »
[...]
Agora, veja o que as companhias mais valiosas do mundo — Berkshire Hathaway, Microsoft, Apple, Alphabet e Exxon Mobil —, a Reserva Federal dos EUA, todas as cédulas e moedas e os imóveis comerciais que existem no mundo representam:
[...]
Como você viu, a Apple encabeça as companhias mais valiosas do mundo, somando, conforme mencionamos no início da matéria, uma fortuna estimada em mais de US$ 600 milhões.
[...]

O valor da Apple não é somente de US$ 600 milhões e sim de US$ 600 bilhões.

Mas o mais importante neste ensaio é mostrar que a maior parte da riqueza não passa de 'fumaça'. Se houver uma quebra de confiança generalizada, adeus para a economia mundial.
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Offline _Juca_

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #1788 Online: 12 de Dezembro de 2017, 16:04:56 »
[...]
Um dado interessante revelado pelo relatório é o de que o Brasil ocupa a sexta posição no ranking de maiores reservas internacionais no mundo, porém apresenta a segunda menor proporção de reservas em relação ao PIB, tendo um valor aproximadamente três vezes menor que a média. As reservas brasileiras em relação ao seu PIB ficou em 13,8% no final de 2011, enquanto que a média dos países analisados ficou em 46,6%. Os países que possuem os maiores índices são Arábia Saudita, Taiwan, China, Coréia do Sul, Rússia, Japão e Índia. Já os países que possuem as maiores reservas internacionais são: China, Japão, Arábia Saudita, Rússia, Taiwan e Brasil.

Gostaria de fazer referência a um texto do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA, do ano de 2007 e de autoria dos técnicos do Instituto Marco Antônio F. de H. Cavalcanti e Christian Vonbun, em que há um comentário sobre o embate entre os economistas que julgam o aumento das reservas como importante e necessário  para uma prevenção contra crises internacionais ou como forma de evitar a apreciação do real e; os economistas que julgam que o nível das reservas excessivo poderia impor  e um custo desnecessário ao Brasil, associado ao custo de carregamento das reservas. Então se percebe que este é um tema controverso entre os economistas. A minha opinião é a de que é bom para o país a busca de ampliação do seu nível de reservas, porém é importante avaliar qual o nível ótimo, ou seja, adequado, quais os índices ou indicadores que poderiam mensurar adequadamente este quesito?
[...]
De acordo com o relatório do Banco Central do Brasil que aborda as reservas internacionais, um dos objetivos a ser alcançado na gestão das reservas internacionais é a redução da exposição do país ao risco cambial. É por isso que ocorre uma busca por uma diversificação nas moedas e assegurando-se o hedge cambial do passivo externo total registrado. Na posição de dezembro de 2011, a alocação por moedas tinha a seguinte composição: 79,6% em dólar norte-americano; 6,0% em dólar canadense; 4,9% em euro; 3,1% em dólar australiano; 3,0% em libra esterlina; 1,0% em iene; e 2,4% em outras moedas, a exemplo de coroa sueca e coroa dinamarquesa.

É importante ressaltar que o montante das reservas internacionais deve ser aplicado em ativos que proporcionem rendimentos adequados ao país, de acordo com o relatório do Banco Central que ora comentamos, os investimentos das reservas internacionais estão aplicados em renda fixa, especialmente em títulos governamentais, títulos de agências governamentais, títulos de organismos supranacionais e depósitos bancários a prazo fixo. Na posição de dezembro/2011, a distribuição da aplicação das reservas foi da seguinte forma: 83,5% em títulos governamentais; 4,4% em títulos de organismos internacionais; 7,1%  em títulos de agências governamentais; 3,8% em depósitos em bancos centrais e organismos supranacionais; 0,3% em depósitos em bancos comerciais; e 0,8% em outras classes de ativos, a exemplo de ouro. Estes investimentos que pelo apresentado são bem diversificado e o prazo médio destes investimentos são superiores a dois anos e inferiores a três anos, o que revela uma boa administração dos prazos, diante de possíveis necessidades de alocação das reservas.
[...]

Texto interessante postado pelo JJ, que merece algumas considerações.

