Autor Tópico: Fábrica vai trocar 90% dos trabalhadores por robôs  (Lida 12594 vezes)

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Offline Cinzu

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Re:Fábrica vai trocar 90% dos trabalhadores por robôs
« Resposta #175 Online: 01 de Fevereiro de 2016, 21:51:29 »
Isso é animação de algo que intenciona ser real? Porque me pareceu ser uma maneira meio idiota de fazer construções com robôs.

Foi só um exemplo que encontrei.
Iria postar outro que se assemelha mais do real, mas você mesmo já fez  :hihi:

<a href="https://www.youtube.com/v/OKoQMD0QZQs" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/OKoQMD0QZQs</a>

Impressoras são a melhor opção, pois dão uma liberdade muito grande de se modificar o formato e layout da casa a gosto. Muitos acham que numa sociedade robotizada tudo seria muito igual. Mas isto é bobagem, a automação avançada nos dá a possibilidade de personificação individualizada muito maior do que o sistema atual.

No caso, apenas possibilitaria alterações durante a execução. Mas se o projeto foi bem elaborado e analisado, não teria necessidade disso. Haja visto que hoje em dia já são apresentados até em 3D em formato muito semelhante ao real.
"Não é possível convencer um crente de coisa alguma, pois suas crenças não se baseiam em evidências; baseiam-se numa profunda necessidade de acreditar"

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Fábrica vai trocar 90% dos trabalhadores por robôs
« Resposta #176 Online: 01 de Fevereiro de 2016, 21:57:20 »
Acho que é o contrário. "Imprimir" assim deve valer mais/inicialmente somente a pena no caso de produção em massa. Poderiam até ser customizadas, se todo um lote antes da produção já tivesse seus donos e cada um com sua planta customizada previamente.

Mas acho que para fazer só uma casa individual isso ainda deve ser caro demais, e pior, em comparação ao que o mesmo preço poderia pagar em construções mais tradicionais.

Offline Peter Joseph

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Re:Fábrica vai trocar 90% dos trabalhadores por robôs
« Resposta #177 Online: 03 de Fevereiro de 2016, 15:00:37 »
Este vídeo aqui é muito bom pra introduzir o assunto sobre o que está ocorrendo com a evolução tecnológica e o desemprego relacionado a ela:
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Offline Peter Joseph

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Offline Peter Joseph

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Re:Fábrica vai trocar 90% dos trabalhadores por robôs
« Resposta #179 Online: 03 de Fevereiro de 2016, 15:06:33 »
Este vídeo aqui também é bom:

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Offline SnowRaptor

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Re:Fábrica vai trocar 90% dos trabalhadores por robôs
« Resposta #180 Online: 03 de Fevereiro de 2016, 15:08:14 »
Já postei, mas lá vai:

<a href="https://www.youtube.com/v/7Pq-S557XQU" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/7Pq-S557XQU</a>
Elton Carvalho

Antes de me apresentar sua teoria científica revolucionária, clique AQUI

“Na fase inicial do processo [...] o cientista trabalha através da
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Offline Peter Joseph

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Re:Fábrica vai trocar 90% dos trabalhadores por robôs
« Resposta #181 Online: 03 de Fevereiro de 2016, 15:42:28 »
 "Robôs e softwares baratos e poderosos permitem a companhias depender menos dos insumos tradicionais de trabalhadores, prédios e equipamento pesado, construindo operações enxutas que geram grandes margens. Em todas estas formas (e certamente outras), o progresso tecnológico tem o efeito de diminuir preços e salários", diz um artigo do Financial Times escrito por Andrew McAfee, do centro do MIT para negócios digitais e autor de livro sobre a nova revolução digital.

Empresas como WhatsApp geram receita e valor de mercado com muito menos necessidade de investimento e de funcionários do que as grandes empresas do passado.

