Autor Tópico: Governo Temer/Pós Dilma  (Lida 89728 vezes)

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Offline Entropia

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Re:Governo Temer/Pós Dilma
« Resposta #476 Online: 03 de Junho de 2016, 14:45:52 »
Eu tenho a impressão que houve uma certa preferência em investigar o PT, que estava no poder, e obtido o impeachment foi dada mais atenção aos demais partidos.
Não houve preferência alguma. É um fato notório que esse esquema de corrupção requer o protagonismo dos partidos que controlam a máquina pública, e que são justamente o PT, PMDB e o PP. É justamente a cúpula desses partidos que está sendo investigada, a diferença entre eles é que na cúpula do PT, encontra-se uma figura chamada Luis Inácio Lula da Silva que foi ídolo (e ainda é) pra muita gente, e isso inclui alguns foristas daqui (né, Juca?).

Vamus vendo... estamus vendo...  o PSDB está no poder agora junto com o PMurodB, será que o raciocínio acima cola?  Vamus observando...

E de que maneira isto anula o fato de que TODAS as grandes falcatruas até agora conhecidas foram arquitetadas e controladas pelos petistas?
Adoro quando ele fala essas bobagens. No final, sempre acaba por estar errado:
Lava jato chegou ao Lula e muito mais gente com foro privilegiado ou não, eu não tenho dúvidas que quando a outra quadrilha chegar ao poder, essa operação vai mudar de nome: "esquece a jato".
Tá, eu estou errado... psdb  no poder, então pelo critério supra ele deveria ser um alvo, ah não, esqueci do tal de Gilmar Mendes, o santo protetor destes, é uma forma de esquecimento as ações deste, ou não?        hã? estão se esquecendo também? Que é isso, somos apenas anti-petistas, o importante já passou.
Todas as falcatruas até agora conhecidas foram arquitetadas e controladas pelos petistas, até agora, bem dito. E quem se importa com o futuro?

PQP!!!

Vão alimentar mais ainda os 'barnabés' e certamente vão 'f...r' com o setor privado, via aumento de impostos.

Eu tinha um 'restinho de esperança' no aspecto econômico (porque no político nunca tive) deste governo. Mas com o que li acima, nada mais sobrou.

Lamentável.

Calma, você ainda não viu nada, eu sempre disse aqui que o tal de PMurodB nunca fez nada de memorável, e então porque agora nas mãos de uma raposa política, ele vai mudar. É desastre na certa.  Mas não espere ver isso no Jornal Nasceomal. Pronto a crise acabou, há esperança no ar ::)
« Última modificação: 03 de Junho de 2016, 14:48:11 por Onsigbare »

Offline DDV

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Re:Governo Temer/Pós Dilma
« Resposta #477 Online: 03 de Junho de 2016, 14:51:07 »
É aquela encruzilhada entre mostrar serviço pra população (reduzindo ministérios) e agradar a poderosa classe dos funcionários públicos (esses aumentos).

Talvez seja só um "pano quente" político pra fortalecer o governo Temer e lhe permitir fazer as reformas, talvez seja só safadeza mesmo.

Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

"O maior vício do capitalismo é a distribuição desigual das benesses. A maior virtude do socialismo é a distribuição igual da miséria." (W. Churchill)

Offline Onsigbare

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Re:Governo Temer/Pós Dilma
« Resposta #478 Online: 03 de Junho de 2016, 14:54:20 »
Primeiro vamos 'decapitar' a Hidra (PT, Lula, Dilma e demais membros da caterva envolvidos). Na sequência se faz o mesmo com o Cérberus (PMDB, PP, PR, Pqualquer-coisa e todos os envolvidos). Por último 'executamos' a oposição, a começar pelo PSDB.
Sonhar! ah como é bom sonhar, nem o silêncio das panelas atrapalham...   
Esse também seria um sonho meu.

Gostaria de saber como vai ser isso?

Ansioso!

Offline DDV

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Re:Governo Temer/Pós Dilma
« Resposta #479 Online: 03 de Junho de 2016, 15:02:55 »
Primeiro vamos 'decapitar' a Hidra (PT, Lula, Dilma e demais membros da caterva envolvidos). Na sequência se faz o mesmo com o Cérberus (PMDB, PP, PR, Pqualquer-coisa e todos os envolvidos). Por último 'executamos' a oposição, a começar pelo PSDB.
Sonhar! ah como é bom sonhar, nem o silêncio das panelas atrapalham...   
Esse também seria um sonho meu.

Gostaria de saber como vai ser isso?

Ansioso!

Não duvide.

Há meros 2 anos, ninguém imaginava o que ocorre hoje na política e no judiciário.

Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

"O maior vício do capitalismo é a distribuição desigual das benesses. A maior virtude do socialismo é a distribuição igual da miséria." (W. Churchill)

Offline Muad'Dib

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Re:Governo Temer/Pós Dilma
« Resposta #480 Online: 03 de Junho de 2016, 15:22:03 »
É aquela encruzilhada entre mostrar serviço pra população (reduzindo ministérios) e agradar a poderosa classe dos funcionários públicos (esses aumentos).

Talvez seja só um "pano quente" político pra fortalecer o governo Temer e lhe permitir fazer as reformas, talvez seja só safadeza mesmo.

Poderosa classe dos funcionários públicos?