O Brasil tinha, em 2012, a sexta maior reserva do mundo, que era composta principalmente de dólares estadunidenses (79,60%), resultado dos seguidos superávits nos balanços de pagamentos nos anos em que o crescimento mundial, em especial a China e a Índia, teve taxas recordes, com elevada demanda de commodities e principalmente da compra, pelo BC, desta moeda com dinheiro obtido da emissão de títulos da dívida pública.

Este contexto serviu para o PT para propalar mentiras ("o Brasil pagou a dívida externa", sendo que ela continua existindo e está quase no mesmo valor) com finalidade de propaganda, repetida ad nauseam por acólitos desta organização criminosa, inclusive neste fórum.

Mas o que mais me deixa perplexo neste aspecto, é a opção do BC em criar uma reserva em US$ baseada na captação de dinheiro pelo enorme aumento da dívida pública, ou seja, para manter um valor em espécie de moeda estrangeira, os petistas 'explodiram' o valor principal da dívida interna, cuja taxa de juro é uma das mais altas do mundo.

Quase todos os países possuem grandes reservas em dólares ou em títulos do Tesouro do EUA, explicando porque é que, em tese, o EUA não possuem grandes reservas; afinal de contas o dinheiro deles é o próprio lastro da maioria dos países.

O EUA usa isto para financiar os seus déficits, sempre crescentes. Só que, em algum momento, ele terá de  pagar esta conta. Se isto ocorrer de forma gradual, possivelmente não trará problemas mas se for feito de modo forçado ou abrupto, levará a economia mundial à ruína e o EUA a uma super-inflação.

Enfim, eu acho que o que continua tendo valor efetivo mesmo é aquilo que é tangível. Em termos de investimento e ou reserva de valor, são os imóveis e o ouro.

Tudo é confiança, até os imóveis e o ouro, se a corrente de fé for quebrada nada mais tem seu valor. E se a corrente de fé é baseada em valores virtuais como hoje em dia, o melhor é rezar... E a respeito da dívida externa, quando um país tem mais como créditos à receber do que débitos a fazer, ele passa a ser credor, e não mais devedor, não é errado dizer pagou sua dívida externa, já que um menos o outros dá superávit e não déficit Mas como eu já disse isso e isso deve ser coisa de petista, deixa pra lá.

Offline JJ

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #1789 Online: 12 de Dezembro de 2017, 16:07:03 »
[...]
Agora, veja o que as companhias mais valiosas do mundo — Berkshire Hathaway, Microsoft, Apple, Alphabet e Exxon Mobil —, a Reserva Federal dos EUA, todas as cédulas e moedas e os imóveis comerciais que existem no mundo representam:
[...]
Como você viu, a Apple encabeça as companhias mais valiosas do mundo, somando, conforme mencionamos no início da matéria, uma fortuna estimada em mais de US$ 600 milhões.
[...]

O valor da Apple não é somente de US$ 600 milhões e sim de US$ 600 bilhões.

Mas o mais importante neste ensaio é mostrar que a maior parte da riqueza não passa de 'fumaça'. Se houver uma quebra de confiança generalizada, adeus para a economia mundial.


O grande investidor Warren Buffett  tem uma opinião nada confortável sobre esses instrumentos financeiros conhecidos como derivativos:



"Armas financeiras de destruição em massa"


& colapso anunciado — reflexões de um bilionário

por Simon English


 As suas reflexões são capa de revistas importantes da burguesia. Warren Buffett, o segundo homem mais rico do mundo, está prestes a emitir a sua mais terrível previsão quanto ao estado da economia mundial. Ela inclui um veredicto maldito sobre a indústria dos derivativos, que ele receia poder causar uma crise financeira global.


Na próxima carta anual aos accionistas do Berkshire Hathaway, o sr. Buffet escreve no seu habitual estilo simples a advertir que os bancos não entendem os riscos ocultos que estão à espreita nas suas folhas de balanço.


Ele denomina os derivativos de "bombas de tempo, tanto para as partes que negociam com eles como para o sistema económico" e "armas financeiras de destruição em massa, acarretando perigos que, apesar de ainda latentes, são potencialmente letais".


Os pareceres do segundo homem mais rico do mundo são observados de perto e a sua visão apocalíptica não ajuda a fortalecer os nervos em Wall Street ou na City de Londres. Extractos da sua carta anual revelam que ele tem pouco optimismo quanto ao mercado de acções.


