ESTOU CALMÉRRIMA!!!
Marco e GERAL, vocês acha que algum de NÓS esteve aberto a "discussão"? Não, a gente está aqui REPRODUZINDO o mesmo debate, aquele um que já cansou, e que não tem fim. Todos aqui, é óbvio, temos preconceito com a idéia do outro. Todo mundo com essa mania de norte-americano que, se chega no estrangeiro e não consegue se fazer entender, repete, e repete mais pausado, e repete mais pausado e mais alto. E a gente só se repete, não tá indo pra frente. Escolha de palavras ruim é fácil, mas é fácil também ler "ofensa" e não ler o resto.
Isso demonstra uma organização cuja a ideologia é "de cima para baixo", em que pouco vale a opinião dos membros ,a opinião do grupo é decidida pelos dirigentes.
Garanto-lhe que qualquer sem-terra do MST ou é simpatizante do comunismo ou ALIENADO, por causa da ideologia do grupo.
Sempre há nos movimentos uma ideologia na direção diferente da dos "associados"; mas há algo comum que os une, no nosso caso a terra. Esperar que isso também não aconteça no MST é esperar que eles sejam ETs ou sei lá o quê. E diga-me onde viu uma organização que é de baixo pra cima, desde o comçeo, porque eu nunca vi.
Enfim, não chamo o MST, como MOVIMENTO (vide o M) de comunista porque eles não pegaram, nem tentaram pegar, em armas pra abolir o Estado ou a Propriedade, independentemente do que o Stédile diga.Estão tentando fazer reforma e promulgar lei e tal, lutando dentro dos limites democráticos, sem subverter a Ordem, portanto não-comunistas.
Não imagino que o direito a propriedade individual tenha a ver com a sobrevivência em si. Para nós talvez faça sentido porque temos noção de individualudade, casamento e herança, taltal. Posse, acho que sim.
E o marxismo ou anarquismo são ideologias salvadoras, que fazem sentido independente de qualquer noção ?E a propriedade coletiva faz muito sentido independente da cultura ou da sociedade? Claro que não, elas passaram a ser mais estudadas ou teorizadas quando começaram a Revolução Industrial, todos socialistas foram influenciados pela situação social.
Sobrevivência básica, não sobrevivência a seleção natural, lógico ao consumirmos ou produzirmos, estamos mantendo nosso corpo vivo(que é sobreviver), mas ao tomarmos para nós alguma parte da propriedade(a propriedade individual) temos mais chances de sobreviver e passar nossos genes.Quer dizer ter uso individual é o suficiente, mas ter a propriedade potencializa.Assim, a conclusão de que apenas posse está ligado a sobrevivência não é tão séria.
O que quis dizer é que entre nós a propriedade individual faz sentido, e em algumas outras culturas também, mas não dá pra estender e dizer que a propriedade individual é em todo lugar e em toda época - como nenhuma outra. Os socialismos (marxismo é outra coisa) fazem sentido, também, somente aqui, dentro do capitalismo. Por isso, a meu ver, as revoluções comunistas deram problema. Mas então. Você parece ter compreendido isso ok.
Então, sei lá, a propriedade passa a ser uma forma de "descendência", mas não dá a ninguém mais chances de sobreviver e passar genes. Não que eu saiba pelo menos.
Quais são os dados que você tem?
O problema é que não podemos dar todo tipo de função ao uso da uma propriedade, não conseguimos sozinhos ou em posse individual produzir todos utensílios.Temos que contar com outras propriedades.
Sim, e podemos tranqüilamente suprir estas necessidades com cooperativas, de propriedade coletiva, e usar mecanismo de troca.
Não excluo porém as autogestões ou feudalismo, no feudalismo(ou socialismo soviético) a propriedade passa a um distribuidor isso dá margens aos que usurpam do distribuidor e de seu meio de distribuição, a aristocracia , a burocracia , o estatismo.
Na autogestão não há dmp, muito menos ddp, uma sociedade em que não há divisão de propriedade é impossível.Não leve como propriedade a definição clichê de ter um meio de produção, mas a divisão(alguém faz isso, fulano faz aquilo).Enuncio aqui: Talvez não tenha sido a promiscuidade que tenha acabado com Roma, mas a sua economia, que passou a depender de um pequeno número de pessoas(os escravos), quer dizer a divisão irregular de função, as suas colônias não declinaram junto com Roma, suponho que foi por causa do "projeto" soldado-colonizador.
Um, feudalismo não existiu, o socialismo soviético sim, e mesmo aquilo que vocês chamam de feudalismo não tem nada que ver com o socialismo soviético, então tire aquele "ou" porque não cabe.
