Autor Tópico: Petrolão - Talvez o maior esquema de corrupção do planeta  (Lida 88753 vezes)

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Offline Jack Carver

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Re:Petrolão - Talvez o maior esquema de corrupção do planeta
« Resposta #775 Online: 05 de Agosto de 2015, 13:18:36 »
Ok, parece que foi muito melhor negócio pro Collor(até ser colocado detrás das grades! :hmph:) ser Senador da República do que Presidente.
O Brasil é um país de sabotadores profissionais.

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Offline O Grande Capanga

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Re:Petrolão - Talvez o maior esquema de corrupção do planeta
« Resposta #776 Online: 05 de Agosto de 2015, 13:26:47 »
Talvez.

Então tá.

O meu "talvez" foi para o seu segundo parágrafo, sobre qualquer advogado ter argumentação contra a preventiva.
No caso do ministro Barroso, ele seguiu perfeitamente o procedimento. Nesse caso, não caberia negar a transferência.

Se não tinha fundamento, então porque um advogado da estirpe do Podval não conseguiu reverter?

Mas se a decretação da prisão preventiva não tinha fundamento, como defende RA, o Barroso não poderia impugná-la?

Offline Brienne of Tarth

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Re:Petrolão - Talvez o maior esquema de corrupção do planeta
« Resposta #777 Online: 05 de Agosto de 2015, 13:35:20 »
Eu e minha truculência...

Bom vindo ao clube! Mas não se esqueça que: O Reino dos céus é arrebatado à força e são os violentos que o conquistam." (Mt 11,12)  :biglol:
GNOSE

Offline Gabarito

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Re:Petrolão - Talvez o maior esquema de corrupção do planeta
« Resposta #778 Online: 05 de Agosto de 2015, 13:50:06 »

Se não tinha fundamento, então porque um advogado da estirpe do Podval não conseguiu reverter?

Mas se a decretação da prisão preventiva não tinha fundamento, como defende RA, o Barroso não poderia impugná-la?

Resposta 1 - Os HCs ainda serão julgados.
Resposta 2 - Não sou especialista, mas leigo. Entendo que Barroso não teria essa atribuição nesse momento.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Petrolão - Talvez o maior esquema de corrupção do planeta
« Resposta #779 Online: 05 de Agosto de 2015, 19:23:47 »
http://www.joselitomuller.com/ao-saber-que-dirceu-e-rico-pt-desiste-de-taxacao-de-grandes-fortunas/

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Ao saber que Dirceu é rico, PT desiste de taxação de grandes fortunas
 4 de agosto de 2015 Joselito Müller  6 Comentários
BRASÍLIA – O diretório nacional do Partido dos Trabalhadores, em reunião extraordinária, decidiu revogar, na tarde de hoje, a resolução que defendia a taxação de grandes fortunas.

“Seria uma puta sacanagem com o Dirceu”, declarou Rui Falcão, presidente da legenda.

O Joselito não perdoa :lol:

Citar
“O cara se fudeu, foi preso de novo e ainda cobrar imposto do cara seria, no mínimo desumano”, comentou Falcão, em alusão à fortuna auferida por meio de propinas, pelo ex-ministro do governo Lula.

Citar
“Infelizmente, ou felizmente, tivemos que voltar atrás. Isso poderia atingir também o Lula, ou até mesmo o filho dele”, declarou a deputada gaucha, Maria do Rosário, que estuda a possibilidade de acrescentar ao texto as expressão “dos outros”, ao fim do artigo que termina com a frase “taxação de grandes fortunas”.

 :lol:


Offline Moro

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Re:Petrolão - Talvez o maior esquema de corrupção do planeta
« Resposta #780 Online: 05 de Agosto de 2015, 20:47:19 »
Não sei porque questionar a prisão do Dirceu. Solto ele opera a maquina. Ele deve ter recebido preso o que a maior parte de nós não receberá solto em uma vida.

Ele pressiona,  é influente,  é combativo e é reincidente...  Reincidente enquanto estava preso. 

Que comece apodrecer desde já 
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

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Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Petrolão - Talvez o maior esquema de corrupção do planeta
« Resposta #781 Online: 06 de Agosto de 2015, 04:53:40 »
Saiu a cpi do BNDES para se juntar ao Petrolao, querem  investigar os empréstimos para Cuba...

Já deve ter petista se borrando.

Offline Fabrício

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Re:Petrolão - Talvez o maior esquema de corrupção do planeta
« Resposta #782 Online: 06 de Agosto de 2015, 07:42:23 »
Não sei porque questionar a prisão do Dirceu. Solto ele opera a maquina. Ele deve ter recebido preso o que a maior parte de nós não receberá solto em uma vida.

Ele pressiona,  é influente,  é combativo e é reincidente...  Reincidente enquanto estava preso. 

Que comece apodrecer desde já 

Além da prisão dele ser uma forma de pressionar para ver se ele entrega o chefão...
"Deus prefere os ateus"

Skorpios

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Re:Petrolão - Talvez o maior esquema de corrupção do planeta
« Resposta #783 Online: 06 de Agosto de 2015, 07:43:49 »
Enquanto isso....

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STF condena três perigosos ladrões: de 1 par de chinelos, de 15 bombons e de 2 sabonetes

O Brasil enfrenta efetivamente profundas crises (econômica, política, social, jurídica e, sobretudo, ética). Quando a Corte Máxima de um país é chamada para julgar três ladrões (um subtraiu 1 par de chinelos de R$ 16, outro 15 bombons de R$ 30 e o terceiro 2 sabonetes de R$ 48) e diz que é impossível não aplicar, nesses casos, a pena de prisão, ainda que substituindo-a por alternativas penais, é porque chegamos mesmo no fundo do poço em termos de desproporcionalidade e de racionalidade. Usa-se o canhão do direito penal para matar pequenos pássaros (Jescheck).