Você coloca toda a classe dos funcionários públicos no mesmo patamar dos membros do judiciário e do MP?

Offline Euler1707

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Re:Governo Temer/Pós Dilma
« Resposta #481 Online: 03 de Junho de 2016, 16:12:26 »
Tá, eu estou errado... psdb  no poder, então pelo critério supra ele deveria ser um alvo, ah não, esqueci do tal de Gilmar Mendes, o santo protetor destes, é uma forma de esquecimento as ações deste, ou não?        hã? estão se esquecendo também? Que é isso, somos apenas anti-petistas, o importante já passou.
Todas as falcatruas até agora conhecidas foram arquitetadas e controladas pelos petistas, até agora, bem dito. E quem se importa com o futuro?
Como você é desinformado. Você aparece aqui esporadicamente, fala besteira e desaparece. Aposto que nunca lê as notícias, ou pior, ignora. Talvez seja só desinformação tua (e é por isso que eu vou ressaltar com caixa alta algumas palavras), mas se você ainda não sabe, um esquema tal como o Petrolão SÓ pode ocorrer com o protagonismo do governo que controla o estado. Quem indica os nomes para TODOS os cargos comissionados É O GOVERNO. Entre os cargos comissionados, estão os de diretores de estatais e bancos públicos. Sendo o Governo formado por esses três partidos (PP, PMDB e PT), é óbvio que os maiores envolvidos com esse esquema sejam esses três partidos, e não o PSDB (imagina que loucura, o governo dividir a grana da corrupção com o principal partido da oposição), mas mesmo assim a merda está respingando no PSDB. Porque? Porque a lava-jato está ultrapassando os casos de corrupção governamental do PT, e está indo para as esferas estaduais e de governos passados, e isso se deve a delação de pessoas como Delcídio do Amaral e Alberto Youssef, que disseram que o Aécio foi um dos beneficiários da corrupção em furnas, algo que ocorreu entre 1996 e 2000, e é extremamente difícil de se investigar, mas ainda sim a PGR (é a PGR quem cuida dessa coisas, e não a PF, entendeu?) continua a denunciar ele, e coisas como essa aqui continuam a acontecer (essa notícia é de hoje): STF autoriza prosseguimento de investigações contra Aécio Neves.
Citar
Ministro Gilmar Mendes afirmou que, como a Procuradoria trouxe fatos novos, existem motivos para dar continuidade à apuração.
Eu vou repetir o que eu já disse antes:
Citar
Adoro quando ele fala essas bobagens. No final, sempre acaba por estar errado:
Pra você ficar um pouco mais bem informado:http://lavajato.mpf.mp.br/entenda-o-caso
« Última modificação: 03 de Junho de 2016, 19:55:57 por Euler1707 »

Offline Geotecton

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Re:Governo Temer/Pós Dilma
« Resposta #482 Online: 03 de Junho de 2016, 16:13:31 »
É aquela encruzilhada entre mostrar serviço pra população (reduzindo ministérios) e agradar a poderosa classe dos funcionários públicos (esses aumentos).

Talvez seja só um "pano quente" político pra fortalecer o governo Temer e lhe permitir fazer as reformas, talvez seja só safadeza mesmo.

Poderosa classe dos funcionários públicos?

Você coloca toda a classe dos funcionários públicos no mesmo patamar dos membros do judiciário e do MP?

Em certa medida, deve ser colocada sim.

Como eu não conheço a situação do funcionalismo público em todos os municípios, estados e nem em todas as empresas públicas e autarquias não quero cometer a falácia da generalizacão.

Mas em TODOS os municípios, estados, empresas públicas e autarquias que conheço (e conheço várias), os funcionários possuem algum tipo de benesse ou vantagem que não existe nenhum equivalente no setor privado.

E nem estou considerando aspectos agravantes negativamente como absenteísmo e ausência de controle de produtividade.
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Offline Geotecton

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Re:Governo Temer/Pós Dilma
« Resposta #483 Online: 03 de Junho de 2016, 16:25:32 »
[...]
Pra você ficar um pouco mais bem informado: http://lavajato.mpf.mp.br/entenda-o-caso

Um petista típico, que leia o conteúdo do link, dará uma (ou mais) das seguintes respostas:

a) É mentira. Tudo faz parte do golpe promovido pela CIA-PSDB-FHC-Temer-direita reacionária.

b) Os outros partidos também roubavam.

c) A Dilma não roubou.

d) O Lula não sabia de nada.
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Offline Euler1707

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Re:Governo Temer/Pós Dilma
« Resposta #484 Online: 03 de Junho de 2016, 16:28:20 »
[...]
Pra você ficar um pouco mais bem informado: http://lavajato.mpf.mp.br/entenda-o-caso

Um petista típico, que leia o conteúdo do link, dará uma (ou mais) das seguintes respostas:

a) É mentira. Tudo faz parte do golpe promovido pela CIA-PSDB-FHC-Temer-direita reacionária.

b) Os outros partidos também roubavam.

c) A Dilma não roubou.

d) O Lula não sabia de nada.
e) O Lula só está sendo investigado, e se ele não foi preso ainda, é porque não tem nada contra ele.

Offline Entropia

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Re:Governo Temer/Pós Dilma
« Resposta #485 Online: 03 de Junho de 2016, 18:46:04 »
Talvez seja só um "pano quente" político pra fortalecer o governo Temer e lhe permitir fazer as reformas, talvez seja só safadeza mesmo.

