Autor Tópico: Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio  (Lida 9272 vezes)

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Offline JJ

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #50 Online: 17 de Fevereiro de 2018, 07:44:11 »

A nossa cultura também contribui para o atual estado de coisas, pois elegemos Malufs,


O Maluf ganhou algumas eleições , mas também perdeu várias.  E ainda mais importante do que isso é o fato de que só agora após muitas décadas de denúncias é que o Maluf  teve o longo trânsito em julgado de um processo e foi efetivamente condenado.  Ou seja,  como culpar o povo se o sistema judicial é tão lerdo e/ou incapaz ?


Só recentemente é que políticos e ricos figurões começaram a serem presos no Brasil (por mais do que uns poucos dias),  antes isso simplesmente não existia. E mesmo assim de vez em quando um figurão do STF concede habeas corpus.




E por acaso precisamos de uma condenação definitiva para deixarmos de votar num bandido?


Não é toda a população, veja que 34% é muito longe de 100%.

Sinceramente,  considerando  o nível sócio econômico e as carências de uma parte ainda considerável da população brasileira (e ainda somando com uma parcela menor que teve ganhos reais e diretos com o Lula no poder), não vejo nada de espantoso que 34% ainda declarem voto nele. 


« Última modificação: 17 de Fevereiro de 2018, 07:48:32 por JJ »

Offline Pedro Reis

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #51 Online: 17 de Fevereiro de 2018, 08:16:41 »

Eu não acho que esse povo mereça solução, pra ser sincero.

As autoridades precisam ter cabeça fria agora, neste momento que não só o Rio, mas todo o país experimenta uma escalada de crimes sem precedentes. E você é uma autoridade.

Nas periferias dos grandes centros está havendo isso mesmo de uma parte da população ver polícia como bandido e bandido como herói. Dá pra entender como fica a cabeça do policial, que já tem um profissão difícil e sacrificada, e ainda é hostilizado.

Mas a gente tem que entender também o lado dessa gente, não pra justificar, pra dizer que são coitadinhos, mas para compreender o problema e saber como lidar com essa situação. Porque senão vira uma bola de neve e só piora: o cidadão tem ódio da polícia, a polícia se revolta e trata o cidadão ( da periferia ) como bandido, o cidadão se revolta e fica com ainda mais ódio... é uma espiral e é tudo que a bandidagem quer.

Está se criando duas sociedades no Brasil, a sociedade dos cidadãos e a dos sem cidadania. Nos bairros pobres, nas favelas, nas periferias já há uma mentalidade "nós contra eles". De gente que acha que o Estado serve só a morador da zona sul, dos bairros bons, e daí eles não têm respeito pelo Estado, pela polícia, pelas pessoas comuns e pela propriedade que identificam como sendo desse Estado hostil a que não pertencem.

Bom, eu não posso culpar essa gente por pensar assim, porque aqui mesmo nesse fórum a gente tá vendo pessoas com informação suficiente para ter discernimento mas também com essa mesma mentalidade dos dois estados, do "nós e eles". Gente querendo metralhar a favela, botar o helicóptero russo pra causar terror... se vocês caem, por comodidade, caem nesse erro terrível de enxergar o pobre como inimigo, o pobre tem 100 vezes mais motivos para te enxergar com inimigo também.

Isso não vai se resolver com exército, com polícia, com terror... pode escrever: essa intervenção é só um ato político, isso não adianta absolutamente nada. E se tem algum benefício nisso tudo é apenas o de, no final disso tudo, talvez as pessoas finalmente compreenderem que botar esse exército na parada era ilusão.

A classe média pra cima, para seu próprio benefício, tem que começar a fazer um exame de consciência. Eu vou dar um exemplo: quando aconteceram novamente arrastões nas praias do Rio, a PM tava mandando de volta pro subúrbio qualquer garoto sem camisa e sem dinheiro de passagem. Quer dizer... inventaram um novo crime: não ter camisa e não ter dinheiro. Algumas pessoas aqui do RJ, nesse fórum, disseram que tava certo... que era isso mesmo... porque eles só querem pegar sua prainha sem ser incomodados. Não se importam com o direito dos outros, muito menos do cidadão humilde.

Claro que não foi só aqui no fórum, tava cheio de gente achando que a polícia tava certa em fazer isso. Mas imagine que você é um menino que mora lá em Belford Roxo e sua mãe é diarista em Copacabana. Leva duas horas e meia em uma condução horrível pra chegar no trabalho, e depois, cansada, 2 h e meia pra voltar. Todos os dias, e ganha pouco. Então ela arrumou um bico pro filho, pra fazer uma faxina em um apartamento, e o garoto arrumou com dificuldade só o dinheiro da passagem de ida... a da volta ele ia pagar com o que recebesse com o serviço.