Em países completamente civilizados, para esse tipo de questão adota-se a chamada “resolução alternativa de conflitos” (RAC). O problema (enfrentado por equipes de psicólogos, assistentes sociais etc.) nem sequer vai ao Judiciário (desjudicialização). Do que é mínimo não deve se encarregar o juiz (já diziam os romanos, há mais de 2 mil anos). O fato não deixa de ser ilícito, mas a cultura evoluída se contenta com esse tipo de solução (que faz parte de um contexto educacional de qualidade). É exatamente isso o que acontece nas faixas ricas no Brasil. Muitos filhos de gente rica, nos seus respectivos clubes ou nas escolas, praticam subtrações de pequenas coisas. Tudo é resolvido caseiramente (sem se chamar a polícia). A vítima pobre não tem a quem chamar, salvo o 190. Daí a policialização e judicialização de todos os conflitos, incluindo os insignificantes. Coisa de paiseco atrasado, de republiqueta (marcadamente feudalista).
Vivemos a era da emocionalidade (J. L. Tizón, Psicopatologiía del poder). No campo penal, por força da oclocracia (governo influenciado pelas massas rebeladas), dissemina-se (com a intensa ajuda da mídia) o populismo penal irracional centrado no uso e no abuso da prisão desnecessária. A explosão do sistema penitenciário é uma tragédia há tempos anunciada. Agrava-se a cada dia (somente em SP, o saldo dos que entram e dos que saem chega a 800 novos presos por mês).

A pena de prisão para fatos insignificantes conflita com o bom senso (com a racionalidade). Os países desenvolvidos aplicam outros tipos de sanção. Em sistemas acentuadamente neofeudalistas como o nosso, tenta-se disseminar o chamado princípio da insignificância, que elimina o crime (evitando a condenação penal). Mas o legislador brasileiro nunca cuidou desse assunto (salvo no Código Penal militar). Cada caso então fica por conta de cada juiz. O STF tratou do tema em 2004, no HC 84.412-SP. Aí fixou vários critérios, mas todos “abertos” (sujeitos a juízos de valor de cada juiz). Uma “jabuticabada” (como diz Rômulo de Andrade Moreira).

O Plenário do STF voltou a enfrentar o tema em 3/8/15 (nos HCs 123734, 123533 e 123108): réu reincidente pode ser beneficiado com o princípio da insignificância? Se o furto é qualificado, pode incidir o citado princípio? O STF fixou algumas orientações (não vinculantes aos juízes do país). Os três casos julgados, somados, davam R$ 94. Pobre que furta é ladrão, rico que rouba é barão.

O min. Luís Roberto Barroso, no princípio, votava pela incidência do princípio da insignificância. Mudou de posicionamento a partir do voto-vista do ministro Teori Zavascki, que firmou orientação no sentido oposto (de não aplicar referido princípio nesses casos). O Pleno apenas sinalizou o caminho a ser seguido. Não fixou entendimento vinculante. Porque, em direito penal, cada caso é um caso.

Para o ministro Zavascki a não aplicação do princípio da insignificância (nos casos citados) se deve ao seguinte: (a) são crimes com circunstâncias agravadoras; (b) apenas a reparação civil é insuficiente (para a prevenção geral); (c) reconhecer a licitude desses fatos é um risco (risco do justiçamento com as próprias mãos); (d) a imunidade estatal pode se converter em justiça privada (com consequências graves); (e) cabe ao juiz em cada caso concreto reconhecer ou não a insignificância assim como fazer a individualização da pena.

Nos três casos concretos analisados não houve reconhecimento do princípio da insignificância, mas, tampouco se admitiu o encarceramento do agente. A saída para evitar a prisão é a aplicação de penas substitutivas (CP, art. 43 e ss.) ou a aplicação do regime aberto (que hoje, na quase totalidade das comarcas, é cumprido em domicílio, em razão da ausência de estabelecimentos penais adequados). Mesmo em se tratando de reincidente, nos casos de pouca repercussão social, pode-se aplicar o regime aberto (para evitar a prisão). Qualquer outro regime seria (mais ainda) desproporcional. País que não cuida da prevenção (e que conta com escolaridade média ridícula de apenas 7,2 anos, exatamente a mesma de Zimbábue) tem que se expor internacionalmente ao ridículo. Chega na sua Corte Máxima o furto de bombons, de um par de chinelos, dois sabonetes, um desodorante, duas galinhas etc. O País e os juízes que julgam penalmente coisas pequenas jamais serão grandes.

Offline JJ

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Re:Petrolão - Talvez o maior esquema de corrupção do planeta
« Resposta #784 Online: 06 de Agosto de 2015, 08:11:56 »
O RA não está fazendo seu trabalho direito.

RA não está defendendo a Odebrecht ou Marcelo.
RA está defendendo o ritual da justiça, as regras do jogo, os direitos e garantias que todos nós gozamos (ou deveríamos), mesmo que quem esteja com a cabeça sob a espada sejam os adversários. Como ele já defendeu José Dirceu e Collor, mesmo já tendo sido processado por ambos.
RA defende as leis, pois os adversários passam, mas elas ficam.

Argumentos dele aqui.

Com isso, eu não defendo RA ou esse ou aquele.
Estou de olho também no cumprimento das leis e das regras, mesmo que eu tenha que defender petista, caso as regras sejam ignoradas na caça a eles.

