Autor Tópico: Os estragos do chavismo na Venezuela  (Lida 123268 vezes)

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Offline Pagão

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #650 Online: 17 de Junho de 2016, 05:06:35 »

Pagão, qual  é a visão dos partidos de esquerda portugueses acerca da Venezuela? É a mesma imbecilidade do partidos de esquerda brasileiros? Ou isso não se comenta muito por aí?

Sei que Portugal está sendo governado na Asembleia Nacional pela chamada Frente de Esquerda, por isso a curiosidade.
https://pt.wikipedia.org/wiki/XXI_Governo_Constitucional_de_Portugal

Gauss, sobre a Venezuela há um silêncio excessivo entre a classe política portuguesa, não se "ataca" nem se "defende" o que está a acontecer. Há uma certa preocupação devido à grande comunidade portuguesa que lá vive e devido aos negócios que todos os últimos governantes portugueses fomentaram com os governos chavistas, com visitas de parte a parte e muitos empresários metidos também... Julgo que os venezuelanos não têm cumprido muito daquilo a que se comprometeram.

Todavia, quando se trata de comentário político nas comunicação social (e há aqui numerosos programas de televisão e rádio de comentário político) tanto os comentadores de direita quantos os de esquerda denunciam o desrespeito pelas regras democráticas do chavismo, não se ouve ninguém a defender o chavismo, nem mesmo os assumidamente comunistas se manifestam pró e antes ficam calados...

Na minha opinião, Portugal não está a ser governado por uma Frente de Esquerda. Está a ser governado por um partido socialista de centro esquerda e bem moderado, abertamente pró-União Europeia (talvez o partido português mais pró-U.E.), que apenas procura manter o Estado Social o mais possível (sistema nacional de saúde, escola pública, sistema de pensões) e nem fala de socialismo, apenas fala de contrariar aquilo que chamam de neoliberalismo.

O que acontece é que, fora do governo (este é só formado pelo partido socialista) há dois partidos de esquerda que apoiam o governo nas votações no parlamento (o bloco de esquerda e o partido comunista português), porque doutra maneira o governo cairia e eles sabem que o regresso da direita ao poder seria muito provável com novas eleições. Isto ocorre porque o bloco de direita ganhou a últimas eleições e foi preciso que os dois partidos de extrema esquerda (bloco de esquerda + comunistas) aceitassem apoiar um governo do partido socialista para afastar a direita do poder..., mas com o compromisso de que essa extrema esquerda não entraria no governo... Ou seja, não há Frente de Esquerda a governar Portugal, apenas apoios parlamentar como única forma de evitar o regresso da direita ao poder... E como digo, o partido socialista faz uma política muito moderada..., alguns comentadores até dizem que não encontram socialismo nessa política (só tem havido forte polémica com a retirada de alguns subsídios estatais a colégios privados... e pouco mais).

Além disso, foi recentemente eleito um Presidente da República de direita.... E que tem feito ele?... Apoiar ao máximo o governo do partido socialista!!!!... Excentricidades lusitanas...
Nenhuma argumentação racional exerce efeitos racionais sobre um indivíduo que não deseje adotar uma atitude racional. - K.Popper

Offline Gauss

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #651 Online: 17 de Junho de 2016, 14:09:57 »
O Partido Socialista em Portugal deve ser como o PSDB aqui no Brasil, uma visão mais Social-Democrata que muitas vezes é chamado de neoliberal pela extrema-esquerda. Essas excentricidades devem ser típicas dos Lusófonos. Aqui no  Brasil tínhamos um partido chamado Partido da Frente Liberal, mas eram conservadores. Ai tem o Partido Social-Democrata que não é social-democrata, mas conservador. Aqui no Brasil os partidos que polarizam a população há uns 20 anos(isso tem  mudado agora) tinham um programa de governo quase idêntico.

Mas fora isso, quem dera um sistema como o português aqui no Brasil. Creio que a bizarrice política e a corrupção devem ser muito mais baixos por ai.

https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%8Dndice_de_Percep%C3%A7%C3%A3o_de_Corrup%C3%A7%C3%A3o

Um 28º lugar é bem melhor que um 76º.
Citação de: Gauss
Bolsonaro é um falastrão conservador e ignorante. Atualmente teria 8% das intenções de votos, ou seja, é o Enéas 2.0. As possibilidades desse ser chegar a presidência são baixíssimas, ele só faz muito barulho mesmo, nada mais que isso. Não tem nenhum apoio popular forte, somente de adolescentes desinformados e velhos com memória curta que acham que a ditadura foi boa só porque "tinha menos crime". Teria que acontecer uma merda muito grande para ele chegar lá.