Depois de 3 horas no buzum ele chega em Ipanema e a polícia despacha o garoto de volta pro subúrbio. Ele perde o dia, o serviço e até o dinheiro da passagem que gastou. Pelo crime de ser um trabalhador pobre e não viajar com dinheiro da passagem de volta.

Se você pode imaginar a revolta do Diego com a população protegendo bandido, também pode imaginar a revolta desse garoto. E claro, esse moleque vai ser mais um pra tacar pedra na PM quando for lá na área prender marginal. É um círculo vicioso.



Offline JJ

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #52 Online: 17 de Fevereiro de 2018, 08:19:44 »

Boa parte da elite poderosa e endinheirada do Brasil não passa de uma escória falsa e maldita que nunca se importou com as pessoas das classe mais baixas.  Não passam de um bando de patifes e canalhas.

Quantos empregos o António Ermírio gerou? O dono das casas Bahia? Grupo Sílvio Santos? Empresas como a Ford ou GM?



Esses caras não geraram empregos por bondade e sim por necessidade,  se houver uma tecnologia  que  substitua  as pessoas contratadas por máquinas (sistemas informatizados, robôs e semelhantes), eles farão  sem dó,  não estarão nem aí.  Vão mandar todos os empregados (que puderem ser substituídos) para os quintos dos infernos sem pensar duas vezes.



Offline JJ

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #53 Online: 17 de Fevereiro de 2018, 08:26:21 »

Eu não acho que esse povo mereça solução, pra ser sincero.

As autoridades precisam ter cabeça fria agora, neste momento que não só o Rio, mas todo o país experimenta uma escalada de crimes sem precedentes. E você é uma autoridade.

Nas periferias dos grandes centros está havendo isso mesmo de uma parte da população ver polícia como bandido e bandido como herói. Dá pra entender como fica a cabeça do policial, que já tem um profissão difícil e sacrificada, e ainda é hostilizado.

Mas a gente tem que entender também o lado dessa gente, não pra justificar, pra dizer que são coitadinhos, mas para compreender o problema e saber como lidar com essa situação. Porque senão vira uma bola de neve e só piora: o cidadão tem ódio da polícia, a polícia se revolta e trata o cidadão ( da periferia ) como bandido, o cidadão se revolta e fica com ainda mais ódio... é uma espiral e é tudo que a bandidagem quer.

Está se criando duas sociedades no Brasil, a sociedade dos cidadãos e a dos sem cidadania. Nos bairros pobres, nas favelas, nas periferias já há uma mentalidade "nós contra eles". De gente que acha que o Estado serve só a morador da zona sul, dos bairros bons, e daí eles não têm respeito pelo Estado, pela polícia, pelas pessoas comuns e pela propriedade que identificam como sendo desse Estado hostil a que não pertencem.



Exatamente, e tem muito reacionário bolsonazi que acha que o caminho certo é usar  mais e mais força bruta (de preferência nas periferias,  eles não aprovam que a polícia use força bruta nos bairros nobres e com os "nobres").



Offline Pedro Reis

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #54 Online: 17 de Fevereiro de 2018, 08:33:03 »

Exatamente, e tem muito reacionário bolsonazi que acha que o caminho certo é usar  mais e mais força bruta (de preferência nas periferias,  eles não aprovam que a polícia use força bruta nos bairros nobres e com os "nobres").




O "saldo positivo" dessa burrice é que talvez chegue ao limite da força bruta possível, e claro, o resultado vai ser uma situação ainda pior que a que já está. Então talvez, esgotadas todas as possibilidades de burrice, as pessoas comecem finalmente a pensar.

Offline Pedro Reis

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #55 Online: 17 de Fevereiro de 2018, 08:40:46 »
Eu, muito honestamente, fico pasmo que ainda exista gente falando em "botar o exército" aqui no RJ. Que há 20 anos imaginassem que essa imbecilidade iria adiantar alguma coisa dava até pra entender, mas agora eu só lembro da frase do Einstein: "Só há duas coisas infinitas, o universo e a estupidez humana"

Quantos exemplos mais as pessoas vão precisar para deixar dessa preguiça mental e começar a pensar. Que alguém de outro estado, que não conhece o Rio, ache que é uma boa essa intervenção ainda vá lá... mas o carioca que tem alguma esperança nisso tem que deixar de usar sapato e começar a calçar ferraduras.

Será que não conhecem o Complexo da Maré, não sabem de nada que acontece lá?