Isso significa que a tecnologia pode ser um dos grandes fatores por trás do curioso cenário econômico dos países desenvolvidos, onde juros historicamente baixos e programas de expansão monetária são incapazes de levar a inflação para perto da meta.

http://exame.abril.com.br/economia/noticias/a-tecnologia-esta-derrubando-precos-e-isso-nem-sempre-e-bom
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Offline Cinzu

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Re:Fábrica vai trocar 90% dos trabalhadores por robôs
« Resposta #182 Online: 08 de Fevereiro de 2016, 03:26:54 »
O Fórum Econômico Mundial publicou uma nova pesquisa “O futuro dos empregos“, e de acordo com o estudo, a automação irá substituir mais de 5 milhões de empregos nos próximos cinco anos. Os crescentes avanços tecnológicos devem cortar cerca de 7,1 milhões de postos de trabalho e deve criar 2 milhões de empregos. Portanto, o défice será de 5,1 milhões de postos de trabalho.

A pesquisa foi realizada em 15 países, incluindo China, França, Alemanha, Japão, México, Brasil, Reino Unido e EUA, que respondem por 65% da força de trabalho global – num total de 1,9 bilhão de trabalhadores. Klaus Schwab do Fórum Econômico Mundia chama esse avanço tecnológico  de a “IV Revolução Industrial”.

http://engenhariae.com.br/mercado/quarta-revolucao-industrial-automacao-podera-substituir-5-milhoes-de-empregos-ate-2020

http://www.weforum.org/reports/the-future-of-jobs

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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Fábrica vai trocar 90% dos trabalhadores por robôs
« Resposta #183 Online: 10 de Fevereiro de 2016, 22:20:32 »
<a href="https://www.youtube.com/v/ixTddQQ2Hs4" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/ixTddQQ2Hs4</a>

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Offline Eremita

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Re:Fábrica vai trocar 90% dos trabalhadores por robôs
« Resposta #184 Online: 11 de Fevereiro de 2016, 03:36:27 »

Cara. Até eu que sou comuna acho isso uma bosta tendenciosa de quem, ao invés de informar, quer moldar as crianças com uma visão de mundo pré-definida.



Ao tema: só li a primeira e a oitava páginas, mas não vi alguém mencionando uma implicação da mecanização:
O preço da hora-trabalho cai. Isso não é nem Marx, é Smith 101!
E com isso, o que se tem? Vamos às alternativas:
1. Maior proteção estatal através de salário mínimo e caralho-a-quatro. O que, para minarquistas e an-caps, é o djanho de saia dançando sertanojo; e para empresários, mais um motivo de ficarem putinhos com o sistema econômico.
2. Diminuição efetiva do salário do trabalhador = maior concentração de renda, e também menor qualidade de vida para a maioria.

A Revolução Industrial inglesa é didática nisso; seguiram, creio eu, a segunda alternativa. Deu em merda por muito tempo, até a mão-de-obra se adequar a outros setores da economia.

[Alguém consegue pensar em uma terceira via?]
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Offline Geotecton

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Re:Fábrica vai trocar 90% dos trabalhadores por robôs
« Resposta #185 Online: 11 de Fevereiro de 2016, 08:50:17 »
Salário mínimo definido por lei e não pelo mercado resulta, mais cedo ou mais tarde, em desarranjo da economia, mesmo porque ele serve de referência para algumas despesas fixas custeadas pelos impostos, como os proventos da previdência.
« Última modificação: 09 de Março de 2016, 17:28:25 por Geotecton »
Foto USGS

Offline Eremita

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Re:Fábrica vai trocar 90% dos trabalhadores por robôs
« Resposta #186 Online: 11 de Fevereiro de 2016, 16:50:57 »
Salário mínimo definido por lei e não pelo mercado resulta, mais cedo ou mais tarde, em desarranjo da economia, mesmo porque ele serve de referência para algumass despesas fixas custeadas pelos impostos, como os proventos da previdência.
Não sei se isso se aplica ao caso da fábrica em Donguan... mas na América Latina em geral sim.
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Offline MarcoPolo

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Re:Fábrica vai trocar 90% dos trabalhadores por robôs
« Resposta #187 Online: 11 de Fevereiro de 2016, 19:47:36 »
Ao tema: só li a primeira e a oitava páginas, mas não vi alguém mencionando uma implicação da mecanização:
O preço da hora-trabalho cai. Isso não é nem Marx, é Smith 101!
E com isso, o que se tem? Vamos às alternativas:
1. Maior proteção estatal através de salário mínimo e caralho-a-quatro. O que, para minarquistas e an-caps, é o djanho de saia dançando sertanojo; e para empresários, mais um motivo de ficarem putinhos com o sistema econômico.
2. Diminuição efetiva do salário do trabalhador = maior concentração de renda, e também menor qualidade de vida para a maioria.