Até a turma de Vaccari RA já defendeu:

Citar

[...]

“Ah, mas, com petista, você não quer nem saber; nem olha a lei.” Pois é… Infelizmente para os súditos da família barata, também isso é mentira. No dia 23 de abril, publiquei aqui um post com este título: “Fazer o quê? Estender prisão temporária da cunhada de Vaccari era um atropelo à lei”.

Quem acessar o post lerá:


“Aqui, no entanto, se diz tudo, mesmo com o risco de aborrecer até os que gostam do blog. O juiz Moro, os advogados todos e qualquer operador do direito sabem muito bem que mentir em juízo não é motivo para decretar a prisão temporária de ninguém. Pra começo de conversa, nem Marice nem ninguém são obrigados a se acusar. NOTEM: SE ELA MENTIU EM JUÍZO, COMETEU, SIM, UM DELITO. Mas cabe a pergunta: isso é justificativa para decretar prisão temporária? Resposta: não! “Ah, mas ela é cunhada do Vaccari… Merece ficar presa!” Ok. A gente pode achar isso. Mas é preciso ver se a lei também acha. Resposta para a dúvida: não acha.”

E Marice Corrêa de Lima é uma fina flor do petismo.

[...]



Reinaldo Azevedo continua firme na defesa das leis e do Estado Democrático de Direito.

Acima, ele defendeu a cunhada de João Vaccari Neto.
Abaixo, ele defende ninguém menos do que José Dirceu.
Eu também acho que somente fazendo uso dos instrumentos legais, da defesa intransigente dos dispositivos previamente pactuados contidos na legislação, se pode manter uma sociedade civilizada e justa, MESMO que do outro lado estejam os inimigos públicos.

Concordo com ele que a prisão preventiva de José Dirceu não está fundamentada no Código Penal. Não está se julgando o mérito da questão ainda.
MESMO que seja quem é, o "guerreiro do povo brasileiro", com toda a sua ficha de crimes de colarinho branco.




Gabarito, você realmente acredita na boa intenção do cara ?   Você realmente acredita que o cara escreveu essas coisas porque ele é um "firme defensor das leis e do Estado Democrático de Direito" ?


 :D


Isso que é ter fé no homi, o resto é coisa de incrédulos.


 :hihi:







Offline Gabarito

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Re:Petrolão - Talvez o maior esquema de corrupção do planeta
« Resposta #785 Online: 06 de Agosto de 2015, 09:48:39 »

Gabarito, você realmente acredita na boa intenção do cara ?   Você realmente acredita que o cara escreveu essas coisas porque ele é um "firme defensor das leis e do Estado Democrático de Direito" ?

 :D

Isso que é ter fé no homi, o resto é coisa de incrédulos.

 :hihi:

Eu não analiso intenção de ninguém. Eu apenas li o que estava escrito. E existe uma defesa das leis no que está escrito.
Se você quiser ler o que não está escrito, boa sorte. Que a conspiração não lhe sequestre.


Offline JJ

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Re:Petrolão - Talvez o maior esquema de corrupção do planeta
« Resposta #786 Online: 06 de Agosto de 2015, 11:03:13 »

Gabarito, você realmente acredita na boa intenção do cara ?   Você realmente acredita que o cara escreveu essas coisas porque ele é um "firme defensor das leis e do Estado Democrático de Direito" ?

 :D

Isso que é ter fé no homi, o resto é coisa de incrédulos.

 :hihi:

Eu não analiso intenção de ninguém. Eu apenas li o que estava escrito. E existe uma defesa das leis no que está escrito.
Se você quiser ler o que não está escrito, boa sorte. Que a conspiração não lhe sequestre.


Gabarito,

O Homo sapiens (principalmente os espertos), na maioria esmagadora das vezes, agirá por interesse próprio, e normalmente ele tentará passar a mensagem de que estará agindo por motivos mais elevados, e em muitas vezes ele esconderá até dele mesmo que esteja agindo assim (via racionalizações).  Mas se você quer e prefere por fé no "homi" esteja a vontade.








Offline Lorentz

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Re:Petrolão - Talvez o maior esquema de corrupção do planeta
« Resposta #787 Online: 06 de Agosto de 2015, 11:18:26 »
O Homo sapiens (principalmente os espertos), na maioria esmagadora das vezes, agirá por interesse próprio, e normalmente ele tentará passar a mensagem de que estará agindo por motivos mais elevados, e em muitas vezes ele esconderá até dele mesmo que esteja agindo assim (via racionalizações).  Mas se você quer e prefere por fé no "homi" esteja a vontade.

Fontes?

E que plano bem feito! O Reinaldo vem defendendo as leis por décadas só pra hoje ganhar seu pixuleco. Esse pensa a longo prazo.
"Amy, technology isn't intrinsically good or bad. It's all in how you use it, like the death ray." - Professor Hubert J. Farnsworth

Offline Gigaview

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Re:Petrolão - Talvez o maior esquema de corrupção do planeta
« Resposta #788 Online: 06 de Agosto de 2015, 12:49:06 »
Agora vai....
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

Offline Jack Carver

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Re:Petrolão - Talvez o maior esquema de corrupção do planeta
« Resposta #789 Online: 07 de Agosto de 2015, 01:11:39 »
O Brasil é um país de sabotadores profissionais.

