Concordo. A culpa foi do governo FHC.
Ele deveria ter deixado o banco quebrar, mesmo com o risco de contaminar todo o mercado financeiro.
FHC fez o que deveria fazer diante do risco de contaminação, se ele tem culpa, é que antes disso a fiscalização sobre os bancos eram bem frouxas.
Sempre foi frouxa. Só mudou a partir das regulamentações feitas pela administração FHC.
Só estou dando um exemplo de como um banco privado pode dar bilhões de prejuízos para o cofre público, tanto quanto um banco público se não houver regulamentação e fiscalização adequadas.
Discordo. O banco privado só dá prejuízo para o erário se houver uma decisão política de ajudar tal banco. É muito diferente dos bancos públicos, que são uma fonte contínua de corrupção e, no mínimo, de geração de benefícios corporativos para os seus funcionários e sindicalistas.
Concordo em parte. O governo do 'molusco' fez a CEF adquirir parte do banco e teve grandes prejuízos na sequência. Mas o controlador vendeu o banco para o BTG e este repôs as perdas.
Aham, o BTG Pactual? aquele de Andrés Esteves? Sei.
Sim. E?
Ou devo lembrar que esta operação ocorreu durante as administrações petistas.
Concordo em parte. A taxa de juros é elevada sim mas só usa o dinheiro do banco quem quer.
Ok, mas como você financia sua dívida sem os bancos? Com o divino espírito santo?
Não sei pelos demais e vou responder por mim.
Não uso dinheiro de banco para nada. Se não posso fazer uma operação à vista ou financiada por quem estou negociando, não realizo tal operação. Se depender do meu uso de crédito bancário, as instituições irão todas à ruína.
Eu chamo isto de 'disciplina financeira'.
Todos os brasileiros pensavam a mesma coisa até 15 de março de 1990.
Está falando de Collor? Algo que aconteceu há mais 27 anos? Sério?
Sim. Serve como exemplo conspícuo de contraponto sobre a sua afirmação de que não há nenhum risco financeiro advindo de uma ação do estado.
Nem sempre.
Mas ainda bem que é quase sempre assim.
Se fosse sempre um esquerdista ou algo similar, hoje estaríamos como a Venezuela. O Mantega, como ministro da Fazenda, é a prova indelével disto.
Talvez um esquerdista fizesse como a Venezuela ou Cuba, talvez,
Possibilidade elevadíssima.
mas com certeza uma pessoa que não estivesse comprometida apenas com os lucros dos bancos, poderia colocar os juros nos patamares dos países equivalentes ao Brasil em risco financeiro.
Vou concordar com você no momento que o Brasil tiver uma infra-estrutura capaz de deter a inflação por demanda.
Até lá...
Mas aquela coisa bem estranha, os esquerdistas no comando do Brasil não colocaram esquerdistas no comando do BC.
A sua ironia é completamente falha.
O Brasil não passou por um processo de 'venezuelização' porque as nossas instituições são mais sólidas e, principalmente, porque aqui o setor privado é muito mais forte que lá.
Assim sendo, se os esquerdistas tivessem colocado alguém da mesma espécie (e mais radical) no comando do BC, teria havido uma fuga maciça de capitais e de empresas do Brasil.
Tenho certeza que você sabe quais seriam as consequências disto.