Autor Tópico: General defende "intervenção militar" ( novo golpe )  (Lida 3183 vezes)

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Offline EuSouOqueSou

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Re:General defende "intervenção militar" ( novo golpe )
« Resposta #50 Online: 20 de Setembro de 2017, 19:26:20 »
Hahahaha, Arcanjo sempre arrumando tretas com petistas  :biglol:
Qualquer sistema de pensamento pode ser racional, pois basta que as suas conclusões não contrariem as suas premissas.

Mas isto não significa que este sistema de pensamento tenha correspondência com a realidade objetiva, sendo este o motivo pelo qual o conhecimento científico ser reconhecido como a única forma do homem estudar, explicar e compreender a Natureza.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:General defende "intervenção militar" ( novo golpe )
« Resposta #51 Online: 20 de Setembro de 2017, 19:33:25 »
Hahahaha, Arcanjo sempre arrumando tretas com petistas  :biglol:

Mas é verdade, veja que antes do governo PT a população nunca esteve dividida por pior que fosse a situação do país.

Essa turma do Dilmão forçou a Barra nos anos 60 a faz exatamente a mesma coisa hoje.
« Última modificação: 20 de Setembro de 2017, 19:36:45 por Arcanjo Lúcifer »

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:General defende "intervenção militar" ( novo golpe )
« Resposta #52 Online: 20 de Setembro de 2017, 19:34:38 »
Hahahaha, Arcanjo sempre arrumando tretas com petistas  :biglol:

Aliás,  faço fora da internet tb.

Se tem um tipo de gente que realmente não suporto são eles.

Offline Daniel_1993

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Re:General defende "intervenção militar" ( novo golpe )
« Resposta #53 Online: 20 de Setembro de 2017, 19:36:29 »
Eu vejo que as pessoas pedem uma nova intervenção militar não para colocar fim na corrupção, mas sim para restabelecer uma "ordem" na sociedade.

Nos anos 70 todas as casas da minha rua tinham portão baixo, coisa de 1,20 m e ninguém foi assaltado, muita gente deixava o portão só encostado mesmo a noite e com o carro na garagem.

Muita gente que critica a ditamole não viveu naquela época para saber a diferença entre ontem e hoje.

Pois tenho familiares que falam mesma coisa que você. A rua da minha casa tinha várias casas com portões baixos até o começo dos anos 2000, agora estão todas com grades e muros altos, mesmo assim não evitam os roubos. Realmente está complicado a situação, não é estranho as pessoas pedirem uma "ordem militar" devida a atual ineficiência da segurança pública. Há pesquisas que apontam que, em geral , o mundo ficou menos violento nas últimas décadas, mas no Brasil aconteceu o inverso da tendencia mundial.
« Última modificação: 20 de Setembro de 2017, 19:40:24 por Daniel_1993 »
“You will never be happy if you continue to search for what happiness consists of. You will never live if you are looking for the meaning of life.”
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Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:General defende "intervenção militar" ( novo golpe )
« Resposta #54 Online: 20 de Setembro de 2017, 19:49:38 »
Eu vejo que as pessoas pedem uma nova intervenção militar não para colocar fim na corrupção, mas sim para restabelecer uma "ordem" na sociedade.

Nos anos 70 todas as casas da minha rua tinham portão baixo, coisa de 1,20 m e ninguém foi assaltado, muita gente deixava o portão só encostado mesmo a noite e com o carro na garagem.

Muita gente que critica a ditamole não viveu naquela época para saber a diferença entre ontem e hoje.

Pois tenho familiares que falam mesma coisa que você. A rua da minha casa tinha várias casas com portões baixos até o começo dos anos 2000, agora estão todas com grades e muros altos, mesmo assim não evitam os roubos. Realmente está complicado a situação, não é estranho as pessoas pedirem uma "ordem militar" devida a atual ineficiência da segurança pública. Há pesquisas que apontam que, em geral , o mundo ficou menos violento nas últimas décadas, mas no Brasil aconteceu o inverso da tendencia mundial.

Cara, a coisa mais difícil era descobrir que alguém da vizinhança era usuário de drogas, existia sim mas a coisa ficava restrita a ambientes fechados de boca de fumo mesmo.

Não tinha gente pipando crack nas calçadas durante o dia.

Lembro até da fala de um professor do Senai quando eu já estava com 15 anos:

"Drogas? Onde vcs arrumariam drogas com essa idade se eu tenho mais de 50 e nunca vi?"




