Sabem aquela notícia onde a Ministra do STF, Rosa Weber, pede à Dilma para esclarecer porque ela fica dizendo por aí que o processo de impeachment foi um golpe? Pois é, olha essa pérola que um petista escreveu nessa
postagem:
Ô Dilma, nem chama o Cardozo. Usa isso aqui:
De acordo com o dicionário Michaelis, temos:
golpe - gol.pe - sm (gr kólaphos, pelo lat vulg) - 9 Esperteza. 10 gír Manobra traiçoeira. b) fig ação desleal, visando prejudicar alguém ou tirar vantagem sobre ele: Dar o golpe: agir traiçoeiramente.
Portanto, tendo em vista a conjuntura internacional; a insatisfação pública com a representatividade do sistema político evidenciada a partir de 2013; o link de interesses entre setores do país com políticas econômicas de outros países; uma aversão dos meios de comunicação à uma ideia de democratização da mídia e perda de espaço para serviços inovadores; e o desconforto de uma grande parte dos políticos com a recente autonomia dos órgãos investigadores do país, podemos perceber:
Após inegáveis equívocos econômicos por parte do governo, o mercado notou que uma crise estaria se desenvolvendo pelos reflexos da crise global de 2008. Os setores mencionados acima, percebendo que o modelo de governo lulopetista não os traria mais as vantagens que antes trouxera, apostaram suas fichas em outro modelo para as eleições de 2014, o modelo neoliberal, representado por Aécio Neves e seu partido.
O que não estava no script era a improvável reeleição de Dilma Rousseff. A partir deste ponto, tanto a oposição, quanto o mercado e a mídia perceberam que havia algo que eles podiam fazer. Resultado: Congresso travado, votando apenas pautas bomba; mídia criticando pesado o governo e alertando sobre a crise; povo já insatisfeito consegue um alvo perfeito; mercado desaquecendo e não investindo; superexposição de casos de corrupção de apenas um partido; e Dilma sem condições de governar.
Juntando isso com um presidente da câmara surreal, o cenário ficou perfeito para a admissão de um impeachment com base fraca, muito confusa e extremamente desproporcional, que juntaria todos os interesses de quem estava insatisfeito em um único ato: retirar a presidente. Daí em diante, a comprovação de crime de responsabilidade ou não era irrelevante. Todas as forças políticas já estavam garantidas para consumar o fato, não importando se a presidente era uma das únicas sem alegações de desvio moral, e todo o resto, que julgaria e inclusive tomaria seu lugar, fosse da pior parte da política. Muitos comprovadamente.
A constatação de que foi golpe vem do fato que o vice presidente, ao invés de implementar o programa escolhido pelo povo nas eleições de 2014, escolheu o modelo neoliberal derrotado, e de tanto interesse dos setores mais favorecidos do país. Os setores que podiam fazer algo.
Golpe de estado? não, é o golpe do baú!!!
Sabe o que é o foda? ELA NÃO TINHA PLANO DE GOVERNO. A CAMPANHA ELEITORAL DELA FOI CENTRADA EM ATACAR OS OUTROS CANDIDATOS E FALAR FRASES CLICHÊS, E QUANDO CONSEGUIU SE ELEGER, A CRISE ECONÔMICA ESTOUROU, RESTANDO À ELA FAZER AS REFORMAS QUE ACUSARA OS OUTROS DE FAZEREM CASO FOSSEM ELEITOS, DIZENDO QUE ISSO FAZIA PARTE DA SEGUNDA FASE DE SEU PLANO ECONÔMICO.