Autor Tópico: A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade  (Lida 42998 vezes)

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Offline Geotecton

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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #1000 Online: 23 de Agosto de 2019, 14:20:16 »
Meteoro.

Sem dúvida.
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Offline Geotecton

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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #1001 Online: 23 de Agosto de 2019, 16:05:56 »
Eu peço uma experiência real e não os devaneios e sonhos como os propostos por 'neotecnocomunistas'.


Se você não acredita que a automação e a IA irão gerar um desemprego estrutural crescente (o qual não terá uma boa solução no atual sistema), não acredite. Já eu acredito que a automação e a IA irão gerar um desemprego estrutural crescente, que só terá uma boa solução se houver uma profunda mudança na forma de pessoas terem acesso à recursos.

Só gostaria de saber o que tem a ver a impossibilidade do Comunismo Tecnocrático com o fato do capitalismo estar indo pro pau. Uma coisa não interfere na outra. O capitalismo esta indo pro pau independente de qualquer coisa  :hihi: Este é o ponto focal.
O capitalista, latifundiário e burguês Chico Buarque deve estar muito preocupado com o fim do capitalismo. O filho do Ali Baba,   também.

É impressionante como tem algumas pessoas completamente  focadas  em pessoas ligadas ao PT.  O PT é praticamente  um deus onipresente no pensamento dessas pessoas.  `

Neste caso a crítica do Marciano é pertinente, porque mostra a hipocrisia de alguns esquerdistas por não vivenciarem aquilo que propalam.

Além disto, o PT não foi sequer citado pelo Marciano.
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Offline Posthuman

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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #1002 Online: 28 de Agosto de 2019, 23:16:42 »
As pessoas passam horas debatendo em redes sociais coisas que já são consenso acadêmico absoluto em nível mundial, até questões contábeis sem nenhuma questão idológica.

Cite-nos exemplos de consensos acadêmicos absolutos em sua opinião que ainda são debatidos exaustivamente na rede.

Benefício das privatizações, a existência do déficit na previdência, benefícios da abertura comercial, benefícios do superavit fiscal, todas essas coisas são consenso entre economistas em nível mundial. Você tem alguma dúvida disso?

Offline Buckaroo Banzai

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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #1003 Online: 29 de Agosto de 2019, 01:40:51 »
benefícios do superavit fiscal

Existe algum estado do mundo sem dívida? E não por terem sido perdoadas por caridade.



LMGTFM:

Here are the 17 countries with the lowest level of government debt.

1. Hong Kong —0.1%.
2. Brunei — 3.1%.
3. Estonia — 9.5%.
4. Saudi Arabia — 12.4%.
5. Botswana — 13.9%.
6. Russia — 17%.
7. Kuwait — 18.6%.
8. Nigeria —18.6%.
9. United Arab Emirates —19.3%.
10. Algeria — 20.4%.
11. Kazakhstan — 21.1%.

https://www.businessinsider.com/wef-countries-with-lowest-levels-of-public-debt-2017-12







Citar
THE IMPACT OF THE EUROPEAN PUBLIC DEBT
CRITERION ON THE REAL SOCIO-ECONOMIC
DEVELOPMENT

ABSTRACT. In the period between 2004 and 2016, only 11 out
of 28 European Union member states complied with the public debt
criterion set out in the Stability and Growth Pact. These data
clearly indicate that the public debt criterion does not fulfil its
intended role and its revision should be considered, though it
cannot be done hastily, and consequences of such a move should be
borne in mind. The article indicates, based on qualitative research
systematised with a descriptive method, to what extent the
European public debt criterion has no impact on the real socioeconomic development. Research conducted on selected country
groups demonstrates that a low public debt level does not have a
positive effect on respective countries’ socio-economic development
level




Citar
Is the relationship between external debt and human development non-linear?
A PSTR approach for developing countries
Khemais Zaghdoudi
University of Jendouba, Tunisia, Laboratory of Natural and Cultural Patrimony Valorization
Abstract
This paper examines the relationship between external debt and human development for a panel data set of 95
developing countries observed during the period 2002 – 2015. By performing a Panel Smooth Threshold Regression
(PSTR) model developed by Gonzàlez et al. (2005), estimation results show that this relationship is non-linear and
characterized by the presence of an optimal threshold of external debt equals to 41.7775%. Below this debt threshold,
external debt has a positive effect on human development. Any 1% increase in the external debt ratio induces an
increase in the HDI of 0.02%. However, above the debt threshold, external debt becomes detrimental to human
development since HDI decreases by 0.01% when external debt ratio increases by 1%. In a low external debt regime,
countries are encouraged not to exceed this threshold to benefit from the leverage effect, and to modify the structure
of imports while avoiding unnecessary ones. In a high external debt regime, countries are complelled to reduce their
external debt ratio to reach the optimal threshold, avoid the waste of highly remunerated fore



