Autor Tópico: Cura para o envelhecimento?  (Lida 9046 vezes)

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Offline FxF

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Re: Viver 120 anos
« Resposta #50 Online: 25 de Novembro de 2008, 05:07:34 »
A velhice é ativada e desativada por uma "alavanca", não está tão embutida na natureza humana. Dependendo, ela ocorre em idades diferentes, e aliás, pára depois de determinadas idade.

Um bom exemplo é uma doença que é 100% fatal, que faz com que crianças envelheçam. Com 12 anos está com pele enrugada, fragilidade, etc.
Quanto a deixar mais alimento para as crias, não; o ser vivo que não se reproduz pode estar roubando alimento de suas próprias crias, mas rouba também das crias alheias. Um compensa o outro, isso passa a ser irrelevante.
Mas existe um isolamento. A maior probabilidade é de que suas crias estejam relativamente próximas a você. Além de que você não rouba o alimento de criaturas à uma longa distância de você. É uma vantagem genética de qualquer forma.

Principalmente o ser humano que vive muito em tribos. Pois, vale lembrar, o envelhecimento não é idêntico nas diferentes espécie. Mas eu admito que não tenho um gráfico que relacione envelhecimento com espécies que tem um ambiente mais familiar...
« Última modificação: 25 de Novembro de 2008, 05:11:02 por Ilovefoxes »

Offline Spitfire

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Re: Viver 120 anos
« Resposta #51 Online: 25 de Novembro de 2008, 08:50:20 »
Eu penso que com o avanço do conhecimento humano, não só na medicina reparativa mas também na preventiva, hábitos mais saudáveis podem até prolongar a vida humana consideravelmente... uma alimentação mais equilibrada, levando-se em conta as necessidades para etapa da vida, e atividades físicas que visem prevenir situações mais comuns (infartos e derrames, por exemplo) são coisas que devem ser mais valorizadas nos próximos anos...

Assisti no SportTV um programa que falava da importância da atividade física moderada para o aumento da sobrevida de vítimas da AIDS... um estudo da URGS mostrou que portadores do vírus da AIDS, quando combinando o tratamento médico com atividades físicas, reforçavam (ainda mais) o sistema imunológico como também diminuíam a quantidade vírus no organismo até ficar indetectável com testes mais simples.

Penso que seja possível... mas também não me atrevo a afirmar nada.  :ok:

Offline Herf

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Re: Viver 120 anos
« Resposta #52 Online: 26 de Novembro de 2008, 23:30:55 »
O Fernando Silva fez um comentário lá no RV que chamou a minha atenção para um detalhe: como podemos nos certificar de que as pessoas desse povoado realmente têm a idade afirmada? Se é apenas pelo relato dos próprios, é algo digno de uma boa dose de ceticismo.

Offline Moro

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Re: Viver 120 anos
« Resposta #53 Online: 27 de Novembro de 2008, 00:20:35 »
eu pensei o mesmo. Gostaria de saber quem fez o registro oficial de um povoado no meio do nada, há 100 anos atrás
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Offline Fenrir

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Re: Viver 120 anos
« Resposta #54 Online: 27 de Novembro de 2008, 08:03:08 »
http://en.wikipedia.org/wiki/Longevity_myths

Citar
Even as of 2008[update], with recordholder Jeanne Calment having died at the undisputed age of 122, the following is true:

Only approximately seventy people in human history have been documented as reaching the age of 114.
Only about twenty-five people reached the age of 115.
Of the ten people regarded by the Guinness Book or significant scholars to have reached 116 three are subject to substantial doubt.
Calment is the only person with absolutely undisputed evidence to have lived to be over 120.
Yet despite these facts, stories still surface claiming that these extremes have been exceeded. A National Geographic article in 1973 treated with respect some claims that have subsequently been disproven, including the notorious Vilcabamba valley in Ecuador, where locals claimed ancestors' baptismal records as their own. That article also reported a very aged people, the Hunza in a mountain region of Pakistan, without any documentary evidence being cited.

http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_living_supercentenarians
« Última modificação: 27 de Novembro de 2008, 08:08:54 por Fenrir »
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Offline Eremita

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Re: Viver 120 anos
« Resposta #55 Online: 29 de Novembro de 2008, 19:39:28 »
A velhice é ativada e desativada por uma "alavanca", não está tão embutida na natureza humana. Dependendo, ela ocorre em idades diferentes, e aliás, pára depois de determinadas idade.