Offline Pedro Reis

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #56 Online: 17 de Fevereiro de 2018, 09:16:21 »
Esse é o poderoso exército que vai fazer os bandidos fugirem pra Minas Gerais.


Tá mais fácil o exército fugir pra Minas.

O CIAA, Centro de Instrução Almirante Alexandrino, é o maior centro de formação de cadetes da Marinha brasileira e um gigantesco quartel da Marinha. Um muro separa esse quartel de uma favela controlada pelo CV. Do outro lado do muro tem bandido a luz do dia com armamento de guerra.

E eles ameaçam a Marinha. De vez em quando sobem no muro e mandam bala lá pra dentro.

A Marinha que não consegue enfrentar os bandidos da favela Kelson é que vai pacificar todas as mais 400 favelas da região metropolitana.

Offline Pedro Reis

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #57 Online: 17 de Fevereiro de 2018, 09:29:01 »
Fato ocorrido agora, em 2018.

Citação de: site G1
Segundo relatos de militares, numa manhã de janeiro, um criminoso armado com uma pistola sentou no muro que separa o quartel da favela e ordenou que os recrutas parassem a atividade física porque o barulho estava incomodando. Em outro dia, tiros foram disparados para dentro da unidade e atingiram as instalações do centro (veja detalhes abaixo).

Os militares suspeitam que o homem que fez as ameaças de cima do muro seja integrante da facção que controla a Kelson's. O inquérito que investiga os fatos foi aberto pela Marinha no fim do mês passado e tem prazo de 30 dias para ser concluído, com possibilidade de prorrogação.

https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/marinha-apura-ameaca-do-trafico-e-tiros-para-dentro-do-centro-de-instrucao-na-penha.ghtml

Offline Pedro Reis

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #58 Online: 17 de Fevereiro de 2018, 09:40:23 »

Offline Zero

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #59 Online: 17 de Fevereiro de 2018, 09:48:56 »
Nas periferias dos grandes centros está havendo isso mesmo de uma parte da população ver polícia como bandido e bandido como herói. Dá pra entender como fica a cabeça do policial, que já tem um profissão difícil e sacrificada, e ainda é hostilizado.

Já vi consideráveis comentários repudiando essa intervenção, afirmando que o Exército está lá apenas para matar moradores das favelas.

Há tamanha crítica sobre esse ato de intervenção, mas esses críticos (nas redes sociais) tem alguma mínima ideia de alternativa para a situação  :?:

O que eles esperam que o Estado faça, passe a mão na cabeça do meliante?

É nítido a desigualdade, é facilmente perceptível que os favelados tendem a ser vistos com desconfiança por autoridades. (Isso que a maioria dos críticos que vi eram brancos/morenos, salvo-me do engano).

Eles preferem que as facções continuem lá? Se fortaleçam cada vez mais? Acham mesmo que um sujeito oferecendo melhores condições de vida momentaneamente, futuramente recrutando seu filho para o tráfico é um bom negócio?

Sei que há casos de abuso, mas generalizar e odiar a todos os profissionais, como vi nos comentários, já é demasiado.

Offline Pedro Reis

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #60 Online: 17 de Fevereiro de 2018, 10:09:39 »
Não é bem assim, Zero. 99% dos moradores de comunidade não são bandidos. Se fossem já tinham tomado conta do país.

E embora a maioria destas pessoas não goste mesmo da polícia e tenha muito ressentimento contra o Estado de uma maneira geral, também a grande maioria odeia conviver com essa bandidagem. As UPPs foram recebidas com muita esperança pela maioria esmagadora, mas o projeto só queria viabilizar a segurança para os Jogos e a Copa, porque eram uma oportunidade de outro pra quadrilha de Sérgio Cabral que dilapidou como nunca antes o patrimônio público.

É difícil para quem não sabe imaginar o que é ter que conviver com marginais drogados, portando armamento pesado na porta da sua casa. O pai e a mãe de família precisam sair pra trabalhar e deixam os filhos nesse ambiente, apenas rezando para que não entrem nessa, que é praticamente uma sentença de morte. Estes caras são facínoras, não são bem feitores, o tráfico hoje se impõe pelo medo. Fazem coisas monstruosas: matam, torturam, queimam gente viva... há tribunais ( os desenrolos ) que dão sentenças sumárias. É um terror viver desse jeito, quem é que quer isso? Você, ou de repente um parente pode ser acusado de X9 e ser barbarizado até a morte por estes animais. Mesmo sem ter feito nada.

Sem contar que eles vivem em pé de guerra com os grupos rivais, a milícia e também a PM. E pobre coitado do morador nesse fogo cruzado.

