Talvez por ainda haver um resquício de memória espiritual crianças tendem a possuir uma maior crença nata, depois  reforçada pela maioria dos pais crentes e cultura social religiosa, dentre esse meio elas tendem a se tornarem crentes que Deus:
Existe
É bom
Onipotente
Onipresente
Onisciente 
Assim é que a maioria dos céticos são de ex-crentes, poucos são os que admitem um dia terem tido fé , porque  assim conseguem  se enxergarem  mais racionais, no entanto a origem da razão crente e descrente permanece a mesma , ela é o fruto do sentidos físicos que criam suas realidades consciente, antes lhe  inseriam  a crença de que estavam certos e agora também.
Os que  se fizeram céticos tornaram-se crentes dos sentidos criadores, mas como poderemos  fazer a luz tornar-se  parte da consciência de um deficiente visual nato? Talvez se todos os homens não tivessem esse sentido, a luz continuaria sendo tão  existente quanto Deus existe, porem anda despercebido pela realidade dos  sentidos  céticos.
Por mais que os que tenham consciência da existência da luz se esforçam para conscientizar alguém desprovido deste sentido, em quanto humanos eles nunca terão essa consciência a não ser que aconteça um milagre restaurador deste sentido.
Mas socialmente falando quando é que ex-crentes passam a perder a fé ?
Normalmente quando começam a estudar filosofias e ciência baseada nos sentidos é que se vêem cada vez mais racionais, então suas razões materiais começam  a conflitar com a fé subjetivas inseridas neles:
Se existe por que não posso senti-lo ?
Se Deus é bom por que há dor e sofrimentos?
Se é onipotente porque não nos fez criaturas melhores ?
Se é onipresente então sente prazer no nosso sofrimento?
Se é onisciente é também um sádico ? 
De fato diante da dor fica muito difícil crer  na existência de uma   bondade divina, quando o sentido só aponta para um sofrimento eminente, por mais que chore e grite desesperado Deus parece ser surdo alheio ao seu desespero.
Muitos são os que perderam a fé após desistirem de implorar a Deus  e não serem atendidos seus desejos mais caros, para os céticos isso deixou  bem claro que Deus não existe ou se existe não esta nem ai para o sofrimento das suas criaturas:
"papai é mal me faz sofrer, vou contar pra todo o mundo que para mim ele não existe mais" mimimimimi! 
 
  
  
 
Se a vida criada por Deus é um mal, então por que a maioria deseja continuar vivendo e se possível eternamente ?
A existência do mal evidencia tanto a inexistência divina quanto a existência do bem pode evidenciar  sua existência.
Se  renegasse minha fé nas vezes que fui ouvido, eu seria um hipócrita e ingrato e se todas as vezes que não fui atendido tivesse perdido a fé a muito tempo seria um ateu.
Eis a questão do conceito Deus, ele não é fruto da razão dos sentidos e sim da “emoção”, é ela que cria ou descria Deus.
Para pessoas mais sensíveis e menos exigentes Deus se apresenta  mais pelas  coisas agradáveis da vida, já para céticos ele não existe nas coisas que lhe são mais desagradáveis como a morte, o sofrimento e a dor.
Vejam só! É o nosso ego cético  quem deseja ser deus, é ele quem deseja ter suas vontades realizadas, assim disse o nosso ego criador : “que se faça a minha vontade e semelhança, que a realidade externa me seja agradável ou então a desprezarei como se fosse obra de algo desprovido da minha inteligência”.
Enquanto crente, a realidade que  considero “divina” esta ai para atender a necessidade da existência comum, é o que agrada e desagrada  alguns indivíduos.
Ao desagradável  podemos atribuir ao deus da ignorância nata dela vêem todo o mal, mas se nascêssemos sabendo  conseguiríamos nos livrar de todo o mal?
Humm, acho que não! 
Pois eis que a onisciência pode ser também um a espécie de mal que aprisiona  o ser dentro da responsabilidade máxima, não há mais para onde ir, não há mais ação nem um pensamento a ser criado...bye...bye ...bye ..criador!
Se possuíssemos maior sabedoria poderíamos nos livrar dos males  impostos pela natureza mecânica, mas ainda sim nunca poderíamos nos livrar do males causados pela nossa vontade, porque esta é a emoção que forma o nosso ser único, não é Deus que cria nossa personalidade, são nossas escolhas por afinidades individuais do ser.
Mas o que seria “ o ser diferente”,  dentre sentidos físicos parecidos ? Apenas seres de personalidade também parecidas, então qual seria o  sentido físico que forma o “Eu” individual ? Nenhum! Pois  o  nosso  “eu” é construído pelos pensamentos subjetivos, é a  nossa emoção   quem cria uma realidade subjetiva própria dos seres únicos, caso contrario seriamos computadores programados para receber e processar somente realidades externas.
Mas, talvez  haja seres desprovidos dos sentidos físicos que ainda sim consigam sentir subjetivamente que estejam vivos.
De certa forma quando nossos sentidos físicos entram em repouso continuamos sentido que estamos vivos é quando nossa emoção esta muito ativa nos sonhos.
Se a idéia de um Deus bom ser incompatível com o mal sofrido e pior  praticado  pelas suas criaturas, a idéia de poder haver individualidade desprovida de  vontade é ilógica.
Mais ilógica ainda é haver vontade sem haver a possibilidade da opção pelo mal.