Offline EuSouOqueSou

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Re:General defende "intervenção militar" ( novo golpe )
« Resposta #55 Online: 20 de Setembro de 2017, 19:49:38 »
...

 Há pesquisas que apontam que, em geral , o mundo ficou menos violento nas últimas décadas, mas no Brasil aconteceu o inverso da tendencia mundial.

Lembro de ter visto essas pesquisas por aí, mas parei para ler com calma. Lembro ter lido algo sobre a dimiuição no número de guerras. Tenho uma dúvida sobre isso. Que dados foram considerados para fazer a avaliação? Apenas dados de conflitos internacionais (guerras) ou tbm sao computados dados de violencia urbana?

Se essas pesquisas consideraram apenas os conflitos internacionais e suas mortes, talvez aí esteja esse aparente paradoxo com a nossa percepção da violência no dia a dia.
Qualquer sistema de pensamento pode ser racional, pois basta que as suas conclusões não contrariem as suas premissas.

Mas isto não significa que este sistema de pensamento tenha correspondência com a realidade objetiva, sendo este o motivo pelo qual o conhecimento científico ser reconhecido como a única forma do homem estudar, explicar e compreender a Natureza.

Offline Daniel_1993

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Re:General defende "intervenção militar" ( novo golpe )
« Resposta #56 Online: 20 de Setembro de 2017, 20:10:33 »
...

 Há pesquisas que apontam que, em geral , o mundo ficou menos violento nas últimas décadas, mas no Brasil aconteceu o inverso da tendencia mundial.

Lembro de ter visto essas pesquisas por aí, mas parei para ler com calma. Lembro ter lido algo sobre a dimiuição no número de guerras. Tenho uma dúvida sobre isso. Que dados foram considerados para fazer a avaliação? Apenas dados de conflitos internacionais (guerras) ou tbm sao computados dados de violencia urbana?

Se essas pesquisas consideraram apenas os conflitos internacionais e suas mortes, talvez aí esteja esse aparente paradoxo com a nossa percepção da violência no dia a dia.

Eu tinha lido na revista Veja uma pesquisa sobre isso, me parece que era um estudioso canadense que mostrava que a violência em sua magnitude havia diminuído ( no mundo, pois no Brasil ou Venezuela, os dados mostram que a violência aumentou). 

Se não me engano é o Pinker :

Citar
Segundo o autor, seis são as tendências que influenciaram ao longo da história a redução da violência:
(1) processo de pacificação, em decorrência da criação das primeiras sociedades; 
(2) processo civilizador, a partir da criação do comércio e da atuação cada vez mais incisiva do estado;
(3) revolução humanitária, que passou a valorizar o ser humano em decorrência da massificação da literatura e do surgimento do Iluminismo, trazendo assim a redução e/ou extinção de práticas como tortura, execuções supersticiosas, punições cruéis, escravidão e despotismo;
(4) longa paz, que é a redução de números de mortes e violência decorrentes de guerras ao longo da história;
(5) a nova paz, que apresenta a diminuição do genocídio e a redução, ainda maior, de afetados por guerras após as duas grandes e;
(6) a revolução por direitos, que foi uma revolução liberal, onde surgiram direitos como os civis, da mulher, da criança, dos homossexuais e dos animais.

http://www.gabrielcardoso.com.br/single-post/2015/04/29/A-viol%C3%AAncia-no-mundo-est%C3%A1-diminuindo

Estava lendo sobre os dados criminais das cidades norte-americanas, em especial LA e NY, as quais tinham índices alarmantes três décadas atrás. A taxa de homicídio de LA nos aos 80 era maior que do Rio de Janeiro, por isso teve aquela famosa confusão entre os guettos negros  contra a polícia. Mas atualmente a taxa de homicídio de LA está em 6.7 por 100 mil habitantes ( muito menor que minha cidade que é do interior do Paraná), ao que parece eles copiaram o modelo de NY de tolerância zero.  Por outro lado, a violência aumentou consideravelmente em Detroit, Chicago e St Louis.
« Última modificação: 20 de Setembro de 2017, 20:14:59 por Daniel_1993 »
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Offline EuSouOqueSou

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Re:General defende "intervenção militar" ( novo golpe )
« Resposta #57 Online: 20 de Setembro de 2017, 20:27:54 »
Eu vejo que as pessoas pedem uma nova intervenção militar não para colocar fim na corrupção, mas sim para restabelecer uma "ordem" na sociedade.