Citar
Public debt and economic growth: Is there a causal effect?
Author links open overlay panelUgoPanizzaaAndrea F.Presbiterobc
Show more
https://doi.org/10.1016/j.jmacro.2014.03.009Get rights and content
Highlights

We use an IV approach to study if public debt has a causal effect on GDP growth in OECD countries.


We propose a new instrument for public debt based on changes in debt due to valuation effects.


We confirm the presence of a negative correlation between debt and growth.


However, the link between debt and growth disappears once we correct for endogeneity.

Abstract
This paper uses an instrumental variable approach to study whether public debt has a causal effect on economic growth in a sample of OECD countries. The results are consistent with the existing literature that has found a negative correlation between debt and growth. However, the link between debt and growth disappears once we correct for endogeneity. We conduct a battery of robustness tests and show that our results are not affected by weak instrument problems and are robust to relaxing our exclusion restriction. Our finding that there is no evidence that public debt has a causal effect on economic growth is important in the light of the fact that the negative correlation between debt and growth is sometimes used to justify policies that assume that debt has a negative causal effect on economic growth.


Offline _Juca_

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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #1004 Online: 29 de Agosto de 2019, 12:19:47 »
As pessoas passam horas debatendo em redes sociais coisas que já são consenso acadêmico absoluto em nível mundial, até questões contábeis sem nenhuma questão idológica.

Cite-nos exemplos de consensos acadêmicos absolutos em sua opinião que ainda são debatidos exaustivamente na rede.

Benefício das privatizações, a existência do déficit na previdência, benefícios da abertura comercial, benefícios do superavit fiscal, todas essas coisas são consenso entre economistas em nível mundial. Você tem alguma dúvida disso?

Mas não são mesmo, mesmo eu não passando nem perto de ser um especialista, posso dizer com segurança que Paul Krugman, Amartya Sen e Joseph Stiglitz, por exemplo que são nobéis de economia tem sérias reservas quanto muitas dessas políticas neoliberais.

Offline JJ

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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #1005 Online: 29 de Agosto de 2019, 12:50:02 »
As pessoas passam horas debatendo em redes sociais coisas que já são consenso acadêmico absoluto em nível mundial, até questões contábeis sem nenhuma questão idológica.

Cite-nos exemplos de consensos acadêmicos absolutos em sua opinião que ainda são debatidos exaustivamente na rede.

Benefício das privatizações, a existência do déficit na previdência, benefícios da abertura comercial, benefícios do superavit fiscal, todas essas coisas são consenso entre economistas em nível mundial. Você tem alguma dúvida disso?

Mas não são mesmo, mesmo eu não passando nem perto de ser um especialista, posso dizer com segurança que Paul Krugman, Amartya Sen e Joseph Stiglitz, por exemplo que são nobéis de economia tem sérias reservas quanto muitas dessas políticas neoliberais.



Neoliberalismo não entrega o que promete, diz artigo do FMI

Efeitos da maior liberdade de movimentação de capitais e da diminuição dos déficits e da dívida deixaram a desejar, diz trio de economistas do Fundo

Por João Pedro Caleiroaccess_time 31 maio 2016, 11h16


https://exame.abril.com.br/economia/neoliberalismo-nao-entrega-o-que-promete-diz-artigo-do-fmi/




O estranho dia em que o FMI criticou o neoliberalismo

30 junho 2016


FMI

"Essa eu não esperava ver em vida". É o que muitos dos críticos do Fundo Monetário internacional (FMI) devem ter pensado há algumas semanas quando foi publicado um relatório no site da organização.

O texto começa dizendo: "Em vez de gerarem crescimento, algumas políticas neoliberais têm aumentado a desigualdade e colocado em risco uma expansão duradoura".

É uma declaração insólita para um organismo, que, mais do que nenhum outro, é associado no imaginário popular a uma expansão de políticas econômicas ortodoxas ou "neoliberais".

Mas ela foi feita por três de seus altos funcionários: o vice-diretor do departamento de pesquisas Jonathan D. Ostry, o chefe divisional Prakash Loungani e o economista Davide Furceri.


