Autor Tópico: O que o congresso está fazendo enquanto discutimos política  (Lida 14271 vezes)

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Offline Buckaroo Banzai

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Re:O que o congresso está fazendo enquanto discutimos política
« Resposta #175 Online: 26 de Junho de 2018, 13:09:26 »
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/06/ruralistas-festejam-musa-do-veneno-em-festa-apos-aprovacao-de-relatorio-sobre-agrotoxicos.shtml

https://www.theguardian.com/world/2018/jun/26/toxic-garbage-will-be-sold-here-outcry-as-brazil-moves-to-loosen-pesticide-laws
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https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/06/comissao-aprova-relatorio-que-muda-legislacao-sobre-uso-de-agrotoxicos.shtml

[...]

Pelas atuais regras, órgãos dos ministérios da Agricultura, Saúde e Meio Ambiente são responsáveis por análises dos novos agrotóxicos, trabalho que normalmente leva mais de cinco anos.

A nova versão do texto, no entanto, prevê que esse prazo não seja maior de dois anos, período após o qual os produtos podem ganhar registro automaticamente. Versão anterior do relatório previa que esse prazo fosse de até um ano.

O relatório, porém, manteve outros prazos, como o de 30 dias para concessão de registro especial temporário e de um ano para produtos formulados, por exemplo.

Em outra alteração, o relatório afirma que, nos casos em que organizações internacionais alertarem para riscos ou desaconselharem o uso do pesticida, autoridade competente deve fazer a reanálise de riscos “considerando aspectos econômicos-fitossanitários e a possibilidade de uso de produtos substitutos”.

O texto, porém, manteve outros pontos polêmicos, como o que prevê mudanças nas atribuições de cada órgão hoje responsável pela análise dos agrotóxicos.

Embora o projeto mantenha a participação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e Ibama nas avaliações, a proposta aumenta o poder do Ministério da Agricultura no processo.

Para ambientalistas, a alteração restringe o poder da agência de vetar produtos perigosos para a saúde.

Já os membros da bancada ruralista dizem que a legislação atual está defasada e não permite que os produtos mais modernos e seguros cheguem às lavouras nacionais.

De acordo com eles, a centralização na Agricultura não visa retirar poder dos órgãos de saúde, mas dar celeridade ao processo.

[...]



Odeio esse tema. Histeria natureba de um lado, e potencial inescrupulosidade criminosa do outro.

Offline Geotecton

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Re:O que o congresso está fazendo enquanto discutimos política
« Resposta #176 Online: 26 de Junho de 2018, 17:35:14 »
No lado 'natureba' também tem muita gente inescrupulosa, que aufere ganhos com legislações extremamente restritivas.
Foto USGS

Offline Buckaroo Banzai

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Re:O que o congresso está fazendo enquanto discutimos política
« Resposta #177 Online: 26 de Junho de 2018, 18:11:56 »
Não duvido, mas como exatamente? A minha impressão é de ser mais comumente uma fobia ingênua/equivocada porém sincera/"honesta" de tecnologias. Talvez com alguma graninha vindo de anunciantes de alimentos orgânicos, terapias de energias de cristais aqui e ali, talvez palestras e livros, mas com tudo isso sendo muito mais nas linhas de algo sem um charlatanismo ou impostura deliberada, diferentemente da parte industrial, onde se teria alguns que pensam "tudo bem se eleve os riscos de N% da população desenvolver alguma doença devido a isso, se eu for lucrar mais; não é como se fossem todas morrer". Talvez algo ainda mais racionalizado, eufemizado, para lidar com uma dissonância cognitiva que deve ser maior do que a das pessoas "do outro lado".

Offline Muad'Dib

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Re:O que o congresso está fazendo enquanto discutimos política
« Resposta #178 Online: 26 de Junho de 2018, 18:20:02 »
Em 2017, o segundo agrotóxico mais utilizado foi o paraquat. Fora o que vem do Paraguai que ninguém sabe.

Os naturebas são autolimitantes. Não vão longe. A briga é entre os ruralistas e ANVISA, ABRASCO. Secretarias de Saúde...

