Autor Tópico: Os estragos do chavismo na Venezuela  (Lida 123319 vezes)

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Offline Gaúcho

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #1925 Online: 15 de Janeiro de 2018, 14:57:38 »
Quem tem que resolver essa questão é o povo venezuelano. Foram eles que votaram no Maduro.
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

Offline Lorentz

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #1926 Online: 15 de Janeiro de 2018, 15:23:36 »
Quem tem que resolver essa questão é o povo venezuelano. Foram eles que votaram no Maduro.

Você sabe que eles não elegeram o cara. As eleições tem fortes indícios de fraude e o parlamento que tinha maioria anti-Maduro teve seu poder reduzido.
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Offline Fabrício

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #1927 Online: 15 de Janeiro de 2018, 16:04:53 »
Mas eles elegeram o Chavez...
"Deus prefere os ateus"

Offline Lorentz

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #1928 Online: 15 de Janeiro de 2018, 17:00:54 »
Mas eles elegeram o Chavez...

Dentro da democracia e constituição. Agora eles estão usando o mesmo instrumento usado para eleger Chavez legitimamente para tentar tirar o Maduro e não conseguem.
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Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #1929 Online: 15 de Janeiro de 2018, 19:12:52 »
Mas eles elegeram o Chavez...

Elegeram mesmo?

A empresa venezuelana que faz a urna responde por fraude em outros paises, Chávez mandou o exército queimar as urnas no dia seguinte ao da eleição para impedir uma recontagem, postei o link aqui mesmo na época.

Estava doente quando ganhou novamente após mudar o sistema eleitoral para garantir sua vantagem, morreu antes da posse mas mantiveram segredo e Maduro foi a cerimônia tomar posse em seu lugar para impedir novas eleições que aconteceriam de acordo com a lei.

Maduro impediu a oposição de assumir cargos no Congresso, depois cancelou eleições que aconteceriam dois anos atrás quando a oposição já era maioria no Congresso

Agora instituiu uma "constituinte" onde o Congreso eleito não tem participação.

Tem certeza que os Venezuelanos elegeram o Chávez?

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #1930 Online: 15 de Janeiro de 2018, 19:31:53 »
Sem falar que o Chávez ameaçou colocar o exército nas ruas se a oposição ganhasse e que um chavista acompanhava cada eleitor até o momento final de efetivar o voto dentro da cabine eleitoral para demitir funcionários públicos que se negasse a votar nele..

E foram demitidos.

« Última modificação: 15 de Janeiro de 2018, 19:34:12 por Arcanjo Lúcifer »

Offline Gauss

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #1931 Online: 15 de Janeiro de 2018, 20:38:15 »
Com o exército de quem? Dos EUA? O Brasil mal consegue superar militarmente a Venezuela e mal consegue pagar os funcionários públicos em situação de paz, quanto mais pagar uma conta de guerra.
O Brasil iria invadir a aliada Venezuela? O país que fabrica as urnas que nossos queridos políticos amam tanto?
Citação de: Gauss
Bolsonaro é um falastrão conservador e ignorante. Atualmente teria 8% das intenções de votos, ou seja, é o Enéas 2.0. As possibilidades desse ser chegar a presidência são baixíssimas, ele só faz muito barulho mesmo, nada mais que isso. Não tem nenhum apoio popular forte, somente de adolescentes desinformados e velhos com memória curta que acham que a ditadura foi boa só porque "tinha menos crime". Teria que acontecer uma merda muito grande para ele chegar lá.

Offline Pasteur

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #1932 Online: 15 de Janeiro de 2018, 21:46:50 »
Citar
Ex-policial monta tropa privada e rende quartel na Venezuela
By
Emma Sarpentier -
21/12/2017

Oscar Pérez, o ex-inspetor da polícia científica venezuelana que em junho utilizou um helicóptero para atacar o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), voltou a aparecer na última segunda-feira (18).

Coordenado por Pérez, um grupo de 49 homens vestidos com roupas pretas conseguiu entrar em um quartel da Guarda Nacional Bolivariana (GNB, a polícia militar) se identificando como funcionários da Direção Geral de Contrainteligência Militar (DGCIM), renderam todos os militares presentes e roubaram 26 fuzis AK-103, três pistolas 9mm PGP e mais de três mil munições.

