Autor Tópico: Limitações do Método Científico  (Lida 1123 vezes)

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Offline Ricardo

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Limitações do Método Científico
« Online: 22 de Junho de 2019, 20:00:00 »
  Existe limitações no método cíentífico ?
"Ausência de evidência não é evidência de ausência." - Carl Sagan


Offline Ricardo

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Re: Limitações do Método Científico
« Resposta #2 Online: 22 de Junho de 2019, 20:44:27 »
 um exemplo de suas limitações ?   :)
"Ausência de evidência não é evidência de ausência." - Carl Sagan

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Limitações do Método Científico
« Resposta #3 Online: 22 de Junho de 2019, 21:09:02 »
Diversas devem ter sido discutidas em tópicos relacionados, como esse:

../forum/topic=25397.0.html

../forum/topic=6764.0.html

Não existe nenhuma regra contra "necromancia" no fórum, acho que é até preferível "desenterrar" tópicos antigos dando continuidade a discussões antigas, ainda que obviamente não se deva esperar necessariamente resposta de algum participante que desde então se ausentou.

Offline Sdelareza

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Re: Limitações do Método Científico
« Resposta #4 Online: 22 de Junho de 2019, 23:20:11 »
um exemplo de suas limitações ?   :)

A ciência não consegui explicar ainda como a consciência funciona.

Quando o método científico encontra seus limites, passamos a usar filosofia.

Offline Fernando Silva

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Re: Limitações do Método Científico
« Resposta #5 Online: 23 de Junho de 2019, 06:49:44 »
A ciência não consegui explicar ainda como a consciência funciona.
Com destaque para o "ainda".
Quando o método científico encontra seus limites, passamos a usar filosofia.
Ou seja, enquanto não temos como estudar um fenômeno cientificamente, especulamos sobre possibilidades e hipóteses.

Offline Ricardo

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Re: Limitações do Método Científico
« Resposta #6 Online: 23 de Junho de 2019, 08:10:23 »
''Quando o método científico encontra seus limites, passamos a usar filosofia''.
 Teria uma exemplo dessa afirmação ?
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Offline -Huxley-

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Re: Limitações do Método Científico
« Resposta #7 Online: 23 de Junho de 2019, 09:08:51 »
O modelo linear de ciência "Academia --> Ciência Aplicada e Tecnologia --> Prática" é um dos grandes mitos da atualidade: ../forum/topic=30165.0.html#msg947650

A importância da ciência para a tecnologia é muito menor do que esse modelo supõe.

Na chamada "ciência social", a importância das teorias científicas também são superestimadas. Por exemplo, há evidências que sugerem que só uma minoria dos estudos científicos de psicologia replicam e têm aplicação além da estreiteza das condições restritas dos experimentos. Pois não é por acaso que, nessas disciplinas, existe uma farta literatura sobre o "problema do especialista" (Tetlock, Shanteau, Meehl, Dawes, etc.).
« Última modificação: 23 de Junho de 2019, 10:31:35 por -Huxley- »

Offline Sdelareza

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Re: Limitações do Método Científico
« Resposta #8 Online: 23 de Junho de 2019, 11:05:51 »
''Quando o método científico encontra seus limites, passamos a usar filosofia''.
 Teria uma exemplo dessa afirmação ?

Dá uma estudada sobre a filosofia da mente. Sobretudo sobre o exemplo do Quarto Chinês proposto por John Searle.

Offline Ricardo

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Re: Limitações do Método Científico
« Resposta #9 Online: 23 de Junho de 2019, 13:22:39 »
 Peço aos foristas comentários , sobre o seguinte texto "  Se um cientista, utilizando-se de maus critérios, ou até mesmo apoiando-se em dogmas, constrói, de maneira não científica, um determinado campo do conhecimento, isto não significa que este campo não possa vir a ser estudado cientificamente; e que não se possam criteriosamente, aproveitar as conclusões de seus estudos. Nada impede que uma teoria, considerada hoje como não científica, pelo fato de possuir uma ou mais hipóteses não falseáveis, adquira esse status após passar por ligeiras reformulações.Não podemos assumir que um campo do conhecimento seja não científico pelo simples fato de não encontrarmos nele teorias científicas. Este posicionamento de Popper não se justifica: o falsificacionismo não é um bom critério delimitador da ciência,não existem áreas não científicas, mas sim áreas onde ainda não foram produzidos conhecimentos científicos. O progresso científico tem sua origem na intuição e, pelo menos nesta etapa, nada é absolutamente corroborável ou falseável. Podemos ainda dizer que a ciência não se localiza aqui ou acolá: sob esse aspecto, a ciência não tem fronteiras."
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Offline Buckaroo Banzai