Offline Jack Carver

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #652 Online: 17 de Junho de 2016, 20:16:16 »
E sobre a água de Portugal, é verdade?
<a href="https://www.youtube.com/v/jprI-c9EgYQ" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/jprI-c9EgYQ</a>
O Brasil é um país de sabotadores profissionais.

“Dêem-me controle sobre o dinheiro de uma nação e não me importa quem faz as suas leis. - Mayer Amschel Rothschild

Offline Pagão

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #653 Online: 18 de Junho de 2016, 06:34:04 »
E sobre a água de Portugal, é verdade?
<a href="https://www.youtube.com/v/jprI-c9EgYQ" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/jprI-c9EgYQ</a>

Bem a conspiração de famílias em 1776, os illuminati... Tudo isso não me convence...

Mas quanto ao assunto sério: A gestão da água potável está sendo privatizada em alguns municípios. Na zona onde moro já corre uma petição pública pela diminuição do preço da água que é de facto elevado.

Uma privatização global do fornecimento de água potável ainda não existe.

http://observador.pt/2015/05/20/governo-diz-que-reforma-nas-aguas-evita-privatizacao-do-grupo-aguas-de-portugal/

https://tretas.org/PrivatizacaoDaAgua

O ponto 2 tem uma boa cronologia do que vem acontecendo em Portugal.

O novo governo socialista...
http://www.cmjornal.xl.pt/nacional/politica/detalhe/governo_afasta_por_completo_a_privatizacao_das_aguas.html


« Última modificação: 18 de Junho de 2016, 06:41:04 por Pagão »
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #654 Online: 18 de Junho de 2016, 13:57:27 »
Essa descrição do cenário político português me dá um friozinho na barriga por me parecer algo que poderia ser apenas sutilmente adaptado para descrever o cenário do Lula light quando recém eleito.... :medo:

Offline Gigaview

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #655 Online: 18 de Junho de 2016, 14:34:44 »
É só comprar ações na Bolsa e virar sócio dos Illuminati. Se comprar ações ordinárias tem direito a voto em assembléia.
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

Offline Pagão

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #656 Online: 18 de Junho de 2016, 14:43:04 »
Essa descrição do cenário político português me dá um friozinho na barriga por me parecer algo que poderia ser apenas sutilmente adaptado para descrever o cenário do Lula light quando recém eleito.... :medo:

Talvez seja difícil comparar cenários políticos entre um país plenamente soberano e um outro com soberania limitada por integração na União Europeia e no Euro (o eufemismo da dita "soberania partilhada"). Isso, impede aqui "originalidades" ideológicas ou práticas políticas "heterodoxas"...
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Offline Gauss

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #657 Online: 18 de Junho de 2016, 16:07:11 »
Talvez seja difícil comparar cenários políticos entre um país plenamente soberano e um outro com soberania limitada por integração na União Europeia e no Euro (o eufemismo da dita "soberania partilhada"). Isso, impede aqui "originalidades" ideológicas ou práticas políticas "heterodoxas"...

Mas permite referendos como ocorre na Grã-Bretanha atualmente, certo? Desconfio do Bloco de Esquerda(partido).

https://en.wikipedia.org/wiki/Left_Bloc

Eles parecem ter ideias semelhantes ao PSOL ou setores do PT aqui. Se eles se fortalecerem, poderá ser um desastre.
Citação de: Gauss
Bolsonaro é um falastrão conservador e ignorante. Atualmente teria 8% das intenções de votos, ou seja, é o Enéas 2.0. As possibilidades desse ser chegar a presidência são baixíssimas, ele só faz muito barulho mesmo, nada mais que isso. Não tem nenhum apoio popular forte, somente de adolescentes desinformados e velhos com memória curta que acham que a ditadura foi boa só porque "tinha menos crime". Teria que acontecer uma merda muito grande para ele chegar lá.

Offline Pagão

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #658 Online: 18 de Junho de 2016, 16:59:04 »
Talvez seja difícil comparar cenários políticos entre um país plenamente soberano e um outro com soberania limitada por integração na União Europeia e no Euro (o eufemismo da dita "soberania partilhada"). Isso, impede aqui "originalidades" ideológicas ou práticas políticas "heterodoxas"...