Só uma bomba nuclear no planalto pra solucionar esta merda!

Eu espero que existe uma boa justificativa, caso contrário. Voltar as ruas. Na verdade, já temos bons motivos pra voltar as ruas agora.


Offline Euler1707

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Re:Governo Temer/Pós Dilma
« Resposta #486 Online: 03 de Junho de 2016, 19:56:48 »
Eu tenho que começar a revisar meus textos antes de postá-los. :hihi:

Offline Jack Carver

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Re:Governo Temer/Pós Dilma
« Resposta #487 Online: 03 de Junho de 2016, 22:11:37 »
Muito bom os dois vídeos:  :ok:

<a href="https://www.youtube.com/v/DprT3qgLLKM" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/DprT3qgLLKM</a>

<a href="https://www.youtube.com/v/nuhqaZcCZXE" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/nuhqaZcCZXE</a>
O Brasil é um país de sabotadores profissionais.

“Dêem-me controle sobre o dinheiro de uma nação e não me importa quem faz as suas leis. - Mayer Amschel Rothschild

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Governo Temer/Pós Dilma
« Resposta #488 Online: 04 de Junho de 2016, 08:25:07 »
Muito bom os dois vídeos:  :ok:

Eu acho que o Odebrecht abre o bico mesmo, o cara está  na cadeia há  um ano e passa 23 horas oor dia na jaula enquanto sabe que o chefe do esquema e a chefa estão na boa vida de sempre.

O cara está  vendo o patrimônio  derreter depois de financiar a corja toda, a empresa é  investigada no exterior e sabe que se botar o pé  para fora da fronteira vai preso novamente.

Que moeda de troca ele ainda terá quando o Dilmão  sair do governo definitivamente  com risco de cancelarem o registro do PT ou tomar uma lavada na próxima eleição?

Já  era, ele sabe que com o Dilmão, Lulla e PT  fora do governo não  sobra quase nada, principalmente com outros parlamentares de outros partidos tb sendo investigados.

O cara vai salvar o próprio  rabo porque a carceragem onde ele está é quarto de hotel cinco estrelas comparado com o resto.
« Última modificação: 04 de Junho de 2016, 08:29:42 por Arcanjo Lúcifer »

Offline Gabarito

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Re:Governo Temer/Pós Dilma
« Resposta #489 Online: 04 de Junho de 2016, 09:43:30 »

Eu acho que o Odebrecht abre o bico mesmo, o cara está  na cadeia há  um ano e passa 23 horas oor dia na jaula enquanto sabe que o chefe do esquema e a chefa estão na boa vida de sempre.

O cara está  vendo o patrimônio  derreter depois de financiar a corja toda, a empresa é  investigada no exterior e sabe que se botar o pé  para fora da fronteira vai preso novamente.

Que moeda de troca ele ainda terá quando o Dilmão  sair do governo definitivamente  com risco de cancelarem o registro do PT ou tomar uma lavada na próxima eleição?

Já  era, ele sabe que com o Dilmão, Lulla e PT  fora do governo não  sobra quase nada, principalmente com outros parlamentares de outros partidos tb sendo investigados.

O cara vai salvar o próprio  rabo porque a carceragem onde ele está é quarto de hotel cinco estrelas comparado com o resto.

Temporada de Delações:


Offline JJ

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Re:Governo Temer/Pós Dilma
« Resposta #490 Online: 05 de Junho de 2016, 09:23:53 »
PQP!!!

Vão alimentar mais ainda os 'barnabés' e certamente vão 'f...r' com o setor privado, via aumento de impostos.

Eu tinha um 'restinho de esperança' no aspecto econômico (porque no político nunca tive) deste governo. Mas com o que li acima, nada mais sobrou.

Lamentável.



Lamentável mesmo,  a única desculpa que eu vejo é que o Temer ainda é interino,  então ele precisa de conquistar todo o apoio que puder obter para evitar o perigo da volta da   Presidanta   Dilma .   


 :medo:





« Última modificação: 05 de Junho de 2016, 09:28:12 por JJ »

Offline JJ

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Re:Governo Temer/Pós Dilma
« Resposta #491 Online: 05 de Junho de 2016, 09:24:58 »
Seja como for segue uma crítica:


O funcionalismo público, a drenagem dos cérebros, e os efeitos deletérios sobre a iniciativa privada
por Diogo Costa, sexta-feira, 3 de junho de 2016



O funcionalismo público, a drenagem dos cérebros, e os efeitos deletérios sobre a iniciativa privada


N. do E.: um dos principais motivos da queda do governo Dilma foi a desorganização das contas do governo.  As consequências do descalabro fiscal foram recessão, inflação alta, desemprego e desindustrialização.

O atual governo havia prometido um maior compromisso com o equilíbrio orçamentário. A nomeação de Henrique Meirelles para o Ministério da Fazenda seria uma indicação de maior rigidez nessa área.

Duas semanas depois, o que se vê é apenas uma continuação do governo Dilma, com lamentáveis recaídas ao populismo.