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Re: Limitações do Método Científico
« Resposta #10 Online: 23 de Junho de 2019, 14:33:53 »
Parece algo deliberadamente vago para tentar argumentar que alguma coisa para a qual não exista evidência científica ou para a qual existam numerosas evidências contrárias na verdade pode ser científico sim e é injusto dizer que não.

Idealmente seriam dados mais exemplos históricos corroborando essa perspectiva para ilustrar, e então talvez ficasse claro ser algo com maior nuance, valendo para muitos casos dentro daquilo que se tem ortodoxamente como ciência.

Mas, parece haver uma intenção de maior generalização, e mesmo havendo esses casos genuinamente científicos que se enquadrassem no descrito, não significa que algo já não possa ser considerado pseudocientífico mesmo em uma fase muito preliminar, ainda só "intuição"/imaginação/fantasia de alguém. Como pelo que requereria em se jogar fora do que se tem de conhecimento científico mais sólido (e não análogo a paradigmas não-científicos quaisquer como que a Terra é plana ou o centro do universo).

"Ciência" no sentido mais estrito é "conhecimento," não imaginação, especulação; o que é delineado aí, simplesmente se teria na melhor das hipóteses especulações sobre aquilo que não realmente se conhece, e cujos especuladores esperam se poder vir a saber. Não sei qual é o melhor critério delineador de ciência, mas, qualquer que seja, tem que ser algo mais restritivo do que se ter como "ciência" já qualquer coisa que qualquer um imaginar.

Offline Gorducho

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Re: Limitações do Método Científico
« Resposta #11 Online: 23 de Junho de 2019, 14:43:26 »
Citar
nesta etapa, nada é absolutamente corroborável ou falseável
Então ainda não chegou em estágio científico. É mera conjectura/hipótese científica a ser corroborada por metodologia científica e só depois passará a integrar a Ciência (dentro do campo específico de que se tratar, claro).
 

Offline Gigaview

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Re: Limitações do Método Científico
« Resposta #12 Online: 23 de Junho de 2019, 14:44:27 »
Peço aos foristas comentários , sobre o seguinte texto "  Se um cientista, utilizando-se de maus critérios, ou até mesmo apoiando-se em dogmas, constrói, de maneira não científica, um determinado campo do conhecimento, isto não significa que este campo não possa vir a ser estudado cientificamente; e que não se possam criteriosamente, aproveitar as conclusões de seus estudos.

Pode...a alquimia é um exemplo de pseudociência que cientificamente foi aproveitada na química.

Citar
Nada impede que uma teoria, considerada hoje como não científica, pelo fato de possuir uma ou mais hipóteses não falseáveis, adquira esse status após passar por ligeiras reformulações.Não podemos assumir que um campo do conhecimento seja não científico pelo simples fato de não encontrarmos nele teorias científicas.

Depende das ligeiras reformulações e da capacidade delas submeterem a teoria ao rigor da Ciência.

O campo do conhecimento científico é fundamentado em conhecimento científico acumulado. Se uma teoria estiver apoiada em elementos não científicos ela não é científica.

Citar
Este posicionamento de Popper não se justifica: o falsificacionismo não é um bom critério delimitador da ciência,não existem áreas não científicas, mas sim áreas onde ainda não foram produzidos conhecimentos científicos.

Existem áreas não científicas que sempre vão permanecer como não científicas.  Por exemplo, a bad-archaeology que parte de pressupostos fantasiosos e se defende atacando a arqueologia científica com teorias conspiratórias.

Citar
O progresso científico tem sua origem na intuição e, pelo menos nesta etapa, nada é absolutamente corroborável ou falseável. Podemos ainda dizer que a ciência não se localiza aqui ou acolá: sob esse aspecto, a ciência não tem fronteiras."

O progresso científico tem sua origem no compartilhamento do conhecimento acumulado. A intuição precisa de muito suor para se converter em conhecimento científico.
« Última modificação: 23 de Junho de 2019, 14:46:30 por Gigaview »
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

Offline Sdelareza

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Re: Limitações do Método Científico
« Resposta #13 Online: 23 de Junho de 2019, 14:50:32 »
Popper disse que a ciência não avança com generalizações a partir de observações, mas através de conjecturas ousadas.