"Apesar de três anos de preços cadentes que melhoraram significativamente a atractividade das acções comuns, ainda vemos muito poucas que nos interessem mesmo moderadamente. Este facto lúgubre testemunha a insanidade das avaliações efectuadas durante a Grande Bolha (Great Bubble) . Infelizmente, a ressaca pode demonstrar-se proporcional à euforia", escreve ele.


Até agora advertências vagas quanto à natureza piramidal dos contratos de derivativos levaram a afáveis palavras tranquilizantes dos bancos no sentido de que a sua estabilidade não está ameaçada..


O sr. Buffet afirma que os bancos simplesmente não têm qualquer ideia de qual poderia ser a sua exposição. "Quando Charlie [Munger, seu parceiro em negócios] e eu acabamos de ler as longas notas de rodapé pormenorizando as actividades dos grandes bancos com derivativos, a única coisa que entendemos é que nós não entendemos quanto de risco a instituição está a assumir".


Derivativos são instrumentos financeiros complexos que permitem aos investidores efectuarem apostas sobre qualquer coisa, desde o preço das acções até o clima. Sua amplitude é limitada, afirma o sr. Buffett, "somente pela imaginação do homem, ou por vezes, assim parece, pela sua loucura". A Enron era especialmente apreciadora dos derivativos, oferecendo contratos que seriam liquidados a anos de futuro e exigindo lucros imediatamente.


A Berkshire Hathaway adquiriu um corrector de derivativos quando comprou a reasseguradora Gen Re. Por não conseguir vender este negócio, o sr. Buffet está agora a encerrá-lo, embora admita que isto levará anos. "Resseguros e negócios derivativos são semelhantes. Tal como o Inferno, ambos são fáceis de entrar e quase impossível de sair", afirma.


O sr. Buffett, alcunhado o Sábio de Omaha, acredita que as principais seguradoras estão a exagerar os rendimentos dos contratos de derivativos e a reduzir a importância do "risco em cadeia" que decorre quando elas adiam negócios com outras firmas.


A sua fortuna pessoal no ano passado reduziu-se em US$ 5 mil milhões, caindo para US$ 30 mil milhões. Isto deixou-o em segundo lugar na lista dos mais ricos, depois de Bill Gates.


O original encontra-se em http://www.telegraph.co.uk

Esta notícia encontra-se em http://resistir.info .

https://resistir.info/eua/armas_financeiras.html


« Última modificação: 12 de Dezembro de 2017, 16:12:54 por JJ »

Offline JJ

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #1790 Online: 12 de Dezembro de 2017, 16:11:20 »
Tudo é confiança, até os imóveis e o ouro, se a corrente de fé for quebrada nada mais tem seu valor. E se a corrente de fé é baseada em valores virtuais como hoje em dia, o melhor é rezar... E a respeito da dívida externa, quando um país tem mais como créditos à receber do que débitos a fazer, ele passa a ser credor, e não mais devedor, não é errado dizer pagou sua dívida externa, já que um menos o outros dá superávit e não déficit Mas como eu já disse isso e isso deve ser coisa de petista, deixa pra lá.



Imóveis e ouro podem cair de preço devido a retração na procura,  mas o papel  da confiança na economia financeira vai muito além  disso,  pois há uma diferença muito importante em relação à economia real, os bancos trabalham alavancados, e quanto maior a alavancagem maior o estrago que pode ocorrer no caso de uma quebra de confiança. 



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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #1791 Online: 12 de Dezembro de 2017, 16:37:05 »
[...]
Um dado interessante revelado pelo relatório é o de que o Brasil ocupa a sexta posição no ranking de maiores reservas internacionais no mundo, porém apresenta a segunda menor proporção de reservas em relação ao PIB, tendo um valor aproximadamente três vezes menor que a média. As reservas brasileiras em relação ao seu PIB ficou em 13,8% no final de 2011, enquanto que a média dos países analisados ficou em 46,6%. Os países que possuem os maiores índices são Arábia Saudita, Taiwan, China, Coréia do Sul, Rússia, Japão e Índia. Já os países que possuem as maiores reservas internacionais são: China, Japão, Arábia Saudita, Rússia, Taiwan e Brasil.