Toda a ação foi filmada e disponibilizada no Twitter de Pérez. O grupo também teve tempo para destruir imagens dos ditadores Nicolás Maduro e Hugo Chávez e deixar a mensagem “Liberdade 350” na parede, em referência a um artigo da Constituição venezuelana: “o povo da Venezuela desconhecerá qualquer regime que contrarie os valores, princípios e garantias democráticas ou viole os direitos humanos”. De acordo com Pérez, a ação, chamada por ele de “Operação Gênesis”, foi uma “operação tática impecável onde recuperamos as armas do povo e para o povo”.

<a href="https://www.youtube.com/v/YMJyzeyBUFY" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/YMJyzeyBUFY</a>

Ao saber do ataque, o ditador Nicolás Maduro ordenou que as Forças Armadas “mandem chumbo nos terroristas” e, revoltado, afirmou: “O que essas pessoas acham? Que podem atacar um núcleo das Forças Armadas, roubar uns fuzis e ameaçar a democracia e que isso será tolerado? (…) Tolerância zero, com a Constituição na mão!”. Maduro também culpou a Agência Central de Inteligência (CIA) americana pelo ataque.

Desde o ataque de Oscar Pérez e seu grupo em junho, a ditadura de Maduro busca capturá-lo vivo ou morto, oferecendo uma recompensa para quem possa fornecer informações sobre Pérez e seus homens. Na prática, o novo ataque mostra a vulnerabilidade do regime e a redução do seu controle sobre as Forças Armadas.

https://oglobo.globo.com/mundo/2018/01/15/2273-piloto-rebelde-venezuelano-morre-em-operacao-da-policia-diz-cnn

 :bua:

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #1933 Online: 15 de Janeiro de 2018, 22:52:15 »
Acho que agora a coisa pega fogo de vez.


Offline -Huxley-

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #1934 Online: 15 de Janeiro de 2018, 23:03:07 »
Venezuela: a vida num país em colapso

https://www.terra.com.br/noticias/venezuela-a-vida-num-pais-em-colapso,e36835072606afd21b0fa8b7b7ba2b07em8hw70a.html

Reportagem excelente que mostra o real tamanho da desgraça de viver na Venezuela. Alguns depoimentos são quase inacreditáveis.

Alguns sociólogos estimam que 2 milhões de venezuelanos já fugiram do país desde o começo do chavismo.
« Última modificação: 15 de Janeiro de 2018, 23:08:08 por -Huxley- »

Offline -Huxley-

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #1935 Online: 16 de Janeiro de 2018, 00:34:00 »
"Tragédia dos comuns" explica porque ditaduras como a de Maduro duram tanto:

https://veja.abril.com.br/blog/cacador-de-mitos/por-que-as-ditaduras-duram-tanto/

Offline -Huxley-

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #1936 Online: 16 de Janeiro de 2018, 00:37:37 »
CNN: líder rebelde venezuelano está morto

Mundo 15.01.18 19:59

A CNN em espanhol informa que o líder rebelde Óscar Perez foi morto no cerco das forças de segurança de Nicolas Maduro.

A informação, ainda não confirmada oficialmente, foi obtida junto a um integrante do grupo de resistência comandado por Perez.

Confira AQUI o vídeo que Perez gravou pouco antes de sua morte.

Fonte: https://www.oantagonista.com/mundo/cnn-lider-rebelde-venezuelano-esta-morto/

Offline -Huxley-

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #1937 Online: 16 de Janeiro de 2018, 00:39:44 »
Medo ou coragem? O que será que o vídeo do mártir despertará mais?

O Antagonista:"Ele gravou um vídeo em que aparece ferido e diz que está disposto a se entregar. Mas os militares continuam atirando."


« Última modificação: 16 de Janeiro de 2018, 00:42:43 por -Huxley- »

Offline Pasteur

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #1938 Online: 16 de Janeiro de 2018, 00:57:53 »
Medo ou coragem? O que será que o vídeo do mártir despertará mais?

O Antagonista:"Ele gravou um vídeo em que aparece ferido e diz que está disposto a se entregar. Mas os militares continuam atirando."