Dois. Se com promiscuidade você quer dizer a mal-falada "invasão bárbara", eu devo concordar com você que o problema foi econômico, mas daí em diante não tem nada a ver. Mesmo porque o latifúndio romano não era autogestionado. Mas vamos começar do começo, quem sustentava Roma era os latifúndios, baseados em trabalho escravo, que começa a escassear no III, aí os proprietários precisam produzir e começam a arrendar as terras, e alguns escravos viram colonos, e plebeus da cidade, e os bárbaros, e até os pequenso proprietários mesmo, e a cambada toda vira colonos, e as villas que já eram seguras passaram a ser auto-sustentáveis também, então a produção cai, e as cidades entram em crise, e aí tudo ferrado chegam os bárbaros e enterram. E a Igreja Romana passa a ser a única instituição romana que sobra e perpetua suas tradições etc. E enfim, Roma mesmo ficou de pé, quem caiu foi o resto, que não estava nas villas (o "projeto soldado colonizador", suponho). O problema não está em falta de divisão do trabalho, nem na natureza da propriedade, mas na falta de guerra.
Resta perguntar: por que você quer conceituar propriedade como divisão do trabalho? E o que a divisão do trabalho tem que ver com tudo? Porque um estado hipotético composto de propriedades comunitárias auto-gestionadas deve ter divisão de trabalho, e mesmo que ela seja auto-sustentável, tem definição de tarefas dos trabalhadores, então não vejo como... e divisão de trabalho é uma coisa muto diferente de propriedade privada. Sei lá, pode começar de novo?
O problema entre as duas concorrentes é como vai se distribuir e quem vai ganhar os produtos.O dinheiro ou um valor é o ideal para trocas de produto.
Isso em termos gerais, socialistas e capitalistas, achamos que a posse deve estar ligado com a propriedade(se a propriedade é minha, os bens são para minha posse OU se a propriedade é de todos , os bens são para todos terem posse)
Eu penso que o problema está na existência ou não de mais valia. Claro que se você quiser pular isso, tudo bem. Talvez venha alguém que consiga nos explicar direitinho como se dá a evolução do conceito de propriedade... Mas parece a mim que a definição que dei é generalizada, propriedade é usada pra produção e posse pra uso.
Aí na relação entre a pp e a pc você tem razão, um dos problemas entre "as duas concorrentes" está em a propriedade ser coletiva ou individual, ou em ser individual e não ser. Mas tem a questão da exploração do trabalhador, se a relação comercial é capitalista ou mercantil, etc. E tem o problema da autoridade do dono do meio de produção também, e a do domínio, mas isso acho que podemos deixar pra outro momento.
Bem, a definição dada por si sobre propriedade e posse, falha em um negócio, não é completo, faltando-lhe alguma noção que permita saber a quem vai a propriedade ou o produto, ou quem consumirá, chega a ser confuso uso pois pode ser tanto consumo, quanto produção.Além disso mudamos um pouco de foco, acredite foi difícil dar essa reviravolta.
Tem razão que isso não é abordado, mas porque acho que a definição disso não cabe no propriedade, mas na sua sustentabilidade. Há a possibilidade de ser auto-sustentável; se não for, tem que ter relação de comércio; se tiver, pode ser mercantil, capitalista, de troca, etc. E aí dá reviravolta mesmo.
Mas se é pra falar, penso que a diferença é: propriedade é pra produção, e o uso pra consumo. A partir do momento que produz, a coisa usada converte-se em propriedade. A produção pode ser para o mercado ou para subsistência, individual ou coletiva, e provavelmente outras coisas também. Sei lá, acho que isso é o que dá pra deduzir da lei.
Conclusão: a propriedade privada tem uma necessidade, uma utilidade e um valor.
se quiser eu explico o por quê, o que está mais claro aqui é a necessidade.A utilidade está meio oculta no texto e o valor eu ainda não dei.
Eu concordo com tudo, mas tenho a LEVE IMPRESSÃO de que damos conotações diferentes. Pode mandar.
Off-quote: Acho Marx , não um inimigo, mas o melhor crítico entre os socialistas, ele de fato se propos a estudar a fundo a sociedade capitalista, diferente de Bakunin ou Saint-Simon que ficaram nas superficialidades.
Off-topic, eu idem. Mas o Bakunin dá um GÁS na gente haha, bota tudo abaixo já! Tem um livro incompleto dele chamado Deus e o Estado que é ok, apesar de qualquer um botar ele abaixo com três argumentos, mas então. O problema da esquerda a meu ver é que é palavra de ordem demais e estudo de-menos, a prática tem que vir junto com a teoria, taltal.