Autor Tópico: Gestão Eduardo Cunha (PMDB) na Câmara  (Lida 13651 vezes)

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Offline Gabarito

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Re:Gestão Eduardo Cunha (PMDB) na Câmara
« Resposta #75 Online: 21 de Agosto de 2015, 13:59:50 »
Ainda sobre a denúncia feita pelo PGR a Eduardo Cunha.
Está certo, se existem indícios contra ele, tudo bem, procurador, denuncie.

Mas cadê Renan Calheiros?
Cadê Collor de Melo?
Cadê Humberto Costa?
Cadê Gleisi Hofmann?
Cadê Edinho Silva?
Cadê Aluísio Mercadante?

Todos eles citados diversas vezes na Operação Lava-Jato.

E mais, cadê Dilma, seu procurador? Há jurisprudência do STF de que ela pode ser investigada, sim.
Cadê Dilma?

O PGR tem na mesa dele, desde maio (repito, desde maio), um pedido do PSDB para investigar Dilma. Cadê, seu procurador? Cadê o pedido de investigação?

Essa denúncia do PGR contra o maior adversário do Planalto, justamente no dia em que os pelegos que seguram bandeiras por 50 reais foram às ruas pedir o "Fora Cunha", é mais um passo na dança do Acordão. Mas está todo mundo de olho. O angu pode encaroçar demais e derramar no colo dos farsantes.

Offline Gabarito

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Re:Gestão Eduardo Cunha (PMDB) na Câmara
« Resposta #76 Online: 21 de Agosto de 2015, 14:01:31 »
Pra mim esse cabôco tinha que ser removido daí, em processo justo.

Cunha já é uma figura meio desgastada, além de provavel corrupto. Colocando nova pessoa, mais respeitada e de passado limpo, e com a sana também de fazer valer a voz das ruas seria muito benéfico pra quem quer ver a situação melhorar.

Nesse caso, não tem jeito. Ele só sai se quiser. Segundo o Regimento da Câmara, só uma condenação o tira de lá, e isso demora...
Mas ele não escapará da aplicação da lei, caso seja condenado. Só que não é para já.
Enquanto isso, ele tira a outra podridão da cadeira.

Offline Jack Carver

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Re:Gestão Eduardo Cunha (PMDB) na Câmara
« Resposta #77 Online: 21 de Agosto de 2015, 14:17:30 »
Ainda é cedo pra denunciar tanta gente de uma só vez, ainda mais quando ele depende da votação no Senado para sua permanência do cargo. Após isso, que o facão caia sobre as cabeças de muitos pilantras, ou vai ficar muito mal pra sua imagem e respingar até no MPF.
O Brasil é um país de sabotadores profissionais.

“Dêem-me controle sobre o dinheiro de uma nação e não me importa quem faz as suas leis. - Mayer Amschel Rothschild

Offline Gaúcho

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Re:Gestão Eduardo Cunha (PMDB) na Câmara
« Resposta #78 Online: 21 de Agosto de 2015, 14:35:41 »
Vocês são muito esperançosos. Pra mim é bem óbvio que ninguém vai tirar ninguém...
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Offline MarceliNNNN

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Re:Gestão Eduardo Cunha (PMDB) na Câmara
« Resposta #79 Online: 22 de Agosto de 2015, 00:01:23 »
É uma vergonha para o Brasil que para retirar uma gangue de bandidos do poder, seja necessário usar a 'força' de outra gangue.

Parece uma disputa de poder entre dois setores da Máfia.
Mas é isso mesmo.

Offline nikita

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Re:Gestão Eduardo Cunha (PMDB) na Câmara
« Resposta #80 Online: 22 de Agosto de 2015, 17:31:07 »
http://g1.globo.com/globo-news/dialogos-com-mario-sergio-conti/videos/t/dialogos-com-mario-sergio-conti/v/mario-sergio-conti-entrevista-jarbas-vasconcelos/4410052

Achei bem interessante esta entrevista no Globonews com o deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB). Ele se coloca veementemente contra Cunha e a favor do impeachment de Dilma. Posso estar sonhando, mas quem sabe não teremos aí uma boa alternativa para tentar afastar a Dilma sem precisar do mafioso Cunha. Sinceramente acho que o Cunha, depois dessas denúncias, não vai poder mais cantar de galo na Câmara.

