MBL, os grupos de direita neoliberais e as ocupações
08/11/2016 2841
Lideranças do MBL se reúnem com o então presidente da Câmara, Eduardo Cunha
O artigo acima, da página do PSTU (logo quem!), abre com a foto de parlamentares e membros do MBL na ocasição da entrega do pedido de
impeachment a Eduardo Cunha.
As esquerdas tentam aproveitar essa foto como uma aliança ou apoio que o MBL fez com Cunha.
Mas é só desonestidade mesmo, não se preocupem.
A foto foi em 27 de maio, logo após a marcha de São Paulo a Brasília, a pé, debaixo de chuva e sem dinheiro ou conforto que tinham os sindicalistas e peões do MST quando se movimentam, para protocolar o pedido de
impeachment.
A mesma marcha em que os defensores da Rainha da Mandioca diziam que os membros do MBL eram palhaços, um bando de malucos, e que o
impeachment não ia dar em nada mesmo.
O pedido de
impeachment precisava ser protocolado com Eduardo Cunha, simplesmente porque ele era o único presidente da Câmara, e o trâmite do processo exigia isso.
Se
Lula fosse o presidente da Câmara, o MBL teria ido, do mesmo jeito, bater na porta de Lula para protocolar o pedido de
impeachment.
Se
Batman fosse o presidente da Câmara, o MBL teria ido, também, bater na porta de Batman para protocolar o pedido de
impeachment.
Porque é uma prerrogativa única e exclusiva do presidente da Câmara.
Não tinha, nem tem, como protocolar um pedido de
impeachment com outra entidade no mundo dos vivos que não tivesse sido com Eduardo Cunha.
Nunca em momento algum o MBL gritava "somos todos milhões de Cunha" ou "Cunha, herói do povo brasileiro".
Existe sempre o desafio no movimento para que alguém traga uma prova, um vídeo, uma declaração, uma entrevista de algum membro defendendo Cunha.
Ou que apareça uma (unidade, 1, one) declaração de "ficaremos com Cunha até o final" (como sempre fazem com Lula).
A hipocrisia é da base petista do antigo e finado governo de que NUNCA (never, em tempo algum,
jamé) reclamou de Eduardo Cunha quando ele era aliado.
Em 2010, Eduardo Cunha ia de igreja em igreja, levando DuChefe pelo braço, dizendo que ela era uma pessoa de Deus, que era contra as drogas, que era contra o aborto, que não era ateia, só pra engabelar os votos dos fiéis.
Mesmo na eleição de 2014, com Petrolão rolando, com Cunha apoiando a reeleição, a petezada em peso: "é isso aí, Cunha, tamo junto".
Nunca teve problema com Cunha quando ele era aliado.
PT sempre tem seus bandidos de estimação.
Quando Cunha estava sob fogo cerrado no Conselho de Ética, NUNCA o MBL saiu em sua defesa ou fez campanha para que ele fosse inocentado.
Pelo contrário, a página do movimento pedia sua cassação.
Vamos a mais mentiras do texto:
Em várias universidades, grupos de direita neoliberais e governistas apareceram para tentar lutar contra as ocupações e as greves. No Paraná, o MBL (Movimento Brasil Livre) chegou a convocar um contra-ato no último dia 4 mesmo após a assembleia estudantil decretar a ocupação da universidade. O MBL também é responsável por organizar atos e manifestações exigindo o cumprimento da reintegração de posse das centenas de escolas ocupadas no mesmo estado. Várias “visitas” do MBL terminaram em agressões físicas e intimidações por parte de seus membros.
Realmente, houve muita violência e agressão.
Mas fica aqui outro desafio:
Apresentem qualquer vídeo ou áudio, alguma prova de que os membros do MBL usaram alguma vez de violência contra os invasores.
Uma só prova, umazinha.
O que se viu foi justamente o contrário.
São dezenas de vídeos em que os membros são agredidos fisicamente, perseguidos e linchados.
Os coordenadores do movimento sempre alertam de que se algum membro, alguma vez, usar de violência contra os invasores, esse membro será denunciado e entregue à Polícia pela própria coordenação do movimento. O MBL sempre pregou a resistência pacífica, desde lá do acampamento do gramado do Congresso Nacional, que foi vítima de peões do MST, que apanhou calado e resistiu sem revidar agressões. Quando eu até comparei com a Resistência Pacífica de Ghandi, frente aos ingleses.
Mas esse pessoal do PSTU e derivados são especialistas na mentira. Normal.
Esses grupos acusam as mobilizações de serem partidárias, hegemonizadas pelo PT e ter fins políticos. As mobilizações são fruto da indignação de toda uma geração de jovens que está vendo a educação e seus direitos serem destruídos. Tanto não é hegemonizada pelo PT que a mobilização dos estudantes não começou hoje. Durante o governo Dilma, e inclusive Lula, o movimento estudantil não parou de lutar. Assim como em junho de 2013, a luta foi contra os governos municipais, estaduais e também o governo de Dilma. Os estudantes hoje não se veem representados pelo PT, principalmente porque sabem que o PT governou para os ricos e poderosos.
Será que não são partidárias essas invasões?
O estudante que participa dessas invasões nem sabem o que é a PEC, nem leram a proposta de Reforma do Ensino Fundamental, nem sabem o que defendem.
O PT, que tomou uma surra de urna, está agora usando menores de idade como bucha de canhão, como escudo humano para trazer caos e confusão ao país, apostando na estratégia do quanto pior melhor. São sindicalistas e políticos petistas que têm trânsito livre para entrar nas escolas invadidas. Vão lá para doutrinar e reforçar o cabresto dos infantes, usados como buchas.
Hoje de manhã, fecharam vários pontos de São Paulo, queimando pneus e interditando vias urbanas de alto fluxo.
O que eles querem é confusão, o que eles querem é baderna, o que eles querem é prejudicar e infernizar o cidadão.
Perderam muitas boquinhas e tetas.
Mas, no fim, é muito divertido ver adultos em birra de criança, esperneando, se torcendo de raiva porque não têm mais o que tinham, que era a botija de impostos e o poder do governo.
Restou uma triste realidade para os petebas e associados: chorem e esperneiem. Com isso, trazem um pouco de diversão para quem assiste.