Mas permite referendos como ocorre na Grã-Bretanha atualmente, certo? Desconfio do Bloco de Esquerda(partido).

https://en.wikipedia.org/wiki/Left_Bloc

Eles parecem ter ideias semelhantes ao PSOL ou setores do PT aqui. Se eles se fortalecerem, poderá ser um desastre.

Permite os referendos (veja-se os referendos na Grécia), mas os grandes partidos enfeudados à U.E. não os querem nem os quiseram para as entradas na U.E. e depois no euro. A questão é outra, trata-se das políticas de privatização, de apoio ao sistema bancário, de investimento público, de acordos financeiros e económicos com outros países lusófonos,... Bruxelas mete-se em tudo...

Quanto ao Bloco de Esquerda, o que me parece é que é um partido largamente promovido pela comunicação social, tanto a pública quanto a privada, e evita-se obrigá-lo a mostrar o que realmente é... Porquê? Julgo que há dois objetivos: enfraquecer o Partido Socialista (interesse da direita)  e também enfraquecer o Partido Comunista Português (interesse da direita e também do Partido Socialista).
« Última modificação: 18 de Junho de 2016, 17:04:39 por Pagão »
Nenhuma argumentação racional exerce efeitos racionais sobre um indivíduo que não deseje adotar uma atitude racional. - K.Popper

Offline André Luiz

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #659 Online: 19 de Junho de 2016, 11:49:08 »
Parece que houve troca na cúpula militar.
Alguns tão falando que teremos uma Siria na América Latina.

Acho que ao menos por enquanto tal hipótese é um exagero

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #660 Online: 19 de Junho de 2016, 11:54:51 »
Parece que houve troca na cúpula militar.
Alguns tão falando que teremos uma Siria na América Latina.

Acho que ao menos por enquanto tal hipótese é um exagero

Não acho, e acho que está próximo de acontecer.

O país não tem mais produção industrial alguma, a população não tem comida nem o básico, entregaram o comando de tudo aos traficantes amigos do Maduro.

Deve existir ainda, dentro das FA, gente que está farta dessa situação.

É questão de tempo.

Offline Gaúcho

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #661 Online: 20 de Junho de 2016, 17:31:48 »
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Venezuelans Ransack Stores as Hunger Grips the Nation

CUMANÁ, Venezuela — With delivery trucks under constant attack, the nation’s food is now transported under armed guard. Soldiers stand watch over bakeries. The police fire rubber bullets at desperate mobs storming grocery stores, pharmacies and butcher shops. A 4-year-old girl was shot to death as street gangs fought over food.

Venezuela is convulsing from hunger.

Hundreds of people here in the city of Cumaná, home to one of the region’s independence heroes, marched on a supermarket in recent days, screaming for food. They forced open a large metal gate and poured inside. They snatched water, flour, cornmeal, salt, sugar, potatoes, anything they could find, leaving behind only broken freezers and overturned shelves.

And they showed that even in a country with the largest oil reserves in the world, it is possible for people to riot because there is not enough food.

In the last two weeks alone, more than 50 food riots, protests and mass looting have erupted around the country. Scores of businesses have been stripped bare or destroyed. At least five people have been killed.

This is precisely the Venezuela its leaders vowed to prevent.

In one of the nation’s worst moments, riots spread from Caracas, the capital, in 1989, leaving hundreds dead at the hands of security forces. Known as the “Caracazo,” or the “Caracas clash,” they were set off by low oil prices, cuts in subsidies and a population that was suddenly impoverished.

The event seared the memory of a future president, Hugo Chávez, who said the country’s inability to provide for its people, and the state’s repression of the uprising, were the reasons Venezuela needed a socialist revolution.

Now his successors find themselves in a similar bind — or maybe even worse.

The nation is anxiously searching for ways to feed itself.

The economic collapse of recent years has left it unable to produce enough food on its own or import what it needs from abroad. Cities have been militarized under an emergency decree from President Nicolás Maduro, the man Mr. Chávez picked to carry on with his revolution before he died three years ago.

“If there is no food, there will be more riots,” said Raibelis Henriquez, 19, who waited all day for bread in Cumaná, where at least 22 businesses were attacked in a single day last week.

But while the riots and clashes punctuate the country with alarm, it is the hunger that remains the constant source of unease.