Offline Sergiomgbr

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Re:Gestão Eduardo Cunha (PMDB) na Câmara
« Resposta #81 Online: 22 de Agosto de 2015, 17:42:19 »
Vai tomar no meio do Cunha esse Cunha.
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Gigaview

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Re:Gestão Eduardo Cunha (PMDB) na Câmara
« Resposta #82 Online: 22 de Agosto de 2015, 17:59:14 »
Encarem o Cunha como um veneno da pior espécie que vai acabar com o câncer terminal e que depois vai sair nas fezes do paciente sem mata-lo.
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Offline Jack Carver

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Re:Gestão Eduardo Cunha (PMDB) na Câmara
« Resposta #83 Online: 22 de Agosto de 2015, 18:22:05 »
Eis um palpite sobre o próximo cenário:

O PMDB vai se reunir e decidir(com algumas abstenções) se apoia ou não o impeachment contra a Dilma. Caso decidam pelo 'Sim' será visando preservar seus caciques abafar de vez, para o seu lado, a Operação Lava Jato, e assim tentar sair pela tangente quando a poeira baixar e o povo já estiver saciado com a derrocada final do PT. Como o Judiciário não é independente/imparcial, vejo como uma boa possibilidade tal "jogada" política ocorrer.
O Brasil é um país de sabotadores profissionais.

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Offline Jurubeba

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Re:Gestão Eduardo Cunha (PMDB) na Câmara
« Resposta #84 Online: 22 de Agosto de 2015, 18:30:13 »
http://g1.globo.com/globo-news/dialogos-com-mario-sergio-conti/videos/t/dialogos-com-mario-sergio-conti/v/mario-sergio-conti-entrevista-jarbas-vasconcelos/4410052

Achei bem interessante esta entrevista no Globonews com o deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB). Ele se coloca veementemente contra Cunha e a favor do impeachment de Dilma. Posso estar sonhando, mas quem sabe não teremos aí uma boa alternativa para tentar afastar a Dilma sem precisar do mafioso Cunha. Sinceramente acho que o Cunha, depois dessas denúncias, não vai poder mais cantar de galo na Câmara.
Nessa entrevista ele fala que o impechment é inevitável. Fala até que pode ser entre setembro e outubro. Será???? :o

Saudações

Offline Moro

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Re:Gestão Eduardo Cunha (PMDB) na Câmara
« Resposta #85 Online: 22 de Agosto de 2015, 22:05:34 »
Ainda sobre a denúncia feita pelo PGR a Eduardo Cunha.
Está certo, se existem indícios contra ele, tudo bem, procurador, denuncie.

Mas cadê Renan Calheiros?
Cadê Collor de Melo?
Cadê Humberto Costa?
Cadê Gleisi Hofmann?
Cadê Edinho Silva?
Cadê Aluísio Mercadante?

Todos eles citados diversas vezes na Operação Lava-Jato.

E mais, cadê Dilma, seu procurador? Há jurisprudência do STF de que ela pode ser investigada, sim.
Cadê Dilma?

O PGR tem na mesa dele, desde maio (repito, desde maio), um pedido do PSDB para investigar Dilma. Cadê, seu procurador? Cadê o pedido de investigação?

Essa denúncia do PGR contra o maior adversário do Planalto, justamente no dia em que os pelegos que seguram bandeiras por 50 reais foram às ruas pedir o "Fora Cunha", é mais um passo na dança do Acordão. Mas está todo mundo de olho. O angu pode encaroçar demais e derramar no colo dos farsantes.

