Para mim é praticamente incompreensível isso que está dizendo.
Resumidamente é que, "as pessoas poderem realizar trocas", é algo que em última instância impede que toda a humanidade tenha boa qualidade de vida, e eventualmente destrói todo o ambiente.
Isso só pode ser verdade "se" tais trocas conduzirem a isso. E é difícil ver isso como algo necessariamente decorrente de se poder fazer trocas.
Por mais que possa haver um ímpeto em última instância auto-destrutivo, se isso é previsível, deve poder ser freado através de legislação mais específica, sem a necessidade de abolir completamente o comércio.
Se não concorda, então tente responder estas três questões: https://blog.movimentozeitgeist.com.br/tres-questoes-o-que-voce-propoe/
Dado que a economia de mercado requer consumo a fim de manter demanda para emprego humano e promover crescimento econômico, existe um incentivo estrutural para reduzir o uso de recursos, a perda de biodiversidade, a emissão global de poluição e contribuir para a crescente necessidade de melhorar a sustentabilidade ecológica no mundo atualmente?
Não sei. Não sei nem se concordo com a premissa, "a economia de mercado requer consumo a fim de manter a demanda para emprego humano e promover crescimento econômico". Eu não vejo isso como "objetivo" da economia de mercado. O objetivo é o "mercado" em si. Que não "requer" consumo, apenas "será" em boa parte do tempo. O emprego é mais um efeito colateral das pessoas quererem coisas do que uma necessidade a que o mercado é solução. É mais o contrário, o emprego é uma solução comum para as demandas do mercado.
O principal incentivo para redução de uso de recursos, perda de biodiversidade, etc, é as pessoas desejarem tais coisas, seja individualmente, ou "como um todo" (promovendo desde ações espontâneas nesse sentido, até fazendo pressão por mudanças políticas mais determinantes). O "mercado" em si colocado no meio deverá ser "incentivo" a isso na medida que as conseqüências ruins dessas coisas estiverem se manifestando na vida das pessoas, ou conforme estiver mais visível no horizonte.
Em um sistema econômico em que as empresas procuram limitar seus custos de produção a fim de maximizar lucros e permanecer competitivas contra outros produtores, qual é o incentivo estrutural existente para manter os seres humanos empregados, no despertar de uma condição tecnológica emergente, onde a maioria dos trabalhos podem ser realizados de forma mais barata e eficaz através da automação de máquinas?
Provavelmente não há. Geralmente, se houver um meio de produção mais barato acessível, esse será o preferido, e se procurará implementá-lo tão logo for economicamente compensador o investimento. O mais próximo de incentivo ao contrário são imposições protecionistas e o apelo a "valores" como em de "missão da empresa", que pode preferir se colocar ou ser obrigada a se colocar (por menor capital inicial) nesse tipo de "nicho". "Compre de NÓS
tm. Nós valorizamos o trabalho humano. Por que trabalhamos com amor". Etc. Não estou sugerindo que isso será provavelmente algo que funcionará para manter a produção largamente estagnada em uma tecnologia obsoleta, é apenas o tipo de incentivo possível que imagino. Análogo ao apelo a orgânicos ou produção local de alimentos ou coisas em geral.
Num sistema econômico que, inerentemente, gera estratificação de classes e a desigualdade no geral como os efeitos da “violência estrutural”, um fenômeno, observado por pesquisadores de saúde pública, que mata mais de 18 milhões por ano, gerando uma vasta gama de malefícios tanto sistêmicos, como distúrbios comportamentais, emocionais e físicos, podem ser minimizados ou até mesmo removidos?
Novamente não concordo com as premissas, nem com as adjetivações. Novamente a melhor resposta é que a liberdade econômica grossa porém largamente se correlaciona com melhores níveis de vida, inclusive para os mais pobres.
Ironicamente essa imagem é de alguém que está denunciando isso como vilania do Bill Gates.
Esse gráfico da redução mundial da pobreza deve se correlacionar largamente com "crescimento econômico", não o contrário, com pessoas encontrando alternativas, como se esperaria dessa visão de mercado inerentemente destrutivo.