Um bom exemplo é uma doença que é 100% fatal, que faz com que crianças envelheçam. Com 12 anos está com pele enrugada, fragilidade, etc.
Quanto a deixar mais alimento para as crias, não; o ser vivo que não se reproduz pode estar roubando alimento de suas próprias crias, mas rouba também das crias alheias. Um compensa o outro, isso passa a ser irrelevante.
Mas existe um isolamento. A maior probabilidade é de que suas crias estejam relativamente próximas a você. Além de que você não rouba o alimento de criaturas à uma longa distância de você. É uma vantagem genética de qualquer forma.

Principalmente o ser humano que vive muito em tribos. Pois, vale lembrar, o envelhecimento não é idêntico nas diferentes espécie. Mas eu admito que não tenho um gráfico que relacione envelhecimento com espécies que tem um ambiente mais familiar...
O argumento é interessante... mas, neste caso, a seleção não favoreceria que as pessoas morressem logo após a idade reprodutiva?
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Offline West

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Pesquisa sobre proteção dos cromossomos recebe Nobel de medicina
« Resposta #56 Online: 05 de Outubro de 2009, 10:35:14 »


Pesquisa sobre proteção dos cromossomos recebe Nobel de medicina

Premiados são Elizabeth Blackburn, Carol Greider e Jack Szostak.
Australiana, americana e inglês estudam ação dos telômeros.

Do G1, com agências internacionais

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Foto: AP/Scanpix Sweden/Bertil Ericson
Rune Toftgard apresenta os ganhadores do Nobel de medicina 2009 no Fórum Nobel do Instituto Karolinska, em Estocolmo, Suécia (Foto: AP/Scanpix Sweden/Bertil Ericson)

 
Elizabeth H. Blackburn, Carol W. Greider e Jack W. Szostak receberam nesta segunda-feira (5) o Prêmio Nobel de Medicina por sua descoberta dos mecanismos de proteção dos cromossomos por meio dos telômeros. Essas estruturas de proteínas e DNA não codificante formam as extremidades dos cromossomos. Este é o 100º Nobel de medicina concedido. Ao todo, 192 cientistas já receberam o prêmio.

 O trio trabalha nos Estados Unidos. Elizabeth pesquisa na Universidade da Califórnia; Carol, na Faculdade de Medicina da Universidade Johns Hopkins; Szostak, no Instituto Médico Howard Hughes, na Faculdade de Medicina de Harvard e no Hospital-Geral de Massachusetts.

 Os telômeros atuam como dispositivo protetor embutido nos cromossomos. Em 1984, Elizabeth e Carol, então sua aluna, descobriram e batizaram a telomerase, enzima reguladora dos telômeros que já chegou a ser chamada de "enzima da imortalidade".

 Mas a telomerase também está presente nas células cancerígenas (que têm uma capacidade ilimitada de multiplicação). Ou seja: a enzima da imortalidade também tem sérios efeitos negativos. Compreendê-la lança luz sobre o processo de envelhecimento e também ajuda na luta contra o câncer.

Elizabeth nasceu na Austrália em 1948. Graduou-se em em bioquímica na Universidade de Melbourne (Austrália) e fez pós-doutorado em biologia molecular e celular na Universidade Yale (EUA). Carol é americana, nascida em 1961. Fez doutorado na Universidade da Califórnia e é membro do departamento de biologia molecular e genética. Szostak é inglês, nascido em 1952. Estudou biologia celular na Universidade McGill, em Montreal, Canadá, e fez doutorado em bioquímica na Universidade Cornell (EUA). Cada um receberá um terço do prêmio de 10 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 2,5 milhões).

 Segundo o Instituto Karolinska, que anuncia o prêmio, o trio "resolveu um importante problema na biologia". Ainda segundo a instituição, "as descobertas adicionaram uma nova dimensão ao nosso entendimento da célula, clarificaram mecanismos de doenças e estimularam o desenvolvimento de novas terapias".
 
Elizabeth e Carol identificaram a enzima telomerase, que forma os telômeros. Enquanto isso, pesquisas de Szostak e Elizabeth elucidaram de que modo o encurtamento dos telômeros está vinculado ao envelhecimento. Desde então, os estudos sobre a telomerase se transformaram em um dos campos mais disputados do desenvolvimento de novos medicamentos, principalmente para câncer, uma vez que acredita-se que a enzima exerce um papel ao permitir que as células tumorais se reproduzam sem controle.