Mas essas conjecturas precisam ser testadas.

Offline Gorducho

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Re: Limitações do Método Científico
« Resposta #14 Online: 23 de Junho de 2019, 14:56:38 »
Intuição e conjecturas ousadas são como Fé: podem tanto render frutos como resultar em nada ou mesmo em desastres. O confronto com o real externo ao intuente ou Crente é que vai ser o juiz.

Offline -Huxley-

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Re: Limitações do Método Científico
« Resposta #15 Online: 23 de Junho de 2019, 15:04:36 »
Peço aos foristas comentários , sobre o seguinte texto "  Se um cientista, utilizando-se de maus critérios, ou até mesmo apoiando-se em dogmas, constrói, de maneira não científica, um determinado campo do conhecimento, isto não significa que este campo não possa vir a ser estudado cientificamente; e que não se possam criteriosamente, aproveitar as conclusões de seus estudos. Nada impede que uma teoria, considerada hoje como não científica, pelo fato de possuir uma ou mais hipóteses não falseáveis, adquira esse status após passar por ligeiras reformulações.Não podemos assumir que um campo do conhecimento seja não científico pelo simples fato de não encontrarmos nele teorias científicas. Este posicionamento de Popper não se justifica: o falsificacionismo não é um bom critério delimitador da ciência,não existem áreas não científicas, mas sim áreas onde ainda não foram produzidos conhecimentos científicos. O progresso científico tem sua origem na intuição e, pelo menos nesta etapa, nada é absolutamente corroborável ou falseável. Podemos ainda dizer que a ciência não se localiza aqui ou acolá: sob esse aspecto, a ciência não tem fronteiras."

Crenças dos anteriores aspirantes a cientistas sobre um campo de conhecimento não refuta a cientificidade de uma crença que venha ser estabelecida depois. Não é porque alguns ufólogos atuais querem postular a existência de naves extraterrestres baseado exclusivamente em testemunhos a distância que uma equipe de pesquisadores não possa encontrar um chip possivelmente extraterrestre e analisar se ele é terrestre ou não, transformando assim a ufologia em uma ciência.

O critério de demarcação de ciência de Popper ou de qualquer outro filósofo não deveria necessitar de fronteiras rigorosamente precisas. O fato de haver casos de fronteira não significa que não haja casos em que seja fácil dar uma solução. O fato de haver pessoas acerca das quais não saberíamos bem dizer se são ou não carecas não significa que não haja pessoas que são decididamente carecas ou decididamente não carecas.

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Limitações do Método Científico
« Resposta #16 Online: 23 de Junho de 2019, 15:48:06 »
Pode...a alquimia é um exemplo de pseudociência que cientificamente foi aproveitada na química.

Mais do que etimologicamente? Etimologicamente, ou algo além do mais fundamental "bem, existem 'substâncias', e elas se transformam conforme se combinam e etc e tal; vamos estudar isso."

LMCWFM:

Citação de: wikipedia
https://en.wikipedia.org/wiki/History_of_chemistry#Medieval_alchemy

In the Islamic World, the Muslims were translating the works of the ancient Greeks and Egyptians into Arabic and were experimenting with scientific ideas.[26] The development of the modern scientific method was slow and arduous, but an early scientific method for chemistry began emerging among early Muslim chemists, beginning with the 9th-century chemist Jābir ibn Hayyān (known as "Geber" in Europe), who is sometimes regarded as "the father of chemistry".[27][28][29][30] He introduced a systematic and experimental approach to scientific research based in the laboratory, in contrast to the ancient Greek and Egyptian alchemists whose works were largely allegorical and often unintelligble.[31] He also invented and named the alembic (al-anbiq), chemically analyzed many chemical substances, composed lapidaries, distinguished between alkalis and acids, and manufactured hundreds of drugs.[32] He also refined the theory of five classical elements into the theory of seven alchemical elements after identifying mercury and sulfur as chemical elements.[33][verification needed]

