Boa noite pessoal. Antes de mais nada, eu sei que já existem alguns tópicos sobre a conscienciologia e sei que em geral ela é mal vista aqui, ou melhor, tratada como só mais uma bobagem pseudocientífica. Porém, gostaria de questionar algumas coisas que ainda estão desorganizadas em minha mente, a respeito de alguns fatos vivenciados.
vou dar um resumo da ópera.
Apesar de jovem (28 anos) já tive o prazer de vivenciar uma porção de experiências alternativas ao modus operandi da sociedade padrão, mas diferente de uma parcela de vocês que vejo serem ativa no forum, meu conhecimento científico, meu linguajar técnico e minha experiência com o ceticismo é bastante limitada.
Passei de um ateu burro (aquele que em nada acredita ou melhor, jura que nada existe) para psiconauta na adolescência, ou seja, aquele que navega pela própria mente buscando expansão da consciência. Nessa fase de desenvolvimento pessoal e intelectual fiz uso e estudo de inúmeras plantas enteógenas: Cactus San Pedro e Peyote, Cogumelos Amanita e psylocibe Cubensis, cannabis, argyreia nervosa, datura stramonium, ayahuasca, salvia divinorum e assim por diante. Sempre tive métodos rigorosos de estudar tais plantas e seus efeitos, inevitavelmente comecei a duvidar da realidade. Não sei quantos de vocês já lidaram com plantas psicotrópicas mas isso não vem ao caso aqui, se tais experiências tem algo de positivo ou real. O fato é que isso me tirou do ateismo estúpido e me pôs direto num contexto de espiritualidade mistica de extrema força, estudei yoga, crudivorismo, prana, oriente, etc... Tudo isso que vcs já devem ter lido e achado uma bobagem.
Por mim, o tempo passou, não vi mais necessidade do uso de tais plantas para desenvolvimento pessoal e emocional e segui buscando o que poderia me ajudar mais na construção e expansão de minha pessoa. E no final das contas é isso que sempre procurei. Nunca fui muito encucado com essa questão de ciência, mas sim na ideia de evoluir como ser humano, tornar-se alguém sábio, profundo, que compreenda a si mesmo e faça o melhor possível pelos outros. E tenho que dizer, esse caminho ajudou muito. Só por isso, já digo que a espiritualidade tem sim sua importância e merece sim o respeito de ser uma fase evolutiva no processo pessoal psicológico de transformação e expansão e da maturidade.
Em determinado momento conheci a Conscienciologia, e por muito tempo ela me pareceu ser o que havia mais de ponta em termos de crescimento evolutivo pessoal. E que fique claro que quando falo evolutivo é no conceito espiritualista mesmo (de desgarrar-se de modos de agir e pensar negativos, mais baixos e tensos, de ser alguém mais racional e consciente, com uma empatia eficaz e assertiva, etc...) Dentro da Conscienciologia tive inúmeras fases de aprendizado e percepção e inclusive um "catálogo" de experiências que superavam largamente as experiências psicodélicas da época das plantas enteógenas. Hoje, por inúmeros fatores (mas principalmente por começar a estudar a ideia científica e a necessidade de comprovações, e também ter contato com dissidentes da conscienciologia que mostraram o "outro lado" da moeda) eu posso me considerar também um dissidente. Não caibo mais lá dentro e muito, talvez 99% do que chamam de Paradigma Consciencial, não faz mais sentido para mim. É engraçado por que a pouco tempo atrás fazia todo sentido e via o lado de cá, o lado do mundo normal como gente ignorante e cega, que não percebia inúmeras coisas, fenômenos, experiências, etc. Mas na verdade, não é bem assim, não é mesmo?
Ok, agora o meu questionamento é o seguinte. Supondo que de fato os principais pilares da conscienciologia sejam falsos e ilusórios, tais quais: a existência de multiplas dimensões, sendo a mais importante e ativa, a dimensão extrafísica (e esta por sua vez possui camadas) e nesta estão as consciências extrafísicas (no caso, os mortos, ou os projetados, ou os que vão nascer, ou os seres mais evoluidos, etc), também a existência de amparador (uma consciência que lhe auxilia, ou seja, um outro termo para anjo da guarda porém posto de uma forma menos folclórica e romantizada, e sim com niveis de maturidade e também dificuldades, tais como você), a existência de assediadores (consciência extrafísica patológica que inconsciente acaba lhe prejudicando), vidas em série (reencarnação e os mecanismos de renascimento e evolução vida pós vida). Posso dizer que ainda assim, mesmo questionando, duvidando e não se iludindo em teorias, atualmente estou participando de um curso (o ultimo curso inclusive que quero participar) e toda aula termina com meia hora de "práticas energéticas", são técnicas variadas para aprender a "dominar" as energias.
Volto a afirmar. Não estou mais ludibriado. Mesmo depois de tanto tempo "amando e estudando a conscienciologia, depois que estudei o lado de cá com mais atenção e dedicação, foi como tirar uma venda dos olhos, e vocês bem sabem que tentar se iludir de volta não é facil.
Vivenciei nesta nova fase de percepção inúmeras experiências anormais e que ainda não tenho muita compreensão. Vou dar alguns exemplos:
-O grupo sentado em cadeiras em circulo tinham um professor no centro "epicentrando" a prática energética e dois professores auxiliares atrás de nós. O foco era alcançar um nível de serenidade e calmaria mental intenso, de total desligamento. Inicialmente faz-se uma mobilização das supostas energias através do corpo, dos pés a cabeça para alcançar o que eles chamam de
Estado Vibracional, mas o interessante veio depois, depois inclusive da calmaria plena, muito intensa que poderia ser alcançada com uma meditação "comum" bem feita. Nesse momento final, quando o professor fala para voltarmos a atenção ao corpo e finalizar o exercício, tive um "flash" e vi perfeitamente, minha filha (que hoje tem 11 meses) com aproximadamente 4 anos ou 5, com cabelo comprido, brincando com uma outra menina na sala de minha casa e eu "em primeira pessoa" observando e ela me entregando um brinquedo. Só isso. Até aí tudo bem. Um devaneio, um coisa normal do cérebro, não sei o nome dessas imagens aleatórias que formamos. Apesar que essa não foi aleatória. Foi como um micro corte de um momento da vida, semelhante a estes micro-flashes:
Na hora que finalizou o flash, o professor acendeu a luz, o outro que estava atrás de mim (e que é considerado o com maior parapsiquismo) tocou no meu ombro e disse: -Agora chegue em casa e compartilhe com sua filha isso que você viu...
...
Eu fiquei sem saber como agir.
É isso. Considero possível ser uma coincidência, uma probabilidade de acerto aleatório. Mas ele estava seguro de si ao dizer isso, e depois confirmou com algum relato, esta percepção que eu tive. Dizendo que foi uma "precognição" que eu ganhei de presente, pra compreender que isso é algo treinável e que todos podem ter.
Existem vários outros fenômenos, acho que irei deixar para relatar os próximos conforme o tópico andar.
Obs. Desculpem o tamanho do texto!
Foi necessário! Estou empolgado por encontrar um novo grupo de "estudos e pesquisa" que sejam no final das contas mais "evoluidos", aproveitando o próprio conceito de evolução que a conscienciologia propõe.