O morador de comunidade não quer isso, quem iria querer? Por isso que eu digo, é preciso uma política de segurança inteligente, porque não é tão difícil trazer o morador para o lado do Estado. Mas o que acontece  hoje é que essa população tem medo dos dois lados: da polícia e dos bandidos.

Offline Zero

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #61 Online: 17 de Fevereiro de 2018, 10:27:18 »
Não é bem assim, Zero. 99% dos moradores de comunidade não são bandidos. Se fossem já tinham tomado conta do país.

E embora a maioria destas pessoas não goste mesmo da polícia e tenha muito ressentimento contra o Estado de uma maneira geral, também a grande maioria odeia conviver com essa bandidagem. As UPPs foram recebidas com muita esperança pela maioria esmagadora, mas o projeto só queria viabilizar a segurança para os Jogos e a Copa, porque eram uma oportunidade de outro pra quadrilha de Sérgio Cabral que dilapidou como nunca antes o patrimônio público.

É difícil para quem não sabe imaginar o que é ter que conviver com marginais drogados, portando armamento pesado na porta da sua casa. O pai e a mãe de família precisam sair pra trabalhar e deixam os filhos nesse ambiente, apenas rezando para que não entrem nessa, que é praticamente uma sentença de morte. Estes caras são facínoras, não são bem feitores, o tráfico hoje se impõe pelo medo. Fazem coisas monstruosas: matam, torturam, queimam gente viva... há tribunais ( os desenrolos ) que dão sentenças sumárias. É um terror viver desse jeito, quem é que quer isso? Você, ou de repente um parente pode ser acusado de X9 e ser barbarizado até a morte por estes animais. Mesmo sem ter feito nada.

Sem contar que eles vivem em pé de guerra com os grupos rivais, a milícia e também a PM. E pobre coitado do morador nesse fogo cruzado.

O morador de comunidade não quer isso, quem iria querer? Por isso que eu digo, é preciso uma política de segurança inteligente, porque não é tão difícil trazer o morador para o lado do Estado. Mas o que acontece  hoje é que essa população tem medo dos dois lados: da polícia e dos bandidos.
:ok:

Eu sei que é uma minoria, mas, ao meu ver, repudiar ambos não é a solução, sou totalmente contra a ação dos bandidos, e apesar de não viver no estado do Rio, não é difícil de imaginar que há troca de favores, que o "chefão" oferece melhores condições de vida, "mais segurança" e que futuramente essa ação será paga( :?:) em troca do aliciamento de jovens.

https://veja.abril.com.br/blog/cacador-de-mitos/os-traficantes-e-o-imperio-da-lei-nas-favelas/

Offline Pedro Reis

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #62 Online: 17 de Fevereiro de 2018, 10:33:38 »


Já vi consideráveis comentários repudiando essa intervenção, afirmando que o Exército está lá apenas para matar moradores das favelas.

Há tamanha crítica sobre esse ato de intervenção, mas esses críticos (nas redes sociais) tem alguma mínima ideia de alternativa para a situação  :?:


Podem não estar propondo alternativas, talvez até porque não as enxerguem. Mas eu imagino que esses críticos, se são pessoas moradoras de comunidade, podem ser divididas em dois grupos: de gente que é favorável realmente ao tráfico, ou por ser ele mesmo bandido ou por se beneficiar de alguma forma com o tráfico. Porque a gente sabe que o tráfico movimenta muito dinheiro na favela, direta e indiretamente pessoas têm nessa atividade uma forma de subsistência. Mas são uma pequena minoria da população.

A grande maioria, como já falei, adoraria poder viver como você, como eu, em um lugar minimamente civilizado e pacífico. Mas eles temem essa intervenção, em primeiro lugar porque sabem que não vai resolver nada, e depois porque temem serem vítimas de violência, confrontos e arbitrariedades que, no final, vão deixar tudo como está ou talvez até pior. Não é tão difícil também entender o lado desse gente.

Offline Pedro Reis

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #63 Online: 17 de Fevereiro de 2018, 10:41:50 »

Eu sei que é uma minoria, mas, ao meu ver, repudiar ambos não é a solução, sou totalmente contra a ação dos bandidos, e apesar de não viver no estado do Rio, não é difícil de imaginar que há troca de favores, que o "chefão" oferece melhores condições de vida, "mais segurança" e que futuramente essa ação será paga( :?:) em troca do aliciamento de jovens.

https://veja.abril.com.br/blog/cacador-de-mitos/os-traficantes-e-o-imperio-da-lei-nas-favelas/


Essa reportagem fala do Playboy, que por sinal já morreu. Esse era um traficante atípico nos dias de hoje, até pela origem. Como o apelido indica, ele não nasceu favelado, veio de uma família de classe média.