O que se está sendo proposto é um absurdo.

Offline Muad'Dib

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Re:O que o congresso está fazendo enquanto discutimos política
« Resposta #179 Online: 26 de Junho de 2018, 18:56:06 »
Em 2017, o segundo agrotóxico mais utilizado foi o paraquat. Fora o que vem do Paraguai que ninguém sabe.



Isso no Paraná.

Offline Adler

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Re:O que o congresso está fazendo enquanto discutimos política
« Resposta #180 Online: 27 de Junho de 2018, 15:19:07 »
Importante...

Lei institui Dia Nacional da Imigração Chinesa

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A data de 15 de agosto será celebrada anualmente como o Dia Nacional da Imigração Chinesa. A homenagem foi incluída no calendário oficial nacional pela Lei 13.686/2018, sancionada pela Presidência da República e publicada nesta quarta-feira (27) no Diário Oficial da União.

A lei tem origem no Projeto de Lei da Câmara (PLC) 42/2018, aprovado pelo Senado no último dia 30.

A chegada oficial dos primeiros imigrantes chineses a São Paulo, segundo registros oficiais, ocorreu em 15 de agosto de 1900, por isso a escolha desta para a celebração anual.

A relatora da matéria na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) foi a senadora Marta Suplicy (MDB-SP), que recomendou a aprovação da proposta. Durante a votação, Marta lembrou que o Brasil é hoje um dos principais destinos do imigrante chinês. Segundo dados da Polícia Federal, os chineses representam cerca de 5% do número de imigrantes registrados no país. Ela lembrou que a comunidade chinesa no país só é menor do que as que estão na Bolívia, nos Estados Unidos e na Argentina.

Ela ainda ressaltou que o fluxo de chineses para o Brasil tornou-se mais dinâmico a partir da década de 1950. Processo que ganhou mais força após a adoção da política de abertura no país asiático na década de 1980, proporcionando a vinda de empreendedores.

— É este empreendedorismo com feições globais que a China exporta hoje. São jovens profissionais altamente qualificados, cosmopolitas, que chegam para trabalhar em empresas das quais são gerentes. Após estes mais de 100 anos de integração, a cozinha típica, as artes marciais, os conhecimentos próprios em medicina e as técnicas especiais de terapias são alguns dos grandes legados que se incorporam à nossa cultura — afirmou a senadora.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
« Última modificação: 27 de Junho de 2018, 15:22:12 por Adler »
Não devemos resisitir às tentações: elas podem não voltar.
Millor Fernades

Offline Buckaroo Banzai

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Re:O que o congresso está fazendo enquanto discutimos política
« Resposta #181 Online: 27 de Junho de 2018, 22:09:08 »
Agora sim! Já tinha dia do Saci, mas dia do imigrante chinês não? Assim não dá. Agora só faltam mais 123124 nacionalidades para ter cada uma seu dia comemorativo.



Seria interessante alguém levantar o quanto custou aos cofres públicos o estabelecimento dessas "leis".


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https://www.em.com.br/app/noticia/politica/2017/03/24/interna_politica,856906/projeto-de-lei-que-barra-criacao-de-datas-comemorativas-em-mg-tem-prim.shtml

[...] E para ter certeza dessa “alta significação”, aquele deputado que quiser criar uma data terá que realizar consultas e audiências públicas, documentadas, com organizações e associações legalmente reconhecidas e vinculadas ao segmento em questão.

“Não se pode negligenciar o fato de que a apreciação de qualquer projeto de lei pelo Parlamento, além de ocupar espaço na agenda, implica a mobilização de diversos tipos de recursos, em detrimento de seu emprego na apreciação de outras iniciativas”, afirmou Antônio Jorge na justificativa do projeto. [...]

Espero que isso de fato barre o desperdício de recursos em vez de encarecer mais com todas essas consultas e audiências... :/

 

Offline Adler

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Re:O que o congresso está fazendo enquanto discutimos política
« Resposta #182 Online: 28 de Março de 2019, 15:09:09 »
Gostei dessa menina...