Citar
<a href="https://www.youtube.com/v/IFrCILlxNnY" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/IFrCILlxNnY</a>

Offline JJ

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #1939 Online: 16 de Janeiro de 2018, 08:19:37 »
Venezuela: a vida num país em colapso

https://www.terra.com.br/noticias/venezuela-a-vida-num-pais-em-colapso,e36835072606afd21b0fa8b7b7ba2b07em8hw70a.html

Reportagem excelente que mostra o real tamanho da desgraça de viver na Venezuela. Alguns depoimentos são quase inacreditáveis.

Alguns sociólogos estimam que 2 milhões de venezuelanos já fugiram do país desde o começo do chavismo.


A repressão  comandada pelo ditador  Má Duro:


[...]
Em novembro de 2017, as ONGs Human Rights Watch (HRW) e Fórum Penal publicaram um relatório conjunto sobre as violações de direitos humanos cometidas pelas Forças Armadas venezuelanas durante os protestos de maio e os meses seguintes. Gás lacrimogêneo, jatos d'água e armas de ar comprimido foram usadas sistematicamente. As balas de borracha, em muitos casos, eram recheadas com bolas de gude, estilhaços de vidro ou parafusos metálicos para causar ferimentos e dor.


"Os protestos foram reprimidos mais brutalmente que antes", diz Tamara Taraciuk, pesquisadora sênior da HRW Americas. "Basta olhar os números: em 2014, 43 pessoas morreram em protestos e 800 ficaram feridas [na Venezuela]. Em 2017, 124 pessoas morreram e duas mil ficaram feridas", enumera.

O relatório da HRW também menciona vários casos de tortura em centros de detenção. Diz que homens mulheres e adolescentes foram submetidos a choques elétricos, espancamentos cruéis, abusos sexuais, e asfixia e detidos junto com dezenas de outras pessoas em minúsculas celas sem ventilação, tendo acesso a apenas um mínimo de água e comida."

[...]


https://www.terra.com.br/noticias/venezuela-a-vida-num-pais-em-colapso,e36835072606afd21b0fa8b7b7ba2b07em8hw70a.html


Offline JJ

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #1940 Online: 16 de Janeiro de 2018, 08:22:11 »


Este é o Socialismo do Século XXI




Offline JJ

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #1941 Online: 16 de Janeiro de 2018, 08:30:02 »
Venezuela


Contra o capitalismo, pelo "socialismo do século XXI"


por Redação Carta Capital — publicado 05/03/2013 21h05, última modificação 05/03/2013 21h34


Em quase 14 anos no poder, Chávez usou o petróleo venezuelano para bancar programas sociais contra a pobreza


Nos quase 14 anos como presidente da Venezuela, o tenente-coronel reformado Hugo Chávez, morto nesta terça-feira 5 vítima de um câncer, construiu uma imagem associada ao bolivarianismo. Dono do lema "socialismo do século XXI", ampliou o papel do Estado na economia com nacionalizações, controle de preços  e parcerias público-privadas.


Afastou-se dos Estados Unidos, seu maior parceiro comercial, e reforçou laços com o regime cubano de Fidel Castro. Por outro lado, buscou criar alianças estrangeiras com potências emergentes, como China, Rússia e Brasil.


Crítico ferrenho do capitalismo, que acusou de "expropriar o povo" e de ser "a condenação da raça humana", Chávez procurou adotar medidas para diminuir a desigualdade no país. Apoiado nas receitas geradas pelo petróleo da Venezuela, que detém as maiores reservas do mundo, reduziu os níveis de pobreza de 42% para 9,5%.


"Assumimos o compromisso de dirigir a Revolução Bolivariana até o socialismo do século XXI, baseada na solidariedade, fraternidade, amor, liberdade e igualdade", disse ao ser reeleito em 2006.


Ao longo dos anos, demostrou-se um influente ator na América Latina, trabalhando com Bolívia, Cuba e Equador.


A partir de 2003, o governo passou a mostrar maior intervencionismo na economia, com controles como a fixação dos preços de alimentos básicos, como arroz, farinha e leite.


Com a elevação dos preços do petróleo em 2004, Chávez pediu uma série de reformas legais que permitiram o aumento das receitas com o item por meio de impostos e controle acionário dos projetos de energia concedidos na década de 1990 a petroleiras privadas nacionais e estrangeiras.

