Não há precedentes de competições unissex na história do esporte, homens e mulheres sempre estiveram correndo em pistas diferentes, e não vou entrar no mérito do "porquê", por ser outro assunto, mas sabe que essa proposta até que é interessante?
" UMA SAÍDA
Para Roslyn, a inspiração para solucionar esse impasse está nos Jogos Paralímpicos, onde, desde os anos 1990, o sistema de divisão de categorias respeita as habilidades do corpo e não as condições médicas. "Em vez de os atletas serem rotulados a partir de sua situação clínica, eles são alocados de acordo com os movimentos que o seu corpo é capaz de fazer".
De modo prático, a socióloga propõe que sejam eliminadas a barreira entre o masculino e o feminino e que as divisões respeitem o potencial de cada corpo, de acordo com as necessidades de cada modalidade. Nos 100m rasos, por exemplo, seriam consideradas a massa muscular e a capacidade de contração das fibras musculares rápidas. Já no vôlei e no basquete, além da massa muscular, levaria-se em conta a altura.
"Dada a estrutura da nossa sociedade, essa ideia dificilmente seria aceita. Não estamos acostumados a ver homens competindo com mulheres. Entretanto, vários estudos mostram que, quanto mais os homens competem com mulheres, mais propensos eles estão a aceitar que elas podem ser boas atletas também", conclui. "