Devolva a conta do Fabrício, Sergiomgbr.
E doações de empresas e empresários para caridade é algo extremamente comum nos EUA, assim como trabalho social voluntário (é o país que mais faz esse tipo de trabalho). O senso de comunidade lá é muito grande! Isso tem a ver com a fundação do país (quem quiser conhecer mais um pouco sobre isso, leia "A Democracia Americana", de Tocqhueville).
Não sei se o "senso de comunidade" e a fundação do país tem lá papel tão grande nisso, acho que isso provavelmente é romantismo, e se formos ver melhor, as coisas não foram sempre assim, tendo sido empurradas nessa direção principalmente por pressões "politicamente corretas"/esquerdistas mais modernas na sociedade, junto com a percepção de que algum posicionamento assim tem lá o seu valor de imagem (e logo mercado).
Versus as presepadas de imagem de grupos como a Monsanto, sem-noção a ponto de alguma figura deles afirmar publicamente coisas como, parafraseando, "nós não temos preocupação com os efeitos do nosso produto à saúde do consumidor, nosso objetivo primário é o lucro". Isso enquanto dava ainda alguma "amenizada"/contextualizada em lembrar que também tem a parte de fiscalização estatal e etc. Mas por menos "vilão do capitão planeta" que possa ser a intepretação/intenção de fato da fala, é uma amostra gritante do potencial para trapalhadas. E do outro lado, coisas que só posam de natureba-e-logo-saudável gozam de uma reputação incomparavelmente melhor.
Mas é um erro ver o "com fins lucrativos" e o "sem fins lucrativos" sempre em lados opostos, no sentido de "bem à sociedade". O lucro será comumente proveniente dos benefícios proporcionados às pessoas. E inclusive em produtos ou serviços grátis, como o Google e outros sistemas de busca, que, além disso, de qualquer forma, também tem ações filantrópicas.
Google.org, founded in October 2005, is the charitable arm of Google, an Internet search engine company.[1] As of May 2010, the organization has committed over US$100 million in investments and grants. To fund the organization, Google granted three million shares during their initial public offering (IPO). As of March 2012, Google.org's three million shares are valued at approximately US$1.84 billion. In 2014, the corporation stated on its website that it donates $100,000,000 in grants, 80,000 hours, and $1 billion in products each year.
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Google.org's current major projects, as of July 2012, are:[9]
Google Crisis Response which includes: Google Person Finder,[10] Google Public Alerts,[11] and Google Crisis Maps,[12] all supporting disaster relief efforts with critical tools and information.
Google Flu[13] & Dengue Trends [14] showing near real-time estimates of disease activity, based on aggregated search results
Google for Nonprofits[15] providing free or discounted access to some additional Google products for nonprofit organizations.
Past Google.org projects included:
Develop renewable energy cheaper than coal (RE<C): create utility-scale electricity from clean renewable energy sources that is cheaper than electricity produced from coal. This project began in 2007 and was dropped in 2011.[16] Though technical advancements resulted,[17] it did not meet its ambitious goal.
Accelerate the commercialization of plug-in electric vehicles (RechargeIT): seed innovation, demonstrate technology, inform the debate, and stimulate market demand to foster mass commercialization of plug-in vehicles.
Predict and Prevent: identify "hot spots" and enable rapid response to emerging threats, such as infectious disease and climate risk.
Inform and Empower to Improve Public Services: use information to empower citizens and communities, providers, and policymakers to improve the delivery of essential public services (such as education, health, water and sanitation) in the developing world.
Fuel the Growth of Small and Medium-Sized Enterprises: increase the flow of risk capital to small and medium-sized businesses in the developing world.[citation needed]
https://en.wikipedia.org/wiki/Google.org
Enquanto isso, na Coréia do Norte...
Acontece que existem certos mercados onde o que ocorre são as chamadas "guerras de padrões", onde o vencedor leva tudo! Uma empresa que consegue vencer nesse mercado, não é necessariamente a que tem o "melhor" produto. Betamax era "melhor" que VHS, e perderam; talvez o Blue-Ray não fosse melhor que o sistema concorrente HDVD, mas conseguiu vencer e por aí vai.
Tem um livro muito bom do Varian (Economia na Era da Informação), que é só sobre esse tipo de mercado, as estratégias que se deve usar para concorrer no mesmo, etc.
O problema é que talvez o melhor para a sociedade "no fim das contas" não fosse o resultado do mercado, nesse tipo de condições. Idealmente, "ganharia" a melhor solução objetiva, mesmo que partindo de condições de desvantagem competitiva. Não estou afirmando que o estado tem meios simples e livres de problemas de fazer isso ser o caso.