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Deputada de 25 anos, Tabata Amaral enquadra ministro da Educação.

Uma deputada de 25 anos se destacou com um bombardeio de perguntas e críticas na audiência pública na Câmara com o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, nessa quarta-feira. A paulista Tabata Amaral (PDT) cobrou uma proposta do ministro para a área, chamou-o de incapaz e sugeriu a ele que, diante da falta de projetos, pedisse demissão do cargo: "Mude de atitude ou saia do cargo". O vídeo viralizou e se tornou um dos assuntos mais comentados do Twitter.

Ao fim de sua participação, Tabata afirmou que não esperava resposta do ministro. Ele reagiu com irritação: "Se a senhora não espera nenhuma resposta por que faz pergunta?". Ricardo Vélez Rodríguez afirmou que não vai pedir demissão e que só deixa o cargo se essa for a determinação do presidente Jair Bolsonaro.

Filha de um cobrador de ônibus e de uma bordadeira e diarista, Tabata deixou a periferia de São Paulo para cursar astrofísica e ciência política na Universidade de Harvard, uma das mais prestigiadas do mundo. De volta ao Brasil, ajudou a fundar os movimentos Acredito, que prega renovação nas práticas políticas, e Mapa Educação, voltado para a melhoria da educação. No ano passado decidiu disputar, com sucesso, sua primeira eleição.

A deputada reivindicou que o ministro apresentasse um projeto estratégico para a educação em vez de uma “lista de desejos”. A pedetista disse estar decepcionada com a “incapacidade” de Vélez como gestor.

“Já se passaram três meses e em um trimestre não é possível que o senhor apresente um Power Point com dois, três desejos para cada área da Educação. Onde estão os projetos, as metas, quem são os responsáveis? Isso não é um projeto estratégico. Isso é uma lista de desejos. Eu quero saber onde eu encontro esses projetos? Quando cada um começa a ser implementado? Quando serão entregues? Quais são os resultados esperados? São três meses e a gente consegue fazer mais do que isso.”

A falta de preparo do ministro para o cargo, segundo ela, é um desrespeito para o país. “Saio da reunião extremamente decepcionada com sua incapacidade de apresentar uma proposta, de saber dados básicos e fundamentais. É um desrespeito, não só à Educação, não só ao ministério, não só ao Parlamento, mas ao Brasil como um todo.”

Ela lembrou que perdeu o pai e amigos para as drogas e disse que eles se tivessem tido a oportunidade de completar o ensino fundamental não teriam morrido tão jovens. Criada na Vila Missionária, na periferia da capital paulista, Tabata foi selecionada para a Universidade de São Paulo e admitida, além de Harvard, em outras cinco universidades norte-americanas, com direito a bolsa integral: Yale, Columbia, Princeton, Pensilvânia e Caltech. .

A deputada também questionou o aparelhamento ideológico do ministério na gestão de Ricardo Vélez. “Outra pergunta é sobre o aparelhamento ideológico do ministério. Eu não vou ficar discutindo fumaça. Não vou ficar falando que sou contra o ‘Escola sem Partido’. Eu sou contra, mas não acho que é isso o que importa. A gente precisa de profissionais preparados”, defendeu.

Ela também criticou as constantes mudanças em cargos estratégicos da pasta. “Não dá para acreditar que uma troca tão constante no primeiro escalão, essa paralisia, vai levar ao sucesso da Educação. Nossa Educação hoje, por experiência própria, a falta que faz nas periferias, mata. Para mim, não tem coisa mais urgente do que essa. Eu esperava muito mais do senhor com três meses de trabalho”.

Para Tabata, o governo precisa partir para a ação e, para isso, precisa de gente competente e qualificada: “Tem uma coisa que eu aprendi nos últimos anos, como cientista política e como ativista da Educação, é que o maior desafio que a gente tem não é ficar fazendo lista de desejos. É implementar, de fato, e a gente não implementa sem um corpo preparado, sem pessoas que têm experiência”.