Abraço de afogados. Estavam todos tentando detonar a Dilma para ficar bem com a opinião pública. Perceberam que não vai colar... estão tentando se fechar para se defender mutuamente.

É um arranjo extremamente poderoso. Só cai pela justiça, população, auxiliado pelo ranço que o PT deixou no seu rastro arrogante no trato do poder e de seus pares.
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

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"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

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I'm not convinced that faith can move mountains, but I've seen what it can do to skyscrapers."  --William Gascoyne

Offline JJ

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Re:Gestão Eduardo Cunha (PMDB) na Câmara
« Resposta #86 Online: 23 de Agosto de 2015, 12:56:15 »
Ainda sobre a denúncia feita pelo PGR a Eduardo Cunha.
Está certo, se existem indícios contra ele, tudo bem, procurador, denuncie.

Mas cadê Renan Calheiros?
Cadê Collor de Melo?
Cadê Humberto Costa?
Cadê Gleisi Hofmann?
Cadê Edinho Silva?
Cadê Aluísio Mercadante?

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E mais, cadê Dilma, seu procurador? Há jurisprudência do STF de que ela pode ser investigada, sim.
Cadê Dilma?

O PGR tem na mesa dele, desde maio (repito, desde maio), um pedido do PSDB para investigar Dilma. Cadê, seu procurador? Cadê o pedido de investigação?

Essa denúncia do PGR contra o maior adversário do Planalto, justamente no dia em que os pelegos que seguram bandeiras por 50 reais foram às ruas pedir o "Fora Cunha", é mais um passo na dança do Acordão. Mas está todo mundo de olho. O angu pode encaroçar demais e derramar no colo dos farsantes.

Abraço de afogados. Estavam todos tentando detonar a Dilma para ficar bem com a opinião pública. Perceberam que não vai colar... estão tentando se fechar para se defender mutuamente.

É um arranjo extremamente poderoso. Só cai pela justiça, população, auxiliado pelo ranço que o PT deixou no seu rastro arrogante no trato do poder e de seus pares.



O Moro e os procuradores juntos tem algum poder, mas a população, o povo,  não tem praticamente nenhum poder,  essas manifestaçõezinhas mequetrefes não tem incomodado pra valer.


O povão só tem tido algum poder real na época das eleições, e mesmo assim são muito manipulados pelo marketing eleitoral.


« Última modificação: 23 de Agosto de 2015, 13:07:08 por JJ »

Offline Pasteur

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Re:Gestão Eduardo Cunha (PMDB) na Câmara
« Resposta #87 Online: 01 de Outubro de 2015, 14:19:46 »

Offline _Juca_

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Re:Gestão Eduardo Cunha (PMDB) na Câmara
« Resposta #88 Online: 02 de Outubro de 2015, 09:39:05 »
http://g1.globo.com/politica/noticia/2015/10/eduardo-cunha-diz-que-cogita-cancelar-viagem-oficial-italia.html

Será que ele tá com medo de acontecer o mesmo que o Marin?

Eu acho que numa viagem oficial ele tem imunidade diplomática. Eu acho.

Offline Diegojaf

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Re:Gestão Eduardo Cunha (PMDB) na Câmara
« Resposta #89 Online: 02 de Outubro de 2015, 09:45:53 »
Sim. O cara da FIFA foi preso porque a FIFA é uma empresa privada. O Cunha ou qualquer político em viajem oficial não podem ser presos, conforme norma da Convenção de Viena.
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline Gaúcho

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Re:Gestão Eduardo Cunha (PMDB) na Câmara
« Resposta #90 Online: 02 de Outubro de 2015, 20:43:44 »
Mesmo assim, eles devem pensar: "vai que..."
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

Skorpios

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Re:Gestão Eduardo Cunha (PMDB) na Câmara
« Resposta #91 Online: 03 de Outubro de 2015, 09:59:30 »
Agora vai? :twisted:

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Próximos passos para a prisão de Eduardo Cunha (PMDB-RJ)