A Revolução Industrial inglesa é didática nisso; seguiram, creio eu, a segunda alternativa. Deu em merda por muito tempo, até a mão-de-obra se adequar a outros setores da economia.

[Alguém consegue pensar em uma terceira via?]

Está correto ao analisar a empresa ou mesmo o ramo de atividade, mas não necessariamente correto ao analisar a economia como um todo.

Novas tecnologias geram novos empregos e novos trabalhos, o setor de tecnologia por si gera dezenas de milhões (centenas?) de empregos melhor remunerados.

A questão é que fica difícil e desumano dizer para quem perdeu o emprego que ele ficou obsoleto, mas que deve ter a magnanimidade de saber que outros empregos melhores foram criados e a economia provavelmente saiu beneficiada, principalmente se reconhecermos que o impedimento de novas tecnologias certamente iriam danificar o país e a economia.

A coisa toda não é justa. O grande problema é esse. O individual não bate com a eficiência sistêmica, a eficiêcia sistêmica tem que ser perseguida ou tudo vai para o brejo e não podemos esquecer do indivíduo.


Offline Johnny Cash

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Re:Fábrica vai trocar 90% dos trabalhadores por robôs
« Resposta #188 Online: 12 de Fevereiro de 2016, 09:10:50 »
[...]
A coisa toda não é justa. O grande problema é esse. O individual não bate com a eficiência sistêmica, a eficiêcia sistêmica tem que ser perseguida ou tudo vai para o brejo e não podemos esquecer do indivíduo.


Isso só acontece por causa do capitalismo e pelas pessoas que ficam hipnotizadas por ele. Com EBR, com comunismo ou com o anarco-capitalismo, todos disponibilizariam força de trabalho de bom grado, em nome do prazer/lucro/energia de contribuir com todos, as tecnologias existentes e compartilhadas seriam ótimas e baratas, existiriam teletransportes e os leopardos seriam vegetarianos...

Offline Peter Joseph

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Re:Fábrica vai trocar 90% dos trabalhadores por robôs
« Resposta #189 Online: 12 de Fevereiro de 2016, 10:49:53 »
[...]
A coisa toda não é justa. O grande problema é esse. O individual não bate com a eficiência sistêmica, a eficiêcia sistêmica tem que ser perseguida ou tudo vai para o brejo e não podemos esquecer do indivíduo.


Isso só acontece por causa do capitalismo e pelas pessoas que ficam hipnotizadas por ele. Com EBR, com comunismo ou com o anarco-capitalismo, todos disponibilizariam força de trabalho de bom grado, em nome do prazer/lucro/energia de contribuir com todos, as tecnologias existentes e compartilhadas seriam ótimas e baratas, existiriam teletransportes e os leopardos seriam vegetarianos...

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Re:Fábrica vai trocar 90% dos trabalhadores por robôs
« Resposta #190 Online: 12 de Fevereiro de 2016, 11:09:19 »
Entraves legais já sendo devidamente retirados:

Robô é motorista, diz autoridade dos EUA sobre carros autônomos
http://www1.folha.uol.com.br/tec/2016/02/1738351-robo-e-motorista-diz-autoridade-dos-eua-sobre-carros-autonomos.shtml
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Offline Gaúcho

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Re:Fábrica vai trocar 90% dos trabalhadores por robôs
« Resposta #191 Online: 12 de Fevereiro de 2016, 11:15:56 »
Peter Joseph, foto respostas não são permitidas fora da área de papo furado. Fica a advertência.
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

Offline Peter Joseph

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Re:Fábrica vai trocar 90% dos trabalhadores por robôs
« Resposta #192 Online: 12 de Fevereiro de 2016, 11:36:03 »
Peter Joseph, foto respostas não são permitidas fora da área de papo furado. Fica a advertência.

