As pesquisas não vão necessariamente prever o resultado exato das eleições. Mas suponho que na maior parte do tempo acertem, errando apenas quando a diferença entre vencedores e perdedores é bem pequena. OU casos de fraudes locais, talvez.
Pesquisa nenhuma prevê ou se propoe a prever resultado de eleição. Nao as que são feitas aqui, as pesquisas que são feitas aqui são pesquisas de opinião, em quem a pessoa pretende votar
naquele momento. Não faz sentido estatístico dizer que uma pesquisa feita hoje é estimativa do resultado da eleição, porque nenhuma delas se propoe a estimar a instabilidade ou variabilidade da opinião pública. Ela é um dado pontual, que vale para aquele momento que foi feita. Por isso se faz várias delas, pra tentar acompanhar a instabilidade da opinião das pessoas, mas a pesquisa não faz ideia do quão instável ela é, por isso mesmo existe pesquisa de boca de urna.
Eu posso perguntar pra alguém em quem ele ou ela quer votar hoje, ele dizer X, e amanha mudar de ideia e dizer Y. É mais comum isso acontecer em eleições pra Governador, como aconteceu com o Zema ano passado. Significa que a pesquisa errou? Não, porque não há estimativa do quão provável é aquela pessoa mudar de voto de um dia pro outro.
A pesquisa é como um termostato. Se eu medir a temperatura de uma sala hoje e apontar 25°C e amanha ela apontar 15°C, não quer dizer que o termostato é mentiroso, a temperatura só mudou pra 15. Assim como se ele apontar hoje e amanha, 25°C, não quer dizer que o termostato está "bem calibrado" por ter repetido a medida. A temperatura só nao mudou.
Pesquisas costumam errar resultados globais de primeiro turno, onde há tendência de variabilidade a partir do terceiro colocado. Um exemplo disso foi ano passado com Alckmin e Marina, e em 2014 com Aécio.
Governadores no caso de haver novos candidatos entrando na luz, como Witzel e Zema. E no caso de Senadores porque ninguém liga muito pra escolha de membros do legislativo, a tendência é variar muito mesmo.