Acabam de chegar da Suíça todos os detalhes de, pelo menos, quatro contas bancárias clandestinas de Eduardo Cunha e família (PMDB-RJ). Movimentação de uns 5 milhões de dólares de propinas. Durante um bom tempo, com ar de “mocinho” salvador da pátria, Eduardo Cunha, batendo forte em Dilma e no PT (como mandava o figurino), gerou imensa alegria na população e até mesmo a esperança de que iria conseguir tirá-los do poder antes de 2018. As massas rebeladas, indignadas com as crises, aplaudiram suas travessuras, chamadas de “pautas-bombas”, mesmo quando destrutivas do País. Mas isso não é novidade. Como dizia Ortega y Gasset, as massas quando protestam contra a falta de pão costumam quebrar e destruir tudo, inclusive as padarias. Jogam a bacia cheia d’água com a criança dentro.
Seis delatores (até aqui) estão revelando que o presidente da Câmara dos Deputados, na verdade, não é o “mocinho” que aparenta, sim, um grande Al Capone (lavagem de dinheiro, corrupção passiva, crime organizado etc.). Em apenas uma das “negociatas” ele teria recebido cinco milhões de dólares de propina (que teriam sido pagos pela Samsung e Mitsui). Agora o Ministério Público da Suíça (que o investigou desde abril/15) mandou todas as provas colhidas para o Ministério Público brasileiro.

Em março/15 Eduardo Cunha, na CPI da Petrobras, afirmou que não tinha conta fora do Brasil. Mentiu. Essa falta de decoro tem que lhe custar, no mínimo, o mandato de presidente da Câmara. Sua tropa, até aqui conivente com suas extravagâncias e vulgaridades, se não cassar seu cargo diretivo (ou mesmo seu mandato) vai para o Otary Club.

Juridicamente falando, os próximos passos (dentro do Estado de Direito) que podem levar Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para o presídio da Papuda são os seguintes:

1. É preciso que o STF receba a denúncia já oferecida (assim como as que serão oferecidas) contra ele (há indícios mais do que suficientes para isso). Esse ato é do Plenário (não só da 2ª Turma, por onde tramita o caso Petrobras), por se tratar do presidente da Câmara dos Deputados.

2. Nossa tese (de Márlon Reis e minha) é no sentido de que o recebimento da denúncia contra qualquer um dos ocupantes de cargos na linha sucessória da Presidência da República (vice-Presidente e presidentes da Câmara, do Senado e do STF) gera automaticamente o seu afastamento do cargo diretivo (tal como se dá no afastamento do Presidente da República, nos termos do art. 86, § 1º, da CF). Se esse afastamento não for automático, cabe impô-lo por força do art. 319, VI, do CPP (porque o réu está usando a estrutura da Câmara para fazer sua defesa, já teria ameaçado testemunhas, há indícios de destruição de provas etc.).

3. Outra hipótese possível, para além da sua cassação imperiosa por falta de decoro, é sua renúncia ao cargo de presidente da Câmara (tal como fizera Severino Cavalcanti, por exemplo). Aliás, logo que for mostrado um extrato bancário das suas contas na Suíça, torna-se insustentável sua permanência nesse cargo diretivo. Sob pena de subir nosso grau de “investimento”, ou melhor, nosso grau de “mafiocracia”. Nenhum poder pode ser chefiado por quem tem conta bancária de propinas na Suíça. Até a desfaçatez tem limite. Ninguém pode ficar impune quando se enrola em sua própria esperteza (Josias Souza).

4. Em nenhum país do mundo com cultura menos corrupta que a do Brasil (os 10 melhores colocados no ranking da Transparência Internacional, por exemplo) a presidência de um poder seria ocupada por alguém acusado (com provas exuberantes) de ter recebido 5 milhões de dólares de propina. A cultura desses países (do império da lei e da certeza do castigo)é totalmente distinta da permissividade que vigora nas mafiocracias (cleptocracia com envolvimento de grandes corporações econômicas e financeiras).