Mais desigualdade

Eles assinam o documento que, entre outras coisas, diz: "Há aspectos da agenda neoliberal que não têm funcionado como se esperava".

Mencionam, por exemplo, que "os custos do aumento da desigualdade são proeminentes" e que isso "prejudica o nível e a sustentabilidade do crescimento".

A BBC Mundo fez diversos pedidos de entrevistas para os autores do artigo, intitulado "Neoliberalismo: Superestimado?", mas não obteve resposta.


Suas declarações surpreenderam por serem aparentemente uma admissão de um erro por parte de especialistas do FMI quanto às políticas impostas pelo organismo ao redor do mundo, mesmo diante da resistência a elas. E que, segundo seus críticos, foram adotadas com um elevado custo social.

[...]


https://www.bbc.com/portuguese/geral-36668582


« Última modificação: 29 de Agosto de 2019, 12:55:53 por JJ »

Offline Sergiomgbr

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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #1006 Online: 29 de Agosto de 2019, 13:14:22 »
Mas o que que é esse tar di neulibelarismu qui eci povu isquerdaloidi fala tantu?
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #1007 Online: 29 de Agosto de 2019, 13:18:33 »
Os esquerdóides sêniores do FMI, segundo o Guardian, se referiam a:

Citar
The paper gently called out a “neoliberal agenda” for pushing deregulation on economies around the world, for forcing open national markets to trade and capital, and for demanding that governments shrink themselves via austerity or privatisation.

https://www.theguardian.com/news/2017/aug/18/neoliberalism-the-idea-that-changed-the-world


Segundo os esquerdóides sêniores do FMI eles mesmos:

Citar
The neoliberal agenda—a label used more by critics than by the architects of the policies—rests on two main planks. The first is increased competition—achieved through deregulation and the opening up of domestic markets, including financial markets, to foreign competition. The second is a smaller role for the state, achieved through privatization and limits on the ability of governments to run fiscal deficits and accumulate debt.

https://www.imf.org/external/pubs/ft/fandd/2016/06/ostry.htm
­


Offline Euler1707

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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #1008 Online: 29 de Agosto de 2019, 19:54:58 »
Eu acho a bifurcação uma as falácias mais legais: ou é preto ou é branco,  ou é o capitalismo ou é o comunismo ditatorial da Coreia do Norte.  Ou fora do capitalismo  não existe salvação.

Não há uma falsa bifurcação por dois motivos: o capitalismo não é um único modelo, há vários tipos de capitalismos. E o socialismo, embora também existam vários tipos de socialismo, não é um alternativa real. Nenhuma versão do socialismo demonstrou qualquer chance de funcionar no mundo real, é um fracasso histórico e um modelo teórico sem nenhum respaldo científico/econômico.

Discuto política numa boa, embora isso tenha se tornado uma obsessão para muitas pessoas ultimamente (aqui no ClubeCético é a área mais movimentada), me irrita profundamente ficar discutindo coisas inúteis como "o socialismo agora vai dar certo agora?", "tem déficit na previdência mesmo?", "será que o Lula é inocente?" e outras discussões do tipo. As pessoas passam horas debatendo em redes sociais coisas que já são consenso acadêmico absoluto em nível mundial, até questões contábeis sem nenhuma questão idológica. Isso é tão ridículo quanto passar horas discutindo com terraplanistas.

Eu acho que você não entendeu bem o meu comentário...

Offline JJ

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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #1009 Online: 30 de Agosto de 2019, 11:23:35 »

“Neoliberalismo vive fase autoritária pois concentra renda”


Avatar   ANDRÉ BARROCAL   26 DE AGOSTO DE 2019


É o que diz economista brasileiro da Universidade de Londres, para quem o capital financeiro requer combate
O ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou em 21 de agosto a privatização de 17 estatais. Após a reforma da Previdência, é uma das medidas neoliberais mais vistosas do governo. No dia do anúncio, um economista brasileiro professor na Universidade de Londres palestrou na Universidade de Brasília (UnB) sobre neoliberalismo. O que Alfredo Saad Filho expôs mostra que só por milagre a população vai melhorar de vida com a atual política econômica.

É essa a visão, aliás, do deputado que presidiu a comissão da mudança nas aposentadorias, Marcelo Ramos (PR-AM), que admite: a reforma é dura com o povão. “O governo aposta num liberalismo econômico que ninguém mais no mundo defende, com privatizações, abertura comercial…”, afirma. “O Paulo Guedes faz tudo pelo sistema financeiro, que está matando a indústria. É um fanfarrão.”