Among other influential Muslim chemists, Abū al-Rayhān al-Bīrūnī,[34] Avicenna[35] and Al-Kindi refuted the theories of alchemy, particularly the theory of the transmutation of metals; and al-Tusi described a version of the conservation of mass, noting that a body of matter is able to change but is not able to disappear.[36] Rhazes refuted Aristotle's theory of four classical elements for the first time and set up the firm foundations of modern chemistry, using the laboratory in the modern sense, designing and describing more than twenty instruments, many parts of which are still in use today, such as a crucible, cucurbit or retort for distillation, and the head of a still with a delivery tube (ambiq, Latin alembic), and various types of furnace or stove.[citation needed]

For practitioners in Europe, alchemy became an intellectual pursuit after early Arabic alchemy became available through Latin translation, and over time, they improved. Paracelsus (1493–1541), for example, rejected the 4-elemental theory and with only a vague understanding of his chemicals and medicines, formed a hybrid of alchemy and science in what was to be called iatrochemistry. Paracelsus was not perfect in making his experiments truly scientific. For example, as an extension of his theory that new compounds could be made by combining mercury with sulfur, he once made what he thought was "oil of sulfur". This was actually dimethyl ether, which had neither mercury nor sulfur.[citation needed]




Citar
https://en.wikipedia.org/wiki/Timeline_of_chemistry

...

c. 1310
Pseudo-Geber, an anonymous Spanish alchemist who wrote under the name of Geber, publishes several books that establish the long-held theory that all metals were composed of various proportions of sulfur and mercury.[24] He is one of the first to describe nitric acid, aqua regia, and aqua fortis.[25]
c. 1530
Paracelsus develops the study of iatrochemistry, a subdiscipline of alchemy dedicated to extending life, thus being the roots of the modern pharmaceutical industry. It is also claimed that he is the first to use the word "chemistry".[10]
1597
Andreas Libavius publishes Alchemia, a prototype chemistry textbook.[26]

...

1605
Michal Sedziwój publishes the alchemical treatise A New Light of Alchemy which proposed the existence of the "food of life" within air, much later recognized as oxygen.[28]

...

1648
Posthumous publication of the book Ortus medicinae by Jan Baptist van Helmont, which is cited by some as a major transitional work between alchemy and chemistry, and as an important influence on Robert Boyle. The book contains the results of numerous experiments and establishes an early version of the law of conservation of mass.[31]

1661
Robert Boyle publishes The Sceptical Chymist, a treatise on the distinction between chemistry and alchemy. It contains some of the earliest modern ideas of atoms, molecules, and chemical reaction, and marks the beginning of the history of modern chemistry.[32]


Depois disso não há mais menções de "alquimia," a não ser talvez em outras grafias, que não procurei.

Offline Fenrir

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Re: Limitações do Método Científico
« Resposta #17 Online: 23 de Junho de 2019, 16:23:23 »
O tempo é essencial
Uns 1000-500 anos atrás a alquimia poderia com justiça ser considerada como uma proto-ciência ou uma ciência em estágio embrionário.
Hoje, ou como sugere o post do Buckaroo, após o Sec XVIII, não passa de pseudo-ciência.

Por isso acho estranho censurar Ptolomeu pelo seu geocentrismo ou Aristóteles por sua física, mas lícito censurar um Jonh Doe do sec XXI que professe crença no geocentrismo ou na fisica aristotélica, a despeito de todo o progresso feito desde aqueles tempos.
« Última modificação: 23 de Junho de 2019, 16:28:41 por Fenrir »
"Nobody exists on purpose. Nobody belongs anywhere. Everybody's gonna die. Come watch TV" (Morty Smith)

"The universe is basically an animal. It grazes on the ordinary. It creates infinite idiots just to eat them." (Rick Sanchez)

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Limitações do Método Científico
« Resposta #18 Online: 23 de Junho de 2019, 16:24:39 »

Puro negacionismo laico-comunista-ateu.