A staggering 87 percent of Venezuelans say they do not have money to buy enough food, the most recent assessment of living standards by Simón Bolívar University found.

About 72 percent of monthly wages are being spent just to buy food, according to the Center for Documentation and Social Analysis, a research group associated with the Venezuelan Teachers Federation.

In April, it found that a family would need the equivalent of 16 minimum-wage salaries to properly feed itself.

Ask people in this city when they last ate a meal, and many will respond that it was not today.

Among them are Leidy Cordova, 37, and her five children — Abran, Deliannys, Eliannys, Milianny and Javier Luis — ages 1 to 11. On Thursday evening, the entire family had not eaten since lunchtime the day before, when Ms. Cordova made a soup by boiling chicken skin and fat that she had found for a cheap price at the butcher.

“My kids tell me they’re hungry,” Ms. Cordova said as her family looked on. “And all I can say to them is to grin and bear it.”

Other families have to choose who eats. Lucila Fonseca, 69, has lymphatic cancer, and her 45-year-old daughter, Vanessa Furtado, has a brain tumor. Despite also being ill, Ms. Furtado gives up the little food she has on many days so her mother does not skip meals.

“I used to be very fat, but no longer,” the daughter said. “We are dying as we live.”

Her mother added, “We are now living on Maduro’s diet: no food, no nothing.”

Economists say years of economic mismanagement — worsened by low prices for oil, the nation’s main source of revenue — have shattered the food supply.

Sugar fields in the country’s agricultural center lie fallow for lack of fertilizers. Unused machinery rots in shuttered state-owned factories. Staples like corn and rice, once exported, now must be imported and arrive in amounts that do not meet the need.

In response, Mr. Maduro has tightened his grip over the food supply. Using emergency decrees he signed this year, the president put most food distribution in the hands of a group of citizen brigades loyal to leftists, a measure critics say is reminiscent of food rationing in Cuba.

“They’re saying, in other words, you get food if you’re my friend, if you’re my sympathizer,” said Roberto Briceño-León, the director of the Venezuelan Violence Observatory, a human rights group.

It was all a new reality for Gabriel Márquez, 24, who grew up in the boom years when Venezuela was rich and empty shelves were unimaginable. He stood in front of the destroyed supermarket where the mob had arrived at Cumaná, an endless expanse of smashed bottles, boxes and scattered shelves. A few people, including a policeman, were searching the wreckage for leftovers to take.

“During Carnival, we used to throw eggs at each other just to have some fun,” he said. “Now an egg is like gold.”

Down the coastal road in a small fishing town called Boca de Uchire, hundreds gathered on a bridge this month to protest because the food deliveries were not arriving. Residents demanded to meet the mayor, but when he did not come they sacked a Chinese bodega.

Residents hacked open the door with pickaxes and pillaged the shop, venting their anger at a global power that has lent billions of dollars to prop up Venezuela in recent years.

“The Chinese won’t sell to us,” said a taxi driver who watched the crowd haul away all that was inside. “So we burn their stores instead.”

Mr. Maduro, who is fighting a push for a referendum to recall him this year over the country’s declines, said it was the political opposition that was behind the attacks on the stores.

“They paid a group of criminals, brought them in trucks,” he said on Saturday on television, promising compensation to those who lost property.

At the same time, the government also blames an “economic war” for the shortages. It accuses wealthy business owners of hoarding food and charging exorbitant prices, creating artificial shortages to profit from the country’s misery.

It has left shop owners feeling under siege, particularly those who do not have Spanish names.

“Look how we are working today,” said Maria Basmagi, whose family immigrated from Syria a generation ago, pointing to the metal grate pulled over the window of her shoe store.

Her shop was on the commercial boulevard in Barcelona, another coastal town racked by unrest last week. At 11 a.m. the day before, someone screamed that there was an attack on a government-run kitchen nearby. Every shop on Ms. Basmagi’s street closed down in fear.

Other shops stay open, like the bakery in Cumaná where a line of 100 people snaked around a corner. Each person was allowed to buy about a pound of bread.

Robert Astudillo, a 23-year-old father of two, was not sure there would be any left once his turn came. He said he still had corn flour to make arepas, a Venezuelan staple, for his children. They had not eaten meat in months.

“We make the arepas small,” he said.

In the refrigerator of Araselis Rodriguez and Nestor Daniel Reina, the parents of four small children, there was not even corn flour — just a few limes and some bottles of water.