Essa coisa de tráfico fazendo assistência social é mais mito que realidade. A ajuda do tráfico é mínima, e chega a muito poucos em favelas super populosas. Como falei, Playboy era atípico para os dias de hoje... e mesmo assim, o preço que se paga por um botijão de gás do tráfico não vale a pena. E na verdade a maioria das quadrilhas não distribui botijões, pelo contrário, cobram ágio sobre esse comércio que faz o gás chegar ainda mais caro ao morador.

Tem um áudio do Playboy no Youtube, falando pelo rádio com o traficante rival... vou ver se acho pra postar aqui. Talvez dê uma ideia melhor do que essa reportagem da Veja sobre como deveria ser morar no  Morro da Pedreira dominado por esse traficante...

Offline JJ

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #64 Online: 17 de Fevereiro de 2018, 10:53:13 »
ACADEMIA DE POLÍCIA

Falência da "guerra às drogas" precisa inaugurar novos espaços de diálogo


22 de novembro de 2016, 16h13
Por Leonardo Marcondes Machado


O século XX figura como o grande marco da política proibicionista global na temática das drogas. Talvez o momento mais emblemático tenha sido mesmo a partir da década de 1970 quando os Estados Unidos da América, durante o governo Nixon, resolveram efetivamente declarar “guerra às drogas”. Desde então, o proibicionismo ganha ainda mais força e invade por completo o sistema penal. [1]


Zaffaroni destaca a influência dos estadunidenses na estruturação do poder punitivo na periferia neocolonizada com a instalação de fortes regimes militares pautados pelo terrorismo de Estado no Cone Sul, bem como a pujança da bandeira de war on drugs na política criminal das ditaduras de segurança nacional latino-americanas.[2] 


No Brasil, a Lei 6.368/1976 apresenta-se como um dos primeiros símbolos nacionais do viés proibicionista penal. A referida legislação, nos moldes da cartilha norte-americana de combate às drogas, criminalizava, além das figuras relacionadas ao comércio (tráfico)[3], o próprio usuário de “substância entorpecente”, estabelecendo inclusive pena de prisão[4].


Com razão, afirma Luciana Boiteux, que “o problema do abuso na utilização de determinadas substâncias consideradas ilícitas, que deveria ser tratado sob a perspectiva de ‘saúde pública’ virou, de forma equivocada, uma questão de polícia e de ‘segurança pública’”.[5] Por evidente, nesse cenário de guerra sobram prisões[6] e mortes (vide os índices de letalidade e vitimização policial).


Pelo fim das drogas? Diz-se que a função dessa guerra seria acabar com as drogas na sociedade. Ocorre, entretanto, que as drogas não são uma invenção da modernidade ou da pós-modernidade passíveis de extinção pela intervenção criminal.


Trata-se, pelo contrário, de “um fenômeno ancestral”[7] e que merece nível maior de problematização. As “substâncias psicoativas”, assim entendidas aquelas capazes de alteração da consciência e do humor,[8] estão longe de ser algo recente ou limitado a certos grupos sociais. O emprego das drogas, significante amplo que deve incluir os alimentos (drug foods ou alimentos-droga[9]) e os medicamentos ou fármacos, é milenar, cultural, multifacetado e dinâmico. Logo, a questão das drogas não pode ser vista apenas pelas míopes lentes do sistema jurídico-penal.


Droga, sem sombra de dúvidas, não é assunto apenas de juristas! Aliás, o direito (principalmente criminal) tem muito pouco a dizer sobre o fenômeno das drogas. A história é testemunha da falência desse modelo de combate penal. A proibição criminal pela via do sistema jurídico de exceção não foi capaz de impedir a produção, o comércio e o consumo de drogas nem trouxe uma redução significativa quanto à disponibilidade dessas substâncias.



Lembra Karam que “a própria Organização das Nações Unidas (ONU) que, em 1998, tomada por delirante euforia, prometia um mundo sem drogas em dez anos, posteriormente teve de reconhecer a expansão e diversificação do mercado das drogas ilícitas”.[10]



Nesse sentido, aos que de modo sincero preocupam-se com o tema numa sociedade plural e democrática, inexiste outra saída a não ser o diálogo aberto para a construção de novos modelos possíveis de redução de danos, o que deve passar inclusive pela análise de experiências estrangeiras como a holandesa, portuguesa, chilena, uruguaia e a própria revisão da política de drogas de alguns estados norte-americanos.