     
Com o lema "O petróleo é agora de todos", o carismático líder armou uma estrutura de fundos que permitiu o uso de enormes recursos para reforçar suas políticas sociais, mas também para financiar uma onda de nacionalizações que caracterizariam sua política econômica.


Chávez ordenou a recuperação de mais de 2,5 milhões de hectares de terras de propriedade privada e a nacionalização de setores estratégicos, como cimento, aço, telecomunicações, alimentos, elétrica ou bancário.


A siderúrgica argentina Sidor, a empresa mexicana de cimento Cemex, o banco espanhol Santander ou os supermercados Êxito - com participação acionária francesa -, são alguns dos principais nomes nesta série de expropriações.


Enquanto isso, também com recursos do Estado, Chávez promoveu a criação de cooperativas, empresas cogeridas e de produção social como novas formas de "propriedade solidária".


No entanto, o setor privado ficou com cada vez menos espaço de manobra por causa do controle do Estado e da inflação galopante. Em 2009, o Estado atingiu mais de 30% do PIB, uma ameaça à sua própria sobrevivência. A nova dinâmica nacional também foi estendida aos seus parceiros externos.


Confrontando politicamente os EUA, seu principal parceiro comercial, o governo de Chávez começou a buscar novos mercados, mais de acordo com a sua linha ideológica, como China, Rússia e Brasil.


A China, que até recentemente não estava no mapa econômico da Venezuela, é agora o segundo destino do petróleo nacional (500,00 b/d) e também um de seus principais financiadores, graças a uma série de acordos pelos quais o governo de Chávez conseguiu empréstimos de mais de 30 bilhões de dólares em troca de petróleo.


O PIB da Venezuela, que em 1998 foi de 91 bilhões de dólares, foi para 328 bilhões em 2011, impulsionado principalmente pelo aumento dos gastos governamentais.


O governo de Chávez, no entanto, não conseguiu controlar a alta inflação e evitar a escassez de commodities cíclicas e os efeitos disso sempre são sentidos nas massas, que seu governo sempre alegou tanto proteger.


Ao mesmo tempo, o país, com uma moeda supervalorizada para efeito de controle de câmbio, se tornou muito dependente das importações de produtos agrícolas, em particular.


Críticas


Por diversas vezes, o líder bolivariano foi criticado pela oposição por tentar dominar os meios de comunicação do país e se fazer onipresente na vida dos venezuelanos. Seduzia com o povo de forma carismática e desafiava constantemente seus opositores, que o derrotaram em poucas ocasiões nas urnas.


Poucos meses após assumir o poder em 1999, lançou o programa dominical "Alô, Presidente", com duração média de cinco horas aos domingos. Como principal plataforma de exposição, utilizou as cadeias de rádio e televisão (de transmissão obrigatória) para informar os venezuelanos, liberar recursos ou inaugurar obras em aparições sempre impregnadas por um estilo próprio, com piadas, contos e músicas.


Também atacava a oposição e os meios de comunicação privados, que chamava de "apátridas", "burgueses" ou "imperialistas". As acusações de conspiração contra seu governo eram constantes.


Mas a "guerra midiática", como afirmava Chávez, começou realmente durante o golpe de abril de 2002, que o afastou do poder por 48 horas, quando os canais privados optaram por exibir desenhos animados e não informar sobre as manifestações nas ruas que pediam o retorno do presidente.


Chávez decidiu em 2007 não renovar a concessão da RCTV, a mais antiga emissora de televisão do país, que tinha grande audiência, o que provocou uma onda de protestos liderados por estudantes e muitas críticas internacionais.


Desde então, apenas um canal de oposição continuou com transmissão em sinal aberto, a Globovisión, mas com um alcance limitado a Caracas e à cidade de Valencia, enquanto a frequência da RCTV - a de maior alcance - passou a ser usada pela estatal TVES.


A Globovisión, apesar de não ter sofrido o mesmo destino da RCTV e de outras 30 emissoras de rádio, recebeu multas milionárias, dezenas de processos administrativos e acusações contra os sócios do sócios do canal, chamado por Chávez de "terrorista midiático".


A deposição


Em abril de 2002, Chávez foi deposto por um golpe da cúpula militar em meio a manifestações contra seu governo. Pouco depois, acabou devolvido ao poder por militares leais e multidões entusiasmadas.