Nos anos 70 todas as casas da minha rua tinham portão baixo, coisa de 1,20 m e ninguém foi assaltado, muita gente deixava o portão só encostado mesmo a noite e com o carro na garagem.

Muita gente que critica a ditamole não viveu naquela época para saber a diferença entre ontem e hoje.

Pois tenho familiares que falam mesma coisa que você. A rua da minha casa tinha várias casas com portões baixos até o começo dos anos 2000, agora estão todas com grades e muros altos, mesmo assim não evitam os roubos. Realmente está complicado a situação, não é estranho as pessoas pedirem uma "ordem militar" devida a atual ineficiência da segurança pública. Há pesquisas que apontam que, em geral , o mundo ficou menos violento nas últimas décadas, mas no Brasil aconteceu o inverso da tendencia mundial.

Que tal compararmos as taxas de homicidios entre os países da AL onde houve ditadura militar.

http://www.worldlifeexpectancy.com/cause-of-death/violence/by-country/

Engraçado, Brasil (com 30.53 mortes pra cada 100.000) só perde pra Venezuela e Colombia. Por que em outros países da AL a taxa de homicídios é menor? Chile e Argentina tbm tiveram ditaduras, mas hj tem taxas bem menores, 3.88 e 7.62 respectivamente.

Algum defensor do retorno da ditadura me explica isso, por favor. :)
Qualquer sistema de pensamento pode ser racional, pois basta que as suas conclusões não contrariem as suas premissas.

Mas isto não significa que este sistema de pensamento tenha correspondência com a realidade objetiva, sendo este o motivo pelo qual o conhecimento científico ser reconhecido como a única forma do homem estudar, explicar e compreender a Natureza.

Offline Gauss

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Re:General defende "intervenção militar" ( novo golpe )
« Resposta #58 Online: 20 de Setembro de 2017, 20:31:16 »
A violência é historicamente mais baixa no Chile e na Argentina. Para a época (do Regime Militar), o Brasil já tinha uma taxa bem alta se comparada aos outros países.  Acho que o único ponto fora da curva é a Venezuela, que no passado tinha uma taxa de homicídios relativamente baixa, e hoje é destaque mundial.

https://en.wikipedia.org/wiki/List_of_countries_by_intentional_homicide_rate_by_decade#1960s


Mas o salto é estrondoso desde 1995.
« Última modificação: 20 de Setembro de 2017, 20:34:17 por Gauss »
Citação de: Gauss
Bolsonaro é um falastrão conservador e ignorante. Atualmente teria 8% das intenções de votos, ou seja, é o Enéas 2.0. As possibilidades desse ser chegar a presidência são baixíssimas, ele só faz muito barulho mesmo, nada mais que isso. Não tem nenhum apoio popular forte, somente de adolescentes desinformados e velhos com memória curta que acham que a ditadura foi boa só porque "tinha menos crime". Teria que acontecer uma merda muito grande para ele chegar lá.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:General defende "intervenção militar" ( novo golpe )
« Resposta #59 Online: 20 de Setembro de 2017, 20:36:38 »
Citar
Engraçado, Brasil (com 30.53 mortes pra cada 100.000) só perde pra Venezuela e Colombia. Por que em outros países da AL a taxa de homicídios é menor? Chile e Argentina tbm tiveram ditaduras, mas hj tem taxas bem menores, 3.88 e 7.62 respectivamente.

Algum defensor do retorno da ditadura me explica isso, por favor. :)

Talvez tenha a ver com a reincidência  que permite que um menor mate várias pessoas, saía da Fundação Casa com ficha limpa, mate mais pessoas até ser preso, pegue uma pena ridícula por ser primário e volte para rua para matar mais gente.

Agradeça ao pessoal da Constituição de 1988 e do ECA.

Offline Daniel_1993

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Re:General defende "intervenção militar" ( novo golpe )
« Resposta #60 Online: 20 de Setembro de 2017, 20:44:47 »
Ao parece é que os governos de esquerda pós-moderna são menos eficientes em combater a violência. A argentina quando estava na mão da esquerda  também teve um aumento na violência

Notícia de 2014( ou começo de 2015), apesar da tradição de ser menos violenta

Citar
A Argentina ainda é o terceiro país latino-americano com a menor taxa de homicídios para cada 100.000 habitantes, com 5,5 por ano, tendo abaixo apenas o Chile e Cuba. Está longe dos 82 da Venezuela, 68,6 de El Salvador, 66,6 de Honduras, 38,5 da Guatemala, 27,5 da Colômbia, 25 da República Dominicana, 23,7 do México e 21,8 do Brasil.