Foi mau aí, tchê! Barbaridade, parece até que tamo no autoritarismo da União Soviética! Brincadeira índio véio, as regras do fórum são trilegais!
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Re:Fábrica vai trocar 90% dos trabalhadores por robôs
« Resposta #193 Online: 12 de Fevereiro de 2016, 15:23:42 »
Está correto ao analisar a empresa ou mesmo o ramo de atividade, mas não necessariamente correto ao analisar a economia como um todo.

Novas tecnologias geram novos empregos e novos trabalhos, o setor de tecnologia por si gera dezenas de milhões (centenas?) de empregos melhor remunerados.
A curto prazo, não é assim; se dez funcionários ou um funcionário + uma máquina fazem a mesma função, nove ficam desempregados e vão pras humanas fazer miçangas.

Não acho que seja a tecnologia nova que crie mais empregos, mas a própria "reacomodação" econômica dos desempregados. E quanto a salários melhores, bom, é exatamente o oposto do que Smith prevê (menor procura de mão-de-obra humana -&gt; mão-de-obra mais barata -&gt; salários menores).

Citar
mas que deve ter a magnanimidade de saber que outros empregos melhores foram criados
Saindo um pouco do teórico: tem algum exemplo bacana que você gostaria de mostrar?
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Offline MarcoPolo

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Re:Fábrica vai trocar 90% dos trabalhadores por robôs
« Resposta #194 Online: 12 de Fevereiro de 2016, 21:06:04 »
Está correto ao analisar a empresa ou mesmo o ramo de atividade, mas não necessariamente correto ao analisar a economia como um todo.

Novas tecnologias geram novos empregos e novos trabalhos, o setor de tecnologia por si gera dezenas de milhões (centenas?) de empregos melhor remunerados.
A curto prazo, não é assim; se dez funcionários ou um funcionário + uma máquina fazem a mesma função, nove ficam desempregados e vão pras humanas fazer miçangas.

Não acho que seja a tecnologia nova que crie mais empregos, mas a própria "reacomodação" econômica dos desempregados. E quanto a salários melhores, bom, é exatamente o oposto do que Smith prevê (menor procura de mão-de-obra humana -&gt; mão-de-obra mais barata -&gt; salários menores).

A curto prazo sim. É que como eu disse, você tem que analisar a economia como um todo e não e empresa ou segmento em si.
A máquina que foi criada para fazer determinado trabalho foi feita com investimentos, empresas de manutenção são criadas e por aí vai.

Pense em quantos empregos foram tirados pela informatização. E quantos programadores, técnicos, analistas, gestores, suporte etc.. existem.

Os empregos migram.

E se você quiser interromper esse processo, espere uma destruição similar ao causada pelo PT ao tentar se intrometer no preço do petróleo, energia elétrica, caminhões e outros.

Smith, assim como Marx, não tinha a mínima idéia do que a inovação capitalista pode fazer para a economia.

Citar
mas que deve ter a magnanimidade de saber que outros empregos melhores foram criados
Saindo um pouco do teórico: tem algum exemplo bacana que você gostaria de mostrar?

Não entendi.
Fui irônico, dizendo que mesmo que os empregos migrem, ainda é muito triste para quem ficou no lado obsoloto da economia, e que para quem está sofrendo isso, pouco importa se os empregos migraram ou não.. ele se ferrou.
« Última modificação: 12 de Fevereiro de 2016, 21:08:19 por MarcoPolo »