Ontem à noite o presidente Jair Bolsonaro negou rumores de que tivesse demitido Vélez. O ministro tem sido cobrado pelas disputas internas e ideológicas dentro da pasta, pela falta de apresentação de propostas de melhoria para a área e pela influência exacerbada do escritor Olavo de Carvalho, responsável por sua indicação ao cargo. Em entrevista ao apresentador José Luiz Datena, da Band, o presidente Jair Bolsonaro demonstrou descontentamento com o ministro e indicou que poderá haver alguma mudança na chefia da Educação.

“Temos que resolver a questão. Vamos ter mais uma conversa com o atual ministro e vamos ter que decidir a questão da Educação, porque, realmente, não estão dando certo as coisas lá”, declarou o presidente.

https://congressoemfoco.uol.com.br/educacao/deputada-de-25-anos-tabata-amaral-enquadra-ministro-da-educacao-veja-o-video-que-viralizou/
Não devemos resisitir às tentações: elas podem não voltar.
Millor Fernades

Offline Sergiomgbr

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Re:O que o congresso está fazendo enquanto discutimos política
« Resposta #183 Online: 28 de Março de 2019, 15:45:01 »
Moça completamente perdida, resultado do esfacelamento da minima objetividade que se houve em algum momento em termos de qualidade na educação, hoje so restam resquícios. Esse ministro, se é um  vacilante, ao menos parece nao ser um xorume esquerdista.

A esquerda nao pupa a verdice e ingenuidade dessa moça, e aproveita para distorcer os fatos e deslanchar tudo de putrefato costumeiro.
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Geotecton

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Re:O que o congresso está fazendo enquanto discutimos política
« Resposta #184 Online: 28 de Março de 2019, 16:34:17 »
Moça completamente perdida, resultado do esfacelamento da minima objetividade que se houve em algum momento em termos de qualidade na educação, hoje so restam resquícios. Esse ministro, se é um  vacilante, ao menos parece nao ser um xorume esquerdista.

A esquerda nao pupa a verdice e ingenuidade dessa moça, e aproveita para distorcer os fatos e deslanchar tudo de putrefato costumeiro.

Exatamente o contrário, neste caso.

A moça fez um diagnóstico preciso, pois que o ministro em tela é um completo idiota.
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Offline Sergiomgbr

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Re:O que o congresso está fazendo enquanto discutimos política
« Resposta #185 Online: 28 de Março de 2019, 17:01:58 »
Essa turma jovem que desponta na cena politica, principalmente ativistas não tem um referencial, tudo se resume a bordões vagos e desconexos em relação a tudo que é promissor.

Do que essa moça quer do ministro ela nao sabe concatenar com palavras. Parece que faltam referenciais objetivos.
« Última modificação: 28 de Março de 2019, 19:09:03 por Sergiomgbr »
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Pedro Reis

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Re:O que o congresso está fazendo enquanto discutimos política
« Resposta #186 Online: 28 de Março de 2019, 18:43:06 »
Não duvido, mas como exatamente? A minha impressão é de ser mais comumente uma fobia ingênua/equivocada porém sincera/"honesta" de tecnologias. Talvez com alguma graninha vindo de anunciantes de alimentos orgânicos, terapias de energias de cristais aqui e ali, talvez palestras e livros, mas com tudo isso sendo muito mais nas linhas de algo sem um charlatanismo ou impostura deliberada, diferentemente da parte industrial, onde se teria alguns que pensam "tudo bem se eleve os riscos de N% da população desenvolver alguma doença devido a isso, se eu for lucrar mais; não é como se fossem todas morrer". Talvez algo ainda mais racionalizado, eufemizado, para lidar com uma dissonância cognitiva que deve ser maior do que a das pessoas "do outro lado".

Há mais razão para a sociedade ficar alerta com os ruralistas do que com os naturebas.

Estamos falando de um grupo que se aproveitou de um momento de fragilidade política do Temer para fazer chantagem e obriga-lo a rever a legislação sobre trabalho escravo.

Só isso: um grupo político que é capaz de se mobilizar pelo interesse por trabalho escravo.

Não vamos esperar muita consciência dessa gente no uso de defensivos agrícolas.