“Dêem-me controle sobre o dinheiro de uma nação e não me importa quem faz as suas leis. - Mayer Amschel Rothschild

Offline Moro

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Re:Petrolão - Talvez o maior esquema de corrupção do planeta
« Resposta #790 Online: 07 de Agosto de 2015, 01:19:13 »
Iamos ter mais um alvo da lava a jato no poder
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

Faisal Saeed Al Mutar


"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

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Offline JJ

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Re:Petrolão - Talvez o maior esquema de corrupção do planeta
« Resposta #791 Online: 07 de Agosto de 2015, 07:35:27 »
O Homo sapiens (principalmente os espertos), na maioria esmagadora das vezes, agirá por interesse próprio, e normalmente ele tentará passar a mensagem de que estará agindo por motivos mais elevados, e em muitas vezes ele esconderá até dele mesmo que esteja agindo assim (via racionalizações).  Mas se você quer e prefere por fé no "homi" esteja a vontade.

Fontes?





Mentirosos Inatos
Por que mentimos, e por que somos tão bons nisso? A resposta é simples: porque funciona.


outubro de 2005
David Livingstone Smith

A dissimulação atravessa toda a história da humanidade, nutrindo a literatura desde o astuto Ulisses de Homero aos livros de maior sucesso popular de hoje. Uma ida ao cinema, e é grande a probabilidade de que o filme aborde alguma forma de ardil. Tais histórias talvez nos sejam muito fascinantes porque o mentir permeia a vida humana.

Mentir é uma habilidade que brota das profundezas de nosso ser, e nós a usamos sem cerimônia. Como escreveu o grande observador americano Mark Twain há mais de um século: "Todos mentem... todo dia, toda hora, acordado, dormindo, em sonhos, nos momentos de alegria, nos momentos de tristeza. Ainda que a boca permaneça calada, as mãos, os pés, os olhos, a atitude transmitem falsidade". Enganar é fundamental para a condição humana. A convicção de Twain é validada por pesquisa.  Um bom exemplo é um estudo realizado em 2002 pelo psicólogo  Robert S. Feldman, da Universidade de Massachusetts, em Amherst.  Feldman filmou em vídeo estudantes que haviam sido solicitados a conversar com  desconhecidos.  Posteriormente, pediu que analisassem as fitas e calculassem o número de mentiras que haviam contado. Uma considerável porcentagem de 60% admitiu ter mentido pelo menos uma vez durante os dez minutos de conversação, e a média do grupo nesse período foi de 2,9 inverdades. As transgressões variaram de exageros propositais a mentiras deslavadas. O interessante é que, embora homens e mulheres tenham mentido com a mesma freqüência, Feldman constatou que as mulheres pareceram mais propensas a mentir para fazer com que o desconhecido se sentisse bem, enquanto os homens mentiram mais para se valorizar.

Em outro estudo dos anos 90, realizado por David Know e Caroline Schacht, ambos agora na Universidade da Carolina do Leste, 92% de estudantes universitários confessaram ter mentido para uma parceira sexual, atual ou anterior, o que fez os pesquisadores se perguntarem se os restantes 8% também não teriam mentido. E, embora há muito se saiba que os homens tendem a mentir sobre o número de suas conquistas sexuais, pesquisa recente mostra que as mulheres tendem a minimizar seu grau de experiência sexual.

Quando solicitadas a preencher questionários sobre seu comportamento e postura sexual, as mulheres que foram ligadas a um detector de mentiras fictício relataram ter tido o dobro de casos que as que não foram, demonstrando as últimas menos honestidade em suas respostas. É irônico que os pesquisadores tenham tido de usar de um artifício enganoso para conseguir delas a verdade.
Tais referências são apenas alguns dos muitos exemplos do hábito de mentir que apimentam os registros científicos. E ainda assim a pesquisa a respeito quase sempre focaliza o mentir em seu sentido mais estreito - literalmente dizer coisas que não são verdadeiras. Mas nosso fetiche vai muito além da falsidade verbal. Mentimos por omissão e por intrincadas sutilezas. Estamos também empenhados em incontáveis formas de tapeações não-verbais: usamos maquilagem, perucas, cirurgias cosméticas, vestuário e outras formas de adorno para disfarçar nossa verdadeira aparência e fragrâncias artificiais para dissimular os odores de nosso corpo. Choramos lágrimas de crocodilo, fingimos orgasmos, disparamos "bom dia!" com sorrisos falsos. Mentiras verbais são apenas uma pequena parte da vasta tapeçaria de falsidade humana.

A pergunta óbvia que todo esse relato suscita é: por que mentimos com tanta facilidade? E a resposta: porque funciona. O Homo sapiens que melhor consegue mentir leva vantagem sobre seus pares na luta incansável para o sucesso reprodutivo que move a máquina da evolução.

Como humanos, devemos nos enquadrar em um sistema social fechado para sermos bem-sucedidos, ainda que nosso alvo principal seja nos colocarmos acima de todos os demais. Mentir ajuda. E mentir para nós mesmos - um talento desenvolvido por nosso cérebro - ajuda-nos a aceitar nosso comportamento fraudulento.

Passaporte para o Sucesso
Se essa verdade crua nos incomoda, podemos encontrar certo consolo ao pensar que não somos a única espécie a explorar a mentira.