5. A prisão de Eduardo Cunha (se todas as acusações ficarem provadas) só pode ocorrer depois de condenação criminal com trânsito em julgado. Não cabe prisão preventiva contra deputados e senadores, desde a expedição do diploma respectivo (CF, art. 53, § 2º). Eles só podem ser presos em flagrante, em crime inafiançável. Fora do flagrante, nenhuma outra prisão cautelar (antes da sentença final) cabe contra deputado ou senador (trata-se de um privilégio que jamais deveria existir, salvo quando em jogo está a independência parlamentar).

6. Ninguém pode ser condenado criminalmente sem provas válidas. As provas são produzidas dentro do devido processo legal. As delações premiadas, isoladamente, não podem ser utilizadas para condenar quem quer seja. As delações são válidas somente quando comprovadas em juízo. No caso de Eduardo Cunha as provas estão aparecendo diariamente. Com base nessas provas sua condenação será inevitável.

7. Depois da condenação penal definitiva cabe à Câmara decidir sobre a perda do mandato parlamentar (CF, art. 55, § 2º). Caberia ao STF rever esse ponto, para dar eficácia imediata para sua sentença condenatória assim como para a perda do cargo (decretada por força do art. 92 do CP).

8. Na condenação de Eduardo Cunha (se tudo ficar provado) caberá ao STF definir o tempo de duração da pena de prisão assim como o regime cabível (fechado, semiaberto ou aberto). Pena acima de quatro anos, no mínimo é o regime semiaberto. Pena superior a 8 anos, o regime é obrigatoriamente o fechado. Pela quantidade de crimes imputados a Eduardo Cunha e pelo volume de dinheiro que foi surrupiado do povo brasileiro, é muito grande a chance de acontecer o regime fechado (terá que ir para um presídio, como a Papuda, por exemplo).

9. Logo após o trânsito em julgado a Corte Suprema emite a carta de guia e o condenado começa a cumprir sua pena, em estabelecimento penal compatível com o regime fixado na sentença (reitere-se, muito provavelmente o fechado).

Esse decrépito e maligno estilo de fazer política (por meio da fraude, do financiamento mafioso de campanha, dos privilégios indecorosos, dos salários e vantagens estapafúrdios etc.) tem que ser banido do nosso horizonte. A mudança cultural necessária passa pelo sentimento de vergonha (veja Kwame AnthonyAppiah). Isso precisa ser recuperado. O ato de corrupção precisa gerar vergonha (no eleito, nos seus familiares assim como nos eleitores coniventes com ela). Foi a vergonha que acabou com a tradição milenar de amarrar os pés das chinesas, com o duelo etc. A vergonha promove mudanças culturais.

Eduardo Cunha, com suas espalhafatosas “pautas-bombas”, manipulou como ninguém as emoções das massas jogando inescrupulosamente para elas. Faltou na sua estratégia, no entanto, reler Nietzsche, que nos adverte que o que mais gera prazer na população (certamente depois dos orgasmos) é a condenação e prisão de um criminoso, sobretudo quando poderoso. A vingança é festa (Nietzsche). Na performance de “mocinho” ele promoveu imenso entretenimento ao povo; mas nada supera o escalofriante frisson gerado pela condenação criminal de um poderoso que, eleito como bode expiatório, traz um imenso alívio para as almas dos pecadores espectadores. O cadeião, para muitos devassos do dinheiro público, é o preço que os larápios pagam pelos seus prazeres. Mas isso (que é necessário) é puro espetáculo. Faz parte do carnaval. O Brasil, no entanto, para ter um futuro civilizado, precisa de algo que represente muito mais que um carnaval. Mudança de cultura, que passa pelo restabelecimento da vergonha.

Offline Gigaview

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Re:Gestão Eduardo Cunha (PMDB) na Câmara
« Resposta #92 Online: 03 de Outubro de 2015, 10:18:16 »
Vai. Mas será que dá tempo de levar a Dilma junto?
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Gestão Eduardo Cunha (PMDB) na Câmara
« Resposta #93 Online: 03 de Outubro de 2015, 10:34:59 »
http://g1.globo.com/politica/noticia/2015/10/eduardo-cunha-diz-que-cogita-cancelar-viagem-oficial-italia.html

Será que ele tá com medo de acontecer o mesmo que o Marin?