Após o golpe, Fidel Castro forneceu milhares de médicos, agrônomos, assessores militares e militantes a Chávez para montar as chamadas "missões" sociais que lhe deram mais apoio popular. Este, por sua vez, se tornou o salvador de uma Cuba frágil após a queda da União Soviética, com o fornecimento de petróleo e ajuda econômica.


Chávez também passou a criar iniciativas regionais como o grupo de integração econômica e coordenação política Aliança Bolivariana das Américas (ALBA), integrada por Bolívia, Cuba, Equador, Nicarágua e ilhas caribenhas anglófonas, assim como o Petrocaribe, de subsídios petroleiros.

Implacável com os opositores, isolou quem não estava com ele e retomou de Fidel Castro os EUA como inimigo do país. No entanto, foi suficientemente pragmático para manter seu calendário de eleições e referendos e para seguir enviando um milhão de barris diários de petróleo a Washington.


Chávez governou de forma pouco convencional, misturando seu olfato político e o ensino militar, delegando poderes apenas a um pequeno grupo de colaboradores, do qual talvez saia seu herdeiro político.


Sob esta ótica, seu chanceler e vice-presidente, Nicolás Maduro, foi apontado como seu sucessor no auge de sua batalha contra o câncer. Definido por Chávez como "um revolucionário por completo, um homem com muita experiência, apesar de sua juventude", Maduro foi designado pelo bolivariano para sucedê-lo em 9 de dezembro, dois dias antes de embarcar para uma cirurgia em Cuba.


Ao morrer, Chávez concentrava um grande poder em suas mãos. Era presidente, comandante-em-chefe das Forças Armadas e presidente do PSUV. Além disso, seus partidários controlam a maioria parlamentar e ostentam uma maioria no Supremo Tribunal de Justiça.


Filho de dois professores de educação primária e criado por sua avó materna, Chávez cresceu em Sabaneta, estado de Barinas (sudoeste). Casou-se e se divorciou duas vezes, e teve quatro filhos.

 

Com informações AFP.


https://www.cartacapital.com.br/internacional/contra-o-capitalismo-pelo-socialismo-do-seculo-xxi


Offline JJ

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #1942 Online: 16 de Janeiro de 2018, 08:36:35 »
   
Moção de apoio ao povo venezuelano e ao seu presidente Nicolás Maduro


Publicado em Quarta, 20 Setembro 2017 11:44


O Conselho Nacional de Entidades – CNE, instância deliberativa da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação – CNTE, que reuniu em Brasília nos dias 14 e 15 de setembro de 2017 mais de 100 representantes de suas entidades de base filiadas de todo o Brasil, vem a público prestar apoio ao povo venezuelano, ao processo revolucionário em curso no país e ao seu Presidente Nicolás Maduro.


Os ataques permanentes perpetrados contra esse país irmão são de tal magnitude que o ambiente interno está, há muito, forjado em disputas vorazes pelo poder e em guerra permanente. Todos sabemos que os interesses em desestabilizar o governo do Presidente Maduro, legítimo representante da Revolução Bolivariana em curso no país, e ratificado mais de uma vez pela vontade soberana da maioria da população, são articulados de forma global. Ali, naquele pequeno país ao norte da América do Sul, e voltado para o mar do Caribe, encontram-se reservas gigantescas de petróleo, uma das maiores do mundo.


Pois essa sua enorme riqueza natural, que desde a chegada de Chávez ao poder em 1999 passou a ser usufruída pelo povo, é objeto de ganância e de cobiça da maior potência econômica do planeta e, também, a maior ´promotora de guerras ao redor do mundo. O que se vive na Venezuela não é nada se não a promoção de uma guerra deliberada e permanente contra o seu governo eleito democraticamente e, sobretudo, contra o seu povo. Nessa guerra, unem-se potências estrangeiras, grandes corporações internacionais e uma elite local disposta aos maiores absurdos contra os seus próprios compatriotas, como o fomento a blecautes e restrições ao comércio de alimentos, deixando o país com uma grande escassez de produtos nos supermercados.