Pessoalmente considero os problemas ambientais da maior importância. Em São Paulo, centro industrial e com a maior densidade populacional do país, falta água e já se sabe que esta é uma situação que veio para ficar. Não foi uma crise eventual.

Em Goiânia e Brasília, nos últimos anos, também houve racionamento de água. De 2012 até 2017 vimos a pior seca no sertão nordestino em 100 anos.

A irresponsabilidade ambiental vai cobrar um preço muito caro que pode atingir duramente até os gananciosos que promovem esta irresponsabilidade. Existem estudos indicando que a floresta amazônica é fundamental para regular o regime de chuvas justamente na região agrícola mais produtiva do país, onde estão, por exemplo, as imensas culturas de soja.

O Homem, por ganância, muitas vezes sacrifica a própria galinha dos ovos de ouro.

Offline Adler

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Re:O que o congresso está fazendo enquanto discutimos política
« Resposta #187 Online: 08 de Agosto de 2019, 09:59:28 »
Gostei dessa...

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Senado aprova projeto que cria natureza jurídica para os animais

O Plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (7) o projeto de lei que cria o regime jurídico especial para os animais. Pelo texto (PLC 27/2018), os animais não poderão mais ser considerados objetos. Como foi modificada no Senado, a matéria retorna para a Câmara dos Deputados.

De iniciativa do deputado Ricardo Izar (PP-SP), o projeto estabelece que os animais passam a ter natureza jurídica sui generis, como sujeitos de direitos despersonificados. Eles serão reconhecidos como seres sencientes, ou seja, dotados de natureza biológica e emocional e passíveis de sofrimento.

O texto também acrescenta dispositivo à Lei dos Crimes Ambientais (Lei 9.605, de 1998) para determinar que os animais não sejam mais considerados bens móveis para fins do Código Civil (Lei 10.402, de 2002). Com as mudanças na legislação, os animais ganham mais uma defesa jurídica em caso de maus tratos, já que não mais serão considerados coisas, mas seres passíveis de sentir dor ou sofrimento emocional.
Humanidade

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), relator do projeto na Comissão de Meio Ambiente (CMA), destacou que a nova lei não afetará hábitos de alimentação ou práticas culturais, mas contribuirá para elevar a compreensão da legislação brasileira sobre o tratamento de outros seres. Segundo o senador, não há possibilidade “de pensarmos na construção humana se a humanidade não tiver a capacidade de ter uma convivência pacífica com as outras espécies”.

Randolfe lembrou que outros países como França, Portugal, Nova Zelândia e Espanha já adotaram posição parecida no reconhecimento dos animais como sujeitos de direito. Ele disse que se trata de uma matéria muito simples, que encontra oposição apenas por conta das “rinhas de galo”. Randolfe também destacou que o texto do projeto não compromete o comércio e a criação de animais. Na visão do senador, o projeto representa uma parte da evolução da humanidade.

— É um avanço civilizacional. A legislação só estará reconhecendo o que todos já sabem: que os animais que temos em casa sentem dor e emoções. Um animal deixa de ser tratado como uma caneta ou um copo e passa a ser tratado como ser senciente — destacou o senador, lembrando que a ciência também já confirmou esse entendimento.

Randolfe acatou uma emenda apresentada em Plenário pelos senadores Rodrigo Cunha (PSDB-AL), Major Olimpio (PSL-SP) e Otto Alencar (PSD-BA) para ressalvar as manifestações culturais e a atividade agropecuária do alcance do projeto. A emenda determina que a tutela jurisdicional prevista no texto não se aplicará aos animais produzidos pela atividade agropecuária e aos que participam de manifestações culturais, como é o caso da vaquejada.

Segundo o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), o projeto não afeta o mundo do agronegócio, mas é uma manifestação de humanidade e civilidade. O senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) disse que o debate sobre o projeto revela “a nossa humanidade”. Para o senador, a pessoa que admite o sofrimento gratuito dos animais é desumana. Ele negou que o projeto possa prejudicar o setor agropecuário e defendeu o texto como uma evolução no âmbito jurídico. Anastasia ainda lembrou que um projeto de sua autoria (PLS 351/2015), que trata do mesmo tema, já foi aprovado no Senado há quatro anos, e aguarda votação na Câmara dos Deputados.