A violência do tráfico de drogas chegou a alguns municípios e bairros da Argentina. Rosário, a terceira cidade em população, alcançou a cifra mais elevada de assassinatos no país, com 21 para cada 100.000 habitantes, proporção semelhante à do Brasil. É chamada de ‘Medellín Argentina’, embora essa cidade colombiana tenha chegado a ter um índice de homicídios de 381 no início dos anos noventa, cifra que baixou para 26 em 2014. A polícia aparece muitas vezes como cúmplice do tráfico de drogas em Rosário e outras cidades da Argentina, como Buenos Aires e Córdoba.

Mas na capital argentina e seus subúrbios também aumentam os ajustes de contas entre narcotraficantes. Na Grande Buenos Aires (periferia), o município de Quilmes apresenta uma taxa de homicídios de 12,2; La Matanza, 10, e San Martín, 9,5. Nos bairros do sul da cidade autônoma de Buenos Aires, o índice chega a 13,1. Esse indicador inclui Flores, Barracas, Villa Lugano e Villa Soldati, áreas aonde Bergoglio costumava ir de ônibus e caminhar sozinho entre as favelas.


https://brasil.elpais.com/brasil/2015/02/23/internacional/1424718244_507350.html
« Última modificação: 20 de Setembro de 2017, 20:57:20 por Daniel_1993 »
“You will never be happy if you continue to search for what happiness consists of. You will never live if you are looking for the meaning of life.”
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Offline EduardoCFF

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Re:General defende "intervenção militar" ( novo golpe )
« Resposta #61 Online: 20 de Setembro de 2017, 21:29:04 »
Não vejo como Golpe Militar o que aconteceu em 1964 sendo que foi o próprio congresso quem cassou João Goulart e posteriormente empossou o Marechal Castelo Branco.
“Se a historia da ciência nos ensina alguma coisa, é que não vamos a lugar nenhum chamando nossa ignorância de deus”

Offline EuSouOqueSou

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Re:General defende "intervenção militar" ( novo golpe )
« Resposta #62 Online: 20 de Setembro de 2017, 23:14:45 »
A violência é historicamente mais baixa no Chile e na Argentina. Para a época (do Regime Militar), o Brasil já tinha uma taxa bem alta se comparada aos outros países.  Acho que o único ponto fora da curva é a Venezuela, que no passado tinha uma taxa de homicídios relativamente baixa, e hoje é destaque mundial.

https://en.wikipedia.org/wiki/List_of_countries_by_intentional_homicide_rate_by_decade#1960s


Mas o salto é estrondoso desde 1995.

Os dados de Chile e Argentina so aparecem a partir da década de 90. Como saber se antes disso era melhor ou pior?

Além do mais, usei Chile e Argentina como os melhores exemplos, mas todos os outros países tem índices melhores que o Brasil (exceto Colombia e Venezuela)
« Última modificação: 20 de Setembro de 2017, 23:17:08 por EuSouOqueSou »
Qualquer sistema de pensamento pode ser racional, pois basta que as suas conclusões não contrariem as suas premissas.

Mas isto não significa que este sistema de pensamento tenha correspondência com a realidade objetiva, sendo este o motivo pelo qual o conhecimento científico ser reconhecido como a única forma do homem estudar, explicar e compreender a Natureza.

Offline _Juca_

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Re:General defende "intervenção militar" ( novo golpe )
« Resposta #63 Online: 22 de Setembro de 2017, 09:27:34 »
Grandes chances de uma intervenção militar e da última fase de Venezuelização com sinal trocado do Brasil.

Citar
As Forças Armadas não agem contra o 'caos', mas são parte fundamental dele

Talvez não exista momento mais propício do que este para se lembrar da frase de Adorno e Horkheimer, para quem há horas em que não há nada mais estúpido do que ser inteligente. A frase se referia à incapacidade de setores da sociedade alemã de encararem claramente os signos de ascensão do nazismo no começo dos anos 1930 e pararem de procurar explicações sutis e inteligentes sobre a impossibilidade de o pior ocorrer. Dificilmente raciocínio dessa natureza não se aplicaria ao Brasil atual.

