Acho que uma boa solução seria repensar a participação de transexuais como no caso Tifanny (que fez a cirurgia e a transformação já com o corpo adulto e bem formado) nas modalidades das quais já fazia parte.
Ou seja, a própria Tifanny pediria para jogar no masculino e seria autorizada a tomar testosterona (para compensar a atual ausência de testículos) numa dose que não ultrapassasse os níveis normais, sendo submetida a exames anti-dopping como todo os outros atletas.
Ela teria que voltar a jogar no masculino.
Qual o problema?
Ela já não jogava no masculino antes?
Gabarito, posso estar enganado porque não pesquisei, mas duvido muito que esteja.
Isso aí não precisaria nem de autorização. Se ele mantivesse o RG não haveria nada que o impedisse de jogar no masculino.
Nada no regulamento, porque o tratamento hormonal em si é um empecilho. Vi uma entrevista onde a própria Tiffany conta que quando ela começou o tratamento já sentiu muitas dificuldades e estava até disposta a encerrar carreira porque nem ela sabia dessa possibilidade de jogar na liga feminina. Foi o seu empresário quem descobriu isso.
Em relação ao que Muad escreveu, há pouco tempo, aqui no Brasil, houve o caso do Michael que era homossexual afeminado, e por conta disso começou a ser hostilizado pela torcida adversária quando seu time foi disputar a semifinal. Parece ter sido mais essas coisas que torcida faz para prejudicar o adversário do que homofobia propriamente, porque antes da semifinal ninguém mexia com o rapaz, mas quando chegou em um jogo decisivo começaram a gritar "bicha, bicha"...
Prontamente a federação tomou as providências sugeridas pelo Muad e exigiu que parassem as ofensas sob pena de punição ao time rival.
Agora nem sei por onde anda o Michael porque não acompanho volei masculino, só vejo às vezes os jogos do feminino. Mas esse jogador, se fosse trans, iria causar um estrago. Porque ao contrário da Tiffany ele era ( é ) bom.
Tenho opinião um pouco diferente sobre essa questão. Embora comportamentos homossexuais pareçam ser bem comuns, já a transexualidade é uma condição que se verifica em uma parcela ínfima da população. E mesmo dentro dessa parcela ínfima, o grupo dos transexuais atletas são eles mesmos uma parcela ínfima. Ou seja, transexuais e atletas são uma parcela ínfima da ínfima parcela da população que são os transexuais.
Logo, a mim não parece bom senso que para atender aos anseios de uma ínfima parcela da população se cause um transtorno ao exercício da profissão de 50% dos atletas. A saber, os 50% de atletas que são do sexo feminino.
Veja bem, estou me referindo a anseios não fundamentais destas pessoas. Ora, nenhum de nós tem condição de realizar tudo que sonha. Isso faz parte da vida.
A própria Tiffany declarou que estava conformada em mudar de sexo e encerrar carreira. Sendo jovem iria estudar, se formar e seguir alguma outra carreira. Uma pessoa privilegiada, apesar de tudo que deve ter sofrido, se comparada a maioria dos brasileiros que não têm acesso a tantas oportunidades. E como transexual ela hoje já vive em uma sociedade onde tem o direito de fazer a cirurgia de reorientação, de mudar de nome, de alterar sua documentação, de casar no civil, de constituir família como mulher e ser
reconhecida legalmente como mulher para todos os fins.
Mas infelizmente filhos não pode ter, e, convenhamos, isso deve ser uma frustração muito maior para um transexual do que ter que mudar de profissão. Mas como disse, assim é a vida, e todos nós temos que lidar com nossas muitas frustrações. Porém ela já tem todo o direito de fazer com a própria vida tudo que diz respeito à sua própria vida. Ou melhor, de TENTAR fazer e não a garantia de conseguir pois esta é a condição de todo ser humano. Mas quando um homem com 2,05 metros de altura quer jogar basquete profissional competindo contra mulheres de 1,80 aí já é um caso onde o direito dele avança sobre o direito de outros.
Porque se existe modalidade feminina no esporte é justamente para garantir o direito das mulheres serem atletas profissionais. Obviamente nenhuma mulher no mundo teria condição de jogar na NBA, mas aí sai um negão daqueles de 3 metros por 2 de largura e vai na atuar na WBA... Não é justo. É mais sensato que ele tenha que se conformar, sendo um caso em 10 milhões, em se tornar médica ou advogada, em vez de prejudicar toda uma modalidade esportiva.
Com certeza os diabéticos constituem uma parcela da população muito, muito, muito maior que os transgêneros. Nem por isso se proíbe o consumo de açúcar ( mesmo não sendo saudável ) porque a maioria das pessoas continua não sendo diabética.