Artistas e ativistas da causa dos animais estiveram no Senado para acompanhar a votação. A ativista Luisa Mell e as atrizes Paula Burlamaqui e Alexia Dechamps visitaram o presidente Davi Alcolumbre, para pedir a aprovação do projeto.
Comissões

O senador Jayme Campos (DEM-MT) cobrou uma maior reflexão sobre o assunto. Ele pediu para que o projeto fosse enviado à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), para um debate mais profundo sobre o texto e para uma maior segurança jurídica. Segundo o senador, da forma como está, o projeto pode “causar sérios problemas”.

Telmário Mota (Pros-RR) disse que a matéria pode interferir na cadeia produtiva agrícola e pode, até mesmo, chegar a proibir o abate de animais para alimentação. Ele apontou possíveis problemas constitucionais no texto e apresentou um requerimento para que a matéria fosse enviada para a análise das comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR).

A senadora Soraya Thronicke (PSL-MS) também apresentou um requerimento para a Comissão de Agricultura (CRA) analisar a matéria. Submetidos a votação, porém, os requerimentos foram rejeitados.

https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2019/08/07/senado-aprova-projeto-que-inclui-direitos-dos-animais-na-legislacao-nacional
Não devemos resisitir às tentações: elas podem não voltar.
Millor Fernades

Offline Buckaroo Banzai

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Re:O que o congresso está fazendo enquanto discutimos política
« Resposta #188 Online: 08 de Agosto de 2019, 10:02:20 »
Capaz de embasar ação judicial de vegetarianos contra a indústria alimentícia, além de caça esportiva.



Essa turma jovem que desponta na cena politica, principalmente ativistas não tem um referencial, tudo se resume a bordões vagos e desconexos em relação a tudo que é promissor.

Do que essa moça quer do ministro ela nao sabe concatenar com palavras. Parece que faltam referenciais objetivos.

Que passação de pano mais esfarrapada. Ironicamente o que ela reclamava é justamente faltarem planos objetivos dele, e não disse isso de maneira exatamente vaga e desconexa.



Infelizmente, apesar disso, ela já mal começa a carreira política tendo empregado o namorado com dinheiro público por 50 dias, a mais de 20 mil reais, na campanha. Tecnicamente não é ilegal, mas, bem decepcionante.

Offline Adler

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Re:O que o congresso está fazendo enquanto discutimos política
« Resposta #189 Online: 30 de Setembro de 2019, 09:47:51 »
Depois não sabem porque não são considerados honestos...

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Corolla, Hilux e Mercedes: deputados gastam R$ 9 mi alugando carros de luxo

Hilux, Corolla, Mercedes, Jeep Compass. É em carros de luxo alugados a valores acima da média de mercado que alguns parlamentares circulam por Brasília e seus estados de origem. Ao todo, 313 deputados federais gastaram R$ 9,3 milhões com o aluguel de carros nos seis primeiros meses de 2019, o suficiente para comprar cem Corollas zero km ou alugar 4.690 carros a R$ 2.000 cada um. O aluguel de picapes, SUVs e sedãs de alto padrão segue o mesmo roteiro: parlamentares dispensam as grandes empresas do setor para, com dinheiro público, contratar locadoras desconhecidas. Algumas têm atividades simultâneas bem distintas, como odontologia, geologia e aluguel de veículos. Uma delas funciona no mesmo endereço de um motel.

