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Já o economista britânico Guy Standing busca as alternativas. Em O Precariado, a nova classe perigosa, ele argumenta que é preciso inventar, coletivamente, caminhos para evitar a ruptura tecnológica. Sua proposta essencial: desvincular trabalho de existência, algo presente no imaginário humano desde os livros sagrados (“Comerás teu pão com o suor de teu rosto”, diz o Gêneis). Instituir a Renda Cidadã global, assegurada a todos os seres humanos do planeta e capaz de assegurar uma vida digna e frugal.
E quem vai pagar a conta?
Pois é, também me pergunto isto. Não só a conta financeira, mas também a conta ecológica da explosão de consumo e consequente degradação ambiental que isto causaria. Reformismo é ilusão, é tentar limpar o chão com lama.
Aqui neste trecho também dá de fazer a mesma pergunta, quem vai pagar a conta da chacina?
Em O Relatório Lugano, a cientista política franco-norte-americana Susan George imagina um plano, formulado por grandes estrategistas do sistema, para eliminar 1/3 dos habitantes do planeta – que se tornaram supérfluos, com o advento de novas tecnologias e podem constituir ameaça de rebelião.