“Fanfarrão” é uma palavra capaz de definir o sentimento, em relação a Guedes, da economista-chefe de uma dessas empresas do sistema financeiro por quem o ministro se guia, Zeina Latif, da XP. Em uma reunião na XP em 16 de agosto, em São Paulo, Zeina estava preocupada. A economia não anda, o governo logo ficará sem dinheiro e Guedes fala, fala, fala feito Jair Bolsonaro e só.



Bolsonaro é a representação, no Brasil, do que Saad Filho, um estudioso da história da economia, chama de “neoliberalismo autoritário”. Este caracteriza-se por ser aplicado por líderes políticos extremistas, pois só assim seria possível recorrer a um receituário que há mais de 40 anos torna os ricos mais ricos e deixa os mais pobres na mesma.

“O capitalismo global conseguiu tudo o que queria”, diz Saad Filho. Fim da União Soviética e dos movimentos de libertação nacional em países asiáticos e africanos, livre fluxo de capital como nunca, sindicatos e partidos de esquerda enfraquecidos. “E a economia não avança. Vemos a mais lenta recuperação depois de uma crise, baixo crescimento e aumento das desigualdades”, afirma.

Desde a crise financeira global de 2008, a economia mundial anda com roda presa. De 2009 a 2011,  cresceu 2,8% em média, conforme o Fundo Monetário Internacional (FMI). De 2012 a 2016, 3,4%. Em 2017, 3,8%. Em 2018, 3,6%. Para 2019, o FMI projeta 3,2%.

O avanço modesto não significa que todo mundo esteja infeliz. Os 10% mais ricos, comenta Saad Filho, embolsaram toda expansão econômica nos Estados Unidos entre 2009 e 2013. Os outros 90% andaram para trás. O resultado é concentração de renda.




Em junho do ano passado, a OCDE, clube de países ricos ou simpatizantes do qual o Brasil quer fazer parte desde o governo Temer, divulgou a pesquisa “Elevador social quebrado?”. A resposta está no primeiro parágrafo: “Os dados mostram uma imagem nítida: a renda média dos 10% mais ricos da população é agora de 9,5 vezes a dos 10% mais pobres na OCDE, em comparação com 7 vezes há 25 anos”.

“A desigualdade de riqueza é ainda mais acentuada”, segue o estudo. Os 10% mais ricos controlam metade e os 40% mais pobres, 3%. A crise financeira reforçou a tendência concentradora, segundo a OCDE, mas o aumento da desigualdade existia “mesmo durante os períodos mais altos da expansão econômica global antes de 2008”.

Segundo Saad Filho, o neoliberalismo concentra renda sempre: quando há crescimento, quando não há e após crises. Tem sido assim desde que começou a espalhar-se pelo globo, nos anos 1970. De lá para cá, viveu mais duas fases, antes da “autoritária”, na definição do professor. As três guiadas pelo interesses do mercado financeiro, principal marca do neoliberalismo.




Depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o sistema financeiro mordia 10% dos lucros nos EUA, diz o economista. Em 2002, 41%. Essa fatia caiu após a crise global de 2008, nascida pois os bancos abusaram da criatividade ao buscar ganhos, mas em 2009 já voltava a 30%. “O capital financeiro não produz nada, caça o lucro dos outros setores”, afirma Saad Filho.

Ele chama de “transição” a primeira fase da era neoliberal. Começa no Chile com a ditadura de Augusto Pinochet, ídolo de Bolsonaro, e uma política econômica comandada por Chicago Boys neoliberais como Paulo Guedes. Margareth Thatcher, primeira-ministra britânica a partir de 1979, e Ronald Reagan, eleito presidente do EUA em 1980, deram impulso global ao experimento chileno.

A segunda fase é a de um neoliberalismo “maduro”. Inicia-se nos anos 1990, com governos, caso do brasileiro Fernando Henrique Cardoso, dispostos a moderar os efeitos sociais negativos da implantação selvagem do neoliberalismo, mas sem abandoná-lo. E não só praticam o neoliberalismo, como ajudam a difundi-lo como ideologia.

“Uma ideologia que valoriza o consumo acima de tudo, que coloca o mérito do sucesso e o peso do fracasso estritamente em cima do indivíduo”, diz Saad Filho. “As falhas sistêmicas do neoliberalismo somem de vista, vira tudo problema de maus indivíduos”. Se a população vive mal, ou o cidadão não tem capacidade ou os políticos são corruptos. O sistema econômico é inocente.


