Onde o Estado mais atua acaba gerando mais problemas econômicos. São anos que mostramos isso por aqui, através de vários estudos, gráficos, textos, etc.
Isso não deve ser "linearmente" verdade. Somália e outros estados fracassados não encabeçam a linha de menores problemas econômicos. E os estados com menos intervenção econômica associadas a números melhores, vão ter diferentes áreas de atuação/não-atuação do governo, e diferentes graus de sucesso/fracasso mesmo com uma mesma medida de "intervenção", de acordo com o que exatamente for a intervenção, e com o cenário específico do país.
Seria interessante se alguém destrinchasse os resultados de cada área em cada país, e se pudesse montar, para visualização, diversos "frankensteins", como "política de saúde canadense, habitacional de Cingapura, regulações ambientais de _____, regulações empresariais de _____", etc.
É mais ou menos o mesmo problema dos esquerdistas apontarem os países nórdicos como exemplo de "quanto mais intervencionismo melhor", quando eles têm ótimos índices de liberdade econômica.
Veja aqui uma análise da crise de 2008 onde mostra que o governo americano precedeu a crise:
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1696
Mas veja mesmo. Tente aprender. Leia mesmo que seja para discordar.
Li qualquer coisa sobre que os bancos mais regulados pelo estado foram os que menos participaram do problema, diferentemente dos mais livres.
[...]
5. If the government had just set the lenders free to do their thing, the market would have prevented this. It's just another example of how government oversight always leads to market failure.
Wrong again, buckaroo. As explained just above, up to four-fifths of these loans were issued by financial institutions that operated with little or no federal regulatory oversight. In fact, in 2006, only one of the top 25 subprime lenders was a CRA institution. A few others were mortgage/finance company affiliates of CRA-covered lenders; but even these were separate businesses that didn't operate under CRA rules (including Countrywide, CitiMortgage, and Wells Fargo Home Mortgage). Likewise: the vast majority of the top 20 issuers of risky interest-only and option ARM loans were not CRA-affiliated lenders.
If anything, the CRA example proves -- once again -- that government oversight not only works; it's essential to maintain safe and sane capital markets.
[...]
http://www.alternet.org/story/101127/11_racist_lies_conservatives_tell_to_avoid_blaming_wall_street_for_the_financial_crisis_/?page=entire
O autor não se dirigia particularmente a mim.
O fato[citation needed] é que não há como todos ou sequer maioria dos países serem "desenvolvidos" com alto IDH. Com Estado mínimo ou máximo, dentro do atual sistema sempre haverão os países do centro e os periféricos (fornecedores de mão de obra, matérias primas e de mercados). É impossível a maioria tornar-se de centro, desenvolvidos e independentes, pois isto é estruturalmente impossível dentro deste sistema. Veja por que aqui https://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_do_sistema-mundo
Você está
assumindo que "dentro do atual sistema" não possa evoluir naturalmente o que quer que seja que você
imagina ser necessário para produzir um resultado melhor.
Além disso, mesmo se fosse possível, não é muito aconselhável que todos ou sequer maioria cheguem a níveis de consumo dos países de primeiro mundo dentro deste sistema, pois se chegarem a Terra não suporta. Ver pegada ecológica: https://pt.wikipedia.org/wiki/Pegada_ecol%C3%B3gica
Eu não sou "cornucopiano" nem nada, mas não acho que haver mercado em vez de algum gerenciamento burocrático/algoritmico de tudo implique necessariamente em esgotamento dos recursos naturais conforme aumenta a qualidade de vida.
Em algum momento esse consumo vai se correlacionar com decréscimo na qualidade de vida, e as pessoas terão que se adaptar, possivelmente até antevendo essa tendência.
Talvez países como Japão, Cuba. Haiti e República Dominicana dêem alguns exemplos de adaptação (ou não) ao esgotamento dos recursos naturais.
[...]
Eu sempre gosto de comparar a ordem espontânea do mercado, com a ordem espontânea na embriogênese, que não é controlada por uma célula específica, "central", mas que emerge da interação das diversas células , através de sinalizações químicas entre células vizinhas. [...]
Excelente post!
Abs
JC
A analgia talvez fosse melhor com a evolução biológica versus criação inteligente, pois em embriologia o DNA pode ser visto como análogo ao governo central, a epigenética é apenas a obediência a ele, não divergência ou algo realmente independente. Isso seria câncer, literalmente.