E antes que os "céticos" venham dizer que isso não pode ter nenhuma corroboração científica:

https://en.wikipedia.org/wiki/Optogenetics













https://www.mdmag.com/medical-news/one-color-relieves-migraines-with-light-therapy

Offline Fenrir

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Re: Limitações do Método Científico
« Resposta #19 Online: 23 de Junho de 2019, 16:34:49 »
e também conspiratório-materialista-satanista
um verdadeiro tumor maligno no tecido cristão desse universo do senhor
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Offline Ricardo

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Re: Limitações do Método Científico
« Resposta #20 Online: 23 de Junho de 2019, 17:54:08 »
  Obrigado pessoal !  :)  Mais uma vez peço comentários dos Foristas de um texto extraido do seguinte site https://www.recantodasletras.com.br/artigos/387862       Problemas cruciais da ciência: a atual questão da objetividade e da metodologia
   Concebidos como dogmas intocáveis no bojo do positivismo científico, a objetividade e o método constituem elementos bastante questionados atualmente. Desse modo, há os cientistas mais ortodoxos que defendem a necessidade de uma metodologia rigorosa para o implemento de suas atividades. Todavia, existem também os estudiosos mais heterodoxos, para quem os métodos e os critérios demasiadamente objetivos podem ser prejudiciais no desenvolvimento de pesquisas e de teorizações científicas. A fim de que se tornem explícitos os principais problemas inerentes à objetividade e ao método, é oportuno que se faça uma sucinta abordagem em relação aos aspectos científicos preponderantes que têm sido criticados na atualidade.  Essa questão da objetividade científica, tal como explanada por  pensadores como Popper e Kant, proporciona muitas críticas no tocante à sua ocorrência prática. Será realmente possível que um cientista, ao implementar suas teorias e pesquisas, seja objetivo por completo ? Até que ponto os elementos subjetivos do pesquisador não influenciam de modo significativo o resultado final de seus estudos ? Tal objetividade, de fato, comporta inúmeras restrições concretas. Em primeiro lugar, é praticamente impossível que elementos subjetivos do cientista não exerçam influência em suas análises e abordagens. As próprias características fisiológicas do pesquisador interferem perceptivelmente em seus estudos. Por exemplo, os sentidos de um cientista vão influenciar de forma inevitável as suas constatações sobre o universo. A própria visão desse cientista não permite que ele analise de modo neutro e sem subjetividade os vários fenômenos que o circundam.Como realizar uma  atividade científica neutra e isenta de elementos subjetivos, se os próprios elementos orgânico-sensoriais do cientista interferem em sua análise ? Após essa abordagem concernente à objetividade científica, cumpre perquirir os problemas fundamentais inerentes à questão da metodologia. Segundo autores mais heterodoxos como Paul Feyerabend, o método científico não deve restringir a atividade investigadora do cientista, impondo-lhe procedimentos rigorosos e inflexíveis de pesquisa. Contudo, a posição ainda preponderante no meio científico é a de que a metodologia bem delineada é algo imprescindível ao desenvolvimento de pesquisas e teorias. Opondo-se à idéia do vale-tudo de Feyerabend no âmbito metodológico, Chalmers explicita a idéia de que há métodos não-cartesianos de análise científica. Dessa forma, os padrões a serem observados pelos cientistas no implemento de seus estudos não necessariamente devem tolher qualquer elemento criativo, mesmo porque isso seria impossível. Apesar de que os métodos científicos tenham mudado bastante até a atualidade, há certas regras positivistas de procedimento que ainda continuam em voga. E, nesse sentido, é necessário ter cautela quanto à adoção de padrões metodológicos, sem qualquer análise prévia de sua eficácia diante das mudanças tecnológicas que se verificam atualmente. Ressalte-se ainda a influência inequívoca de fatores políticos e culturais na escolha de metodologias científicas. No mundo hodierno, em meio às constantes exigências da tecnologia, a utilização de métodos científicos obsoletos é fatal. Após essas considerações sobre interferências de cunho político na ciência, cabem alusões ao fato de que o método científico ortodoxo está intrinsecamente vinculado a encadeamentos lógicos de idéias. Nesse sentido, o método científico mais tradicional procura estabelecer uma forma universalmente válida de pensamento, que não encontra respaldo na realidade prática. Saliente-se que o entendimento humano sobre o universo não pode estar adstrito a um método universal, simplesmente porque as pessoas são diferentes e, assim, entendem o mundo de modos distintos. A pretensão de se submeter todo e qualquer tipo de entendimento humano a padrões fixos e imutáveis de pensamento é por si só despótica e infundada.Se o pensamento humano é livre, em essência, será efetivamente possível limitar os pensadores científicos por meio de regras rígidas e inflexíveis? Essa indagação possibilita uma série de reflexões sobre os próprios limites da metodologia no âmbito científico contemporâneo. Até onde poderá um método científico regular consistentemente as atividades de um teórico ou de um pesquisador ? As limitações da metodologia científica, como é de se supor, consistem tanto em questões técnicas quanto em aspectos epistemológicos. Quanto às questões técnicas, verifica-se com facilidade que um método terá de ser inevitavelmente substituído por outro à medida em que são implementadas novas tecnologias. Já no que concerne aos limites epistemológicos, qualquer metodologia é por si só restrita e incompleta, pois está vinculada às limitações de quem a formulou. Além disso, se a própria ciência é limitada, os métodos que lhe são correlatos não poderiam deixar de sê-lo.
                                                                                                                                                                               