Os/as educadores/as brasileiros/as colocam-se solidários ao povo venezuelano, ao seu processo político revolucionário iniciado pelo Comandante Chávez e o seu presidente Nicolás Maduro! Pela autodeterminação dos povos, condenamos toda e qualquer ingerência externa no processo político dos países! Viva a Venezuela e seu povo irmão!


http://www.cnte.org.br//documentos/mocoes/19041-mocao-de-apoio-ao-povo-venezuelano-e-ao-seu-presidente-nicolas-maduro.html


« Última modificação: 16 de Janeiro de 2018, 08:38:53 por JJ »

Offline JJ

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #1943 Online: 16 de Janeiro de 2018, 08:43:35 »

PT e PC do B assinam apoio a regime de Nicolás Maduro


Partidos subscrevem documento que defende presidente venezuelano em meio à escalada da violência nas ruas e da pressão sobre o Legislativo no país vizinho

         
Pedro Venceslau, Gilberto Amendola e Valmar Hupsel Filho, O Estado de S.Paulo


22 Julho 2017 | 05h00


Os três principais partidos de esquerda do Brasil – PT, PC do B e PDT – intensificaram o discurso em defesa do regime chavista de Nicolás Maduro na Venezuela no momento que o país vizinho vive uma escalada de violência política que já deixou mais de cem mortos desde abril, segundo o Ministério Público local.


Nesta quarta-feira, 19, o PT e o PC do B subscreveram em Manágua, capital de Nicarágua, a resolução final do 23.º Encontro do Foro de São Paulo, organização que reúne diversos partidos de esquerda da América Latina e do Caribe.


O texto defende a elaboração de uma nova Constituição que amplia os poderes de Maduro, exalta o “triunfo das forças revolucionárias na Venezuela” e diz que a “revolução bolivariana é alvo de ataque do imperialismo e de seus lacaios”.


A senadora Gleisi Hoffmann, presidente do PT, participou do 23.º Foro de São Paulo, realizado na Nicarágua Foto: FORO DE SÃO PAULO


Presente ao encontro, a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), fez um discurso no qual afirmou que o partido manifesta “apoio e solidariedade” ao governo do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), seus aliados e ao presidente Nicolás Maduro “frente à violenta ofensiva da direita contra o governo da Venezuela”.


Os representantes brasileiros no Foro não fizeram menção ao ataque ao parlamento neste mês promovido por militantes chavistas ou às denúncias de violência por parte do aparato militar oficial do Estado.


O acirramento da violência tem como marco o mês de abril, com a morte de dois estudantes. No dia 6, Jairo Ortiz, de 19 anos, levou um tiro no tórax durante um protesto. Dias depois, Daniel Queliz, 20 anos, foi morto com um tiro no pescoço. Para a oposição, Maduro quer mudar a Constituição para ampliar seus poderes.


“Nosso apoio ao Maduro é total. O Foro foi bem unificado em relação à Venezuela. Não houve omissão, porque a virulência da oposição está grande e conta com muito apoio externo”, afirmou Ana Prestes, da Fundação Maurício Grabois e uma das representantes do PC do B. Procurada, Gleisi Hoffmann não quis se manifestar.


O deputado Paulo Teixeira (PT-SP), que integra a direção nacional do partido, disse que a legenda “não corrobora com ações de violência estatal”.


Em Manágua, representantes do PT e do PC do B também condenaram o ataque feito por oposicionistas à Corte Suprema venezuelana. O PDT não enviou representantes ao evento, mas alinhou o discurso. “Nós apoiamos a autonomia do povo venezuelano de decidir seu destino. Condenamos atos de violência, mas pontuamos que, no caso da violência, ela vem dos dois lados”, disse Carlos Lupi, presidente nacional do PDT.


O evento na Nicarágua, que homenageou o líder cubano Fidel Castro, produziu uma resolução de rechaço ao que foi chamado de “golpe de Estado” no Brasil e de apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.


Reduzido. Oficialmente, o Foro de São Paulo tem sete partidos brasileiros inscritos: PT, PDT, PC do B, PCB, PPL, PSB e PPS. A maioria deles, porém, deixou de enviar representantes ao evento nos últimos anos. “Hoje apenas alguns membros antigos do diretório do PSB defendem o Foro. O regime de Maduro é uma loucura. A Constituinte que ele convocou é uma tentativa de Estado totalitário”, afirmou o deputado Julio Delgado (PSB-MG).


