“Todos podem desfrutar de uma vida de luxo e lazer se a riqueza produzida pelas máquinas for compartilhada, ou a maioria das pessoas pode acabar miseravelmente pobre se os proprietários das máquinas conseguirem fazer lobby contra a distribuição da riqueza. Até agora, a tendência parece acompanhar a segunda opção, com a tecnologia aumentando cada vez mais a desigualdade”, disse Hawking.
Cara esperto! ![Hihi! :hihi:](../forum/Smileys/default/icon_cheesygrin.gif)
E como fica a seleção natural?
Continua selecionando, como sempre. Inclusive já estamos com tendência de, em breve, ir para a lata de lixo da história do planeta. A seleção provavelmente vai agir contra nós. Se mudarmos e nos adaptarmos aos novos contextos sociais e ambientais, abraçando novos valores, ela certamente agirá a nosso favor, selecionando-nos para prosseguir. A lei natural é clara, sistemas que não estabelecem equilíbrio dinâmico com o meio, tendem à extinção.
Porque pessoas que vivem no ócio e na ignorância sem o mínimo trato social e desrespeitando pactos sociais deveriam merecer as benesses das pessoas que trabalham arduamente e se dedicam a aprimorar-se continuamente?
Dentro do atual sistema de mercado, pode acontecer o que chamam de rendimento básico universal, de modo a estabelecer um padrão de vida razoável para a grande maioria da população, enquanto as poucas atividades lucrativas restantes, devido a contínua automação, seriam disputadas "meritocraticamente" pelas tais "pessoas que trabalham arduamente...", tendo elas direito ao rendimento básico universal mais a sua "merecida" renda extra, originada de empreendedorismo/herança ou desempenho de atividade altamente especializada. Só tenho dois poréns em relação à renda universal: a) quem vai pagar a conta? e b) a automação e a IA um dia chegarão inevitavelmente em um nível onde nenhuma profissão será mais necessária para gerir os negócios, e então somente por meio de herança é que as pessoas passarão a ter direito de acesso a uma riqueza maior. Guardada algumas proporções, voltaremos praticamente à monarquia feudal, onde somente os descendentes dos nobres/ricos tinham acesso à riqueza, com todo o resto sempre no mesmo baixo patamar.
O ideal, seriamos mudarmos o sistema, para um que, em vez de meritocracia e propriedade privada, possua acesso estratégico e livre. Mas isto já é algo mais difícil ainda de fazer dada as circunstâncias. Poderia, quem saber, ser um segundo passo após a renda universal.