Em época de pós verdade, cada um tem a realidade que bem entender.
Eu não sei se o Fenrir está certo ou não. Pode até ser trollagem (no sentido de dizer as coisas somente para rir da reação das pessoas),
mas ultimamente eu tenho visto esse tipo de coisa mais como vandalismo virtual.
Parece uma tentativa de destruir o ambiente de discussão.
Mas num debate não importa a intenção das pessoas e sim seus argumentos, ou então um religioso não poderia nunca debater com um cético.
O argumento é válido? Se sim, ótimo, caso contrário não há nada a ser postulado.
E quem arbitra sobre a validade do argumento, ó sergio?
Isso tambem é passível de argumentação, réplica e tréplica.
E voce diria que se é falacioso, logo é inválido. Isso seria arbitrar sobre a validade do mesmo, acho eu.
Nem sempre... senão vejamos:
Apelar a Einstein em assuntos de relatividade ou até mesmo física poderia ser descartado como apelo a autoridade?
Atacar um mentiroso contumaz ou alguem com forte viés naquilo que se discute pode ser prontamente descartado como adhominem
se a chance do argumento dele ser inválido é bem alta, justamente por ele ser quem ele é?
E se as pretensas exceções do "no true scotsman" forem mesmo exceções de fato?
Acho que algumas falácias parecem ter uma certa qualidade "fuzzy" de não serem nem 0 ou 100% verdadeiras/falsas ou erros de
raciocínio, mas, dependendo da situação e do contexto, algo num grau intemediário de verdade e falsidade.
Considere que quem escreve isso é alguem que gosta e admira a lógica, sente vergonha por não ser decentemente proficiente nela
e tem horror a coisas como a pós-verdade que o Muad'Dib mencionou. Eu gostaria sinceramente de não usa-las (falácias)
nunca, mas creio que isto seja impossível, as emoções e a preguiça intelectual frequentemente não deixam.
No mais, a intenção importa sim. Se, por exemplo, há a clara intenção de trollar/irritar/distrair (nenhuma acusação aqui)
vale o esforço e trabalho de argumentar?
Me parece que argumentar impecavelmente é algo realmente difícil e devemos tirar o chapéu para quem consegue fazer isso.