Não necessáriamente. O FHC era ateu. Nem por isto ele fez coisas como proibir manifestações religiosas ou taxar templos. Alguma coisa condenada por esta ou aquela religião pode ser socialmente aceitável. Cada pessoa que escolha o que quer fazer da vida dentro do que for socialmente aceitável, sem que dogmas de uma religião que nem é dela a impessam. E religião + política abre muito espaço para o populismo. Lembro de um deputado federal de MG que criou um projetro de lei pelo qual não seria preciso alvará da prefeitura (que garantiriam a segurança das pessoas) para abrir templos religiosos. Resultado: um templo evangélico desabou sobre a cabeça dos fiéis.
Também acho que política e religião não combinam. Acho muito ruim um estado ter religião. Além do que, as religiões que ficaram como "de estado", como o luteranismo na alemanha por exemplo, ficaram um lixo.
E quando digo que nossa visão de mundo acaba nos orientando em tudo, isso é óbvio, mas nem por isso precisa ser uma coisa descarada. Eu sei que o FHC era ateu, mas ele não saiu fechando Igrejas por aí, mas havemos de concordar que ele provavelmente tomou decisões que um religiosa não tomaria, o que é perfeitamente normal.
Bem, em suma o que eu defendo é construir um Estado com princípios religiosos, não um estado religioso. E concordo também que esta não é a visão de todos os religiosos, é a MINHA.
E como já disse anteriormente, seria semelhante ao que foi feito na Suíça, Holanda, Inglaterra e EUA, e eles foram muito bem sucedidos, por sinal.
Abraços.