Não se trata simplesmente de importar experiências estrangeiras sob o rótulo de panaceia global, mas de permitir-se dialogar sobre “utopias possíveis”, a partir da consideração da falência absoluta do atual paradigma proibicionista criminal.


[1] KARAM, Maria Lúcia. Proibição às Drogas e Violação a Direitos Fundamentais. Disponível em: <http://www.leapbrasil.com.br/media/uploads/texto/72_Proibi%C3%A7%C3%A3o%20%C3%A0s%20drogas%20e%20viola%C3%A7%C3%A3o%20a%20direitos%20fundamentais%20-%20Piau%C3%AD.pdf?1376532185>. Acesso em 25.06.2014.
[2] ZAFFARONI, Eugenio Raul. O Inimigo no Direito Penal. Tradução de Sérgio Lamarão. 3 ed. Rio de Janeiro: Revan, 2011, p. 50 - 51.   
[3] Lei n. 6.368/76. Art. 12. Importar ou exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda ou oferecer, fornecer ainda que gratuitamente, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar ou entregar, de qualquer forma, a consumo substância entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar; Pena - Reclusão, de 3 (três) a 15 (quinze) anos, e pagamento de 50 (cinqüenta) a 360 (trezentos e sessenta) dias-multa.
[4] Lei n. 6.368/76. Art. 16. “Adquirir, guardar ou trazer consigo, para o uso próprio, substância entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena - Detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e pagamento de (vinte) a  50 (cinqüenta) dias-multa”.
[5] BOITEUX, Luciana. Política de Drogas, Segurança Pública e Direitos Humanos. In: CASARA, Rubens R. R.; LIMA, Joel Corrêa de (org). Temas para uma Perspectiva Crítica do Direito: homenagem ao Professor Geraldo Prado. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010, p. 601.
[6] Conforme o mais recente “Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias INFOPEN – Dezembro de 2014”, a população prisional no Brasil alcançou o montante de 622.202 encarcerados no segundo semestre de 2014, o que significa mais de 300 presos para cada cem mil habitantes no país.  O estudo apontou, ainda, a expressiva participação de crimes de tráfico de drogas nesse contexto de massivo aprisionamento. A categoria da Lei de Drogas é apontada como muito provavelmente a principal responsável pelo aumento exponencial das taxas de encarceramento no país e que compõe o maior número de pessoas presas. Sublinhe-se que 25% dos presos brasileiros estão relacionados com o delito de tráfico de drogas (BRASIL, MINISTÉRIO DA JUSTIÇA. Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias Infopen - Dezembro de 2014. Brasília: Departamento Penitenciário Nacional, 2016, pp. 18, 33-34. Disponível em: <http://www.justica.gov.br/seus-direitos/politica-penal/infopen_dez14.pdf/@@download/file>. Acesso em: 26 Abr. 2016.).
[7] RUI, Taniele Cristina. Palestra no “Fórum: Além das Drogas” organizado pelo Laboratório de Estudos Interdisciplinares sobre Psicoativos (LEIPSI) da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas, 30 abr. 2014.
[8] CARNEIRO, Henrique Soares. As drogas e a história da humanidade. In: Diálogos - Revista do Conselho Federal de Psicologia, Brasília, p. 14 - 15, 01 nov. 2009, p. 14.
[9] MINTZ, Sidney W. Sweetness and power: the place of sugar in modern history. New York: Viking Penguin, 1986, p. 180 e 186.
[10] KARAM, Maria Lúcia. Proibição às Drogas e Violação a Direitos Fundamentais. Disponível em:

“http://www.leapbrasil.com.br/media/uploads/texto/72_Proibi%C3%A7%C3%A3o%20%C3%A0s%20drogas%20e%20viola%C3%A7%C3%A3o%20a%20direitos%20fundamentais%20-%20Piau%C3%AD.pdf?1376532185”. Acesso em 25.06.2014


https://www.conjur.com.br/2016-nov-22/academia-policia-falencia-guerra-drogas-inaugurar-novos-espacos-dialogo



Offline Geotecton

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #65 Online: 17 de Fevereiro de 2018, 10:54:06 »

Culpar as pessoas comuns que mal tem dinheiro para pagarem suas contas é uma grande palhaçada. Os grandes culpados são os que tem poder e dinheiro suficientes nas mãos, se quisessem  eles mudariam isso.

Os grandes culpados (por atuação ou omissão) são essa escória poderosa e endinheirada que comanda o Brasil.

O fato de boa parte da elite ser corrupta não justifica que boa parte da população também seja.