Os reajustes salariais dos funcionários públicos, aprovados ontem pela Câmara dos Deputados, foram um tapa na cara dos mais de 11 milhões de desempregados que, além de não terem salários, terão de pagar ainda mais impostos para bancar os marajás.  Após um aumento explosivo no número de falências, os empreendedores que ainda conseguem se manter no mercado, mas que mal estão conseguindo pagar suas contas, ainda serão obrigados a bancar essa humilhação.


A farra com o dinheiro público permitida pelo atual governo é coisa para Lula nenhum botar defeito.  A brincadeira custará R$ 58 bilhões nos próximos quatro anos.


Se estivessem realmente comprometidos com equilíbrio fiscal, Temer e Meirelles teriam de ser os primeiros a gritar contra essa aberração.  No entanto, ambos deram consentimento ao descalabro.  E voltam a falar em CPMF, com cada vez mais frequência. 


Ao mesmo tempo em que fazem esbórnia com o dinheiro que tomam de impostos, políticos e burocratas insistem em dizer que o grande problema do Brasil são os aposentados da iniciativa privada, que ganham R$ 880 por mês.


Eis a democracia em ação: o governo — qualquer governo — sempre está interessado apenas em obter o apoio de poderosos grupos interesse, e faz isso adotando medidas populistas que sempre geram tragédias no futuro.


O artigo a seguir ilustra as consequências que os privilégios dados ao setor público geram na mentalidade do país.


http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1787&comments=true


Offline JJ

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Re:Governo Temer/Pós Dilma
« Resposta #492 Online: 05 de Junho de 2016, 09:25:40 »


Vejam esta lista. Nela encontram-se divididos os vencedores dos prêmios Nobel por país.  Os Estados Unidos lideram com 355.  O Reino Unido tem 120.  A Alemanha, 105.  A França, 67.


Chile, Colômbia, Peru, Guatemala, México e até mesmo Venezuela também têm ganhadores.

Nossos vizinhos argentinos já somaram cinco. 

Até a Islândia, com uma população menor do que Piracicaba, já arrematou um Nobel.

Já o Brasil não tem nenhum.  Zero.  Conjunto vazio. 

As razões para a irrelevância brasileira nas ciências são muitas e de difícil medição, mas há uma tendência que nos mantém em ponto morto: o fato de que "os empregos estatais transformaram-se em objeto de cobiça dos melhores cérebros do País".

A frase não é minha.  Aparece em uma reportagem ainda de 2010 da revista Isto É, que comemora o fato de muitos dos brasileiros mais capazes intelectualmente não estarem na academia nem liderando o empreendedorismo, mas dentro de uma repartição pública.

A drenagem dos cérebros pela máquina pública só tende a piorar. De acordo com a revista:

Ao todo, entre abertas, temporárias e programadas, são quase 400 mil vagas de emprego no serviço público, com salários iniciais variando entre o mínimo e os desejados R$ 20,9 mil oferecidos a juízes substitutos dos Tribunais Regionais do Trabalho. "Hoje em dia, em média, um servidor público federal ganha o dobro dos seus congêneres na iniciativa privada", diz o professor de relações do trabalho da Universidade de São Paulo, José Pastore, deixando claro por que os concursos públicos têm atraído tantos candidatos. "Nos últimos oito anos os salários públicos da União tiveram um aumento real de 75%, enquanto os do setor privado, de apenas 9%."

Isso foi em 2010.  De lá para cá, tudo piorou.

Esta matéria da Revista Exame, de setembro de 2015, sintetiza a situação:

Salários gordos e cargos vitalícios, o doce serviço público

[...] como o desemprego está aumentando e o Brasil está caminhando para a pior queda desde a Grande Depressão [...] conseguir um emprego público é como ganhar na loteria.

Ele vem com um salário desproporcional, estabilidade vitalícia e benefícios que podem incluir motoristas e voos gratuitos.

"O setor público oferece estabilidade: você passa no concurso e tem um emprego para o resto da vida", disse Guilherme Alves, 21, que estava estudando o entorpecedor juridiquês em Brasília em um das centenas de cursinhos dedicados a preparar alunos para passar em um concurso estatal. "É ótimo".

O salário médio dos secretários no governo central do Brasil é 49% maior, em relação ao PIB per capita, que o do México e quase o dobro que o dos países que pertencem à Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico.

O funcionário típico do governo brasileiro ganhou 42% a mais no ano passado do que o trabalhador comum. [...]

Isso exacerbou fortes distorções na economia: os brasileiros pagam impostos surpreendentemente altos para financiar um setor estatal inchado que oferece serviços públicos deficitários. O setor privado também ficou sufocado.

"Nós não conseguimos pagar o aparato estatal que construímos", disse Gil Castello Branco, secretário-geral da Associação Contas Abertas, que supervisiona os gastos do governo. [...]

Por enquanto, juízes e parlamentares podem chegar a ganhar 30 vezes o salário médio do setor privado, além de regalias. [...]

No ano passado, o governo federal gastou 20,6 % do PIB em salários, benefícios e despesas administrativas, restando apenas 1 % para investimentos, de acordo com a Associação Contas Abertas. [...]

Tudo isso distorceu fortemente as condições do setor privado, de acordo com José Pastore, ex-professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo e ex-membro do Conselho de Administração da Organização Internacional do Trabalho.

Seguindo a furada Cartilha do Politicamente Correto, a imprensa chama funcionário público de servidor. Eu vou chamar de funcionário, por desobediência.