Essa fase termina com a crise global de 2007/2008. Na época, EUA e Europa gastaram bilhões para salvar da falência bancos que haviam abusado na caça ao lucro. As pessoas perceberam o “custo astronômico” da salvação, segundo Saad Filho, e isso tirou legitimidade do neoliberalismo. Pior: os bancos se salvaram, mas as economias passaram a crescer pouco, uns 3%.

A partir daí, o neoliberalismo precisou de político linha-dura para seguir adiante. “Essas percepções (populares sobre o custo de salvação dos bancos e o baixo crescimento) foram desestabilizadoras e exigiram a chegada de formas de governo autoritárias, com discursos nacionalistas e racistas. Uma virada que se tornou essencial”, diz o professor da Universidade de Londres.

Nessa fase “autoritária” do neoliberalismo, tem havido reformas trabalhistas, destinadas a baratear os trabalhadores, enquanto os lucros bancários são preservados. Em 1995, a fatia dos salários na renda mundial era de uns 58%, segundo Saad Filho. Em 2014, tinha caído para 55%.

Realidade brasileira: desde a volta do neoliberalismo com a reeleição de Dilma Rousseff em 2014, o PIB encolheu cerca de 7% em 2015 e 2016, subiu 1% em 2017, 1% em 2018 e para este ano o FMI prevê 0,8%. O desemprego nesse período quase dobrou: de 6,5% no fim de 2014 para 12% em junho passado. Há 12,8 milhões de pessoas sem vaga e 4,9 milhões que desistiram de procurar.

E os bancos? Os quatro maiores – três privados (Bradesco, Itaú e Santander) e um estatal (do Brasil) – tiveram lucro recorde em 2018, 69 bilhões de reais juntos, 19% acima de 2017. São eles que se dão bem com o neoliberalismo de Paulo Guedes. A reforma da Previdência afasta risco de calote na dívida pública com a qual eles lucram (o governo vai gastar menos dinheiro com aposentadorias). Nas privatizações, bancos montarão sociedades compradoras e emprestarão o dinheiro da compra.

Para Saad Filho, os perdedores econômicos globais na era do neoliberalismo (trabalhadores e classe média) voltam-se para líderes autoritários, pois não veem como melhorar de vida com políticos convencionais. Motivo: o neoliberalismo praticamente tornou as eleições inúteis do ponto de vista de mudanças na política econômica, ao emplacar ideias como independência para o Banco Central.

Como um governo que queira enfrentar o capital financeiro poderia usar a taxa de juros do BC e a desvalorização do dólar como armas, se o BC tem dirigentes com mandato fixo, geralmente saídos do próprio “mercado”?

As estruturas institucionais dos governos foram “trancadas” pelo neoliberalismo e tornaram “praticamente impossível” sair do neoliberalismo, diz Saad Filho. O caso da Grécia é exemplar. Um governo radical de esquerda e contra o mundo financeiro elegeu-se por lá em 2015, o do primeiro-ministro Aléxis Tsípras, do Syriza, e acaba de ser destronado pois Tsípras sucumbiu às finanças.


ALÉXIS TSÍPRAS FOTO: LOUISA GOULIAMAKI / AFP

A desesperança popular e social com o “sistema” fez triunfar gente como Trump e Bolsonaro, diz o professor de Londres. Uma vez no poder, contudo, a dupla adotou políticas econômicas neoliberais que os perdedores econômicos que ajudaram a elegê-los não queriam. Trump encobriu a defesa dos ricos como ele com uma retórica nacionalista. Bolsonaro, com mamadeira de piroca e quetais.

Se jogar no terreno moral contra Bolsonaro, que é onde o ex-capitão deseja fazer a disputa política, o campo progressista continuará errando. Para Saad Filho, a esquerda global deveria voltar às origens e “se concentrar em suas virtudes tradicionais”: crítica das desigualdades, propostas de distribuição de renda, de melhoria da saúde, da educação, do transporte público.



https://www.cartacapital.com.br/economia/neoliberalismo-vive-fase-autoritaria-pois-concentra-renda/


➤ Leia também:
Modelo canadense de reforma tributária inspira Paulo Guedes
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Offline Sergiomgbr

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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #1010 Online: 30 de Agosto de 2019, 11:28:12 »
Carta Capitau... :?
Até onde eu sei eu não sei.