 "(As pesquisas) têm amplas implicações médicas para (o tratamento) de câncer, certas doenças hereditárias e para o envelhecimento", afirmou Rune Toftgard, professor do Instituto Karolinska.

Carol afirmou hoje por meio de nota que a pesquisa que rendeu o Nobel de medicina deste ano ilustra a importância dos “descobrimentos motivados por pura curiosidade”. “Quando iniciamos este trabalho, não tínhamos ideia de que a telomerase estaria envolvida com o câncer, simplesmente tínhamos curiosidade sobre como os cromossomos se mantinham intactos.”

 Criado em 1901, o prêmio tem o objetivo de reconhecer pessoas que tiveram atuações marcantes nas área da física, da química, da medicina, da literatura, da paz e, desde 1968, também da economia. O prêmio foi concebido pelo cientista e inventor sueco Alfred Nobel, criador da dinamite, que morreu em 1895. Todos os prêmios são concedidos em Estocolmo, capital da Suécia, a não ser o da paz, que é dado em Oslo, capital da Noruega.

Os premiados são escolhidos de uma lista de nomeados, que não é divulgada previamente. Portanto, apesar de haver sempre muitos palpites e "favoritos", é muito difícil saber quem vai vencer.
 
___________
Veja abaixo a lista dos últimos laureados pelo Nobel de Medicina, desde o ano 2000:


2008 - Harald zur Hausen, Françoise Barré-Sinoussi, Luc Montagnier
2007 - Mario R. Capecchi, Sir Martin J. Evans, Oliver Smithies
2006 - Andrew Z. Fire, Craig C. Mello
2005 - Barry J. Marshall, J. Robin Warren
2004 - Richard Axel, Linda B. Buck
2003 - Paul C. Lauterbur, Sir Peter Mansfield
2002 - Sydney Brenner, H. Robert Horvitz, John E. Sulston
2001 - Leland H. Hartwell, Tim Hunt, Sir Paul Nurse
2000 - Arvid Carlsson, Paul Greengard, Eric R. Kandel

 

* Com informações da Reuters, da France Presse e da BBC


FONTE: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1327670-5603,00-PESQUISA+SOBRE+PROTECAO+DOS+CROMOSSOMOS+RECEBE+NOBEL+DE+MEDICINA.html
« Última modificação: 05 de Outubro de 2009, 10:42:20 por West »
"Houve um tempo em que os anjos perambulavam na terra.
Agora não se acham nem no céu."
__________
Provérbio Iídiche.

"Acerca dos deuses não tenho como saber nem se eles existem nem se eles não
existem, nem qual sua aparência. Muitas coisas impedem meu conhecimento.
Entres elas, o fato de que eles nunca aparecem."
__________
Protágoras.Ensaio sobre os deuses. Séc. V a.C.

Offline Unknown

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Cientistas encontram gene que faz pessoas envelhecerem mais rápido
« Resposta #57 Online: 08 de Fevereiro de 2010, 22:57:29 »
Cientistas encontram gene que faz pessoas envelhecerem mais rápido

Expectativa de vida é menor para portadores da variação genética. Risco para doenças relacionadas à velhice pode ser maior.

A velocidade com que uma pessoa envelhece pode estar ligada a um gene específico, mostra uma pesquisa realizada por cientistas do Reino Unido. Segundo o estudo, que avaliou mais 500 mil variações genéticas, quem possui certa formação em seu DNA tem menor expectativa de vida.

A pesquisa, realizada pela Universidade de Leicester e no Kings’s College, mostra que o gene pode tornar pessoas mais vulneráveis a males que aparecem durante a velhice, como problemas do coração e alguns tipos de câncer. O estudo foi publicado na revista científica Nature Genetics.

‘Cronômetros da vida’

Segundo o estudo, quem carrega o ‘gene da velhice’ tem telômeros mais curtos. Essas estruturas, que ficam nos cromossomos, ficam menores quando células se dividem e a pessoa fica mais velha. Em tese, quanto menor o telômero quando a pessoa nasce, mais rápido ela irá envelhecer.