Plantas e animais comunicam-se entre si por sons, rituais exibicionistas, cores, aromas e outros métodos, e os biólogos ingenuamente chegaram a supor que a única função desses sistemas de comunicação fosse transmitir informações precisas. Quanto mais aprendemos sobre essas espécies, mais claro fica o quanto se esforçam para enviar mensagens imprecisas.
A orquídea Ophry speculum, por exemplo, exibe lindas flores azuis que se assemelham a vespas do sexo feminino. A flor também fabrica um coquetel químico que simula os feromônios liberados pelas fêmeas para atrair parceiros. Essas pistas visuais e olfativas mantêm os pobres machos na flor o tempo suficiente para garantir que uma boa quantidade de pólen seja aderida ao corpo até que voem para tentar a sorte no disfarce de outra orquídea. É claro que a orquídea não tem a intenção de enganar a vespa. A camuflagem faz parte de seu desenho físico porque, no decorrer da história, as plantas com essa capacidade conseguiram transmitir com mais facilidade seus genes. Outros seres também empregam estratégias enganadoras. Quando um predador se aproxima da inofensiva cobra Heterodon platyrhino, o formato de sua cabeça muda, ela se transveste em peçonhenta e, sibilando ameaçadoramente, se posta como se fosse atacar, mantendo, contudo, a boca discretamente fechada.

Esses casos e outros mostram que a natureza favorece o engodo por vantagens de sobrevivência. Os artifícios se tornam mais sofisticados quanto mais próximo se chega ao Homo sapiens na cadeia evolutiva.

Reflita sobre esse incidente entre Mel e Paul: Mel cavava furiosamente com as mãos o rochoso solo etiopiano para extrair um tipo de bulbo grande e suculento. Estavam na estação da seca, e a comida era escassa. Esses bulbos comestíveis, parecidos com os da cebola, são o principal alimento durante os longos e difíceis meses da estação. O pequeno Paul estava sentado a pouca distância de Mel e observava seu trabalho. A mãe o deixara brincando na grama, e, embora não estivesse à vista, Paul sabia que ela o ouviria se precisasse dela. Quando Mel finalmente conseguiu, com um puxão, arrancar seu prêmio da terra, Paul soltou um grito estridente de abalar a paz da savana. A mãe voou para ele. Coração disparado e adrenalina a toda, ela entrou em cena e rapidamente avaliou a situação: Mel havia obviamente ameaçado seu querido filho. Aos berros, ela irrompeu sobre a desnorteada Mel, que largou o bulbo e fugiu. O esquema de Paul estava completo. Após uma olhada furtiva para ter certeza de que ninguém estava vendo, avançou sobre o bulbo e começou a comê-lo. O truque deu tão certo que ele o usou várias vezes antes que alguém percebesse. Os atores nesse drama da vida real não eram pessoas. Eram macacos babuínos chacma, descritos, em 1987, pelos primatologistas Richard V. Byerne e Andrew Whiten, da Universidade de St. Andrews, na Escócia, em um artigo da revista New Scientist. O fato foi posteriormente recontado no livro de Byrne, de 1995, The thinking ape. Em 1983 Byrne e Whiten começaram a notar táticas enganosas entre os babuínos das montanhas em Drakensberg, África do Sul. Os primatas "Catarrhini", grupo que inclui os macacos do Velho Mundo e nós mesmos, são todos capazes de taticamente ludibriar membros de sua própria espécie. Não é com a aparência que enganam, como a da orquídea citada, nem com rotinas comportamentais, como as da cobra. O repertório dos primatas é calculado, flexível e muito sensível aos contextos de mudança social.

Byrne e Whiten catalogaram muitas dessas observações e a partir delas desenvolveram sua celebrada hipótese de inteligência maquiavélica.
Segundo essa teoria, a extraordinária explosão da inteligência na evolução dos primatas foi impulsionada pela necessidade de dominar formas cada vez mais sofisticadas de trapaças e manipulações sociais. Os primatas tiveram de ficar espertos para acompanhar o desenvolvimento do jogo social. A hipótese da inteligência maquiavélica sugere que a complexidade social impulsionou nossos ancestrais a se tornarem cada vez mais inteligentes e adeptos a alterar rotas, negociar, blefar e conluir. Isso significa que ser mentiroso é inato aos humanos. E, em linha com outras tendências evolucionárias, nosso talento para dissimulação supera o de nossos parentes mais próximos em várias ordens de grandeza.

A coreografia complexa do jogo social permanece central em nossa vida hoje. Aqueles que melhor enganam continuam a acumular vantagens negadas a seus pares mais honestos ou menos competentes. A mentira nos ajuda a facilitar interações sociais, manipular os outros e fazer amigos. Existe até uma correlação entre popularidade social e habilidade de enganar. Falsificamos nossos currículos para conseguir emprego, plagiamos trabalhos para melhorar nossas médias escolares e iludimos potenciais parceiros sexuais para seduzi-los à cama. Pesquisas mostram que os mentirosos conseguem com mais freqüência obter emprego e atrair pessoas do sexo oposto para relacionamento. Vários anos depois Feldman demonstrou que os adolescentes mais populares na escola são também os melhores a enganar seus pares. Mentir continua a funcionar. Embora arriscado mentir o tempo todo (lembre-se do destino do menino que gritou: "Lobo!"), mentir freqüentemente e bem continua um passaporte para o sucesso social, profissional e econômico.

Enganando a nós mesmos
Ironicamente, a principal razão de sermos tão bons para mentir aos outros é que somos bons para mentir a nós mesmos. Há uma estranha assimetria em como partilhamos a desonestidade. Embora estejamos sempre prontos para acusar os outros de nos enganar, somos incrivelmente distraídos com nossa própria duplicidade. Experiências de termos sido vítimas de falsidade são gravadas indelevelmente em nossa memória, mas nossas próprias prevaricações escapam tão facilmente de nossa boca que geralmente nem nos damos conta delas.