Medo de dar explicações no retorno, é a mesma tática do Pingão.

Ficar longe da imprensa e não comentar nada.

Offline _tiago

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Re:Gestão Eduardo Cunha (PMDB) na Câmara
« Resposta #94 Online: 03 de Outubro de 2015, 19:05:29 »

Offline Gaúcho

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Re:Gestão Eduardo Cunha (PMDB) na Câmara
« Resposta #95 Online: 04 de Outubro de 2015, 12:53:00 »
Eu falei exatamente a mesma coisa da Dilma, no início do mandato.
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

Offline Gabarito

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Re:Gestão Eduardo Cunha (PMDB) na Câmara
« Resposta #96 Online: 09 de Outubro de 2015, 08:31:18 »
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Esquece, não vou renunciar a meu mandato, vou persistir

Presidente da Câmara se nega a discutir contas na Suíça, diz ser alvo de execração pública e reafirma que fica no cargo
MÔNICA BERGAMO COLUNISTA DA FOLHA

Sob fogo cruzado depois da revelação de que mantém contas bancárias secretas na Suíça, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), diz que seu direito de defesa está sendo atropelado e refuta a hipótese de deixar o cargo.
"Esquece, eu não vou renunciar", afirmou à Folha.
O peemedebista diz achar "engraçado" que parlamentares que "pedem o benefício da dúvida para eles" agora tentem afastá-lo da presidência da Câmara. "Isso é fascismo", diz o deputado.
Nesta quinta-feira (8), ele recebeu a Folha para uma entrevista em seu gabinete. A seguir, os principais trechos:
-
Folha - O senhor tem ou já manteve contas na Suíça?
Eduardo Cunha - Sobre esse assunto eu não vou falar.

É que, se o senhor não fala...
Eu divulguei uma nota oficial em que reiterei o meu depoimento à CPI da Petrobras. Ponto. [Cunha afirmou na comissão, em março, que não tem contas no exterior].

Então o senhor está dizendo que as contas não são suas?
O meu depoimento está lá, eu reitero o meu depoimento.

E o senhor tem empresas offshore que seriam as titulares e controlariam essas contas?
Eu não vou cair na armadilha de alimentar essa discussão. Eu não vou tratar de especulações. A cada dia aparece uma história diferente. Eu estou sendo execrado por uma divulgação seletiva, vazada de forma criminosa, para tentar me constranger, como sempre. Meu advogado não quer que eu fale. Quando tivermos conhecimento dos fatos, ele falará por mim.

Mas o senhor não pode nem ao menos falar "sim" ou "não" sobre as contas?
Não vou falar uma palavra.

O senhor está confiante de que segue na presidência da Câmara dos Deputados até o fim de seu mandato?
O meu mandato só pode ser alterado se eu renunciar. E eu não vou renunciar. Não existe impeachment de presidente da Câmara. Aqui [um afastamento] é só sob meu juízo próprio. E eu vou persistir.

Ainda que o STF aceite denúncia que o Ministério Público apresentou contra o senhor?
Esquece, eu não vou renunciar. Eu já fui réu. Um ano depois, fui inocentado por unanimidade. Eu tenho direito à presunção da inocência, ela tem que valer para todos. O meu direito está sendo atropelado. Há uma seletividade. A minha pergunta é a seguinte: depois de um ano e oito meses de investigação, 39 inquéritos abertos, quem com foro, do PT ou do governo, está denunciado como eu? Tem alguém? Por que esse açodamento comigo? Obviamente há uma escolha.