Offline JJ

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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #1011 Online: 30 de Agosto de 2019, 12:54:49 »

Offline Pipoqueiro

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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #1012 Online: 03 de Setembro de 2019, 21:39:26 »
Estou caindo de paraquedas furado nesse forum e tópico depois de muito tempo. Mas sou um leitor que as vezes passa por aqui.(Muito conteúdo de qualidade)

Pois bem, acredito que agora as ''previsões'' estejam certas. Embora não saiba se o estrago vai ser grande.
Os sinais de alerta acenderam.
Se estavam no sinal amarelo, está ficando no vermelho.

Algumas métricas que nunca falharam anteriormente, como a inversão da curva de juros de 3 meses e 30 anos nos EUA;



É preciso lembrar que essa inversão é um sintoma, e não a causa da recessão; (E ela da um timing aproximado, historicamente entre 6 meses e 2 anos, mas não significa necessariamente que vai ser nessa janela;

O indice de desemprego em minimas históricas; (o que, aparentemente, significa economica forte, é indicativo de fim de ciclo)



Divida corporativa, ou empresas que dependem de juros em zero, (o que pode ser considerado como empresas zumbis) em níveis elevados.


Juros negativos na Europa estão descapitalizandos os bancos. Deutsche bank em níveis preocupantes..




China desacelerando (Ela é uma caixa preta, então não da para saber certo o nível dos problemas internos);

Alemanha quase certo em recessão; e risco da zona do euro entrar em recessão em 70%

Industrias nos EUA em situação ruim
https://edition.cnn.com/2019/09/03/economy/ism-manufacturing-drop/index.html


Ativos de investidores buscando segurança subindo



https://www.economist.com/graphic-detail/2019/08/29/fears-of-a-german-recession-are-rising

https://markets.businessinsider.com/news/stocks/mohamed-el-erian-europe-has-70-chance-falling-into-recession-2019-8-1028458673




Online Pedro Reis

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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #1013 Online: 04 de Setembro de 2019, 00:30:46 »

Pois bem, acredito que agora as ''previsões'' estejam certas. Embora não saiba se o estrago vai ser grande.


Alguém se arrisca a dizer se vai ser ou não a maior crise da História?

Offline Muad'Dib

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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #1014 Online: 04 de Setembro de 2019, 11:46:29 »
Eu fico com receio de como a sociedade vai reagir a uma possível futura crise.

Em 2008 nós ainda tínhamos coesão, capacidade de discussão e "fonte comum de notícias". Hoje eu aco que a sociedade vai reagir a uma crise de forma inédita.

Offline Geotecton

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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #1015 Online: 04 de Setembro de 2019, 12:09:34 »
Pois bem, acredito que agora as ''previsões'' estejam certas. Embora não saiba se o estrago vai ser grande.
Alguém se arrisca a dizer se vai ser ou não a maior crise da História?

Não sei mas tenho certeza que todos os populistas e idiotas de todo o espectro ideológico, em especial os da esquerda, ficarão regozijados e trarão as suas "novas vias salvadoras" (velhas e esfarrapadas, na verdade) que levarão ao real e verdadeiro desastre, não só econômico mas da sociedade.

E será um ótimo momento para questionar a primazia do capitalismo financeiro sobre o capitalismo baseado na produção de bens e serviços.
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Offline JJ

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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #1016 Online: 16 de Janeiro de 2020, 11:33:22 »
Barril de pólvora para nova crise econômica: dívida global atinge US$ 253 trilhões


© REUTERS / Dado Ruvic
ECONOMIA

08:28 16.01.2020(atualizado 08:49 16.01.2020)



Estimativas do Instituto de Finanças Internacionais apontam para um recorde histórico de US$ 253 trilhões da dívida mundial total. Economistas alertam para perigo de nova crise global.

Sobre quem a bomba da dívida poderia explodir? Atualmente, as dívidas totais da população, empresas, organizações financeiras e governos de todos os países ultrapassam em 322% o PIB global, ou seja, superam mais de três vezes o valor monetário de todos os bens e serviços produzidos no planeta.

Segundo Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês), em 5 anos esse número aumentou quase 30 trilhões e continuará crescendo em um futuro próximo, mesmo com a desaceleração da economia global.

Nova crise global na forja

Estimativas da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) referem que a taxa de crescimento econômico em 2019 foi a mais baixa desde a crise financeira de 2008, sinal claro de que uma nova crise está chegando.