O estranho fenômeno do auto-engano é objeto da perplexidade de filósofos e psicólogos há mais de 2 mil anos. A idéia de que uma pessoa possa iludir a si mesma parece tão sem sentido quanto trapacear no jogo de paciência ou roubar dinheiro da própria conta bancária. Mas o caráter paradoxal do auto-engano deriva da idéia, formalizada pelo filósofo francês René Descartes no século XVII, de que a mente humana é transparente para o próprio indivíduo e que a introspeção permite um entendimento preciso de nossa vida mental. Por mais natural que essa perspectiva seja para a maioria de nós, ela se revela profundamente equivocada.
Se pretendemos entender o auto-engano, precisamos nos valer de uma concepção cientificamente mais segura de como a mente funciona. O cérebro engloba um número de sistemas funcionais. O sistema responsável pela cognição - a parte pensante - é de certa forma distinto daquele que produz experiências conscientes. Ambos se comunicam de modo análogo à relação entre o processador e o monitor de um computador pessoal. O funcionamento ocorre no processador; o monitor só faz mostrar as informações que o processador transfere para ele. Da mesma maneira, os sistemas cognitivos do cérebro processam o pensar, enquanto a consciência revela as informações recebidas. A consciência tem um papel menos importante na cognição do que anteriormente se supunha.

Esse quadro geral é sustentado por significativa evidência experimental. Alguns dos mais notáveis e discutidos estudos foram conduzidos há várias décadas pelo neurocientista Benjamin Libet, atualmente professor emérito da Universidade da Califórnia, em San Diego. Em um experimento, Libet posicionou indivíduos em frente a um botão e a um relógio cujo ponteiro se movia rapidamente. Ele então pediu que, ao sentirem vontade, pressionassem o botão, registrando a hora mostrada no relógio no momento em que sentiram o impulso para pressionar o botão. Libet também colocou, em cada um dos participantes, eletrodos sobre o córtex motor, que controla o movimento, para monitorar a tensão elétrica à medida que o cérebro se preparava para iniciar uma ação. Ele descobriu que nosso cérebro começa a se preparar para iniciar uma ação mais que três décimos de segundo antes de decidirmos conscientemente agir. Em outras palavras, apesar das aparências, não é a mente consciente que decide desempenhar uma ação: a decisão é tomada inconscientemente. Embora nossa consciência goste de ter o crédito (por assim dizer), ela é meramente informada de decisões inconscientes após o fato. Esse e outros estudos sugerem que somos sistematicamente iludidos sobre o papel que a consciência tem em nossa vida. Por mais estranho que pareça, a consciência talvez só faça dispor os resultados da experiência inconsciente.

Esse modelo geral da mente, sustentado por vários outros experimentos, nos fornece exatamente o que precisamos para resolver o paradoxo do auto-engano - pelo menos em teoria. Conseguimos nos enganar invocando o equivalente a um filtro cognitivo entre o conhecimento inconsciente e o conhecimento consciente. O filtro prioriza informações antes que alcancem a consciência, impedindo que os pensamentos selecionados proliferem pelas vias neurais até se tornar conscientes.

Solucionando o Problema de Pinóquio
Mas por que filtraríamos informações? Se considerada de uma perspectiva biológica, essa noção apresenta um problema. A idéia de que temos uma tendência evolutiva de nos privar de informações soa muito implausível, arriscada e biologicamente desvantajosa. Uma vez mais, porém, podemos encontrar uma pista em Mark Twain, que nos legou uma explicação surpreendentemente compreensível: "Quando uma pessoa não consegue enganar a si mesma", escreveu ele, "não há muita chance de conseguir enganar os outros." A vantagem do auto-engano é que nos ajuda a mentir aos outros de maneira mais convincente. Ocultar a verdade de nós mesmos a oculta dos outros.

No começo dos anos 70, o biólogo Robert Trivers, atualmente na Universidade de Rutgers, deu comprovação científica ao "insight" de Twain. Segundo Trivers, nosso talento para o auto-engano poderia ser a solução para um problema de adaptação enfrentado repetidamente por ancestrais humanos na tentativa de enganar uns aos outros. Enganar pode ser um negócio arriscado. Dentro do bando tribal e caçador, que presumivelmente era o ambiente social padrão em que nossos ancestrais hominídeos viviam, ser pego em ato escuso poderia resultar em ostracismo ou banimento da comunidade, tornar-se isca para hienas. Como nossos ancestrais eram primatas experientes e altamente inteligentes, houve um momento em que tomaram consciência desses perigos e aprenderam a ser mentirosos autoconscientes.
Essa consciência criou um problema novo. Mentirosos que se sentem desconfortáveis e tensos não mentem bem. Como Pinóquio, eles se traem por comportamentos involuntários, não-verbais. Há muita evidência experimental indicando que os humanos são notadamente adeptos a inferir sobre os estados mentais uns dos outros com base em uma mímima exposição a informações não-verbais. Como Freud comentou certa vez: "Nenhum mortal consegue guardar segredo. Ainda que seus lábios estejam silentes, as pontas de seus dedos falam; todos os seus poros o traem". No esforço para dominar nossa crescente ansiedade, podemos automaticamente aumentar o tom de nossa voz, corar, transpirar frio, ter coceira no nariz ou fazer pequenos movimentos com os pés como se quiséssemos fugir.

Podemos também, opostamente, controlar ao máximo o tom da voz e tentar conter movimentos reveladores, levantando suspeita por nossa atitude rígida e contida. Em qualquer dos casos, sabotamos nosso próprio esforço de enganar. Hoje em dia um vendedor de carros usados pode esconder a malícia de seus olhos atrás de óculos de sol, mas não existia tal recurso durante a época do Pleistoceno. Eram necessárias outras soluções.