De fato, nosso país tem ao menos a virtude da clareza. E foi com a clareza a guiar seus olhos redentores que o general Antonio Hamilton Mourão revelou aos brasileiros que as Forças Armadas têm um golpe militar preparado, que há uma conspiração em marcha a fim de destituir o poder civil. Para mostrar que não se tratava de uma bravata que mereceria a mais dura das punições, o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas descartou qualquer medida e ainda foi à televisão tecer loas a ditaduras e lembrar que, sim, as Forças Armadas podem intervir se o "caos" for iminente.

O "caos" em questão não é a instauração de um governo ilegal e brutalizado saído dos porões das casernas. Ao que parece, "caos" seria a situação atual de corrupção generalizada. Só que alguém poderia explicar à população de qual delírio saiu a crença de que as Forças Armadas brasileiras têm alguma moral para prometer redenção moral do país?

Que se saiba, quando seus pares tomaram de assalto o Palácio do Planalto, cresceram à sua sombra grandezas morais do quilate de José Sarney, Paulo Maluf, Antonio Carlos Magalhães: todos pilares da ditadura. Enquanto eles estavam a atirar e censurar descontentes, o Brasil foi assolado por casos de corrupção como Capemi, Coroa Brastel, Brasilinvest, Paulipetro, grupo Delfin, projeto Jari, entre vários outros. Isso mesmo em um ambiente marcado pela censura e pela violência arbitrária.

De toda forma, como esperar moralidade de uma instituição que nunca viu maiores problemas em abrigar torturadores, estupradores, ocultadores de cadáveres, operadores de terrorismo de Estado, entre tantas outras grandes ações morais? As Forças Armadas brasileiras nunca tomaram distância dessas pessoas, expondo à nação um mea-culpa franco.

Ao contrário, elas os defenderam, os protegeram, até hoje. Que, ao menos, elas não venham oferecer ao país o espetáculo patético de aparecerem à cena da vida pública como defensoras de um renascimento moral feito, exatamente, pelas mãos de imoralistas. As Forças Armadas nunca foram uma garantia contra o "caos". Elas foram parte fundamental do caos.

É verdade que setores da sociedade civil sonham com mais um golpe como forma de esconder o desgoverno que eles mesmos produziram. Há setores do empresariado nacional que articulam abertamente nesse sentido, sonhando como isto não terem que se confrontar mais com uma população que luta pelos seus interesses. Para tanto, eles apelam ao artigo 142 da Constituição de 1988.

Este artigo fora, desde o início, uma aberração legislativa imposta pelos próprios militares. Ele legalizava golpes de Estado, da mesma forma que o artigo 41 da República de Weimar, que versava sobre o estado de emergência, permitiu a ascensão da estrutura institucional do nazismo. Segundo o artigo, se qualquer poder chamar as Forças Armadas para garantirem a ordem, se digamos o sr. Rodrigo Maia fizer um apelo às Forças Armadas porque há "caos" em demasia, o golpe está legalizado. Ou seja, é verdade, nossa Constituição tinha uma bomba-relógio no seu seio. Bomba pronta a explodi-la, como agora se percebe.

Contra essa marcha da insanidade, há de se lembrar que, se chegamos ao ponto no qual um general na ativa pode expor abertamente que conspira contra o poder civil, então cabe àqueles que entendem não terem nascido para serem subjugados pela tirania, que não estão dispostos a abrir mão do resto de liberdade que ainda têm para se submeter a mais uma das infindáveis juntas latino-americanas, prepararem-se para exercer seu mais profundo direito: o direito de resistência armada contra a tirania.

Que os liberais se lembrem de John Locke e de seu "Segundo Tratado sobre o Governo". Que os protestantes se lembrem de Calvino e de sua "Instituição da Religião Cristã". E que o resto se lembre que a liberdade se defende de forma incondicional.

http://www1.folha.uol.com.br/colunas/vladimirsafatle/2017/09/1920752-as-forcas-armadas-nao-agem-contra-o-caos-mas-sao-parte-fundamental-dele.shtml

Offline Luiz F.