E por causa da imprecisão do termo.  Afinal, todos nós somos servidores públicos.  O engenheiro que passa da iniciativa privada para o cargo público não se transmuta num ser altruísta.  Ele continua priorizando sua carreira, seu "polpudo salário" e sua estabilidade.  O rapaz que vende coco na praia está servindo ao público, os pedreiros que construíram os prédios da sua cidade estavam servindo ao público, os engenheiros que conceberam a tela em que você está lendo este artigo estavam servindo ao público.

Só porque o sujeito extrai sua renda do imposto que você paga, e não do produto que você compra, isso não significa que ele serve mais ao público do que seu semelhante da iniciativa privada.

Na verdade, são exatamente os funcionários públicos, os burocratas, que menos servem ao público.   Como não produzem, mas sobrevivem dos tributos, eles precisam extrair a sua renda do setor produtivo da sociedade.   Ao passar do setor produtivo para o estatal, o profissional competente está passando do numerador para o denominador da economia: extraindo mais recursos do que criando.

O burocratismo ainda tem outros problemas menos aparentes.  O empregado do governo também é um eleitor do governo: participa do processo político que lhe favorece.  Quando ele olha para o orçamento, o que você acha que ele prioriza: a responsabilidade fiscal ou o aumento de seu salário? Quando vai às urnas, qual a sua mentalidade?  A consciência do bem comum ou a garantia de estabilidade?  O jogo aqui é de soma zero.

O que o burocrata toma da sociedade é em geral transferência de recursos.  E para fortalecer a defesa de seus interesses profissionais, os funcionários públicos se fundem em grupos de interesse.  A sociedade como um todo sai perdendo, mas a categoria profissional consegue tornar ainda mais atraente a matrícula em seu grupo de interesse. Isso atrai mais candidatos, criando mais demanda por concursos e, por conseguinte, políticos dispostos a suprir essa demanda.

No início do Século XIX, Charles Dunoyer percebeu esse ciclo na França pós-revolucionária. Em L'Industrie et la morale [A indústria e a moral], Dunoyer aponta para a burocracia como a substituta da aristocracia derrubada.  A "paixão pelos cargos" levara à criação de uma classe de pessoas cujo principal interesse era a expansão da oferta dos empregos públicos.  E não eram apenas os empregos que se multiplicavam, notava Dunoyer, mas também o poder da administração estatal, que precisava se inflar para acomodar a crescente demanda.

No século seguinte, o economista Ludwig von Mises observou como que a ruína das repúblicas européias no início do século XX estava associada ao inchaço do funcionalismo público.  A razão é compreensível: se os membros do congresso não mais se consideram mandatários dos pagadores de impostos, mas procuradores daqueles que recebem salários, pagamentos, subsídios, auxílios e outros benefícios do tesouro, a democracia se torna insustentável.

[N. do E.: o Banco Mundial criou um indicador próprio que calcula a carga tributária total que incide sobre as empresas de cada país.  Esse indicador mensura o total de impostos diretos e de contribuições obrigatórias pago pelas empresas de cada país — após as deduções e isenções permitidas — em relação ao seu lucro.  O indicador desconsidera imposto de renda de pessoa física e impostos indiretos (como ICMS, IPI, II etc.).

O Brasil é nada menos que o 11º colocado.  Só está melhor que Comores, Argentina, Eritréia, Bolívia, Tajiquistão, Palau, Mauritânia, Argélia e República Centro-Africana.  Está praticamente empatado com a Colômbia, embora esta venha em forte trajetória da queda da carga tributária.

No Brasil, as empresas pagam 69,2% de impostos em relação aos seus lucros.  A social-democrata Dinamarca, por exemplo, cobra apenas 24,5%.

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Isso acentua ainda mais as injustiças.  Dado que é justamente o setor privado quem tem de sustentar a farra do setor público, é impossível haver bons salários na iniciativa privada.  Toda essa carga tributária sobre as empresas, que coloca o Brasil na 11º posição mundial e que impede aumentos salariais na iniciativa privada, existe justamente para sustentar o setor público e seus salários magnânimos, pagos pelos trabalhadores da iniciativa privada.  E estes ganham pouco justamente porque têm de bancar os membros do setor público.

Com uma carga tributária escorchante como essa, como exigir que as empresas contratem mais e paguem melhor?

A esquerda, que se diz "defensora dos trabalhadores", faz um silêncio ensurdecedor.]

Conclusão

O burocratismo e os privilégios à casta de funcionários públicos são, portanto, uma doença sociopolítica que pode levar à falência das próprias instituições de um país. Enquanto isso não acontece, é a falência da produção intelectual que continua vitimando alguns de nossos melhores cérebros.

Pedir às pessoas para mudar seu comportamento, e não seguir a carreira do funcionalismo, é ilusão.  Enquanto essa estrutura de incentivos não for alterada, o Brasil continuará vítima da elefantíase burocrática.  E os trabalhadores da iniciativa privada — que é quem emprega os mais pobres — continuarão com os salários achatados.  Isso se tiverem emprego.