Offline SnowRaptor

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Re:Fábrica vai trocar 90% dos trabalhadores por robôs
« Resposta #195 Online: 24 de Fevereiro de 2016, 13:35:50 »
<a href="https://www.youtube.com/v/rVlhMGQgDkY" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/rVlhMGQgDkY</a>
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Re:Fábrica vai trocar 90% dos trabalhadores por robôs
« Resposta #196 Online: 24 de Fevereiro de 2016, 17:11:35 »
Estão torturando o robô. A gente sabe o que vai acontecer quando ele tiver acesso a uma arma.
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Offline Pagão

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Re:Fábrica vai trocar 90% dos trabalhadores por robôs
« Resposta #197 Online: 28 de Fevereiro de 2016, 19:42:29 »
Nenhuma argumentação racional exerce efeitos racionais sobre um indivíduo que não deseje adotar uma atitude racional. - K.Popper

Offline Johnny Cash

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Re:Fábrica vai trocar 90% dos trabalhadores por robôs
« Resposta #198 Online: 29 de Fevereiro de 2016, 09:26:05 »
http://pplware.sapo.pt/informacao/mercedes-substitui-robos-por-pessoas-na-sua-linha-de-montagem/

Menos autómatos e mais especialistas humanos... :oba:

É prática comum ao que se pretende, atender a maior flexibilidade nas operações industriais.

Quando se tem um produto que sofre modificações e passa a ter maior diversidade de configurações, é normal sub-utilizar os robôs alocados anteriormente por trabalho manual, a variar em intensidade e complexidade de acordo com volume produtivo e características das variações.


Em tempo, acá no Brasil tem ocorrido substituições similares mas por pressão governamental. Se o empregador mantem um percentual x das operações realizadas por pessoas depois ganha uma vantagem na hora de pagar impostos.

Offline Peter Joseph

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Re:Fábrica vai trocar 90% dos trabalhadores por robôs
« Resposta #199 Online: 09 de Março de 2016, 17:23:29 »
Capitalismo em crise e o declínio do trabalho

Wallerstein analisa: revolução robótica, capturada pela ideologia do “mercado”, ameaça destruir empregos em massa. Até FMI alarma-se. Mas sistema já parece incapaz de se corrigir


A ideologia neoliberal dominou o discurso político, em termos globais, nos primeiros quinze anos do século. O mantra era: a única política viável para os governos e movimentos sociais era dar prioridade para algo chamado “o mercado”. A resistência a esta crença tornou-se mínima, porque mesmo os partidos e movimentos que se consideravam de esquerda – ou ao menos à esquerda do centro – abandonaram sua ênfase traducional em medidas de Bem-estar Social e aceitaram a validade desta posição, orientada pra o mercado. Argumentavam que só era possível, quando muito, amenizar seu impacto, mantendo uma pequena parte das redes de segurança históricas que os Estados haviam construído ao longo de mais de 150 anos.

As políticas resultantes reduziram radicalmente a tributação sobre os setores mais ricos da população. Ao fazê-lo, elevaram o abismo entre os muito endinheirados e os demais. As empresas – em especial as maiores – puderam ampliar seus lucros reduzindo o número de empregos ou movendo-os para o exterior.

A justificativa oferecida pelos proponentes era a que esta política iria, ao longo do tempo, recriar os empregos que haviam sido perdidos; e que o valor adicional criado, ao se permitir que o “mercado” prevalecesse, acabaria se espalhando de algum modo pela sociedade. É claro que, para permitir a prevalência do mercado foi necessária muita ação política nos Estados. O chamado “mercado” nunca foi uma força independente da política. Mas esta verdade elementar foi solenemente ignorada ou, quando debatida, ferozmente negada.

Tudo isso terminou? Existe de fato o que um artigo recente no Le Monde chamou de um “tímido” retorno das instituições do establishment às preocupações com demanda sustentada? Há ao menos dois sinais neste sentido, ambos de efeito considerável. O Fundo Monetário Internacional (FMI) é, há muito, o pilar mais forte da ideologia neoliberal, impondo seus requisitos a todos os governos que lhe pedem empréstimos. No entanto, num memorando lançado em 24 de fevereiro, o FMI tornou públicas suas preocupações sobre como a demanda mundial tornou-se anêmica. Ele exortou os ministros das Finanças do G-20 a deixar as políticas monetaristas e estimular os investimentos – em vez da poupança –, para sustentar a demanda por meio da criação de empregos. Foi quase um giro de 180 graus.