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Re:General defende "intervenção militar" ( novo golpe )
« Resposta #64 Online: 22 de Setembro de 2017, 10:46:00 »
hehehe e o pessoal reclama das teorias de conspiração da direita.
"Você realmente não entende algo se não consegue explicá-lo para sua avó."
Albert Einstein

Offline Gauss

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Re:General defende "intervenção militar" ( novo golpe )
« Resposta #65 Online: 22 de Setembro de 2017, 18:33:41 »
hehehe e o pessoal reclama das teorias de conspiração da direita.
Já viu a versão "George Soros Illuminatti Dominação Global Comunista" da Esquerda? Só que dessa vez são "Libertários fascistas anarcocapitalistas ultraconservadores banqueiros morte aos pobres".
https://theintercept.com/2017/08/11/esfera-de-influencia-como-os-libertarios-americanos-estao-reinventando-a-politica-latino-americana/
Citação de: Gauss
Bolsonaro é um falastrão conservador e ignorante. Atualmente teria 8% das intenções de votos, ou seja, é o Enéas 2.0. As possibilidades desse ser chegar a presidência são baixíssimas, ele só faz muito barulho mesmo, nada mais que isso. Não tem nenhum apoio popular forte, somente de adolescentes desinformados e velhos com memória curta que acham que a ditadura foi boa só porque "tinha menos crime". Teria que acontecer uma merda muito grande para ele chegar lá.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:General defende "intervenção militar" ( novo golpe )
« Resposta #66 Online: 22 de Setembro de 2017, 18:45:06 »
hehehe e o pessoal reclama das teorias de conspiração da direita.

Citar
Que se saiba, quando seus pares tomaram de assalto o Palácio do Planalto, cresceram à sua sombra grandezas morais do quilate de José Sarney, Paulo Maluf, Antonio Carlos Magalhães: todos pilares da ditadura. Enquanto eles estavam a atirar e censurar descontentes, o Brasil foi assolado por casos de corrupção como Capemi, Coroa Brastel, Brasilinvest, Paulipetro, grupo Delfin, projeto Jari, entre vários outros. Isso mesmo em um ambiente marcado pela censura e pela violência arbitrária.

E convenientemente se esquecem das grandezas morais que saíram dos movimentos da esquerda.

Zé Dirceu, Lulla, Dilmão, Genoíno, Gleise Narizinho, Lixoberg...

Todos da mais alta moral, incorruptíveis, defensores da Liberdade e da democracia venezuelana, defensores dos pobres e oprimidos que morrem de fome por causa da roubalheira em nome do partido.




Offline Fabrício

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Re:General defende "intervenção militar" ( novo golpe )
« Resposta #67 Online: 22 de Setembro de 2017, 18:55:24 »
Putz, intervenção militar não, muito anos sessenta.  :(
"Deus prefere os ateus"

Offline Eremita

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Re:General defende "intervenção militar" ( novo golpe )
« Resposta #68 Online: 22 de Setembro de 2017, 21:12:42 »
No governo militar dos anos 60 existiam umas seis emissoras de televisão, supondo que vc era um sortudo que morava em algum lugar capaz de sintonizar mais que três deles.

A situação atual é totalmente diferente.

Hoje tem internet e uma infinidade de canais de televisão, inclusive estrangeiros.

Por isso sabemos o que acontece na Venezuela apesar da repressão do Maduro e das mentiras dos blogueiros petistas.
Internet pode ser censurada, da mesma forma que se averigua crimes digitais: associa um IP com uma pessoa, o IP com a mensagem e você sabe quem falou o quê.

Citar
E o que vc acha do patrulhamento petista nas redes sociais? Imagine o Dirceu como presidente já no segundo mandato ao invés de um Dilmão deposto.

Qual seria a situação da imprensa hoje?
Acho uma merda. E sei muito bem que petista quer calar a boca de todo mundo que discorda. Mas, comparados a uma intervenção militar, ainda são iniciantes na censura, tanto que a tática deles ainda é inundar a mensagem com ruído (a baboseira dos blogs) e choramingos nas redes sociais.

Quanto ao aumento da violência: tenho o palpite que, ao menos para Curitiba, isso se deve ao inchaço da cidade. A cidade literalmente triplicou de população de lá para cá, principalmente por causa de imigração vinda do interior; não houve tempo para gerar toda a infra-estrutura econômica para assimilar esse povão, então alguns acabam indo para o crime. (E pras "vila Pinto" da vida).

Mas isso é só palpite, e não sei se aplica-se a outras cidades.
Latebra optima insania est.