Diogo Costa é presidente do Instituto Ordem Livre e professor do curso de Relações Internacionais do Ibmec-MG. Trabalhou com pesquisa em políticas públicas para o Cato Institute e para a Atlas Economic Research Foundation em Washington DC. Seus artigos já apareceram em publicações diversas, como O Globo, Folha de S. Paulo e Estado de S. Paulo. Diogo é Bacharel em Direito pela Universidade Católica de Petrópolis e Mestre em Ciência Política pela Columbia University de Nova York.  Seu blog: http://www.capitalismoparaospobres.com

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1787&comments=true

Offline Muad'Dib

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Re:Governo Temer/Pós Dilma
« Resposta #493 Online: 05 de Junho de 2016, 10:05:54 »


Vejam esta lista. Nela encontram-se divididos os vencedores dos prêmios Nobel por país.  Os Estados Unidos lideram com 355.  O Reino Unido tem 120.  A Alemanha, 105.  A França, 67.


Chile, Colômbia, Peru, Guatemala, México e até mesmo Venezuela também têm ganhadores.

Nossos vizinhos argentinos já somaram cinco. 

Até a Islândia, com uma população menor do que Piracicaba, já arrematou um Nobel.

Já o Brasil não tem nenhum.  Zero.  Conjunto vazio. 

As razões para a irrelevância brasileira nas ciências são muitas e de difícil medição, mas há uma tendência que nos mantém em ponto morto: o fato de que "os empregos estatais transformaram-se em objeto de cobiça dos melhores cérebros do País".

A frase não é minha.  Aparece em uma reportagem ainda de 2010 da revista Isto É, que comemora o fato de muitos dos brasileiros mais capazes intelectualmente não estarem na academia nem liderando o empreendedorismo, mas dentro de uma repartição pública.

A drenagem dos cérebros pela máquina pública só tende a piorar. De acordo com a revista:

Ao todo, entre abertas, temporárias e programadas, são quase 400 mil vagas de emprego no serviço público, com salários iniciais variando entre o mínimo e os desejados R$ 20,9 mil oferecidos a juízes substitutos dos Tribunais Regionais do Trabalho. "Hoje em dia, em média, um servidor público federal ganha o dobro dos seus congêneres na iniciativa privada", diz o professor de relações do trabalho da Universidade de São Paulo, José Pastore, deixando claro por que os concursos públicos têm atraído tantos candidatos. "Nos últimos oito anos os salários públicos da União tiveram um aumento real de 75%, enquanto os do setor privado, de apenas 9%."

Isso foi em 2010.  De lá para cá, tudo piorou.

Esta matéria da Revista Exame, de setembro de 2015, sintetiza a situação:

Salários gordos e cargos vitalícios, o doce serviço público

[...] como o desemprego está aumentando e o Brasil está caminhando para a pior queda desde a Grande Depressão [...] conseguir um emprego público é como ganhar na loteria.

Ele vem com um salário desproporcional, estabilidade vitalícia e benefícios que podem incluir motoristas e voos gratuitos.

"O setor público oferece estabilidade: você passa no concurso e tem um emprego para o resto da vida", disse Guilherme Alves, 21, que estava estudando o entorpecedor juridiquês em Brasília em um das centenas de cursinhos dedicados a preparar alunos para passar em um concurso estatal. "É ótimo".

O salário médio dos secretários no governo central do Brasil é 49% maior, em relação ao PIB per capita, que o do México e quase o dobro que o dos países que pertencem à Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico.

O funcionário típico do governo brasileiro ganhou 42% a mais no ano passado do que o trabalhador comum. [...]

Isso exacerbou fortes distorções na economia: os brasileiros pagam impostos surpreendentemente altos para financiar um setor estatal inchado que oferece serviços públicos deficitários. O setor privado também ficou sufocado.

"Nós não conseguimos pagar o aparato estatal que construímos", disse Gil Castello Branco, secretário-geral da Associação Contas Abertas, que supervisiona os gastos do governo. [...]

Por enquanto, juízes e parlamentares podem chegar a ganhar 30 vezes o salário médio do setor privado, além de regalias. [...]

No ano passado, o governo federal gastou 20,6 % do PIB em salários, benefícios e despesas administrativas, restando apenas 1 % para investimentos, de acordo com a Associação Contas Abertas. [...]

Tudo isso distorceu fortemente as condições do setor privado, de acordo com José Pastore, ex-professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo e ex-membro do Conselho de Administração da Organização Internacional do Trabalho.

Seguindo a furada Cartilha do Politicamente Correto, a imprensa chama funcionário público de servidor. Eu vou chamar de funcionário, por desobediência.

E por causa da imprecisão do termo.  Afinal, todos nós somos servidores públicos.  O engenheiro que passa da iniciativa privada para o cargo público não se transmuta num ser altruísta.  Ele continua priorizando sua carreira, seu "polpudo salário" e sua estabilidade.  O rapaz que vende coco na praia está servindo ao público, os pedreiros que construíram os prédios da sua cidade estavam servindo ao público, os engenheiros que conceberam a tela em que você está lendo este artigo estavam servindo ao público.

Só porque o sujeito extrai sua renda do imposto que você paga, e não do produto que você compra, isso não significa que ele serve mais ao público do que seu semelhante da iniciativa privada.

Na verdade, são exatamente os funcionários públicos, os burocratas, que menos servem ao público.   Como não produzem, mas sobrevivem dos tributos, eles precisam extrair a sua renda do setor produtivo da sociedade.   Ao passar do setor produtivo para o estatal, o profissional competente está passando do numerador para o denominador da economia: extraindo mais recursos do que criando.