O seu raciocínio é falso, portanto.
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Offline Pedro Reis

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #66 Online: 17 de Fevereiro de 2018, 10:57:52 »
Citação de: Veja
1) “Todas as normas do morro é ele quem dita. Uma enorme faixa anuncia que carro roubado, por exemplo, não pode mais circular naquelas bandas. Quem não obedece às suas leis está sujeito a punições do tribunal do tráfico.”

2) “Ao estilo de outros chefões de favelas cariocas, Playboy distribui mensalmente centenas de cestas básicas e botijões de gás.”

3) O bandido media conflitos entre os moradores e pune quem cometer assaltos na favela. “Na lógica peculiar da bandidagem, Playboy se define como um ‘mal necessário’”.

Se você escutar o áudio no vídeo abaixo e se colocar no lugar de alguém que seja obrigado a viver nesse Morro da Pedreira, talvez possa avaliar se estas cestas básicas compensam morar em um lugar assim:

É difícil entender o que eles falam, então vou traduzir... Simplesmente são dois bandos inimigos, em duas comunidades, uma de frente pra outra. E os marginais ficam dando tiro de fuzil de uma favela pra outra... não acertam nenhum bandido, mas já mataram moradores, já mataram crianças, estudantes...

Então o Playboy tá tentando entrar em um acordo pelo rádio com o Fú, para parar não com a guerra, mas com esse tiroteio a esmo. Não porque ele seja bonzinho e esteja preocupado com a vida dos moradores, ele mesmo diz que a preocupação é que estas mortes chamem atenção da imprensa e isso implique em operações da polícia na comunidade dele.

Que tal você se imaginar morando em um lugar onde você sai pra trabalhar e não sabe se ao voltar vai encontrar seu filho atingido por bala perdida dessa guerra? Você acha que a população quer mesmo ter que conviver com essas gangues nas suas comunidades?


Offline JJ

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #67 Online: 17 de Fevereiro de 2018, 11:00:55 »

Culpar as pessoas comuns que mal tem dinheiro para pagarem suas contas é uma grande palhaçada. Os grandes culpados são os que tem poder e dinheiro suficientes nas mãos, se quisessem  eles mudariam isso.

Os grandes culpados (por atuação ou omissão) são essa escória poderosa e endinheirada que comanda o Brasil.

O fato de boa parte da elite ser corrupta não justifica que boa parte da população também seja.

O seu raciocínio é falso, portanto.



Eu não afirmei que isso prova a total inocência de boa parte da população (ou do restante da população).  Repare que  eu afirmei que os poderosos e endinheirados são os  grandes culpados (os majoritariamente culpados).


A  grande maioria da parcela da culpa recai sim sobre quem tem bem mais poder e dinheiro. Pois, quem tem bem mais  poder e dinheiro é que realmente pode fazer ações significativas para mudar  significativamente a corrupção do setor público em um país. Ou mais  pode fazer para que o sistema se mantenha do jeito que já é há mais de um século.


Se os endinheirados e poderosos realmente quisessem eles se juntariam e reduziriam de forma considerável a corrupção no setor público.  Mas essa gente não tem real interesse nisso.


 
« Última modificação: 17 de Fevereiro de 2018, 11:26:07 por JJ »

Offline JJ

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #68 Online: 17 de Fevereiro de 2018, 11:08:02 »


Apenas como um exemplo : por acaso um certo cara do  STF  é um poderosão e endinheirado  que poderia fazer várias coisas contra a corrupção (mas não faz)  ou ele é uma pessoa comum que sofre para pagar as suas contas como são a maioria dos brasileiros ?


E esse é apenas um exemplo de um poderosão e endinheirado que não está nem aí para combater corrupção do setor público no Brasil, como ele tem muitos outros poderosões e endinheirados que não estão nem aí com isso e/ou que até mesmo se beneficiam com isso.
« Última modificação: 17 de Fevereiro de 2018, 11:16:53 por JJ »

Offline JJ

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #69 Online: 17 de Fevereiro de 2018, 11:14:27 »



A verdade é que a elite poderosa e endinheirada do Brasil é omissa e/ou se beneficia dessa corrupção que existe há mais de um século no Brasil.



Offline Zero

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #70 Online: 17 de Fevereiro de 2018, 11:35:15 »
Que tal você se imaginar morando em um lugar onde você sai pra trabalhar e não sabe se ao voltar vai encontrar seu filho atingido por bala perdida dessa guerra? Você acha que a população quer mesmo ter que conviver com essas gangues nas suas comunidades?

Ok, não gostam de conviver com as gangues, não há mais os "benefícios". Odiar os policiais é a solução? Repudiar a intervenção federal como se tivesse apenas a finalidade de matar inocentes é certo?

