A corrupção não está somente no PT mas nunca houve no país outro partido que além de roubar, e roubar muito, ainda organizou um esquema gigantesco de lavagem de dinheiro que chegou a financiar partidos políticos de países vizinhos.
Não foi algo organizado apenas para enriquecimento pessoal, foi algo extremamente organizado envolvendo até governos estrangeiros.
Ah, essa questão dos empréstimos do BNDES...
Sabia que o BNDES "deu" $135,5 milhões pra Venezuela durante o governo FHC? E foram $28 milhões pra Cuba.
Será que o Fernando Henrique também tá metido na conspiração
URSAL?
Ou talvez ele apenas não seja tão honesto assim...
Nesse link se pode acessar um relatório do BNDES. Na página 23:
http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/Galerias/Arquivos/empresa/RelAnual/relato00.pdf As exportações de ônibus e caminhões para a Argentina e o Uruguai demandaram, no ano, desembolsos da ordem de US$ 61 milhões. Já o apoio do BNDES a exportações de ônibus de turismo e urbanos para Cuba somou cerca de US$ 28 milhões.
Os ônibus exportados eram fabricados pela empresa brasileira Busscar. Mas não apenas para governos "bolivarianos", parece que o BNDES fez muito isso: financiou projetos no exterior vinculados a contratos com empresas brasileiras. Principalmente empreiteiras denunciadas na Operação Lava Jato.
Os valores extrapolaram durante os governos petistas, mas já aconteciam desde FHC.
O que parece isso?
Lula usou seus contatos com lideranças de esquerda para conseguir bons contratos para empresas brasileiras nestes países. Até aí nada demais, muito pelo contrário, é o que se espera de um presidente do Brasil.
Mas vejamos...
O elo entre Maduro, Odebrecht e BNDES
Chavista liberou US$ 4 bi à empreiteira após sua eleição, financiada com caixa 2
GENEBRA - Documentos em poder de promotores do Brasil e da Venezuela, aos quais o Estado teve acesso com exclusividade, mostram que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, liberou mais de US$ 4 bilhões para obras da Odebrecht em projetos financiados em parte com dinheiro do BNDES. O pagamento foi ordenado dias após a eleição de Maduro, em 2013, cuja campanha a construtora admitiu ter financiado com caixa 2. Nos documentos, o presidente frisava em letra cursiva que realizar os pagamentos, que se estenderam até 2015, era “muy urgente”.
Os recursos não estavam no orçamento aprovado pelo Legislativo e parte vinha de linhas de crédito do BNDES. Segundo a investigação, a liberação de recursos fazia parte de um acerto entre Maduro e a construtora. Em troca de US$ 35 milhões para a campanha de 2013, o presidente daria “prioridade” para que recursos extraorçamentários bancassem obras da Odebrecht.
Parte das informações está na delação de Euzenando Azevedo, ex-diretor da Odebrecht que prestou depoimento em 15 de dezembro de 2016, no Ministério Público Federal, no Brasil. Na declaração, ele explica como o venezuelano Américo Mata apresentou-se como coordenador de campanha de Maduro, pedindo as contribuições. O executivo condicionou a ajuda a garantias de que o governo liberaria recursos de forma regular para manter o ritmo das obras. Para reforçar a relação entre os US$ 35 milhões para a campanha e a liberação dos recursos, ele apresentou ao MP sete documentos do governo venezuelano, aos quais o Estado teve acesso. Todos estão assinados e comentados por Maduro.
Muito parecido com o que acontecia aqui. Empreiteira financiando campanhas no caixa 2 e conseguindo em troca contratos super faturados. Hiper faturados.
Mas em 2014 a crise chega forte na Venezuela e o país não consegue honrar os pagamentos com a Odebrecht referentes a obra do metrô de Caracas. O BNDES socorre e a construtora não paralisa as obras por falta de pagamento.
Interessante é que cada centavo destes empréstimos (que não foram apenas para governos bolivarianos) foram para pagamentos a empresas brasileiras. Não eram empréstimos para Venezuela construir escolas, hospitais ou comprar armas russas. O dinheiro todo acabava nas mãos de empresas daqui, a maioria indiciadas pela lava-jato.
Eu não sei... mas pra mim isso não se parece com financiamento de revoluções bolivarianas, mas com um mega esquema de corrupção, com empresas pagando propina aqui e lá fora e conseguindo projetos superfaturados, e muitas vezes o BNDES sendo acionado para garantir estes projetos e/ou pagamentos e todo mundo se dando bem.
Se fosse para financiar revolução bolivariana por que não começar por aqui? O BNDES botando esse dinheiro nas obras do PAC, em projetos de desenvolvimento, financiando construção de casas populares... tanta coisa que o PT podia ter feito que ajudaria reeleger a Dilma.
Mas o que se viu foi a Odebrecht dando $35 milhões pra campanha do Maduro e conseguindo um contrato de $4 bilhões. E se formos tirar por uma média do que acontece aqui, podemos estimar que em uma licitação séria o contrato não sairia por mais de $500 milhões.
Simon Bolívar deve se revirar no caixão cada vez que chamam isso de bolivarianismo.