O burocratismo ainda tem outros problemas menos aparentes.  O empregado do governo também é um eleitor do governo: participa do processo político que lhe favorece.  Quando ele olha para o orçamento, o que você acha que ele prioriza: a responsabilidade fiscal ou o aumento de seu salário? Quando vai às urnas, qual a sua mentalidade?  A consciência do bem comum ou a garantia de estabilidade?  O jogo aqui é de soma zero.

O que o burocrata toma da sociedade é em geral transferência de recursos.  E para fortalecer a defesa de seus interesses profissionais, os funcionários públicos se fundem em grupos de interesse.  A sociedade como um todo sai perdendo, mas a categoria profissional consegue tornar ainda mais atraente a matrícula em seu grupo de interesse. Isso atrai mais candidatos, criando mais demanda por concursos e, por conseguinte, políticos dispostos a suprir essa demanda.

No início do Século XIX, Charles Dunoyer percebeu esse ciclo na França pós-revolucionária. Em L'Industrie et la morale [A indústria e a moral], Dunoyer aponta para a burocracia como a substituta da aristocracia derrubada.  A "paixão pelos cargos" levara à criação de uma classe de pessoas cujo principal interesse era a expansão da oferta dos empregos públicos.  E não eram apenas os empregos que se multiplicavam, notava Dunoyer, mas também o poder da administração estatal, que precisava se inflar para acomodar a crescente demanda.

No século seguinte, o economista Ludwig von Mises observou como que a ruína das repúblicas européias no início do século XX estava associada ao inchaço do funcionalismo público.  A razão é compreensível: se os membros do congresso não mais se consideram mandatários dos pagadores de impostos, mas procuradores daqueles que recebem salários, pagamentos, subsídios, auxílios e outros benefícios do tesouro, a democracia se torna insustentável.

[N. do E.: o Banco Mundial criou um indicador próprio que calcula a carga tributária total que incide sobre as empresas de cada país.  Esse indicador mensura o total de impostos diretos e de contribuições obrigatórias pago pelas empresas de cada país — após as deduções e isenções permitidas — em relação ao seu lucro.  O indicador desconsidera imposto de renda de pessoa física e impostos indiretos (como ICMS, IPI, II etc.).

O Brasil é nada menos que o 11º colocado.  Só está melhor que Comores, Argentina, Eritréia, Bolívia, Tajiquistão, Palau, Mauritânia, Argélia e República Centro-Africana.  Está praticamente empatado com a Colômbia, embora esta venha em forte trajetória da queda da carga tributária.

No Brasil, as empresas pagam 69,2% de impostos em relação aos seus lucros.  A social-democrata Dinamarca, por exemplo, cobra apenas 24,5%.

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Isso acentua ainda mais as injustiças.  Dado que é justamente o setor privado quem tem de sustentar a farra do setor público, é impossível haver bons salários na iniciativa privada.  Toda essa carga tributária sobre as empresas, que coloca o Brasil na 11º posição mundial e que impede aumentos salariais na iniciativa privada, existe justamente para sustentar o setor público e seus salários magnânimos, pagos pelos trabalhadores da iniciativa privada.  E estes ganham pouco justamente porque têm de bancar os membros do setor público.

Com uma carga tributária escorchante como essa, como exigir que as empresas contratem mais e paguem melhor?

A esquerda, que se diz "defensora dos trabalhadores", faz um silêncio ensurdecedor.]

Conclusão

O burocratismo e os privilégios à casta de funcionários públicos são, portanto, uma doença sociopolítica que pode levar à falência das próprias instituições de um país. Enquanto isso não acontece, é a falência da produção intelectual que continua vitimando alguns de nossos melhores cérebros.

Pedir às pessoas para mudar seu comportamento, e não seguir a carreira do funcionalismo, é ilusão.  Enquanto essa estrutura de incentivos não for alterada, o Brasil continuará vítima da elefantíase burocrática.  E os trabalhadores da iniciativa privada — que é quem emprega os mais pobres — continuarão com os salários achatados.  Isso se tiverem emprego.



Diogo Costa é presidente do Instituto Ordem Livre e professor do curso de Relações Internacionais do Ibmec-MG. Trabalhou com pesquisa em políticas públicas para o Cato Institute e para a Atlas Economic Research Foundation em Washington DC. Seus artigos já apareceram em publicações diversas, como O Globo, Folha de S. Paulo e Estado de S. Paulo. Diogo é Bacharel em Direito pela Universidade Católica de Petrópolis e Mestre em Ciência Política pela Columbia University de Nova York.  Seu blog: http://www.capitalismoparaospobres.com

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1787&comments=true

Não dá para ler um texto do mises inteiro. É muito BS.

Os melhores cérebros não estão no funcionalismo público. Os melhores médicos não estão no SUS. Na verdade qualquer médico mediocre ganha mais no sistema privado do que os "míseros" 10K que são pagos em média no SUS. Os melhores engenheiros não trabalham para o governo. Eu imagino que o máximo que um engenheiro possa ganhar na estado malvadão é o salário de perito criminal na PF. Um engenheiro razoável ganha mais na iniciativa privada. Físicos não têm lugar no estado, matemáticos não têm lugar no estado. Talvez biólogos possam ganhar mais no estado do que a média na iniciativa privada, mas quantos biólogos existem trabalhando no governo? Entre os veterinários,  os que trabalham como peritos da PF e os fiscais agropecuários federais do MAPA têm salários que são, mais ou menos, 10K também. Esse salário, para veterinários, é muito mais do que a média em clínicas privadas, mas quantos são os que têm a oportunidade de estarem onde estão? E, por acaso, os que estão lá fazem por merecer cada centavo.