Há notícias de que a oposição, em especial o PSDB, defenderá o seu afastamento caso as denúncias se comprovem.
É mentira esse negócio de que vieram me comunicar qualquer coisa. Agora, eles têm direito de ter um posicionamento. Mas não há a menor possibilidade de alterarem o meu. Não vou admitir ser colocado em xeque em função de problemas políticos de quem quer que seja.

O TCU rejeitou as contas de Dilma Rousseff anteontem. A oposição em seguida foi à casa do senhor discutir o impeachment da presidente.
A oposição não foi à minha casa discutir impeachment coisa nenhuma. Todas as noites eu recebo deputados, tanto os que são radicalmente a favor do impeachment quanto os que são radicalmente contra. Desminto isso categoricamente. Senão fica parecendo que estou fazendo algum tipo de conspiração.

Claramente: o senhor está trabalhando pelo impeachment?
Se eu estivesse, por que não aceitaria os pedidos [que deram entrada na Câmara]?

Para não arcar com o ônus de aceitar a proposta sozinho.
Vi reportagens que dizem isso. Me deixam até um pouco irritado porque só tenho duas opções: aceitar ou rejeitar os pedidos de impeachment.

Há uma terceira: não analisá-los agora. Afinal, o senhor não tem prazo para fazer isso.
E botar na gaveta? Qual foi o presidente da Casa que deixou na gaveta um pedido de impeachment? Tem um livro aqui com o registro de todos os pedidos de impeachment [contra outros presidentes]. Não tem um caso que ficou na gaveta. Então eu não tenho esse direito. Tenho obrigação funcional. E vou cumprir a minha obrigação. Ninguém pode me cobrar por não botar [os pedidos] na gaveta, por não usar um subterfúgio. Se eu fizesse isso, diriam que o governo me comprou.

O senhor não está então combinando com a oposição?
Eu não estou combinando com ninguém. Apesar das minhas divergências com o governo, não tem uma declaração minha a favor do impeachment. Eu sempre digo que ele não pode ser um recurso eleitoral. E até agora não houve representação que juridicamente apontasse fato que poderia ser enquadrado como impedimento, um crime cometido no mandato.

O senhor arquivará o pedido dos juristas Helio Bicudo e Miguel Reale Junior?
Pretendo passar o feriado debruçado sobre esse pedido. Quero ver todas as nuances possíveis e imaginárias. Mas, se forem apontados fatos de mandatos passados, a tendência será essa [arquivar].

A oposição recorrerá então ao plenário. Ela tem a maioria para admitir a discussão?
Difícil dizer. A Casa tem circunstâncias, ela tem momentos. Uma coisa é derrotar o governo. Outra coisa é impor a ele esse tipo de circunstância.

O governo acaba de fazer uma reforma ministerial e sofre derrotas na Câmara. Por quê?
A reforma ministerial teve um ponto positivo, que foi a retomada, pelo núcleo majoritário do PT, da articulação política e do Palácio do Planalto. No resto, foi inócua. Dos dez ministros, sete só trocaram de pasta e apenas três são novos. Não alterou nada. Quem era contra, continua contra. Partidos que não participaram do processo ficaram revoltados. No PMDB, a disputa interna foi acirrada desnecessariamente. Mas o problema é um pouco maior.

E qual é o problema?
O governo não entende que conquistar a maioria não significa só dar cargo. É necessário discutir as políticas públicas.

O ministro Joaquim Levy, da Fazenda, por exemplo, discutiu exaustivamente o ajuste fiscal com o Congresso.
O Levy não veio aqui para nos escutar. Ele veio tentar nos doutrinar. Alguém [do governo] nos perguntou se seria conveniente relançar a CPMF? Nunca.
Alguém discutiu previamente com a gente as propostas de ajuste fiscal, os cortes nas emendas impositivas? Que iam fazer e acontecer? É um desastre o que foi feito.