Offline Skeptikós

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Re:General defende "intervenção militar" ( novo golpe )
« Resposta #69 Online: 22 de Setembro de 2017, 21:21:42 »
Vídeo muito instrutivo sobre possibilidades e consequências de uma intervenção militar no Brasil atualmente:
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
"E, não menos que saber, duvidar me agrada."

Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:General defende "intervenção militar" ( novo golpe )
« Resposta #70 Online: 22 de Setembro de 2017, 21:35:37 »
Internet pode ser censurada, da mesma forma que se averigua crimes digitais: associa um IP com uma pessoa, o IP com a mensagem e você sabe quem falou o quê.

Para esconder algo teriam que censurar a internet, telefones, jornais e revistas inclusive com as versões impressas.

Sempre escapa algo.




Offline Jack Carver

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Re:General defende "intervenção militar" ( novo golpe )
« Resposta #71 Online: 23 de Setembro de 2017, 14:32:30 »
A intenção é boa: limpar a classe política totalmente dominada por gangters sociopatas. Vi com positiva coragem a pressão indireta sobre o judiciário na fala do general. O nosso corpo judiciário malabarista da Constituição, que nasceu fracassada, e do código penal (o primeiro político condenado no STF só veio acontecer em 2013) deve ser constantemente alvo de críticas tanto quanto o Legislativo e Executivo são. O judiciário é o sistema nervoso central que conduz os tentáculos da corrupção nas três esferas do executivo, seja por letargia ou atuação conjunta com criminosos.
Mas eu sei que esses militares saudosistas não têm competência suficiente para consertar o já inconsertável, até para tal dependeria de autorização externa, pois o Brasil se encontra em um ponto sem retorno já tem anos, e a população continua num estado de negação a respeito, até porque é preferível viver dessa maneira (por isso de tantas festas) a ter que se estressar ainda mais com esse pesadelo real do cotidiano (principalmente quem vive nas grandes cidades), vendo nos noticiários ou vivendo na pele os desdobramentos de décadas de falta de comprometimento político e de verdadeiro patriotismo, generalizados. Esses saudosistas só querem é, novamente, a troca do poder para assumir a vez deles, nada mais.
« Última modificação: 23 de Setembro de 2017, 16:46:38 por Jack Carver »
O Brasil é um país de sabotadores profissionais.

“Dêem-me controle sobre o dinheiro de uma nação e não me importa quem faz as suas leis. - Mayer Amschel Rothschild

Offline Fabrício

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Re:General defende "intervenção militar" ( novo golpe )
« Resposta #72 Online: 24 de Setembro de 2017, 19:33:34 »
Internet pode ser censurada, da mesma forma que se averigua crimes digitais: associa um IP com uma pessoa, o IP com a mensagem e você sabe quem falou o quê.

Para esconder algo teriam que censurar a internet, telefones, jornais e revistas inclusive com as versões impressas.

Sempre escapa algo.


Sei não Arcanjo, veja Cuba, Coréia do Norte, teocracias do Oriente médio: alguma coisa  escapa, mas é insignificante. Um governo ditatorial bem motivado consegue censurar a internet, o que passa, se passar, é pouco.
"Deus prefere os ateus"

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:General defende "intervenção militar" ( novo golpe )
« Resposta #73 Online: 24 de Setembro de 2017, 21:09:58 »
Cuba e CN são países comunistas há décadas onde todos os veículos de comunicação são estatais comandados por partidarios, a imprensa do Oriente médio sofre controle da própria população por motivos religiosos.

São situações diferentes.

Quantas denúncias um jornalista sofreria no OM se publicasse uma matéria incentivando o consumo de cerveja?







Offline Fabrício

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Re:General defende "intervenção militar" ( novo golpe )
« Resposta #74 Online: 25 de Setembro de 2017, 11:24:13 »
Cuba e CN são países comunistas há décadas onde todos os veículos de comunicação são estatais comandados por partidarios, a imprensa do Oriente médio sofre controle da própria população por motivos religiosos.

São situações diferentes.

Quantas denúncias um jornalista sofreria no OM se publicasse uma matéria incentivando o consumo de cerveja?


Um governo ditatorial bem motivado consegue censurar o grosso da informação que ele não quiser ver divulgada. Alguma coisa pode vazar aqui e ali, mas a maior parte fica escondida.

Além disso, só o fato dele tentar já é uma merda, se estivéssemos em uma ditadura e o CC fosse mal visto por ela, quantas pessoas ficariam postando aqui contra o governo? Eu, como bom cagão que sou, com certeza não postaria.
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