A seleção natural parece ter liqüidado o problema de Pinóquio ao nos favorecer com a habilidade de mentir para nós mesmos. Enganar a nós mesmos permite-nos manipular egoisticamente os que nos cercam e permanecer convenientemente inocentes perante os próprios olhos.

Se isso é verdadeiro, o auto-engano se fixou na mente humana como uma ferramenta para manipulação social. Como Trivers observou, os biólogos propuseram que a principal função do auto-engano é enganar mais facilmente os outros. O auto-engano nos ajuda a enredar outras pessoas mais eficazmente. Permite-nos mentir com sinceridade, mentir sem saber que estamos mentindo. Deixa de haver a necessidade de fazer uma encenação, de fingir que estamos falando a verdade. A pessoa que se auto-engana julga, na realidade, estar falando a verdade, e acreditar na própria história a faz ainda mais persuasiva.

Embora seja difícil testar a tese de Trivers, ela ganhou larga aceitação por ser a única explicação biologicamente realista do auto-engano como uma característica adaptativa da mente humana. Essa visão também se encaixa muito bem em um considerável número de trabalhos sobre as raízes evolutivas do comportamento social que têm sido comprovados empiricamente.

Naturalmente, o auto-engano não é sempre tão absoluto. Algumas vezes estamos cientes de ser incautos em nosso próprio jogo de enganar, recusando-nos teimosamente a articular de maneira explícita para nós mesmos o que estamos prestes a fazer.

Sabemos que as histórias que elucubramos não se coadunam com nosso comportamento, ou destoam dos sinais físicos, como palpitação cardíaca ou mãos suadas, que traem nosso estado emocional. Por exemplo, os estudantes mencionados anteriormente, que admitiram suas mentiras ao se ver na fita de vídeo, sabiam por vezes estar mentindo, e mesmo assim não pararam, porque esse comportamento não os incomodou.

Outras vezes, porém, estamos na feliz ignorância de que jogamos fumaça nos próprios olhos. Uma perspectiva biológica nos ajuda a entender o porquê de os mecanismos cognitivos do auto-engano nos aliciarem tão fácil e silenciosamente. De maneira esperta e imperceptível, eles nos enredam em desempenhos tão elaborados que a encenação transmite total sinceridade a nós, os próprios atores.

Tradução de Rachel B. Schwartz
A Mentira da Felicidade

Mentir para nós mesmos pode ser uma maneira de manter a saúde mental. Diversos estudos clássicos a respeito do assunto indicam que pessoas com depressão moderada na realidade enganam menos a si mesmas que aquelas ditas normais. Lauren B. Alloy, da Universidade de Temple, e Lyn Y. Abramson, da Universidade de Wisconsin-Madison, desvendaram essa tendência, manipulando clandestinamente o resultado de uma série de jogos. Indivíduos saudáveis que participaram dos jogos inclinavam-se a levar o crédito quando ganhavam e subestimavam sua contribuição para o resultado quando não se saíam bem. Os deprimidos, entretanto, avaliavam sua contribuição com muito mais precisão. Em outro estudo, o psicólogo Peter M. Lewisohn, professor emérito da Universidade de Oregon, mostrou que os depressivos julgam as atitudes das outras pessoas em relação a eles com maior exatidão que os não-depressivos. Além disso, essa habilidade na realidade degenera à medida que os sintomas psicológicos da depressão melhoram em resposta ao tratamento.

Talvez a saúde mental repouse no auto-engano, e ficar deprimido resulte de uma falha na habilidade de enganar a si mesmo. Afinal de contas, todos vamos morrer, todos os nossos entes queridos vão morrer, e grande parte do mundo vive em abjeta miséria. Portanto, quase não há razões para ser feliz diante desse cenário.

- D. L. S
Volume cerebral

O Homo sapiens tem o cérebro grande. Nossos parentes, macacos e primatas, também. Normalmente o tamanho do cérebro das espécies aumenta com o crescimento do corpo e dinâmica metabólica, mas, segundo essa fórmula, primatas têm o volume do cérebro de criaturas duas vezes maiores. Muito do aumento advém do desenvolvimento intenso do neocórtex. Um estudo de 2004, realizado por Richard W. Byrne e Nadia Corp, da Universidade de St. Andrews, na Escócia, mostra que o uso de dissimulação pelas espécies primatas aumenta com o volume neocortical; ou seja, os membros das espécies com cérebros mais pesados tendem mais a enganar uns aos outros.  O tamanho do cérebro humano, naturalmente, é superior ao de todas as outras espécies em uma tabela comparativa.
- D. L. S.
Melhores Polígrafos

Embora aqueles que defendem o polígrafo aleguem um índice de acerto de cerca de 90%, muitos críticos dizem que essa taxa está mais próxima dos 60%. O problema é que, apesar do apelido "detector de mentira", a máquina na realidade não reconhece falsidades. Seus eletrodos, colocados em vários pontos do corpo da pessoa, medem sinais psicológicos de stress, tais como batimento cardíaco e pressão sangüínea elevados. Esses sinais freqüentemente acompanham a mentira, mas, se a pessoa conseguir mentir calmamente, há boa chance de derrotar o polígrafo. De modo oposto, o indivíduo que fala a verdade, mas está ansioso quanto ao procedimento, poderá produzir uma falsa leitura positiva.