Gostaria de fazer referência a um texto do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA, do ano de 2007 e de autoria dos técnicos do Instituto Marco Antônio F. de H. Cavalcanti e Christian Vonbun, em que há um comentário sobre o embate entre os economistas que julgam o aumento das reservas como importante e necessário  para uma prevenção contra crises internacionais ou como forma de evitar a apreciação do real e; os economistas que julgam que o nível das reservas excessivo poderia impor  e um custo desnecessário ao Brasil, associado ao custo de carregamento das reservas. Então se percebe que este é um tema controverso entre os economistas. A minha opinião é a de que é bom para o país a busca de ampliação do seu nível de reservas, porém é importante avaliar qual o nível ótimo, ou seja, adequado, quais os índices ou indicadores que poderiam mensurar adequadamente este quesito?
[...]
De acordo com o relatório do Banco Central do Brasil que aborda as reservas internacionais, um dos objetivos a ser alcançado na gestão das reservas internacionais é a redução da exposição do país ao risco cambial. É por isso que ocorre uma busca por uma diversificação nas moedas e assegurando-se o hedge cambial do passivo externo total registrado. Na posição de dezembro de 2011, a alocação por moedas tinha a seguinte composição: 79,6% em dólar norte-americano; 6,0% em dólar canadense; 4,9% em euro; 3,1% em dólar australiano; 3,0% em libra esterlina; 1,0% em iene; e 2,4% em outras moedas, a exemplo de coroa sueca e coroa dinamarquesa.

É importante ressaltar que o montante das reservas internacionais deve ser aplicado em ativos que proporcionem rendimentos adequados ao país, de acordo com o relatório do Banco Central que ora comentamos, os investimentos das reservas internacionais estão aplicados em renda fixa, especialmente em títulos governamentais, títulos de agências governamentais, títulos de organismos supranacionais e depósitos bancários a prazo fixo. Na posição de dezembro/2011, a distribuição da aplicação das reservas foi da seguinte forma: 83,5% em títulos governamentais; 4,4% em títulos de organismos internacionais; 7,1%  em títulos de agências governamentais; 3,8% em depósitos em bancos centrais e organismos supranacionais; 0,3% em depósitos em bancos comerciais; e 0,8% em outras classes de ativos, a exemplo de ouro. Estes investimentos que pelo apresentado são bem diversificado e o prazo médio destes investimentos são superiores a dois anos e inferiores a três anos, o que revela uma boa administração dos prazos, diante de possíveis necessidades de alocação das reservas.
[...]

Texto interessante postado pelo JJ, que merece algumas considerações.

O Brasil tinha, em 2012, a sexta maior reserva do mundo, que era composta principalmente de dólares estadunidenses (79,60%), resultado dos seguidos superávits nos balanços de pagamentos nos anos em que o crescimento mundial, em especial a China e a Índia, teve taxas recordes, com elevada demanda de commodities e principalmente da compra, pelo BC, desta moeda com dinheiro obtido da emissão de títulos da dívida pública.

Este contexto serviu para o PT para propalar mentiras ("o Brasil pagou a dívida externa", sendo que ela continua existindo e está quase no mesmo valor) com finalidade de propaganda, repetida ad nauseam por acólitos desta organização criminosa, inclusive neste fórum.

Mas o que mais me deixa perplexo neste aspecto, é a opção do BC em criar uma reserva em US$ baseada na captação de dinheiro pelo enorme aumento da dívida pública, ou seja, para manter um valor em espécie de moeda estrangeira, os petistas 'explodiram' o valor principal da dívida interna, cuja taxa de juro é uma das mais altas do mundo.

Quase todos os países possuem grandes reservas em dólares ou em títulos do Tesouro do EUA, explicando porque é que, em tese, o EUA não possuem grandes reservas; afinal de contas o dinheiro deles é o próprio lastro da maioria dos países.

O EUA usa isto para financiar os seus déficits, sempre crescentes. Só que, em algum momento, ele terá de  pagar esta conta. Se isto ocorrer de forma gradual, possivelmente não trará problemas mas se for feito de modo forçado ou abrupto, levará a economia mundial à ruína e o EUA a uma super-inflação.

Enfim, eu acho que o que continua tendo valor efetivo mesmo é aquilo que é tangível. Em termos de investimento e ou reserva de valor, são os imóveis e o ouro.