Eu, você e muitos outros já sabemos as respostas acima. (Perguntas retóricas...)

Você citou a questão da política de segurança inteligente, concordo com você. Mas a administração do Brasil como é, realmente tem uma mínima possibilidade de planejar e por em ação isso em um curto espaço de tempo?

Atualmente, com os recursos disponíveis, há outra alternativa ao invés dessa intervenção?


Offline JJ

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #71 Online: 17 de Fevereiro de 2018, 11:36:53 »
Produção de ópio no Afeganistão tem aumento de 87% este ano


Publicado em 16/11/2017 Atualizado em 16/11/2017
AUMENTAR LETRA DIMINUIR LETRA



Mais Foram 9 mil toneladas em 2017, um aumento recorde se comparado a 2016. Dados foram divulgados pelo Ministério Antinarcótico do país e pelo Escritório da ONU sobre Drogas e Crime, UNODC.


Aumento também da insurgência e das atividades grupos terroristas, bem como da oferta em heroína de alta qualidade e baixo custo, alcança consumidores em todo o mundo – aumentado assim as desastrosas consequências desse tipo de comércio.


Plantação de papoulas no Afeganistão. Foto: UNODC


O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC) informou que a produção de ópio no Afeganistão atingiu níveis recordes este ano.


Em comunicado, a agência da ONU informou que foram produzidas 9 mil toneladas, um aumento de 87% se comparado ao ano passado. Os números foram compilados pelo governo afegão em parceria com o UNODC. A área de cultivo da papoula também aumentou para 329 mil hectares. Uma alta de 63%.


O diretor-executivo do UNODC, Yury Fedotov, disse que está mais do que na hora de a comunidade internacional e o Afeganistão voltarem a priorizar o controle da droga. Segundo ele, cada país tem a responsabilidade partilhada sobre este problema global.


O aumento na produção de ópio está diretamente ligado a um crescimento das áreas de cultivo da papoula. A maior parte ocorre no sul do país e também no nordeste. O aumento na produção de ópio representa ainda desafios para o Afeganistão e os países vizinhos, que se tornam canais de trânsito para os opiáceos.


O aumento também da insurgência e das atividades grupos terroristas, bem como da oferta em heroína de alta qualidade e baixo custo, alcança consumidores em todo o mundo – aumentado assim as desastrosas consequências desse tipo de comércio.


Se considerado em seu valor comercial, o ópio responde pelo equivalente a 7% do Produto Interno Bruto (PIB) afegão.


(Por Monica Grayley, da ONU News em Nova Iorque)


https://nacoesunidas.org/producao-de-opio-no-afeganistao-tem-aumento-de-87-este-ano/



« Última modificação: 17 de Fevereiro de 2018, 11:42:18 por JJ »

Offline JJ

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #72 Online: 17 de Fevereiro de 2018, 11:38:55 »


Uai,  o João pensava que os  "bonzudões"  tinham levado a lei, a ordem e o progresso  para o Afeganistão...


Mas, parece que alguma coisa deu errado...


 :D





Offline JJ

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #73 Online: 17 de Fevereiro de 2018, 11:45:37 »

E parece que algumas coisas estão dando erradas  na  "fuderosa"   "guerra às drogas"     :'(



 :biglol:
« Última modificação: 17 de Fevereiro de 2018, 11:59:43 por JJ »

Offline Gauss

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #74 Online: 17 de Fevereiro de 2018, 11:48:28 »
[...]
O morador de comunidade não quer isso, quem iria querer? Por isso que eu digo, é preciso uma política de segurança inteligente, porque não é tão difícil trazer o morador para o lado do Estado. Mas o que acontece  hoje é que essa população tem medo dos dois lados: da polícia e dos bandidos.
Sim, Pedro Reis. Uma política de segurança inteligente é de extrema importância. Mas é também de extrema importância neste momento uma política bruta para limpar o que está na rua. As duas coisas devem vir juntas.

Você se lembra ou já leu sobre o que ocorreu na Colômbia nos anos 1990, na derrocada dos dois maiores cartéis de drogas da história do país? Foi uma combinação das duas políticas, a de combate direto e a de planejamento estratégico.
Citação de: Gauss
Bolsonaro é um falastrão conservador e ignorante. Atualmente teria 8% das intenções de votos, ou seja, é o Enéas 2.0. As possibilidades desse ser chegar a presidência são baixíssimas, ele só faz muito barulho mesmo, nada mais que isso. Não tem nenhum apoio popular forte, somente de adolescentes desinformados e velhos com memória curta que acham que a ditadura foi boa só porque "tinha menos crime". Teria que acontecer uma merda muito grande para ele chegar lá.

 

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