Salário médio engloba todos os trabalhadores. Membros do MP são escolhidos por concurso público de provas e títulos, dos quais só podem participar advogados com prática forense. Não vejo muita lógica na comparação com salário médio.
Juízes, delegados de polícia, defensores públicos, procuradores do Estado, etc., ganham a mesma coisa.
O Brasil tem um dos judiciários (o estado ao todo, mas acho que particularmente mais grave é o judiciário -- cito o judiciário pelo MP ser análogo, apesar de nessa constituição ser considerado "executivo") mais caros do mundo, e mais ineficientes.
As remunerações bem acima do que é o normal para as qualificações exigidas no mercado.
Existe um ganho de eficiência para a máquina do estado em ter alguma vantagem nesses salários (se reduz os custos de reposição com funcionários que se demitem por encontrar ofertas melhores no mercado), mas a brasileira é excessiva. Acho que ouvi ontem mesmo, salários até 70% maiores, versus 30%, nos EUA. Não sei se isso considera ou não outros benefícios.
../forum/topic=28505.0.html
Repito, o povão precisa acordar para a máfia que é o Judiciário:
Mais do mesmo.
Justiça no Brasil: uma das mais caras do mundo
São 16,5 mil magistrados, 412,5 mil servidores e um gasto anual que totalizou R$ 62,3 bilhões em recursos públicos em 2013. O custo do Poder Judiciário brasileiro é um dos mais altos do mundo, e muito provavelmente o mais alto por habitante dentre os países federais do hemisfério ocidental. Um estudo do doutor em Ciência Política e pós-doutorando Luciano Da Ros, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, mostra que a estrutura no Brasil é pesada, ineficiente e cara na comparação com países mais desenvolvidos e ricos.
E a maior fatia do orçamento destinado ao Judiciário cobre despesas com funcionalismo. Por aqui, o percentual com pagamento de pessoal chega a aproximadamente 89% dos gastos, atendo-se a cerca de 70% em média nos países europeus. “Trata-se de um custo altíssimo especialmente ante a conhecida demora das decisões, que gera uma taxa de congestionamento de cerca de 70%”, frisa a pesquisa.
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http://www.claudiawallin.com.br/2015/08/27/isto-e-imoral-juiz-sueco-analisa-rendimentos-de-moro-e-colegas/
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Volto à pergunta original: quanto vale um juiz?
Peço ao magistrado para revelar seu contracheque, e informar quanto paga em impostos neste país – onde quem ganha mais, também paga tributos mais altos.
“Ganho acima dos demais juízes, pois sou chefe de divisão do tribunal”, ele diz.
“Em números exatos, meu salário é de 77.900 coroas suecas (cerca de R$ 33 mil. Em impostos, pago um total de 32,340 coroas (R$ 13,7 mil). Sobram portanto, em valores líquidos, cerca de 45 mil coroas suecas (aproximadamente R$ 19 mil). E aqui na Suécia, o imposto geral sobre o consumo (IVA) é de 25%”, destaca Thed Adelswärd.
Na Suécia, a estrutura do poder judiciário é organizada em três níveis: os tribunais distritais (Tingsrätt), os tribunais de recursos e apelações (Hovrätt ou Kammarrätt) e o Supremo Tribunal (Högsta domstolen).
O salário dos juízes dos tribunais distritais varia entre 57,500 e 61 mil coroas suecas (aproximadamente entre R$ 24,3 mil e R$ 25,8 mil).
Nos tribunais de apelação, os magistrados suecos recebem vencimentos de 58 mil a 61,5 mil coroas suecas (o equivalente a R$ 24,6 mil e R$ 26 mil, respectivamente). O salário médio no país é de 27,3 mil coroas suecas.
Para os integrantes da Suprema Corte – que na Suécia não têm status de ministro, e nenhum benefício extra atrelado ao cargo -, a remuneração é de 99,7 mil coroas suecas (cerca de R$ 42,2 mil).
“E os reajustes salariais dos juízes tratam normalmente da reposição da perda inflacionária anual, em torno de 2%”, lembra Kristina Mäler, do sindicato dos juízes da Suécia (Jusek).
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https://www.youtube.com/v/vRZkHVv3dfc
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Mas, novamente, não podemos esquecer que algumas profissões são monopólio do Estado – como aquelas ligadas à Justiça. Dessa forma, é difícil compará-las com o setor privado.Talvez seja mais adequada uma comparação internacional.
Para isso, o gráfico abaixo mostra a despesa do Poder Judiciário como porcentagem do PIB. Foi extraído do trabalho “O Custo da Justiça no Brasil”, e podemos ver que o Brasil gasta impressionantes 1,3% do PIB apenas com o Poder Judiciário, sem contar o Poder Legislativo, que também tem altos privilégios. A comparação com países mais ricos talvez não seja a melhor, mas mesmo se olharmos para nossos vizinhos Chile,Venezuela, Colômbia e Argentina, percebemos que gastamos demais.
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http://porque.uol.com.br/existe-desigualdade-entre-funcionarios-publicos-e-privados/
http://187.109.79.214/existe-desigualdade-entre-funcionarios-publicos-e-privados/
http://antigo.porque.com.br/existe-desigualdade-entre-funcionarios-publicos-e-privados/
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http://epoca.globo.com/ideias/noticia/2014/10/brasil-gasta-demais-com-bfuncionarios-publicosb.html
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Falta professor, mas sobra chofer e assessor tem de sobra
...A Câmara Municipal de São Paulo tem 26 motoristas, 13 garçons, sete auxiliares de cozinha e ainda auxiliares de serviços odontológicos, cirurgiões-dentistas, barbeiros, oftalmologistas, lavador e lubrificador de veículos e vidraceiro, segundo o Portal da Transparência. Os casos revelam uma lógica de trabalho que dá prioridade ao luxo, ao privilégio, ao desperdício e à concessão de favores e boquinhas. Essa lógica se estabelece, nos gabinetes, em detrimento daquela com que a maioria dos mortais tem de lidar no dia a dia – a economia de recursos e o esforço para trabalhar melhor.
Casos como esses reforçam a impressão de que há excesso de servidores públicos. Eles são ao todo 11,1 milhões. Um em cada dez brasileiros em idade de trabalhar está empregado em algum governo. Essa fatia é normal entre países emergentes e fica abaixo da usual entre países desenvolvidos. Um relatório de 2013 da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE, grupo que inclui as nações mais desenvolvidas do mundo) informa que o número de funcionários públicos no Brasil “é bastante limitado” em comparação com o dos países-membros da entidade, mas também que é “mais caro”. O problema, portanto, não está na quantidade de funcionários públicos, mas na qualidade deles – e dos serviços que prestam.
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