Especialistas explicam que o alto registro de endividamento global resulta da política dos bancos centrais de redução das taxas de juros, com o objetivo de revitalizar a economia.
Acredita-se que taxas baixas, reduzindo assim o custo dos empréstimos, estimulem a demanda e o investimento doméstico. Mas a contrapartida é conduzir ao crescimento do endividamento de países e empresas, que aproveitam cada vez mais poder usufruir de crédito barato.

Conforme destacado no relatório da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD, na sigla em inglês), este recorde da dívida é uma das principais ameaças que pairam sobre a economia global.

Endividamento extrapolado é uma realidade

O fenômeno afeta sobretudo os países desenvolvidos, atingindo cerca de US$ 180 trilhões (R$ 751 trilhões), 383% do PIB. Já as dívidas dos países em desenvolvimento somam US$ 72 trilhões (R$ 300 trilhões), 223% do PIB.

No Japão, a dívida total do governo, cidadãos e empresas excede 540% do PIB. No entanto, os títulos da dívida pública são emitidos em moeda nacional pertencendo quase inteiramente a investidores domésticos. Sendo assim, o mercado de dívida japonês depende pouco dos humores de investidores estrangeiros e agências internacionais de classificação, o que reduz significativamente o risco de inadimplência.


Dívida pública dos EUA preocupa


Já a dívida dos EUA representa uma ameaça muito maior para a economia global ao ter atingido 327% do PIB do país – 70 trilhões de dólares (292 trilhões de reais), dos quais 22 trilhões são empréstimos contraídos pelo governo. Até 2028 só em pagamento de juros os americanos gastarão um quinto do orçamento federal.
Situação essa agravada pelo fato de quase 40% da dívida pública americana pertencer a investidores estrangeiros tendo muitos deles perdido a confiança nos ativos americanos. O outrora maior detentor de tesouraria - China - tem diminuindo continuamente sua participação na dívida pública americana.

Também causam preocupação as obrigações pendentes dos países em desenvolvimento: a relação dívida / PIB entre 2010 e 2018 cresceu mais da metade.
Como o Instituto de Finanças Internacionais apontou anteriormente, foram os mercados emergentes que mais contribuíram para o aumento da dívida global. O maior crescimento relativo foi registrado no Chile, Coreia do Sul, Brasil, África do Sul e Paquistão. Vale destacar que uma parte significativa cabe ao setor privado, cuja dívida quase alcançou a soma do PIB total de trinta países em desenvolvimento – 92,6%.


Dívida chinesa é alarmante


Preocupa sobretudo os economistas a situação na China. O Banco Mundial realça que nos últimos dez anos, o gigante asiático tem sido o principal gerador de novas dívidas. Desde 2010, as obrigações pendentes atingiram 310% do PIB, atribuindo os especialistas do IIF tal fato ao aumento de empréstimos no setor empresarial.

Dívida corporativa da China é a maior do mundo. Quando ocorreu o colapso financeiro em 2008, Pequim respondeu fomentando o crédito às empresas. Em 2016, a dívida empresarial alcançou 160% do PIB, total – 230%.
Para piorar a situação, muitas empresas chinesas superendividadas, não podendo solicitar novos empréstimos, têm recorrido ao chamado sistema bancário sombra – sistema financeiro informal, não regulamentado, através de corretores e agiotas que atuam como intermediários entre bancos e empresas.

Volume neste setor de empréstimos paralelos na China já atingiu quase US$ 7 trilhões (R$ 29 trilhões). O Fundo Monetário Internacional já alertou: essa bolha pode derrubar a economia do país e provocar uma nova crise asiática, semelhante ao colapso de 1997.

Previsões sombrias também foram assinaladas pelo Banco Mundial: seus especialistas asseveram que uma nova crise global surgirá precisamente na República Popular da China e se revelará maior e mais severa do que todas as anteriores.


https://br.sputniknews.com/economia/2020011615012798-barril-de-polvora-para-nova-crise-economica-divida-global-atinge-us-253-trilhoes/


Offline Sergiomgbr

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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #1017 Online: 16 de Janeiro de 2020, 11:51:32 »
Essa notícia acima é do tipo que faz mais estardalhaço do que propriamente importante. Só serve pra encher linguiça.

Interessante que é mais um textão desses que o jj recorrentemente vem postando sempre. Agora é de se impressionar que deve ser aoenas uma fração do que o jj supostamente lê. Imagina o tanto de bobagem desimportante sendo lida.
« Última modificação: 16 de Janeiro de 2020, 11:58:05 por Sergiomgbr »
Até onde eu sei eu não sei.