The family had eaten bread for breakfast and soup for lunch made from fish that Mr. Reina had managed to catch. The family had nothing for dinner.

It has not always been clear what provokes the riots. Is it hunger alone? Or is it some larger anger that has built up in a country that has crumbled?

Inés Rodríguez was not sure. She remembered calling out to the crowd of people who had come to sack her restaurant on Tuesday night, offering them all the chicken and rice the restaurant had if they would only leave the furniture and cash register behind. They balked at the offer and simply pushed her aside, Ms. Rodríguez said.

“It is the meeting of hunger and crime now,” she said.

As she spoke, three trucks with armed patrols drove by, each emblazoned with photos of Mr. Chávez and Mr. Maduro.

The trucks were carrying food.

“Finally they come here,” Ms. Rodríguez said. “And look what it took to get them. It took this riot to get us something to eat.”

http://www.nytimes.com/2016/06/20/world/americas/venezuelans-ransack-stores-as-hunger-stalks-crumbling-nation.html

Achievement Unlocked: igualdade alcançada.
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

Rhyan

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #662 Online: 21 de Junho de 2016, 01:39:47 »

Skorpios

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #663 Online: 21 de Junho de 2016, 08:02:28 »
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Troca de militares na Venezuela preocupa Brasil

A substituição dos comandos militares na Venezuela fez acender uma luz amarela no governo brasileiro. Há dois cenários preocupantes: uma eventual crise interna entre os militares no país vizinho ou uma guerra civil branda. O governo pensa em buscar o apoio de regimes bolivarianos como Bolívia e Equador para acionar a Unasul e negociar uma solução para a crise. Avalia que, apesar de aliados de Nicolás Maduro, pode haver uma ação conjunta porque não interessa a Bolívia e Equador uma crise militar na Venezuela.

Rhyan

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #664 Online: 21 de Junho de 2016, 10:14:07 »
Imagens da fome na Venezuela:

O socialismo latino-americano: um grande negócio para os ricos e um pesadelo para os mais pobres
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2444

Offline André Luiz

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #665 Online: 21 de Junho de 2016, 17:54:29 »

Se as nossas forças militares não conseguem sustentar duas semanas de campanha, imagine as deles, até possuem equipamento militar moderno mas duvido que tenham suprimentos e treinamento de qualidade.


Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #666 Online: 12 de Julho de 2016, 05:05:47 »
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/07/maduro-anuncia-que-citibank-encerrara-conta-do-bc-venezuelano.html

O Citibank anunciou que encerrará a conta do Banco Central venezuelano em 30 dias, é a conta que o Madura usa para pagar dívidas internacionais.

Malditos capitalistas que insistem em receber pelo trabalho feito e insistem em pagar fornecedores sem pensar no bem  do povo.

Skorpios

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #667 Online: 22 de Julho de 2016, 08:24:00 »
Depois o pessoal aqui diz que a situação na Venezuela está feia. Fazem até turismo para comprar comida, só para poder dizer que comem coisas importadas. ::)

Venezuelanos inundam cidade em Roraima para comprar comida

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #668 Online: 22 de Julho de 2016, 09:48:59 »
Quais são as previsões para a Venezuela?

Os EUA vão comprar o país, ou algo assim?

Aliás, essa pindaíba deles ainda faz deles potencial ameaça de segurança aos EUA? :hein:

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Tue Mar 10, 2015 10:49am
U.S. declares Venezuela a national security threat, sanctions top officials
http://www.reuters.com/article/us-usa-venezuela-idUSKBN0M51NS20150310

[...] Commercial ties between Venezuela and the United States have largely been unaffected by diplomatic flare-ups, which were common during Chavez's 14-year-rule.

The United States is Venezuela's top trading partner, and the OPEC member in 2014 remained the fourth-largest supplier of crude to the United States at an average of 733,000 barrels per day - despite a decade-long effort by Caracas to diversify its oil shipments to China and India.

Opposition leader and twice-presidential candidate Henrique Capriles told Reuters the sanctions were a problem for a corrupt elite in the Maduro government, but not ordinary Venezuelans. [...]