Mais ou menos ao mesmo tempo (em 18 de fevereiro), a Organização para a Cooperação Econômica e o Desenvolvimento (OCDE), um segundo grande pilar da ideologia neoliberal, lançou um memorando anunciando um giro semelhante. Afirmou que era urgente promover “coletivamente” ações que sustentassem a demanda global.

Minha questão é: a realidade está se insinuando? Parece que sim, embora apenas timidamente. O fato é que, em todo o mundo, o “crescimento” prometido, na forma de produção com maior valor agregado, jamais ocorreu. É claro que o declínio é desigual. A China continua crescendo – num ritmo bem mais lento, que ameaça conduzir a um declínio ainda maior. Os Estados Unidos ainda parecem estar “crescendo”, em grande medida porque o dólar ainda parece ser, em termos relativos, o lugar mais seguro onde os governos e os muito ricos podem deixar seu dinheiro. Mas a deflação parece ter se tornando a realidade dominante na maior parte da Europa e das chamadas “economias emergentes” do Sul global.

Estamos agora num jogo de espera. As tímidas mudanças recomendadas pelo FMI e OCDE enfrentam a realidade de uma demanda global declinante? O dólar será capaz de resistir à perda crescente de confiança em sua capacidade de ser um repositório estável de valor? Ou estamos transitando para uma nova, e muito mais severa, mudança no chamado “mercado”, com todas as consequências políticas decorrentes?

A queda da demanda global é a consequência direta da queda do emprego global. Nos útimos 200, ou tavez 500 anos, sempre que uma mudança tecnológica eliminou empregos em algum setor produtivo, houve resistência por parte dos trabalhadores afetados. Os que resistiam envolviam-se nas chamada reivindicações “ludistas”, para manter as tecnologias anteriores.

Do ponto de vista político, a resistência ludista foi sempre um fracasso. As forças do establishment sempre disseram que novos empregos seriam criados para substituir os perdidos, e que haveria um crescimento renovado. Estavam certas. Novos empregos foram de fato criados – mas não entre os trabalhadores industriais. Surgiram entre as profissões ligadas aos serviços, de “colarinho branco”. Em consequência, a longo prazo, a economia mundial presenciou uma redução dos empregos industriais e uma significativa elevação no percentual dos trabalhadores de “colarinho branco”.

Aceitou-se sempre que os empregos de “colarinho branco” não estavam sujeitos a ser eliminados. Presumia-se que, por requerem interação entre seres humanos, não haveria máquinas capazes de substituir trabalhadores em carne e osso. Não é mais assim.

Um grande avanço tecnológico permite agora que as máquinas envolvam-se em cálculos de imensos volumes de dados, uma função antes exercida, por exemplo, por consultores financeiros de base. As novas máquinas já podem processar dados que um indivíduo levaria várias vidas para calcular. O resultado é que tais máquinas já começaram a eliminar os postos destes trabalhadores de colarinho branco. É verdade que isso ainda não afeta os postos de alto nível ou as posições de supervisão. Mas é possível enxergar para onde sopra o vento.

Antes, quando os postos de trabalho na indústria eram eliminados ou reduzidos, podiam ser substituídos por postos de colarinho branco. Mas hoje, se as posições de colarinho branco desaparecerem, onde serão criados os novos empregos? E se não forem criados, o efeito geral será reduzir severamente a demanda efetiva.

Contudo, a demanda efetiva é uma condição sine qua non para o capitalismo, enquanto sistema histórico. Sem demanda efetiva, não pode haver acumulação de capital. Esta é a realidade que parece estar se insinuando. Por isso, não surpreende que as preocupações emerjam. Não é provável, porém, que as “tímidas” tentativas para lidar com esta nova realidade possam fazer qualquer diferença real. A crise estrutural do sistema está aflorando abertamente. A grande questão não é como repará-lo – mas o que irá substituí-lo.

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