Percebo que existe uma certa imprecisão a respeito de alguns conceitos básicos, por exemplo: universo, espaço vazio, vácuo, infinito, tempo.
Sobre esses conceitos, eu teria uma ligeira colocação e gostaria da opinião dos colegas que participam do debate.
Já li em algum lugar que o espaço é curvo (ou está sujeito a curvaturas).
Por esse motivo, para melhor se entender os limites do universo, podemos fazer a seguinte analogia teórica:
Se nós conseguíssemos construir um telescópio super-extra-mega potente, ao apontá-lo para a frente, conseguiríamos ver as nossas próprias costas, uma vez que a luz percorreu todo o universo em curva e acabou chegando atrás de nós.
Desse mesmo modo, caso alguém conseguisse lançar uma flecha para frente, usando um arco potentíssimo, essa flecha acabaria por perfurar as costas dele, depois de dar a volta no universo.
Isso tudo sempre em linha "reta".
Dito isso, e nem sei se as coisas se comportam mesmo assim, eu sempre tive a curiosidade de entender os primeiros instantes depois do Big Bang.
É certo que não existe o "lado de fora" do universo.
Como bem disse Johnny Cash acima, não há projeção de matéria para o exterior, até porque não existia exterior. Tudo era/é apenas o próprio universo, que só existe interior.
Era/É como um balão em que os pontos da superfície se afastam uns dos outros, sem nenhum se aproximar dos demais.
Eu consigo visualizar como estando dentro de uma esfera e vendo os pontos se afastando em todas as direções, o espaço se esticando e se expandindo, alcançando novas dimensões, como uma massa, uma borracha que se estica naturalmente, mas aqui entendida como o espaço e não matéria opaca na analogia da borracha.
Pois bem, hoje nós tentamos entender o infinito do espaço do universo. Mas será mesmo infinito? Pode ser bem grande, mas infinito? Como os números da matemática?
Existe o tal "universo observável", os limites a que chegam os melhores telescópios. Deve ter muito mais coisa além, mas precisa ter um "diâmetro" máximo.
Claro que não existe fronteira ou "parede" final pois, como da analogia da flecha, as coisas dão a volta.
O que eu quero mesmo abordar com tudo isso é que nos momentos iniciais da expansão, quando a coisa toda ainda não era tão grande, como eu conseguiria ver esse "limite"?
Nos primeiros milésimos de segundo do Big Bang, quando tudo ainda era comprimido e pequeno, se eu conseguisse olhar para frente eu enxergaria as minhas costas?
É isso?
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Enquanto eu digitava, Johnny Cash interveio com mais conceitos.
E aí, Johnny Cash? Qual a sua impressão sobre o que eu falei acima?