O próprio texto já começa a dar explicações que qualquer pessoa de bom-senso aceitaria.
Mas há ao mesmo tempo o importante ponto de que esse tipo de coisa se refere a fósseis intermediários entre espécies imediatamente aparentadas, que são praticamente triviais, em importância.
Espécies próximas já são muito semelhantes, nem os criacionistas de fato vão questionar esse nível de parentesco, se forem coerentes -- os criacionistas da "Terra jovem", por exemplo, aceitam especiação em ritmo super-acelerado para dar conta do limite de espaço no barco de Noé.
Os fósseis no entanto podem documentar bastante bem as transições entre grupos maiores, como entre baleias e mamíferos terrestres, entre peixes e anfíbios, ou entre "répteis" e mamíferos. Essas transições são compostas de várias espécies, não é a transição de uma espécie em outra.
Alguns casos no entanto são de transição de uma espécie e outra, o mais famoso deles talvez seja o da espécie humana. Onde quer que você escolha questionar a ligação, há sempre uma gradação bastante tênue de formas que dificulta a classificação, e impossibilita qualquer dúvida sobre o parentesco, se a pessoa aceita honestamente as evidências.
Alguns criacionistas chegam a admitir, não sabem onde poderiam separar "não humanos" de "humanos", mas apelam descaradamente para o argumento que simplesmente não se pode provar que um dado fóssil teve filhos, então simplesmente fica em aberto a possibilidade do "parente" ser uma criação independente, mágica. Isso é como achar documentos descrevendo como foram feitas as pirâmides, e alegar que não se pode viajar no tempo e ver humanos, e não ETs, construindo as pirâmides.