Teve resposta sim:
Ola Buck,
Não tinha lido!
Uma pergunta : Porque você achar que todos esses movimentos de minorias, ongs, etc são controlados pela esquerda ?
Eles não são "controlados pela esquerda", eles são de esquerda. E isso quase por definição, por serem posturas "progressivas".
Entre homossexuais, mulheres, etc existem e existiram aqueles que são de esquerda , centro e direita. A questão é que a politização e organização dos movimentos de minoria (que foi realizada pela esquerda) ocorre após Marcuse identificar essas minorias como os novos agentes revolucionários*, através do qual se destruiria toda a base da civilização ocidental: a moral judaico-cristã, família, etc. Assim como Marx, eles enxergavam essa base como sendo uma resistência intransponível para a implementação do socialismo e o fim da propriedade privada, que são os objetivos finais da EF (e dos partidos de esquerda como o PT, PSOL, PSTU, PCO, PCB, PC do B,etc, etc).
A própria "auto intitulação" progressista moderna vem da EF e suas propostas estratégicas de atuação sobre as minorias (inclusive a criminalidade, que também era vista como grande agente revolucionário); eles se identificarem como progressistas é uma consequência direta da atuação da EF no ocidente.
*após o fracasso das previsões de Marx sobre o proletariado, a Escola de Frankfurt chega a conclusão que os mesmos já estão cooptados pelo sistema capitalista, pelo padrão de vida que conseguiram, e que não mais serviriam como agentes revolucionários. Então, ele busca outros "insatisfeitos" dentro do sistema, para substituir a classe operária como agente revolucionário,
O problema é que vejo um mal entendimento da questão do Marxismo Cultural. O marxismo cultural não criou as demandas das minorias, ele se aproveita das mesmas para avançar sua agenda, onde o politicamente correto atua como uma das ferramentas principais, que impede o debate sério na sociedade (diversidade só daquilo que eles querem) e possibilita inclusive a manipulação de dados (as 200.000 mortes por ano em abortos clandestinos, a estatística que valida a "cultura de estupro",etc) para justificar políticas propostas.
E é óbvio que a maioria das pessoas que está defendendo essas bandeiras não tem nem idéia do que seja marxismo cultural, escola de frankfurt, etc. O que não significa que não existam aqueles que conduzem esse processo, com um objetivo, como por exemplo : lideranças dos partidos, lideranças intelectuais desses partidos, como a Chaui. Esse movimentos são internacionalmente coordenados, os conceitos usados, as linguagens, os jargões usados são uniformes!
É através do Marxismo Cultural e do PC que o estado cresce e avança na sociedade, legislando sobre praticamente tudo. Ou seja, tudo o que sabemos que a esquerda ama: PODER ao estado para que nos controlem com legislações cada vez mais "capilares"! É através disso, que empurram as suas "soluções".
Repare que todos esses movimentos politicamente organizados tem sua origem nos EUA, após a EF ter se instalado lá em 1940, e ter dominado as universidades americanas. Então, temos o seguinte quadro : EF vai para os EUA, EF desenvolve sua estratégia (liberação sexual, minorias, etc) e depois de um tempo, TUDO o que propuseram se manifesta na sociedade de forma organizada. Coincidência?
Libertários geralmente estarão menos envolvidos nesse tipo de coisa novamente quase que por definição, tanto por tenderem a achar que "o mercado resolve", quanto pela liberdade na concepção libertária não ter tanta sobreposição à progressista, mas incluir praticamente com o mesmo peso a liberdade de ser conservador, ou de ser racista, sexista, etc. O mercado punirá o que for errado, mas eles devem ter direito à liberdade de discriminar de forma que progressistas consideram injusta. Isso é enxergado sob a perspectiva de "liberdade de associação": o estado obrigar as pessoas a não discriminarem negros em contratações equivale ao governo apontar um rifle para sua testa e obrigar você a receber uma família desconhecida para o jantar.
Os libertários acreditam que os indivíduos tem que ter direito a fazer o que quiserem com suas vidas, desde que não matem , agridam ou danifiquem a propriedade privada de ninguém!! Libertários não defendem que so tenhamos mercado. O estado ainda existe, mas com tamanho e atuação limitada. Em caso de violência e coerção, ele atua! Em uma sociedade libertária, as pessoas tem o direito de serem escrotas; porém, não tem o direito de agredir ou agir com coerção com ninguém!
Não é questão de exagero, é como o libertário enxerga a liberdade individual. Para o Libertário, se o estado obriga ele a agir de alguma forma que não queira, em qualquer sentido, usando a coerção (aparato legislativo e policial), isso é equivalente a ter alguém apontando a arma para sua cabeça, para que você faça algo, pois nos dois casos, você não tem opção de não fazer.
Ainda assim, apesar de pessoas de tendências comunistas/estatistas/totalitaristas provavelmente serem quase que necessariamente todas favoráveis*, dentre as pessoas que participam ou apóiam a esses movimentos, ainda deve haver considerável variação em perspectivas econômicas. O principal elo comum deve ser justamente enxergar a necessidade do intervencionismo objetivando progresso social.
* tirando situações talvez algo mais raras de comunismo conservador, socialismo cristão, etc, onde talvez vão por um pouco o pé no freio da coisa. Esse tipo de influência nem é tão insignificante no Brasil em particular, tendo o próprio PT forte elo com a ICAR, influência dela. Daí serem consideravelmente mais incomuns posições como "pró-escolha" no partido, e se ter até gente que se elege com plataformas "pró-vida", para citar um exemplo que me lembro, dentre outros possíveis.
Com relação às pessoas que apoiam, não tenho dúvida que esse espectro existe; meu problema maior é com os que lideram esses movimentos (e não estou falando de Jean Willys, apesar dele já ter citado Gramsci em uma entrevista).
A ligação do PT com a ICAR se dá através da Teologia da Libertação, que é uma ação Gramscista clássica (Frei Beto, Leonardo Boffi, etc...).
Eu defendo algumas ações relacionadas às minorias (casamento gay, por exemplo); outras considero infundadas (cotas) e ou absurdas (educação sexual para crianças, ideologia de gênero, etc).
Abs
Felipe