O secretário-geral do PCB, Edmilson Costa, disse que o partido tem críticas ao Foro, mas apoia “incondicionalmente o governo bolivarianista de Maduro”. O deputado Ivan Valente (PSOL-SP) afirmou que o partido nunca participou do encontro, mas preferiu não opinar sobre o regime de Maduro.


O ex-ministro Roberto Freire, presidente do PPS, disse que estava no início do Foro de São Paulo, mas se afastou. “Era uma reunião na qual existiam partidos que tinham uma visão democrática bem acentuada, tal como nós. Imaginava-se que aquilo iria ser uma organização pluralista. No momento em que passou a ser um instrumento de concepções antidemocráticas e totalitárias que resultaram nessa ditadura venezuelana, o partido se afastou.”


O Foro foi fundado em 1990 por Lula e Fidel. O objetivo inicial era debater a nova conjuntura internacional pós-queda do Muro de Berlim. A primeira edição ocorreu na cidade de São Paulo, daí o nome dado ao encontro. Desde então, ocorre a cada um ou dois anos.


‘Plataforma’. Para o professor de Relações Internacionais da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Oliver Stunkel, o Foro de São Paulo teve maior importância no primeiro mandato de Lula, a partir da atuação do então assessor especial para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia. “Era uma plataforma importante para auxiliar os presidentes no momento em que a esquerda crescia na America Latina”, disse Stunkel.


Essa importância, segundo o professor, já não é a mesma porque os representantes dos países no Foro não têm mais ligação direta com os presidentes da República. No início do governo Lula, lembrou, as esquerdas viviam um período de ascensão no continente. A influência do Foro era sentida nas negociações do Mercosul e até nas decisões econômicas do Brics (grupo de países emergentes).


Além do próprio Lula, o período teve governantes como Hugo Chávez (Venezuela), Evo Morales (Bolívia), Rafael Correa (Equador), Cristina Kirchner (Argentina), Fernando Lugo (Paraguai) e Manuel Zelaya (Honduras).



http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,pt-e-pc-do-b-assinam-apoio-a-regime-de-nicolas-maduro,70001900099




Offline Geotecton

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #1944 Online: 16 de Janeiro de 2018, 08:47:42 »
Idiotas esquerdistas destituídos de conhecimento e agindo de má-fé.

Típico!
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Offline Pasteur

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #1945 Online: 16 de Janeiro de 2018, 09:35:18 »

Offline JJ

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #1946 Online: 16 de Janeiro de 2018, 18:31:16 »
Acho que agora a coisa pega fogo de vez.



Se algum grupo conseguir  uma boa ajuda externa,  certamente  poderá  ocorrer uma resistência,  com alguma chance significativa de obter um bom resultado.  Sem ajuda externa eu duvido muitíssimo.


« Última modificação: 16 de Janeiro de 2018, 19:03:46 por JJ »

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #1947 Online: 16 de Janeiro de 2018, 19:39:04 »
Acho que agora a coisa pega fogo de vez.



Se algum grupo conseguir  uma boa ajuda externa,  certamente  poderá  ocorrer uma resistência,  com alguma chance significativa de obter um bom resultado.  Sem ajuda externa eu duvido muitíssimo.




O Maduro tem comida para alimentar milicianos? Pode pagar salários? Ah o que a produção  mal dá para alimentar o exército adequadamente e já existem relatos de militares roubando comida,

Pronto, a coisa virá de um racha entre eles.


Offline JJ

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #1948 Online: 18 de Janeiro de 2018, 09:11:22 »
Acho que agora a coisa pega fogo de vez.



Se algum grupo conseguir  uma boa ajuda externa,  certamente  poderá  ocorrer uma resistência,  com alguma chance significativa de obter um bom resultado.  Sem ajuda externa eu duvido muitíssimo.




O Maduro tem comida para alimentar milicianos? Pode pagar salários? Ah o que a produção  mal dá para alimentar o exército adequadamente e já existem relatos de militares roubando comida,

Pronto, a coisa virá de um racha entre eles.



Para o Óscar Perez isto não funcionou.




Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #1949 Online: 18 de Janeiro de 2018, 09:17:47 »
Mas já deixou claro que a situação não está boa.

Ele não deve ser o único.

 

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