Os cientistas estão trabalhando em uma nova geração de detectores de mentira cujo alvo é o próprio mentir. Por exemplo, o neurocientista Lawrence A. Farwell, dos Laboratórios Brain Fingerprinting, desenvolveu um método com o mesmo nome, "impressões cerebrais". O sujeito usa um capacete com eletrodos que produz um eletroencefalograma (EEG) - um registro das mudanças elétricas no cérebro. Ao monitorar a atividade neural dessa forma, Farwell afirma que pode detectar a desonestidade com precisão de quase 100%. O método se baseia em sinais reveladores de reconhecimento visual no cérebro. Por exemplo, uma pessoa sob suspeita a quem seja mostrada uma arma pode dizer que nunca a viu antes, mas seu cérebro, segundo Farewell, gerará uma onda chamada P300 que ocorre automaticamente quando reconhecemos um objeto.

Outra abordagem está sendo explorada pelo psicólogo Stephen M. Kosslyn, da Universidade Harvard. Kosslyn usa tecnologias imagéticas para estudar o que ocorre no cérebro quando mentimos. Suas descobertas indicam que o mentir está associado a uma maior atividade cerebral que o falar a verdade, e essa atividade em certas áreas do cérebro está associada a tipos distintos de mentiras.

Apesar de esses e outros métodos ainda serem controvertidos, é bem provável que a próxima década dê aos pesquisadores acesso sem precedentes aos recessos de nossa mente - para o bem ou para o mal.
- D. L. S
Para conhecer mais

http://www2.uol.com.br/vivermente/reportagens/mentirosos_inatos.html


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Não acho que precisava de fontes para lembrar que o Homo sapiens é interesseiro e mentiroso.   Mas num mundo onde existem crentes políticos*, acaba sendo necessário lembrar isso.





*Em todo espectro político, indo desde a extrema esquerda, passando pela centro esquerda, pela centro direita, e chegando na extrema direita.











« Última modificação: 07 de Agosto de 2015, 07:47:04 por JJ »

Offline DDV

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Re:Petrolão - Talvez o maior esquema de corrupção do planeta
« Resposta #792 Online: 07 de Agosto de 2015, 09:22:43 »
O JJ gosta de postar coisas gerais, que todos já sabem e até usam implicitamente como pressuposto, como se fossem novidades supimpas recém descobertas que darão uma reviravolta nos debates específicos que estão acontecendo, com um "ceticismo" vazio, redundante e muitas vezes seletivo.

É igual aquele pessoal debatendo teorias e experimentos científicos e ficam "ah, mas essa teoria pode estar errada, nunca teremos certeza". Claro que pode estar errada! Isso é parte normal do processo científico, mas no momento é a melhor disponível devido a (inserir suporte experimental).



Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

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Offline JJ

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Re:Petrolão - Talvez o maior esquema de corrupção do planeta
« Resposta #793 Online: 07 de Agosto de 2015, 09:47:10 »
Muitos não demonstram saber, já que constantemente estão demonstrando grande fé .



Offline DDV

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Re:Petrolão - Talvez o maior esquema de corrupção do planeta
« Resposta #794 Online: 07 de Agosto de 2015, 09:50:17 »
Muitos não demonstram saber, já que constantemente estão demonstrando grande fé .

Você tem que rebater o que você discorda com argumentos, não com frases céticas vazias e genéricas, que servem para 'contestar' qualquer coisa.
Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

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Offline Fabrício

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Re:Petrolão - Talvez o maior esquema de corrupção do planeta
« Resposta #795 Online: 07 de Agosto de 2015, 10:03:56 »
Muitos não demonstram saber, já que constantemente estão demonstrando grande fé .

Você tem que rebater o que você discorda com argumentos, não com frases céticas vazias e genéricas, que servem para 'contestar' qualquer coisa.

Que seres humanos mentem estamos carecas de saber, o que não significa que eles mintam o tempo todo, sem exceção.
« Última modificação: 07 de Agosto de 2015, 10:14:07 por Fabrício »
"Deus prefere os ateus"

Offline Gabarito

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Re:Petrolão - Talvez o maior esquema de corrupção do planeta
« Resposta #796 Online: 07 de Agosto de 2015, 10:13:39 »
Essa coisa toda começou porque JJ gosta de ler o que não está escrito.
Ele não entra no artigo nem consegue exibir a alegada mentira. Ele vem com um tratado sobre a mentira desde o Australopitecus.

E assim, nasce uma conspiração.  B-)


Offline Gigaview

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Re:Petrolão - Talvez o maior esquema de corrupção do planeta
« Resposta #797 Online: 07 de Agosto de 2015, 21:48:59 »
EXCLUSIVO: LULA NO CADERNO VERMELHO DO IRMÃO DE DIRCEU
http://www.oantagonista.com/pagina/1

Agora vai...
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Offline Moro

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Re:Petrolão - Talvez o maior esquema de corrupção do planeta
« Resposta #798 Online: 07 de Agosto de 2015, 22:29:39 »
agora vai

100 reais por comentário dos petistas do fórum explicando o que é o PT... Derfel, Hugo, Temma e Juca :-)

O Giga paga
« Última modificação: 07 de Agosto de 2015, 22:32:29 por Bahadur »
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

Faisal Saeed Al Mutar


"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

Peter Boghossian

Sacred cows make the best hamburgers

I'm not convinced that faith can move mountains, but I've seen what it can do to skyscrapers."  --William Gascoyne

Offline Gigaview

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Re:Petrolão - Talvez o maior esquema de corrupção do planeta
« Resposta #799 Online: 07 de Agosto de 2015, 22:34:33 »
agora vai

100 reais por comentário dos petistas do fórum explicando o que é o PT... Derfel, Hugo, Temma e Juca :-)

O Giga paga

EU???
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