Portadores do gene podem tornar-se mais velhos ainda mais rápido se estiverem expostos a condições que aceleram o envelhecimento das células, como o fumo, a obesidade e a falta de exercícios.

http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1482154-5603,00-CIENTISTAS+ENCONTRAM+GENE+QUE+FAZ+PESSOAS+ENVELHECEREM+MAIS+RAPIDO.html

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Offline 4 Ton Mantis

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Anfíbio longevo fornece pistas sobre como viver mais
« Resposta #58 Online: 22 de Julho de 2010, 08:10:14 »
http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/770339-anfibio-longevo-fornece-pistas-sobre-como-viver-mais.shtml


Um anfíbio pequeno e cego, com uma pele translúcida, está fornecendo pistas importantes na busca pelo elixir da vida.

O proteus (Proteus anguinus) vive em cavernas no sul da Europa, especialmente na Eslovênia e Croácia, pesa 20 gramas e é um dos poucos anfíbios que vive inteiramente em ambiente aquático.

Como muitos animais que vivem em cavernas, adaptou-se à pouca luminosidade, perdendo olhos e pigmentação da pele.
Arne Hodalic/Divulgação
Proteus, anfíbio cego e com pele translúcida que vive em cavernas no sul da Europa; animal vive mais de 70 anos
Proteus, anfíbio cego e com pele translúcida que vive em cavernas no sul da Europa; animal vive mais de 70 anos

O proteus parece reproduzir-se ainda no estágio larval e, diferentemente de sapos e rãs, os animais adultos retêm características juvenis, como guelras.

Pensava-se que essas características do animal eram o resultado de um desenvolvimento abortado pelo difícil ambiente das cavernas. No século 17, acreditava-se que o animal era filhote de dragão.

Mas Yann Voituron,da Universidade de Lyon, na France, está interessado no proteus por outro motivo: sua grande expectativa de vida. Em zoológicos, o animal vive 70 anos. Ele acredita que esses anfíbios podem viver até 102 anos.

Voituron e sua equipe chegaram a esse número, que é três vezes maior que espécies de anfíbios de parentesco próximo, usando uma fórmula que estima a expectativa de vida média de animais adultos em cativeiro relativa a sua massa. "Mesmo os espécimes mais velhos podem se reproduzir", diz.

Mas como o proteus consegue viver tanto? Para começar, ele vive em um ambiente frio, o que reduz sua taxa metabólica. Quanto menor a taxa metabólica, menor a produção de radicais livres, que danificam o DNA. Isso ocorre porque os radicais livres são um resíduo indesejado da manufatura da molécula adenosina trifosfato (ATP), a carregadora de energia do corpo, produzida nas mitocôndrias das células.

Além de atacar DNA, radicais livres também produzem espécies reativas de oxigênio (ROS), que atacam tecidos. Portanto, menos ROS pode significar menos envelhecimento.

Mas, de acordo com Voituron, a longevidade dos proteus não pode ser explicada totalmente pela baixa taxa metabólica e pelos seus eficientes mecanismos antioxidantes, pois seu metabolismo e atividade antioxidante não são muito diferentes dos de outros anfíbios que vivem muito menos. Então qual é o segredo?

Voituron sugere que o proteus possui uma maneira de gerar energia que produz menos radicais livres do que outros animais. Ele e sua equipe completaram experimentos, ainda não publicados, que "sugerem um funcionamento peculiar das mitocôndrias nesta espécie".

"Se o proteus consegue produzir ATP sem muito ROS, isso explicaria sua longevidade."
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Offline DDV

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Imortalidade
« Resposta #59 Online: 23 de Maio de 2011, 11:24:33 »
Tópico destinado à apresentação de idéias plausíveis à luz dos conhecimentos científicos atuais sobre meios de se deter o envelhecimento natural, evitando assim a inevitável morte natural decorrente desse processo.

Pode também se estender a QUALQUER meio de preservar a consciência do indivíduo indefinidamente.


Acredito que quando a engenharia genética atingir o seu nível mais hardcore (permitindo fazer alterações genéticas simultaneamente em todas as células de indivíduos já formados), a restauração dos telômeros irá acabar definitivamente com o envelhecimento.

 

« Última modificação: 23 de Maio de 2011, 11:31:50 por DDV »
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Offline Derfel

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Re: Imortalidade
« Resposta #60 Online: 23 de Maio de 2011, 14:58:13 »
Imagino que haja duas formas de se conseguir isso: a) clonagem e transplante de órgãos a partir de células-tronco do próprio indivíduo e  b) manutenção dos telômeros (ainda que as duas formas possam estar de alguma forma interligadas).

