Nem toda a inflação é gerada por criação de dinheiro, todas as outras forças do mercado devem operar de maneira normal. E de fato o método mais flexível de crédito (não é criar dinheiro) do modelo fiat não serve apenas para sustentar o leviatã governamental. Mas isso está mais claro abaixo
Note o conhecido problema da vagueza (sorites) aqui, ninguém alega que a inflação será estruturalmente banida no modelo ouro, ninguém alega que o governo irá deixar de imprimir dinheiro. O que se alega é que se reduz..
One complication with the rising prices argument is that some prices aren’t rising. Last year, I bought a pair of Levis jeans at Macy’s for $45. I recall buying a pair of Levis at Macy’s in 1983—over 30 years ago—for $50. We can dismiss this as the result of improved production efficiency and cheaper labor. Still, the fact is that the price dropped.
The prices for some things are falling. You can get a cheap computer that fits in your pocket today. It outperforms a cabinet-sized computer that cost $15,000 in 1983 dollars, and does a lot more besides.
O preço de "algumas coisas" também caem no Brasil. Um senhor em MG vendia ao meu sogro, colecionador de bebidas, uns 20 anos atrás, a sua cachaça especial por 100 reais a garrafa de um litro. Hoje em dia eu pago 85 reais em uma linha superior. E? Esse velho produtor-cachacista mal sabe fazer uma conta de somar.
O IPCA, por exemplo é composto por preços que sobem muito, preços que sobem pouco, preços que não mudam e também preços que caem. O preço da calça pode ter caído por infinitos motivos mesmo com a variação do valor da moeda. Compreendo o intuito do autor do texto citado, mas o exemplo não é bom, afinal "only some prices are falling". E mesmo que "all prices are falling" estivesse acontecendo, o dinheiro sem lastro continuaria não tendo um limitador natural de inflação dentro do seu sistema de emissão.
Acho que não compreendeu bem o intuito do autor. Até porque coloquei apenas parte do texto.
Ele defende claramente que o fiat permite o aumento de produtividade que faz alimentos, roupas, computadores etc.. ter não só sua eficiência aumentada como seu preço reduzido.
Fica difícil entender, como de fato o autor questiona, de onde viria o crédito para todas as inovações que fizeram o mundo ser o que é hoje.
Em outro texto onde um batido argumento dos defensores do padrão ouro utilizando a falta de segurança para os aposentados é contraposto com a evolução da riqueza frente ao que é comido pela inflação permite aos aposentados muito mais opções e rentabilidade inclusive para isso.
A facilidade em se obter dinheiro com valorização de ativos e gerar riqueza para a sociedade com maior produtividade pode gerar de longe um melhor bem estar do que o modelo ouro.
Ao final, a inflação não é objetivo. É um meio. E o fim que é o bem estar é muito mais amplo do que uma mera elaboração incompleta sobre possíveis ganhos inflacionários.
O que acontece é que vocês focam em uma crença sob o modelo sem olhar a economia como um todo. O modelo não ouro permite atingir muito mais eficiência e investimentos de modo que a produtividade pode aumentar de maneira desproporcional devido aos investimentos.
Curioso que você admite que não conhece bem a teoria austríaca e afirma que ela é "uma mera elaboração incompleta". E somos "nós" que somos crentes. Ué.
Novamente, houve geração de riqueza e aumento de produção durante todo o período da revolução industrial, não estagnação.
E novamente, que é o que você não pegou ainda nas minhas mensagens, tal evolução se deu apesar do padrão ouro não a partir do padrão ouro.
E do modo como você argumenta, ainda se fosse o padrão ouro não seria aquele, o escocês, mas sim o parcial.
Outra vez, você está querendo comer o bolo e ter o bolo ao mesmo tempo. Uma hora argumenta que o padrão sustentou o maior período de crescimento da história mas o nega na hora de falar que ele esteve presente nas maiores catástrofes econômicas da história, aí não foi o ouro escocês.
E, novamente, a teoria autríaca trabalha com as colocações necessárias e as construções lógicas necessárias para fundamentar o que assim permite. Considerando que você mal comentou os pontos positivos do texto do tópico, da teoria do lastro ou das minhas colocações, não precisa se contorcer para comparar o que acontece de diferente nos padrões. Se você começar a trazer exemplos práticos de limitação de crescimento econômico por causa exclusiva do padrão monetário, podemos prosseguir com a observação da teoria e da sua relação com o que for apresentado.
Os textos que apresentei estão lotados de exemplos a respeito do padrão ouro e de fato entendo que você concorda com eles.
Você poderia argumentar também porque todos os países não o utilizam, tentaram implementar diversas vezes ao longo do tempo e o abandonaram junto com o derretimento da economia.
Aqui eu nem deveria dizer porque não pode funcionar. Não será universal e um país que não usar o modelo terá tanto mais vantagens perante os países que usam se tiver uma economia bem azeitada que pareceria uma comparação entre capitalismo e socialismo.
Mesmo que todos adotassem, a relação entre a moeda de cada país com sua paridade em ouro é discricionária.
Ao menos apresente alguma lógica que sustente o seu ponto.
Ele será universal? Quem irá fiar essa universalidade?
So it would appear that the major benefit to the gold standard is that it can prevent long-term inflation in a country. However, as Brad DeLong points out, "if you do not trust a central bank to keep inflation low, why should you trust it to remain on the gold standard for generations?"
E apontaria mais ainda aqui, em quem você confiaria para definir ao longo do tempo a paridade entre ouro e a moeda?
Sobre a questão do texto, eu confiaria no ouro, pois foi uma medida eficiente para conter a inflação e os abusos no sistema monetário por muito mais tempo do que os bancos têm tentado fazer o mesmo. Se no futuro surgirem tecnologias que garantem o mesmo, ou as tecnologias atuais como as Altcoins provarem ser um sucesso, a sitação pode mudar.
Sobre a sua questão, no cenário atual, o Estado.
Já está provado o contrário. A não ser que seja o ouro escocês teórico.
E se você confiaria no estado para definir a paridade entre a moeda e o lastro você entende que o estado iria imprimir dinheiro de uma maneira ainda mais discricionária do que a emissão de títulos.