O ajuste não passa?
Que ajuste? Não tem ajuste. Esse ajuste é uma brincadeira. O governo fala que está cortando R$ 26 bilhões, mas, na verdade, só cortou R$ 2 bilhões. Destes, R$ 200 milhões vêm do corte de ministérios.
Eu, só de despesa com hora extra, em uma canetada aqui, economizei R$ 80 milhões. Estão fingindo que cortam. E querem passar a conta para o aumento de impostos, sem discutir que a retração da economia está fazendo com que a arrecadação caia. Como já disse o Renan [Calheiros, presidente do Senado], é como o cachorro mordendo o próprio rabo.
Enfim, eu tenho profundas divergências na forma da condução da economia.

Por exemplo?
Se eu for te detalhar aqui pode virar uma crise. Mas essa história de que você só coloca o pessimismo gera uma tragédia. O país parou. A revolta é muito grande, com empresas fechando, empregos sendo perdidos. A palavra ajuste virou quase que um palavrão.

A presidente sofre derrotas no Congresso, no TCU e no STF e será investigada pelo TSE. Imaginando que o impeachment não prospere, o que se pode esperar? Um governo que se arrasta por três anos, em recessão profunda?
Se não mudar, é isso. Eu acho que não tem nada que não seja solucionável. E, ao mesmo tempo, tudo pode ser um problema. É aquela velha história do sujeito com um passarinho que fecha a mão e pergunta ao sábio se o passarinho está vivo ou morto. E o sábio diz: está nas suas mãos.

Offline Pilantrólogo

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Re:Gestão Eduardo Cunha (PMDB) na Câmara
« Resposta #97 Online: 09 de Outubro de 2015, 10:32:52 »
A oposição se posicionando perante o caso das contas suíças de Eduardo Cunha:

Citação de:  Debora Alves e Daniel Bragon da Folha de São Paulo
O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), sugeriu ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que ele deixe o cargo para reunir apoio para manter seu mandato parlamentar.

A Folha apurou que os dois conversaram nesta semana sobre as suspeitas que pesam contra o peemedebista.

O PSDB tem sido cobrado por não se posicionar sobre as acusações que pesam sobre o presidente da Câmara pelo fato de estar com Cunha na operação de impeachment da presidente Dilma Rousseff, o que gera desgaste aos tucanos.
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O imundo jogo de poder na política tupiniquim.
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Offline _Juca_

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Re:Gestão Eduardo Cunha (PMDB) na Câmara
« Resposta #98 Online: 09 de Outubro de 2015, 10:44:39 »
A oposição se posicionando perante o caso das contas suíças de Eduardo Cunha:

Citação de:  Debora Alves e Daniel Bragon da Folha de São Paulo
O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), sugeriu ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que ele deixe o cargo para reunir apoio para manter seu mandato parlamentar.

A Folha apurou que os dois conversaram nesta semana sobre as suspeitas que pesam contra o peemedebista.

O PSDB tem sido cobrado por não se posicionar sobre as acusações que pesam sobre o presidente da Câmara pelo fato de estar com Cunha na operação de impeachment da presidente Dilma Rousseff, o que gera desgaste aos tucanos.
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Engraçado é que o Cunha é o homem mais poderoso do Brasil hoje, ele sabe que é ele quem determina a sorte tanto da oposição quanto do governo, é ele quem está levando em banho maria tanto a recuperação econômica quanto a crise política, e tanto pela inércia do governo, quanto pela fraqueza da oposição. O Brasil virou um circo e é o Cunha quem comanda o picadeiro. Ele vai arrastar esse clima o tanto quanto puder para tentar salvar o máximo que puder sua pele, falta combinar com o Ministério Público e o STF.

Offline Barata Tenno

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Re:Gestão Eduardo Cunha (PMDB) na Câmara
« Resposta #99 Online: 09 de Outubro de 2015, 10:47:09 »
Um partido se junta a criminosos pela "governabilidade", outro partido se junta a criminosos pra tirar  o primeiro partido do poder. E os criminosos são os mesmos, o PMDB.
He who fights with monsters should look to it that he himself does not become a monster. And when you gaze long into an abyss the abyss also gazes into you. Friedrich Nietzsche

 

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