Mises deixa claro que esse daulismo metodológico é um artifício (primeiro parágrafo do livro Teoria e História) :
"O HOMEM MORTAL não sabe como o universo e tudo o que ele contém
pode parecer a uma inteligência sobre-humana. Talvez uma mente assim
esteja numa posição que lhe permita elaborar uma interpretação monista
coerente e abrangente de todos os fenômenos. O homem – até agora, pelo
menos – sempre fracassou redondamente em suas tentativas de construir
uma ponte sobre o abismo que ele vê se abrir entre a mente e a matéria, entre
o cavaleiro e o cavalo, entre o pedreiro e a pedra. Seria absurdo enxergar
este fracasso como uma demonstração suficiente da solidez de uma filosofia
dualística. Tudo o que podemos deduzir a partir disso é que a ciência – ao
menos por ora – deve adotar um enfoque dualístico, mais como um artifício
metodológico do que como uma explicação filosófica.
O dualismo metodológico evita fazer qualquer proposição a respeito de
essências e constructos metafísicos; ele apenas leva em conta o fato de que
não sabemos como os eventos externos – físicos, químicos e fisiológicos
– afetam os pensamentos, ideias e julgamentos de valor humanos. Esta
ignorância divide o reino do conhecimento em dois campos separados, o
reino dos eventos externos, comumente chamado de natureza, e o reino do
pensamento e da ação humana."
* qdo você coloca indefensavelmente dualista, você que dizer o que : que o materialismo está comprovado??
A praxeologia é somente a ciência da ação intencional humanam (ela estuda o comportamento do sistema complexo, formado pelos individuos e suas iterações, através de suas ações), baseada no axioma da ação (repare que Mises nunca falou que o homem somente agisse intencionalmente - atos reflexos, por exemplo).
O axioma da ação, nesse sentido, afirma que o homem age, através de meios, para atingir determinados fins (o que não significa que ele conseguirá escolher os melhores meios para o atingimento de determinados fins, muito menos que escolherá os que possibilitem o atingimento desses fins - muito diferente do homo economicus da escola de chicago).
Obs : não é a praxeologia que é parte da economia. A economia é um dos ramos da praxeologia, e o mais desenvolvido deles.
Outra premissa da praxeologia, é o princípio da casualidade.
Então, a pergunta que você tem que responder para refutar a praxeologia é : existe ação humana economia não intencional (onde não se busque meios, para atingir fins)? O conjunto de ações humanas em uma sociedade (interações) viola o princípio da casualidade?
Se vocês conseguir responder positivamente esses questionamentos, vocês terá refutado praxeologia. Se não conseguir, os fundamentos da praxeologia não terão sido falseados.