O ideal de Ateísmo de Estado é uma mentira inventada pelos soviéticos para se valerem do apoio populacional nas atrocidades decorrentes na implantação de um regime socialista, pois é óbvio que as instituições religiosas seriam inimigas do Partido. Militantes "céticos" afetados repetem sistematicamente essa mentira, que foi usada para estabelecer o pior regime que a humanidade já viu.
Na verdade, trata-se de um mecanismo de relativização moral, estabelecendo uma teocracia centrada num Partido, e não num Deus. Mas o funcionamento é o mesmo, as pessoas estão sujeitas a determinações que nulificam completamente a sua liberdade.
A maior parte das nações prósperas e livres tem sua história calcada em princípios religiosos, e estes não conflitam com a liberdade, com a ética, com a propriedade e prosperidade, em suma, com o Capitalismo. São nações sob um Deus, sim, mas o Deus aqui não é um indivíduo que se comunica com o Estado, mas a representação Daquilo que é verdadeiramente Bom e moral. Mesmo que as pessoas rezem para esse Deus ou não, tenham uma religião específica ou não, que acreditem ou não na sua existência física (e isso é o menos importante) Ele existe como pedra fundamental dos princípios daquela sociedade. E a existência desses valores representados na figura de Deus é que impedem que arbitrariedades de seus representantes ou de quem quer que deseje ocupar o seu lugar, e são esses valores também que são assimilados pelas pessoas (independete de preferências religiosas específicas), e que nelas plantam a semente do espírito do Capitalismo.
É muito diferente de estabelecer uma teocracia, como no caso de certas nações islâmicas e dos comunistas. Teocracias estão sujeitas as afetações de um Deus (ou, especificamente, de seus representantes). No caso dos maometanos, é Allah, no caso dos comunistas, é o Partido. Nesses casos, esses entes metafísicos são usados como uma justificativa para reduzir o cidadão a um fantoche, a um ser descartável, a um farrapo de si mesmo, e assim exercer o controle total.