Libertário,
Essa foi uma opinião do Reinaldo Azevedo, resta ver quais seriam as opiniões de juristas renomados sobre as questões acima.
E ao meu ver ele está reduzindo bastante a importância da criminalização da hermenêutica que os corruptos deputados brasileiros querem instituir.
E lembrando também que esse jornalista já fez texto bancando o defensor do maior empresário corruptor do Brasil, então de que lado ele está ? Do lado da grande maioria dos brasileiros ou do lado do mega empresário corruptor ?
Onde? Que empresário? Link?
Ele é legalista ao extremo, já criticou vários pontos da lava jato, inclusive já foi elogiado por petistas em algum momento, não lembro se chegou a defender o Lula em algum ponto, acho que sim.
Então, mas cuidado com tais espantalhos.
Ataque injustificado de Reinaldo Azevedo a Sergio Moro é instrumentalizado pela BLOSTA. Nada mais previsível.
POR LUCIANO HENRIQUE on 27 DE JUNHO DE 2015 • ( 56 )
reinaldoazevedo
Na guerra política, é difícil encontrar exemplo de tiro no pé (dado por um adversário) do que a ocasião em que um membro do exército oponente age a seu favor. Algo como um general dos aliados reclamando publicamente de uma ação contra Hitler, a qual seria propagandeada pelo próprio ditador nazista, que usaria o slogan: “Se até um líder do lado de lá está contra as ‘injustiças’ que cometem contra nós, é sinal de que eles são os vilões da história”.
Na direita, a mania de abandonar os objetivos para falar ao próprio ego tem criado situações risíveis. É claro que a extrema esquerda ia se esbaldar.
Reinaldo Azevedo, por exemplo, passou a defender a tese de que a prisão de Marcelo Odebrecht é errada. Ele cita o seguinte:
Transcrevo o Artigo 312 do Código de Processo Penal: “A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria.
Esse “quando” é uma conjunção subordinativa com cara de temporal, mas que é condicional, substituível por “caso” e por “se”. Quando houver (“se houver”, “caso haja”) a prova ou indício suficiente de autoria, então a preventiva pode ser decretada para assegurar uma que seja daquelas quatro exigências. Se soltos, Marcelo Odebrecht e Otávio Marques de Azevedo incidem em uma que seja das quatro causas? É claro que não! As prisões são insustentáveis, como eram as dos demais empreiteiros, que ficaram cinco meses em cana.
Mas, sinto dizer-lhe, Reinaldo, que sua afirmação é falsa, pois existem provas contra Marcelo Odebrecht.
O delegado Igor Romário de Paula havia afirmado: “A forma de contratação criminosa era disseminada dentro da Odebrecht e parece impossível se cogitar que não era de conhecimento deles (do presidente e executivos presos). Há prova material de que tinha conhecimento de pratica de sobrepreço nas contratações com a Petrobrás e que também haveria a participação deles direta nas divisões de contratos a serem contratos dentro do cartel”.
Ou seja, só mesmo a mãe de Marcelo Odebrecht, todos os bolivarianos e algumas pessoas que parecem querer aparentar uma “imparcialidade” (com o reconhecimento de premissas injustificáveis do outro lado). Para visualizar um exemplo de reconhecimento injustificável, imagine que na época em que Dilma foi vaiada e Lula disse que essa foi “a maior vergonha que o país já viveu”, histericamente algum direitista aparecesse dizendo: “É sim, foi mesmo, foi a maior vergonha que o país já viveu”. Será mesmo? Será que “a maior vergonha da humanidade” não foi o fato de Lula ter chamado Itamar de f-d-p nos anos 90? O fato é que as pessoas “reconhecendo” coisas que não deviam reconhecer configuram mais um massageamento ao próprio ego, em busca de “reconhecimento” como imparcial (ingenuamente, muitos esperam esses afagos até mesmo do lado oponente). Mas isso não pode eximir esse indivíduo de críticas.
No site Tijolaço, Fernando Brito afirma:
Num linguajar de fazer jus ao seu tempo de Libelu, “Tio Rei” investe contra o comportamento de moro e da Justiça com uma fúria semelhante à do seu leitor/colaborador Maurício Thomaz, o autor do “habes corpus à revelia” de Lula.
Não quer dizer nada?
Ora, ora, Reinaldo Azevedo não está na Veja e na Folha como corneteiro da direita se não serve, ainda que da forma canino-caricata que ele próprio assume – “o rottweiler amoroso” – para interpretar pensamentos e estratégias que não são só seus.
Terça-feira, escrevi aqui que o Dr. Moro cogitava recuar por perceber que estava “passando do ponto” reservado a seu papel.
Lembro que, conversando por telefone, Paulo Henrique Amorim deu uma boa risada quando eu lembrei de um bordão antigo como eu: “assim, sim, mas assim também não!”
Hoje, até o título da coluna de Reinaldo mostra isso: “Assim não, Moro!”.
Parece que teremos sextas-feiras mais calmas.
Mais uma vez, Reinaldo faz uma escolha. Toda a guerra política é feita de escolhas. Infelizmente não é por que muitos de nós somos admiradores do trabalho de Reinaldo (e eu me encaixo entre eles, pois sempre o leio) que devemos deixar de refutá-lo, nesta questão específica, como refutamos a um adversário político. A verdade é que Reinaldo, neste caso, escolheu o lado inimigo. Em muitas questões, ele está do nosso lado.
https://lucianoayan.com/2015/06/27/ataque-injustificado-de-reinaldo-azevedo-a-sergio-moro-e-instrumentalizado-pela-blosta-nada-mais-previsivel/