Não se faz necessária uma TV só para negros, uma nós participamos também (mesmo que em papéis bem menos favorecidos) da tv brasileira. Há sim a necessidade de uma TV igualitária, onde negros não fizessem só papéis de empregados, pobres, ou "negros que lutaram e conseguiram algo na vida". Claro que uma representação fiel da sociedade hoje em dia, terá negros como pobres na maioria, e brancos como média e rica classes, é lógico e realista. Mas há uma repressão esta camada, que quase sempre é tida como "os negros", e não como "as pessoas". Há um exagero e quando não, um racismo que se disfarça por exaltação. Um exemplo é aquela novela "A cor do pecado" que possuia uma protagonista negra, e qual o único tema falado na mídia e muitas vezes até pela própria novela era: "Uma protagonista negra!" (sempre acompanhado de: "que atriz negra linda" ou "que maravilha". Como se isso fosse algo que provoque necessariamente uma reação de espanto ou de "boa ação".
Essa tv feita SÓ para negros só vem a aumentar a desigualdade racial, apesar de seus pontos positivos como o aumento da auto-estima.
E quanto à menor quantidade de negros céticos e/ou ateus, isso pode ter vários motivos, mas prefiro pensar assim: negros são a maior parte da população pobre. A população pobre além de não ter tempo para se dedicar a uma conversão ao ceticismo e/ou ateísmo, não possui uma base de cultura que os leve por vontade própria à uma reflexão ao ateísmo ou ceticismo, já que sua maioria esmagadora usa a religião como uma "muleta" para enfrentar os problemas financeiros. Então a população pobre, e não só "os negros pobres" são menoria ente os céticos e/ou ateus.
Só como exemplo bem duro: Eu sou negro, pobre (minha renda familiar mensal varia de R$ 100 p/p), mas acho que pela oportunidade de estudo que tive, cheguei a ser cético (tenho 15 anos).
Não que isso se aplique a todos, e muito pelo contrário, mas acho que minha situação não é tão fictícia.
PS: peço perdão por qualquer erro aqui, pois estou escrevendo rápido...