Offline gilberto

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Re: Imortalidade
« Resposta #61 Online: 23 de Maio de 2011, 15:16:04 »
Pros biólogos e afins de plantão ... atualmente a diminuição do telômero nas células somáticas com as divisões sucessivas já é considerado um (ou o) principal fator para o envelhecimento das células, ou ainda é mais especulação?

Outra coisa, acho que os seres assexuados como bactérias não tem telômero ou ele não funciona como nos seres sexuados muiticelulares.

To perguntando pq to com preguiça de pesquisar ... descurpa ai ...

Offline DDV

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Re: Imortalidade
« Resposta #62 Online: 23 de Maio de 2011, 20:21:29 »
Pros biólogos e afins de plantão ... atualmente a diminuição do telômero nas células somáticas com as divisões sucessivas já é considerado um (ou o) principal fator para o envelhecimento das células, ou ainda é mais especulação?

Se eu não me engano, não é o fator responsável pelo envelhecimento da célula, mas do indivíduo multicelular.

Explica-se: as células entram em uma inevitável senilidade, decorrente de diversos fatores, principalmente a ação de radicais livres. Elas precisam portanto serem substituidas por células novas. O tempo de vida útil das células varia muito: há as de turnover muito rápido (como as células das mucosas) e outras mais duradouras. Porém, inevitavelmente todas irão entrar em degenerescência e precisarão ser substituidas.

É aí que os telômeros entram na história.

Se fosse possível replicar o DNA indefinidamente, teoricamente não haveria envelhecimento dos indivíduos multicelures, pois seria sempre possível substituir células senis por células novinhas em folha, mantendo indefinidamente o organismo multicelular plenamente funcional e saudável.

Porém, existe um limite para o número de replicações que o DNA pode fazer sem que comece a comprometer DNA funcional: o comprimento dos telômeros.

Os telômeros são uma parte do DNA, localizado em suas pontas, que não expressa nenhum gene. Toda vez que o DNA se replica, sempre irá sobrar uma pontinha (local onde a enzima DNA Polimerase fica posicionada) sem poder replicar, pois a DNA Polimerase não pode se ancorar "fora" do DNA pra catalisar a replicação dessa pontinha.

Logo, cada vez que o DNA se replica, uma pontinha dele sobra no final e é eliminada. Ao longo do tempo, quando não haver mais nenhum telômero para ser descartado, as próximas replicações irão começar a eliminar DNA funcional. Ao fazer isso, as novas células irão ser hipofuncionantes, e isso irá piorar a cada replicação. Daí, o organismo multicelular começa a não poder repor as células perdidas com 100% de células saudáveis. Isso é o responsável pela senilidade dos seres multicelulares (processo gradual de perda de função e eficácia dos tecidos e órgãos).


Pelo menos assim que eu entendi o processo.


O DNA humano codifica a telomerase, que é uma enzima responsável pela reconstrução dos telômeros. Porém, esse trecho do DNA é INATIVO em todas as células humanas, exceto os gametas.

Ou seja, é a telomerase que permite que a fita de DNA dos seus filhos seja reconstruída, permitindo que eles tenham um telômero tão longo quanto o que você tinha ao nascer.

Quando há clonagem de um indivíduo a partir de células adultas (como a ovelha Dolly), esse indivíduo terá telômeros mais curtos. Logo, irá envelhecer mais rápido.






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Offline DDV

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Re: Imortalidade
« Resposta #63 Online: 23 de Maio de 2011, 20:30:17 »
Citação de: gilberto
Outra coisa, acho que os seres assexuados como bactérias não tem telômero ou ele não funciona como nos seres sexuados muiticelulares

Os seres procariontes têm DNA circular. Logo, eles não têm esse probleminha da pontinha sobrando a cada replicação, pois a DNA Polimerase deles pode se ancorar em um trecho de DNA (já replicado) e catalisar a replicação até última ponta.

Ou seja, o DNA bacteriano é "imortal" (pode se replicar indefinidamente), mas o indivíduo bactéria (que é um ser unicelular) não.

O DNA dos seres eucariontes (que possuem DNA linear) também é imortal, caso usem a telomerase para reconstruir os telômeros. Porém, como a telomerase só age nas células germinativas (que originam os gametas), deixando as células somáticas sem reposição de telômero, o indivíduo multicelular irá inevitavelmente envelhecer e morrer. O DNA persistirá em OUTRO indivíduo multicelular (originado dos gametas com telômeros reconstruidos pela telomerase).