Em média, os 313 parlamentares que optaram pelo aluguel (200 não alugam) gastaram R$ 30 mil cada um em locações no primeiro semestre. Se cada parlamentar optasse pela diária de um carro popular zero quilômetro com ar-condicionado, seria possível alugar o mesmo veículo por 256 dias a R$ 117 ao dia, incluído seguro e taxa de aluguel de 12%. A reportagem também cotou os carros alugados por alguns deputados em três grandes empresas e comparou os valores. O campeão de gastos é Ricardo Teobaldo (Pode-PB), com média de R$ 10.594 reembolsados pela Câmara todo mês com aluguel de carro. Em seis meses, gastou R$ 63,5 mil. Em janeiro, por exemplo, desembolsou R$ 8.000 por um Jeep Compass branco do ano de 2018. Nos meses seguintes, passou a alugar dois carros, uma Hilux vermelha 2018, pela qual paga R$ 7.700 por mês, e um Corolla 2019, por R$ 5.000. A cotação feita pelo UOL estimou em R$ 6.600 o aluguel de uma Hilux modelo 2019, R$ 1.100 mais barato e um ano mais novo. Outra cotação cravou R$ 5.200 pelo aluguel mensal do veículo, R$ 2.500 mais em conta. O Jeep Compass foi avaliado em R$ 3.600 em uma locadora e em R$ 4.800 em outra. Já o Corolla 2019 ficaria R$ 1.500 mais barato: R$ 3.503.

Em resposta à reportagem, Teobaldo afirma em nota que o Jeep foi utilizado em "deslocamentos dentro de Pernambuco" e que "atendeu todos os requisitos" da Mesa Diretora da Câmara sobre a utilização da cota parlamentar. Responsável pelos aluguéis, o gerente comercial da ASP Empreendimentos, Humberto Cordeiro Paiva, diz que o preço "não está acima do valor de mercado". "É um carro de luxo. O seguro é altíssimo e, sobretudo, com quilometragem livre. O deputado pode fazer viagens curtas ou viajar o Brasil todo." Já o deputado João Campos (PRB-GO) circula todos os dias em uma Chevrolet S10 ano 2019 com cabine para cinco passageiros. A Câmara reembolsa o deputado em R$ 10 mil todo mês pelo aluguel do veículo, embora ele tenha sido avaliado em R$ 6.600 pelas locadoras consultadas pelo UOL. O deputado contratou a Efraim Locadora de Automóveis, que não funciona no endereço informado à Receita Federal. No local, atua uma empresa de contabilidade, que passou o contato do proprietário da Efraim, mas ele não atendeu o telefone nem respondeu o email encaminhado pela reportagem. Daniel Coelho (Cidadania-PE) alugou três carros no Recife entre 15 de abril e 15 de maio. Ele foi reembolsado em R$ 12.700 por um Gol (R$ 3.400), um Fox (R$ 4.300) e um Jetta (R$ 5.000). Procurado, o atendimento da Marolinda Locação informou que a empresa "nunca trabalhou" com Fox e Jetta. "Só trabalho com Onyx, Gol e Ka. Custam R$ 1.600 por mês.

Ao UOL, o deputado informou por meio de nota que "os carros são usados pelos funcionários de gabinete para as diversas atividades relacionadas ao mandato" e que os modelos foram escolhidos em razão da "constante necessidade de viagens entre os mais de 184 municípios de Pernambuco" para "o exercício das prerrogativas parlamentar". A Marolinda encaminhou nota afirmando que "possui apenas um veículo de cada [Jetta e Fox] e que se encontram à disposição do gabinete do deputado Daniel Coelho". Os valores para o carro —com seguro total, guincho ilimitado, proteção contra sinistro, furto, roubo, incêndio e fenômenos da natureza, carro reserva e cobertura de terceiros— "estão equivalentes aos usados pelas locadoras do Recife". Desde fevereiro, o deputado Nereu Crispim (PSL-RS) aluga dois carros por mês, pelos quais é reembolsado entre R$ 12,4 mil e 12,6 mil: sempre um SUV Toyota RAV4 modelo 2013 (R$ 7.163) e um Corola XRS (R$ 5.500) do mesmo ano. Embora as locadoras consultadas não aluguem a SUV da Toyota, um Corolla GLI 2019 (seis anos mais novo) sai por R$ 3.503 e o modelo XEI 2016 é alugado por R$ 1.900 por mês. Já o deputado João Marcelo Souza (MDB-MA) gastou R$ 62,2 mil em carros nos seis primeiros meses do ano. Seu preferido é uma Ford Ranger prata modelo 2019. Apesar de pagar R$ 7.600 por mês à Duval Distribuidora de Veículos e Peças, os atendentes da empresa afirmaram ao UOL que ela "não faz aluguel de carro". "Desconheço essa informação", afirmou um deles. O deputado afirmou em nota que "o atendente não transmitiu a informação correta". "O deputado viaja praticamente todo final de semana para diferentes municípios do Maranhão, circulando por rodovias federais, estaduais e estradas vicinais. Por isso, não falamos aqui em luxo, mas sim em segurança, já que uma caminhonete (pick-up) é o veículo mais indicado às suas Necessidades"