O Brasil não tem nem um Nobel sequer porque somos uma nação de idiotas com palhaços eleitos que só fazem merda. Educação não é, nem nunca foi, prioridade na Bananolândia. Não temos Nobel porque pesquisadores nas universidades são amarrados em burocracia.

Os salários do juízes e promotores são astronômicos porque o judiciário tem um poder enorme no sistema brasileiro.
Os salários dos políticos são astronômicos porque eles mandam e desmandam e podem decidir até mesmo quanto vão ganhar.

Os textos do mises inventam a realidade para poder "provar" seus próprios pontos de vista. Por definição são uma merda.



Offline Euler1707

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Re:Governo Temer/Pós Dilma
« Resposta #494 Online: 05 de Junho de 2016, 10:18:00 »
[...]
Os textos do mises inventam a realidade para poder "provar" seus próprios pontos de vista. Por definição são uma merda.
Você já leu todos os textos publicados por eles para falar isso? Acha mesmo que esse texto e os textos escritos pelo Leandro Roque estão no mesmo nível, e são por definição, uma merda (usando como critério o lugar onde foram publicados)?

Offline Gigaview

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Re:Governo Temer/Pós Dilma
« Resposta #495 Online: 05 de Junho de 2016, 10:50:59 »
Faltou pouco para o nosso grande Chico Xavier levar um prêmio Nobel da Paz, o que seria justo visto que somos uma nação pacífica e espiritualizada.
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

Offline Euler1707

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Re:Governo Temer/Pós Dilma
« Resposta #496 Online: 05 de Junho de 2016, 10:57:17 »
Faltou pouco para o nosso grande Chico Xavier levar um prêmio Nobel da Paz, o que seria justo visto que somos uma nação pacífica e espiritualizada.
Isso é sério?

Offline Gigaview

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Re:Governo Temer/Pós Dilma
« Resposta #497 Online: 05 de Junho de 2016, 11:21:06 »
Faltou pouco para o nosso grande Chico Xavier levar um prêmio Nobel da Paz, o que seria justo visto que somos uma nação pacífica e espiritualizada.
Isso é sério?

http://robertomacedo.com/autoajuda/chicoxavier/Chico_Xavier/ENTENDER%20CONVERSANDO/entender_09.htm

Apesar da postura cética não podemos deixar de reconhecer os grandes nomes da liderança espiritual do nosso país.
« Última modificação: 05 de Junho de 2016, 11:25:22 por Gigaview »
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

Offline Geotecton

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Re:Governo Temer/Pós Dilma
« Resposta #498 Online: 05 de Junho de 2016, 11:44:59 »
Não dá para ler um texto do mises inteiro. É muito BS.

Os melhores cérebros não estão no funcionalismo público. Os melhores médicos não estão no SUS. Na verdade qualquer médico mediocre ganha mais no sistema privado do que os "míseros" 10K que são pagos em média no SUS. Os melhores engenheiros não trabalham para o governo. Eu imagino que o máximo que um engenheiro possa ganhar na estado malvadão é o salário de perito criminal na PF. Um engenheiro razoável ganha mais na iniciativa privada. Físicos não têm lugar no estado, matemáticos não têm lugar no estado. Talvez biólogos possam ganhar mais no estado do que a média na iniciativa privada, mas quantos biólogos existem trabalhando no governo? Entre os veterinários,  os que trabalham como peritos da PF e os fiscais agropecuários federais do MAPA têm salários que são, mais ou menos, 10K também. Esse salário, para veterinários, é muito mais do que a média em clínicas privadas, mas quantos são os que têm a oportunidade de estarem onde estão? E, por acaso, os que estão lá fazem por merecer cada centavo.

O Brasil não tem nem um Nobel sequer porque somos uma nação de idiotas com palhaços eleitos que só fazem merda. Educação não é, nem nunca foi, prioridade na Bananolândia. Não temos Nobel porque pesquisadores nas universidades são amarrados em burocracia.

Os salários do juízes e promotores são astronômicos porque o judiciário tem um poder enorme no sistema brasileiro.
Os salários dos políticos são astronômicos porque eles mandam e desmandam e podem decidir até mesmo quanto vão ganhar.

Os textos do mises inventam a realidade para poder "provar" seus próprios pontos de vista. Por definição são uma merda.

E quanto ao reajuste dos servidores públicos em um momento de profunda recessão e ao fato de terem benesses pagas pela população e o setor privado às expensas de impostos?

Algum comentário ou observação?
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Offline Geotecton

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Re:Governo Temer/Pós Dilma
« Resposta #499 Online: 05 de Junho de 2016, 11:46:42 »
[...]
Esse salário, para veterinários, é muito mais do que a média em clínicas privadas, mas quantos são os que têm a oportunidade de estarem onde estão? E, por acaso, os que estão lá fazem por merecer cada centavo.
[...]

Há como você demonstrar que eles merecem "cada centavo"?
Foto USGS

 

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