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Offline DDV

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Re: Imortalidade
« Resposta #64 Online: 23 de Maio de 2011, 20:42:36 »
Mesmo que o problema dos telômeros seja resolvido, para se obter a imortalidade ainda seriam outros 500...

Os seguintes fatores embaçariam a nossa busca por imortalidade:

1- Células que não se replicam (geralmente as muito especializadas, como as nervosas e musculares).

2- Causas externas de doenças (infecções, intoxicações, radiações, etc)

3- Doenças genéticas e congênitas*

4- Causas externas de morte (acidentes e violência)

5- O principal inimigo: câncer**



* Se a engenharia genética pudesse recuperar os telômeros de todas as células do corpo, recuperar DNA defeituoso seria fichinhas pra ela...
   Quanto às más-formações já existentes, só poderiam ser resolvidas pela área de cirurgia.


** Parece que células "imortalizadas" aumentariam exponencialmente o risco de câncer.
     Logo, a cura do câncer seria imprescidível para as nossas pretensões de imortalidade.  :)
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Offline DDV

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Re: Imortalidade
« Resposta #65 Online: 23 de Maio de 2011, 20:45:28 »
Hum...parece que problema 1 poderia ser facilmente resolvido pelas células-tronco.   :)
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Offline Cumpadi

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Re: Imortalidade
« Resposta #66 Online: 23 de Maio de 2011, 21:22:36 »
* Se a engenharia genética pudesse recuperar os telômeros de todas as células do corpo, recuperar DNA defeituoso seria fichinhas pra ela...
   Quanto às más-formações já existentes, só poderiam ser resolvidas pela área de cirurgia.


** Parece que células "imortalizadas" aumentariam exponencialmente o risco de câncer.
     Logo, a cura do câncer seria imprescidível para as nossas pretensões de imortalidade.  :)
Telomeros não nescessitam de uma sequência específica, para corrigir o dna, seria preciso saber onde há uma mutação e corrigi-la, o problema é que nem se sabe o que a maioria dos genes faz, quanto mais onde vai estar as mutações. Além disso, há células no nosso corpo que produzem telomerase, são as células tronco hematopoiéticas.

O segundo ponto também é errado, isso depende do estresse oxidativo que cada célula sofre, todas as nossas células de certa forma possuem materia genético "imortalizado", já que é do zigoto que surgem as células germinativas.

Talvez uma boa forma para se conter o envelhecimento portanto seria combater o estresse oxidativo, mas isso não é fácil, e isso é alvo de várias distorções (anti-oxidantes viram radicais livres quando reduzem um radical livre).
http://tomwoods.com . Venezuela, pode ir que estamos logo atrás.

Offline gilberto

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Re: Imortalidade
« Resposta #67 Online: 23 de Maio de 2011, 21:22:57 »
Valeu pelo resumo DDV, mas parece que o elixir da longa vida é mais simples que tudo isso q vc falou ... hehe

Offline DDV

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Re: Imortalidade
« Resposta #68 Online: 23 de Maio de 2011, 21:32:51 »
* Se a engenharia genética pudesse recuperar os telômeros de todas as células do corpo, recuperar DNA defeituoso seria fichinhas pra ela...
   Quanto às más-formações já existentes, só poderiam ser resolvidas pela área de cirurgia.


** Parece que células "imortalizadas" aumentariam exponencialmente o risco de câncer.
     Logo, a cura do câncer seria imprescidível para as nossas pretensões de imortalidade.  :)
Telomeros não nescessitam de uma sequência específica, para corrigir o dna, seria preciso saber onde há uma mutação e corrigi-la, o problema é que nem se sabe o que a maioria dos genes faz, quanto mais onde vai estar as mutações. Além disso, há células no nosso corpo que produzem telomerase, são as células tronco hematopoiéticas.

O segundo ponto também é errado, isso depende do estresse oxidativo que cada célula sofre, todas as nossas células de certa forma possuem materia genético "imortalizado", já que é do zigoto que surgem as células germinativas.

Talvez uma boa forma para se conter o envelhecimento portanto seria combater o estresse oxidativo, mas isso não é fácil, e isso é alvo de várias distorções (anti-oxidantes viram radicais livres quando reduzem um radical livre).

Correto.

De fato, recuperar telômeros seria algo bem mais simples do que corrigir trechos defeituosos do DNA.