André Abdon (PP-AP) contratou a L.C Dunnincham Leitão Junior-ME para contratar por R$ 7.280 uma Amarok 4X4, apesar de a empresa oferecer outros dois modelos mais em conta. O Grand Siena custa R$ 3.600 e o Polo sai por R$ 3.900, segundo o próprio dono da empresa, Luiz Carlos Junior, que confirmou as informações ao UOL. "A sede fica no Motel Scorpion, minha outra empresa." Em janeiro, o deputado Alex Santana (PDT-BA) alugou uma Mercedes 2016 por R$ 7.000 e um Corolla GLI 2016 por R$ 4.000, mas a partir de fevereiro trocou por um Corolla XEI 2016 a R$ 3.200 e uma Hilux zero km, pela qual é reembolsado mensalmente em R$ 9.500. As locadoras consultadas não alugam o modelo C180 da Mercedes. A opção é o modelo GLA 200 ano 2018, modelo 2019: sai por R$ 7.852 em uma locadora e R$ 4.600 em outra. Já um Corolla XEI 2017 pode ser alugado por R$ 1.900 e a Hilux foi cotada a R$ 6.600 por uma locadora e a R$ 5.200 por outra. Em nota, Santana afirma que "a escolha dos carros obedeceu a critérios pessoais de resistência, segurança e melhor custo-benefício". "A locação foi realizada dentro da legalidade e em consonância com todas as regras preconizadas na Câmara Federal." Procurados, os deputados André Abdon, Nereu Crispim e João Campos não responderam ao UOL até a última atualização desta reportagem.

Gasto não é ilegal O dinheiro gasto com o aluguel de carros faz parte da cota parlamentar, um valor mensal destinado a custear os gastos exclusivamente vinculados à atividade de mandato. A verba pode ser gasta com passagens aéreas, telefonia, serviços postais, manutenção de escritório e aluguel de carros e embarcações, por exemplo. "Este é mais um exemplo daqueles privilégios que não são ilegais, mas são imorais", afirma Renato Dias, diretor-executivo do Ranking dos Políticos. "Como 'está na lei', não poderíamos questionar. O que precisamos é dar visibilidade para este tipo de coisa, para que a população questione e pressione o parlamentar a ser mais responsável no uso do dinheiro público." Sobre a dificuldade de encontrar algumas empresas responsáveis pelo aluguel dos veículos a parlamentares, Dias afirma que falta à Lei de Acesso à Informação uma "padronização" sobre como os entes do Estado devem prestar contas. "Do contrário, fica muito fácil colocar as informações de forma dissimulada, sem que a devida checagem possa ser feita. É o caso dessas empresas, que mais parecem fachadas para negócios irregulares.".
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https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2019/09/29/corolla-hilux-e-mercedes-deputados-gastam-r-9-mi-alugando-carros-de-luxo.htm
Não devemos resisitir às tentações: elas podem não voltar.
Millor Fernades

Offline Buckaroo Banzai

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Re:O que o congresso está fazendo enquanto discutimos política
« Resposta #190 Online: 30 de Setembro de 2019, 14:59:24 »
Se tem algo que um político autoritário poderia fazer de positivo seria acabar com essas farras, mesmo que passando por cima de "leis".

Mas no caso presente, os camaradas participam, um tendo um carro de luxo na boca, no sorriso que exibe para o brasileiro desdentado que paga a conta.

 

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