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Offline Buckaroo Banzai

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Re: Limitações do Método Científico
« Resposta #21 Online: 23 de Junho de 2019, 18:06:17 »
Citar
[...] Como realizar uma  atividade científica neutra e isenta de elementos subjetivos, se os próprios elementos orgânico-sensoriais do cientista interferem em sua análise ?
Dentro do humanamente possível, se obtém pelo processo científico "social," reproduções, ou não, do que outros pesquisadores relataram, bem como acréscimo de outras perspectivas, todo o debate, acusações mais específicas de subjetividades e etc e tal.

A partir daí o texto começa a descarrilhar para política e noções implícitas que qualquer maneira de "entender o mundo" que alguém tenha, é igualmente válida, e sugerir o contrário é despótico. Poderia estender talvez para matemática, e dizer que qualquer "conta" que alguém fizer, pode ser considerada também válida, se a pessoa assim sente, no fundo de seu coração. Caso contrário é despotismo matemático.



Offline Gorducho

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Re: Limitações do Método Científico
« Resposta #22 Online: 23 de Junho de 2019, 19:04:01 »
Mais uma vez peço comentários dos Foristas de um texto extraido
&c.
Citar
Será realmente possível que um cientista, ao implementar suas teorias e pesquisas, seja objetivo por completo ? Até que ponto os elementos subjetivos do pesquisador não influenciam de modo significativo o resultado final de seus estudos ?
Não importa muito visto que o resultado final dos estudos vai ter que ser confrontado com a realidade. E esta é que será a juíza final.
Claro: podem ser analisadas pela comunidade científica as metodologias estatísticas adotadas & tals, o que no frigir dos ovos boils down to confrontar a realidade. E a reprodutibilidade tem papel crucial nisso, claro, inclusive pra filtrar erros ou más escolhas estatísticas desse pesquisador original proponente da tese.
E, seja como seja chamada, alguma falseabilidade tb. é essencial pra poder constatar nexo causal dentro da tese sob escrutínio.
Citar
Saliente-se que o entendimento humano sobre o universo não pode estar adstrito a um método universal, simplesmente porque as pessoas são diferentes e, assim, entendem o mundo de modos distintos.
Aí como critério de decisão entre 2 modelos diferentes uma regra heurística é a navalha "do Guilherme". + é uma regra opcional: em certas situações sim se poderá ter 2 ou + modelos pra dado fenômeno prático competindo legitimamente dentro da Ciência :ok:
Tem-se o pendulo no Panteão e a escala circular de horas... FATO
Dado isso, diferentes "entendimentos humanos" podem concluir
(i) que a terra seja razoavelmente redonda (visto que durante 24h a quantidade de ° percorridos na escala varia conforme o lugar onde outros pêndulos semelhantes tiverem) e gira sobre si mesma;
(ii) que o Universo gira ao redor da Terra (navalha...);
(iii) :?:   
Por exemplo: até relativamente poucos anos tanto a "ortodoxia" como "variáveis ocultas" competiam legitimamente dentro da QM. Hoje a balança aparentemente pendeu em definitivo pra ortodoxia. Mas Ciência funciona assim mesmo: nenhum modelo poder ser considerado definitivo, "eterno" (Verdades & Certezas Absolutas são apanágio das Religiões, não das Ciências corretamente entendidas e praticadas).   
 
« Última modificação: 23 de Junho de 2019, 19:14:54 por Gorducho »

Offline Sergiomgbr

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Re: Limitações do Método Científico
« Resposta #23 Online: 23 de Junho de 2019, 19:15:08 »
A limitação do método científico é exatamente haver o método.
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Ricardo

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Re: Limitações do Método Científico
« Resposta #24 Online: 23 de Junho de 2019, 19:34:07 »
Com a evolução do método científico, o que atualmente é Pseudociência no futuro poderá ser considerado Ciência  ?
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