Quanto ao segundo ponto, não sei se me engano, mas parece que quanto mais replicações a célula poder fazer, maiores serão as chances de aparecerem mutações que induziriam à replicação fora de controle, ou seja, câncer.


Um outro ponto quero esclarecer: a "cura do câncer" ao qual me refiro seria uma forma de curar qualquer tipo de câncer em qualquer fase.

Atualmente, existe a cura de vários tipos de câncer, mas isso depende de serem diagnosticados em estágios bem iniciais, e isso é muito difícil com os tipos mais "agressivos" ou cujo diagnóstico ainda é difícil por questões técnicas. Depende também da resposta à quimioterapia (varia muito também).

 
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Offline DDV

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Re: Imortalidade
« Resposta #69 Online: 23 de Maio de 2011, 21:45:26 »
Citação de: parcus
Além disso, há células no nosso corpo que produzem telomerase, são as células tronco hematopoiéticas.

As células germinativas não produzem?!

Caso sim, como o telômero dos gametas é recuperado?


A não ser que as células germinativas permaneçam sem se replicar desde o nascimento até a formação dos gametas...

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Offline DDV

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Re: Imortalidade
« Resposta #70 Online: 23 de Maio de 2011, 21:50:31 »
Citação de: parcus
todas as nossas células de certa forma possuem materia genético "imortalizado", já que é do zigoto que surgem as células germinativas.

O termo "imortalizado" está sendo usado aqui no sentido de "poder se replicar indefinidamente sem NUNCA entrar em senescência, extinguindo essa linhagem de células". Um exemplo são as "HeLa cells", usadas em pesquisas.


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Offline DDV

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Re: Imortalidade
« Resposta #71 Online: 23 de Maio de 2011, 21:53:01 »
Valeu pelo resumo DDV, mas parece que o elixir da longa vida é mais simples que tudo isso q vc falou ... hehe

 :biglol:

Esse elixir da longa vida será provavelmente um "suco" de vírus administrado de forma parenteral...
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Offline Cumpadi

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Re: Imortalidade
« Resposta #72 Online: 23 de Maio de 2011, 21:53:49 »
Minha resposta não se referia ao seu comentário sobre a cura do câncer, não sei até que ponto isso pode ajudar a atingir-se a imortalidade. Mas só para deixar claro, isso que você disse tem ressalvas, o ponto é que: temos o seguinte ciclo: Gametas=> embrião=>gameta=>embrião=>gameta=>embrião para todas as nossas células, nosso material genético está aí desde a primeira célula e nem por isso desenvolvemos câncer, ou seja, câncer não depende do tempo, mas sim do que ocorreu na célula durante esse tempo (quanto mais tempo, mais chance de dar merda nas células não germinativas).

Acho isso relevante pois não são todas as nossas células que estão expostas à estresse (e possivelmente é possível reduzi-lo) que leva ao câncer, mesmo depois de um longo tempo.

Agora fornecendo algo de novo para a discursão: é muito provável que o hormônio IGF-1 tenha algo a ver com esse aumento ou redução de danos a algumas células, e possivelmente esse hormônio é muito relevante para o processo do envelhecimento (isso está um pouco mais embaixo de imortalidade, mas pode ajudar).

Nunca li especificamente sobre células germinativas, mas acredito que elas produzam telomerase mesmo quando nós já saimos do estágio embrionário. De qualquer forma isso não é tão relevante para o processo de envelhecimento como as células hematopoiéticas.
http://tomwoods.com . Venezuela, pode ir que estamos logo atrás.

Offline Barata Tenno

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Re: Imortalidade
« Resposta #73 Online: 23 de Maio de 2011, 21:57:32 »
E as implicações econômicas de uma população imortal?
He who fights with monsters should look to it that he himself does not become a monster. And when you gaze long into an abyss the abyss also gazes into you. Friedrich Nietzsche

Offline henriquegol

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Re: Imortalidade
« Resposta #74 Online: 23 de Maio de 2011, 22:00:57 »
acho q se a ciencia continuar evoluindo logo poderemos usar celula tronco para criar novas celulas e nao so as multiplicarem e retiram as celulas cancerigenas a e recolocar o orgao danificado atravez das celulas troco tmb assim acabando com o envelhecimento mas ainda avera a violencia  :umm: :'(
se eu tiver dito alguma besteira desculpa so tenho 15 anos tenho q aprender muito ainda mas é so minha opiniao :)

 

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