Offline -Huxley-

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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #1018 Online: 16 de Janeiro de 2020, 12:05:03 »
Li até "de 2019 não passa" aqui. Os Nostradamus das finanças não passaram aqui nesse tópico para se desculpar sobre o erro do timing da previsão da crise econômica. Sem falar que usar o subterfúgio de dizer que uma crise grave acontecerá num dia indefinido não passa de previsão vazia, já que pelo menos uma crise econômica grave vem acontecendo na maioria das décadas.
« Última modificação: 16 de Janeiro de 2020, 12:23:28 por -Huxley- »

Online Cinzu

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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #1019 Online: 16 de Janeiro de 2020, 12:43:38 »
O texto, embora de certa forma sensacionalista, não deixa de apresentar verdades.

Não há mesmo como prever crises, mas há de fato momentos de maior risco econômico em determinadas economias e certos indicadores que merecem atenção por parte de governantes. Exemplo disso eram as observações que especialistas econômicos vinham fazendo no que diz respeito às contas públicas do governo Dilma antes de 2015, ano em que se iniciou uma recessão econômica no Brasil.

Quanto aos EUA e China, o crescimento exponencial das dívidas dessas duas economias é certamente um sinal de alerta e que deveria servir de preocupação aos governos americanos e chineses.

Injeção de crédito na economia por parte de governos criam bolhas, e estas, cedo ou tarde estouram.
« Última modificação: 16 de Janeiro de 2020, 12:49:45 por Cinzu »
"Não é possível convencer um crente de coisa alguma, pois suas crenças não se baseiam em evidências; baseiam-se numa profunda necessidade de acreditar"

Offline -Huxley-

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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #1020 Online: 16 de Janeiro de 2020, 13:35:55 »
Acontece que, desde que os banqueiros centrais seguem a "Regra de Taylor" (ou até antes), não existe governo algum no mundo que não injeta crédito na economia.

Se a injeção de crédito por parte do BC sozinho explica as recessões, então por que a Austrália passou imune a recessão por uma geração inteira?

Fonte: https://www.dw.com/pt-br/qual-o-segredo-do-crescimento-ininterrupto-da-austr%C3%A1lia/a-39487072


Online Cinzu

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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #1022 Online: 16 de Janeiro de 2020, 17:15:36 »
Acontece que, desde que os banqueiros centrais seguem a "Regra de Taylor" (ou até antes), não existe governo algum no mundo que não injeta crédito na economia.

A diferença entre um remédio e um veneno é a dose.

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Se a injeção de crédito por parte do BC sozinho explica as recessões

Nenhum fator analisado em isolado jamais explicou ou explicará recessão nenhuma.

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então por que a Austrália passou imune a recessão por uma geração inteira?

Fonte: https://www.dw.com/pt-br/qual-o-segredo-do-crescimento-ininterrupto-da-austr%C3%A1lia/a-39487072

Assim como países sofrem crises quando a economia global vai mal, países também podem apresentar crescimento mesmo com a economia global indo bem. Logo, a mesma pergunta poderia ser feita para n países em qualquer período da história, e provavelmente somente poucas pessoas que estudaram e acompanharam o país n específico saberia explicar.

"Não é possível convencer um crente de coisa alguma, pois suas crenças não se baseiam em evidências; baseiam-se numa profunda necessidade de acreditar"

Offline -Huxley-

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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #1023 Online: 16 de Janeiro de 2020, 22:38:59 »
Acontece que, desde que os banqueiros centrais seguem a "Regra de Taylor" (ou até antes), não existe governo algum no mundo que não injeta crédito na economia.

A diferença entre um remédio e um veneno é a dose.

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Se a injeção de crédito por parte do BC sozinho explica as recessões

Nenhum fator analisado em isolado jamais explicou ou explicará recessão nenhuma.

Citar
então por que a Austrália passou imune a recessão por uma geração inteira?

Fonte: https://www.dw.com/pt-br/qual-o-segredo-do-crescimento-ininterrupto-da-austr%C3%A1lia/a-39487072

Assim como países sofrem crises quando a economia global vai mal, países também podem apresentar crescimento mesmo com a economia global indo bem. Logo, a mesma pergunta poderia ser feita para n países em qualquer período da história, e provavelmente somente poucas pessoas que estudaram e acompanharam o país n específico saberia explicar.



Se a diferença entre o remédio e o veneno é a dose, então a China vem tomando doses homeopáticas de expansão monetária estatal há mais de quatro décadas?  :hein:

 

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