Tudo é confiança, até os imóveis e o ouro, se a corrente de fé for quebrada nada mais tem seu valor.

Você está confundido valoração com valor efetivo ou intrínsico. O ouro e principalmente os imóveis são bens tangíveis, palpáveis, representados tipicamente pelo segundo.


E se a corrente de fé é baseada em valores virtuais como hoje em dia, o melhor é rezar...

Exatamente. Boa parte das ações, ouro escritural, derivativos e criptomoedas são para lá de virtuais.

E uma parte significativa do dinheiro também.


E a respeito da dívida externa, quando um país tem mais como créditos à receber do que débitos a fazer, ele passa a ser credor, e não mais devedor, não é errado dizer pagou sua dívida externa, já que um menos o outros dá superávit e não déficit.

Ser um credor funcional (isto é, quando o valor total a receber é maior do que o valor total a pagar) é bem diferente de não ter dívidas.

Além disto a sua 'explicação' nunca foi apresentada pelos petistas. A versão apresentada por eles sempre foi que o "Brasil pagou a dívida externa e se livrou do FMI", o que é uma mentira completa.


Mas como eu já disse isso e isso deve ser coisa de petista, deixa pra lá.

Acho que você está esquecendo que o seu adorado partido sempre mentiu, ao afirmar que a dívida externa havia sido paga e que tal mentira foi repetida ad nauseam em toda a esgotosfera.
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Offline Fernando Silva

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #1792 Online: 13 de Dezembro de 2017, 08:29:48 »
Não esquecendo que essas tais de reservas foram conseguidas com dinheiro tomado por empréstimo aos brasileiros ao custo do aumento da dívida pública (que já está na casa dos trilhões). Pagamos juros pela dívida externa (que não foi paga, ao contrário do que anunciou Lula) e o governo paga juros pela dívida pública.
A origem das reservas não são apenas empréstimos. A origem das reservas são os superávits na balança de pagamentos (que incluem empréstimos mas não são exclusivos). Veja:

Reservas Internacionais Brasileiras

Para os não economistas é importante destacar um dos conceitos para reservas internacionais: total de moedas estrangeiras mantido pelo Banco Central e disponível para uso imediato. As reservas internacionais têm origem nos superávits do balanço de pagamentos, assim sempre que há uma entrada de moeda estrangeira, o Banco Central do Brasil realiza o câmbio, ficando com a moeda estrangeira e pagando os exportadores em reais, assim sempre que há mais entradas de moedas estrangeiras que saídas, o Banco Central aumenta as suas reservas. Do outro lado, quando o país realiza saída de divisas, usam-se as reservas internacionais. As reservas internacionais possuem dois conceitos básicos, o conceito caixa  e o conceito de liquidez internacional.

http://www.infonet.com.br/noticias/economia//ler.asp?id=131591
Boa parte destes dólares que entram é resultado das vendas ao exterior. Uma parte vai direto para as mãos do governo, no caso da Petrobras, mas o resto tem que ser comprado dos exportadores. Para isto, é preciso usar o dinheiro que o governo pega emprestado dos contribuintes.

É por isso que entendo que as reservas são, em sua maior parte, formadas à custa do aumento da dívida interna.
« Última modificação: 13 de Dezembro de 2017, 08:31:52 por Fernando Silva »

Offline Fernando Silva

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #1793 Online: 13 de Dezembro de 2017, 08:33:32 »
Acho que você está esquecendo que o seu adorado partido sempre mentiu, ao afirmar que a dívida externa havia sido paga e que tal mentira foi repetida ad nauseam em toda a esgotosfera.
Além de não ter sido paga, disparou. E a dívida interna chegou à casa dos trilhões.
O pior é que não foi resultado de gastos para o futuro, sustentáveis, e sim dinheiro jogado fora.

Offline JJ

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #1794 Online: 13 de Dezembro de 2017, 08:37:57 »

Boa parte destes dólares que entram é resultado das vendas ao exterior. Uma parte vai direto para as mãos do governo, no caso da Petrobras, mas o resto tem que ser comprado dos exportadores. Para isto, é preciso usar o dinheiro que o governo pega emprestado dos contribuintes.

É por isso que entendo que as reservas são, em sua maior parte, formadas à custa do aumento da dívida interna.