Offline Gauss

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #669 Online: 22 de Julho de 2016, 17:43:20 »
BBC Brasil tentando defender o Chavismo?
http://www.bbc.com/portuguese/brasil-36863392
Citação de: Gauss
Bolsonaro é um falastrão conservador e ignorante. Atualmente teria 8% das intenções de votos, ou seja, é o Enéas 2.0. As possibilidades desse ser chegar a presidência são baixíssimas, ele só faz muito barulho mesmo, nada mais que isso. Não tem nenhum apoio popular forte, somente de adolescentes desinformados e velhos com memória curta que acham que a ditadura foi boa só porque "tinha menos crime". Teria que acontecer uma merda muito grande para ele chegar lá.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #670 Online: 22 de Julho de 2016, 18:07:42 »
Se for igual a outro texto da BBC que acabei de ler no mesmo tema, e por cima tinha até os mesmos ítens, acho que não implica em "defender o chavismo".

As pessoas podem ter noções exageradas das coisas, e tentar dar as reais dimensões da coisa tende a parecer uma "defesa", ou talvez até tecnicamente seja, se por "defesa" se entender apenas descrever isentamente uma realidade não tão ruim quanto possa ser a impressão geral.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #671 Online: 22 de Julho de 2016, 18:46:36 »
BBC Brasil tentando defender o Chavismo?
http://www.bbc.com/portuguese/brasil-36863392

Pouco tempo atrás divulgaram em outra fonte,  os eleitores que se registraram para votar no pedido de referendo contra o Maduro foram demitidos do serviço  público.

Entre o que um funcionário da BBC diz e o que vejo todo dia, acredito no que vejo.

Ninguém  viajaria por 15 horas em um ônibus até  o país vizinho para comprar comida se a situação  lá  não  estivesse desesperadora.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #672 Online: 22 de Julho de 2016, 18:59:55 »
O texto da BBC não disse exatamente que "a situação não é desesperadora"; apenas deu as dimensões mais precisas, como não se enquadrar nos critérios da ONU de "escassez generalizada de alimentos".

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Mas a situação não se enquadra no que o Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas define como uma escassez generalizada de alimentos: que pelo menos 20% das famílias sofram escassez severa; que a desnutrição seja de mais de 30% e que ao dia morram 2 pessoas a cada 10.000.
De acordo com Datanalisis, instituição de pesquisa mais citada a esse respeito, 43% das famílias sofrem de escassez, mas de produtos básicos, como arroz, farinha ou leite.
E por mais caros que sejam, os venezuelanos têm frutas e verduras disponíveis em cada esquina.
De acordo com a Fundación Bengoa, especialista nesta área, a desnutrição está entre 20% e 25%.
Mas duas mortes (de fome) por dia a cada 10 mil pessoas não parece um número factível neste momento.
Em 8 pontos: O que já se sabe sobre os suspeitos de planejar ataques no Brasil
Os números mais graves que têm sido relatados sobre este assunto foram dados pela oposição em junho: 28 mortes por dia de desnutrição.
Mas de acordo com a ONU, uma situação de escassez geral na Venezuela, onde há 30 milhões de pessoas, implicaria em 6 mil mortes por dia devido à desnutrição.
Especialistas venezuelanos concordam que o que acontece no país não é o mesmo que na Etiópia nos anos 80 ou na Coreia do Norte em 1990.
Mas muita gente tem alertado: "estamos à beira da fome."

Não me parece ser bem na linha de propaganda petista mascarando a realidade, "tudo está indo muito bem", mas apenas "tudo está muito ruim, mas poderia ainda estar muito pior".

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #673 Online: 22 de Julho de 2016, 19:06:19 »
Mas até  onde se pode confiar nesses números?

O país é  uma ditadura onde falta tudo, como podemos saber se uma pessoa morre de fome ou se uma doença  relacionada a fome é registrada como morte natural?

Entende?

Eu sempre dizia que muito fácil  para qualquer  governo maquiar números, basta ter cabos eleitorais nos empregos certos.
« Última modificação: 22 de Julho de 2016, 19:37:29 por Arcanjo Lúcifer »

Offline Gabarito

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #674 Online: 22 de Julho de 2016, 19:19:23 »
BBC, ElPais e outros nessa linha são jornais que eu não leio com o senso crítico muito bem armado e preparado.
E eu estou com Gauss e Arcanjo Lúcifer nessa questão.
BBC está acalentando uma ditadura, dizendo que não há razão para alarme.
Há sim! Muito alarme!

Deem uma olhada nesse relato:
Citar
Um relato emocionante de um venezuelano que caminhou vários quilômetros para poder comprar COMIDA na fronteira com a Colômbia.

Via: ILISP - Instituto Liberal de São Paulo

Vídeo

 

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