Você sabe de algum artigo que mostre claramente que o governo vende títulos da dívida pública visando explicitamente comprar dólares dos exportadores ?

Você pode indicar ?


Offline JJ

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #1795 Online: 13 de Dezembro de 2017, 08:42:53 »
Acho que você está esquecendo que o seu adorado partido sempre mentiu, ao afirmar que a dívida externa havia sido paga e que tal mentira foi repetida ad nauseam em toda a esgotosfera.
Além de não ter sido paga, disparou. E a dívida interna chegou à casa dos trilhões.
O pior é que não foi resultado de gastos para o futuro, sustentáveis, e sim dinheiro jogado fora.



É bom lembrar que em termos de taxa aumento de dívida pública, o governo FHC foi recordista.  A taxa de aumento da dívida pública foi  maior no governo FHC do que no governo Lula.


A Dívida Pública nos Governos Cardoso, Lula e Dilma: uma análise comparativa


[...]

"Não por acaso, houve uma elevação da dívida pública líquida em relação ao PIB durante o primeiro governo Cardoso. Em 1994, ainda no governo Itamar, a dívida correspondia a 30% do PIB; em 1999, chegou a 44,5% do PIB; e, no último ano do segundo governo Cardoso, em 2002, a dívida já havia alcançado aproximadamente 50% do PIB. Maiores detalhes, ver: Sales, T. “Vulnerabilidade Externa ao Longo dos Governos FHC e Lula”, dissertação de mestrado, PEPI, IE-UFRJ, 2012.

Nota-se, também, que essa evolução da dívida pública não ocorreu como contrapartida de um processo de transformação de forças produtivas, de industrialização ou de conquistas sociais, mas como resultado de um endividamento externo privado excessivo e de seu repasse posterior a toda sociedade brasileira por meio das finanças do Estado."

[...]

https://jornalggn.com.br/noticia/a-divida-publica-nos-governos-cardoso-lula-e-dilma-uma-analise-comparativa



« Última modificação: 13 de Dezembro de 2017, 08:52:06 por JJ »

Offline Geotecton

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #1796 Online: 13 de Dezembro de 2017, 08:52:24 »
Acho que você está esquecendo que o seu adorado partido sempre mentiu, ao afirmar que a dívida externa havia sido paga e que tal mentira foi repetida ad nauseam em toda a esgotosfera.
Além de não ter sido paga, disparou. E a dívida interna chegou à casa dos trilhões.
O pior é que não foi resultado de gastos para o futuro, sustentáveis, e sim dinheiro jogado fora.
É bom lembrar que em termos de taxa aumento de dívida pública, o governo FHC foi recordista.  A taxa de aumento da dívida pública foi muito maior no governo FHC do que no governo Lula.

É bom SABER o porquê isto aconteceu.

O aumento no período do senhor Cardoso ocorreu porquê a União absorveu as dívidas do estados, dos municípios e de algumas empresas públicas; enquanto que no período petista, o aumento ocorreu para que fosse montada uma reserva internacional em moeda forte e para financiar as trapaças petistas via BNDES.
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Offline JJ

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #1797 Online: 13 de Dezembro de 2017, 08:59:29 »

E aqui um gráfico que mostra que foi ainda pior (34% em 1995 foi para 76% em 2002) do que o mostrado no texto acima:


http://terracoeconomico.com.br/evolucao-da-divida-publica-brasileira-desde-1978-um-grafico-para-voce-refletir



Offline Diegojaf

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #1798 Online: 13 de Dezembro de 2017, 10:08:32 »

Você sabe de algum artigo que mostre claramente que o governo vende títulos da dívida pública visando explicitamente comprar dólares dos exportadores ?

Você pode indicar ?


Penúltimo ou antepenúltimo capítulo do livro "Ordem do Progresso", acho. É o que trata do segundo governo Lula e a mudança de orientação com a saída do Palocci e a subida da Dilma à posição de pré-candidata.
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline Fernando Silva

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #1799 Online: 13 de Dezembro de 2017, 10:52:36 »
É bom lembrar que em termos de taxa aumento de dívida pública, o governo FHC foi recordista.  A taxa de aumento da dívida pública foi  maior no governo FHC do que no governo Lula.
Isto aconteceu porque, ao criar a Lei de Responsabilidade Fiscal, o governo federal assumiu as dívidas dos estados.

 

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