Não mesmo, pensei que você tinha relacionado "ser criminoso" com "apanhar em casa". Mas acho que houve um entendimento equivocado de sua parte em relação ao post do daniel. Você sempre agiu como se sua casa fosse a casa da mãe Joana(espero que sua mãe não se chame assim.. ) ou com se o mundo fosse seu? Limites podem ser impostos sem tapas também em alguns casos. Algumas crianças obedecem, outras não.
Sim, sim. Depois ele respondeu e eu vi que eles estava se referindo a limites de maneira geral.
Você pode ser o melhor pai de todos, educar desde zigoto seu filho a fazer o certo e não o errado. Mas quem impede dele de ter más companias nas escolas? As vezes as coisas saem do controle, e ai só uns tapinhas resolvem.
Será que uns tapas realmente serão úteis para afastar a criança das más companhias? Será que, se houver uma boa educação sem agressão desde os primeiros anos, as coisas sairão do controle?
Não entendi, Oceanos, porque "uns tapinhas" fariam a criança deixar as más companhias e uma boa conversa, ou atitudes que não envolvem violência, não fariam.
Mas concorda que, muitas vezes, é algo que poderia ter sido evitado? Como no exemplo que você citou da menina. Eu não a conheço, não sei como foi educada, mas será que não aconteceram algumas falhas na educação no passado?
Sim, sem dúvida nenhuma houve. Mas não sei se tudo pudesse ter sido evitado. Ela sempre teve péssima compania.
E os tapas evitaram, de fato? Ela nunca recebeu uns quando era pequena?
Acho que concordamos então. Bater as vezes é necessário, mas pode e deve ser evitado na maioria das vezes.
Não, não acho que bater seja necessário. Nem as vezes. Acho que não faz diferença alguma. Talvez faça algum efeito depois de velho, pode mudar algo na hora, mas ao longo prazo não acho que existirão mudanças. A conversa e métodos que envolvam a participação da criança na dedução do que é certo e errado são muito mais efetivos, na minha opinião. Nunca tive filhos, mas observo, mesmo na minha família, tios por exemplo, as diferenças brutais entre pais com paciência com os seus filhos e pais esgotados pelo dia-a-dia que esquecem a sua missão de educar decentemente as crianças. Fazer uma delas se sentir sendo ouvida no motivos e conseqüencias dos seus atos é muito mais eficiente do que simplesmente bater. Acho que o método do "doi e não doi" é muito mais fácil de ser quebrado do que um método que envolva o filho no entendimento dos motivos pelos quais as suas atitudes estavam erradas. E, se isso não funcionar, e eu duvido que não funcione se acontecer desde os primeiros anos, não acho que tapas irão resolver. Talvez resolvam por uma semana, mas não vão educar a pessoa.
Em muitos casos, essas duas coisas acontecem juntas, tapas e conversas. Sem dúvida é muito melhor do que apenas tapas, mas acredito que se fossem só convesas os resultados seriam tão bons o quanto.
Só que, claro, para isso, conversar e convencer, é preciso uma boa dose de paciência dos pais e um maneira de "argumentar" mais desenvolvida com a criança. E, como sabemos, o "brasileiro médio" não sabe nem explicar por que votou em alguém, vai saber explicar para o filho por que jogar o lanche do amiguinho no chão é errado?
Sinceramente Oceanos, como eu disse antes, não conheço a sua realidade nem o seu passado, mas
acho, e só posso achar porque não tenho grandes informações sobre o assunto, que você teria as mesmas qualidades que tem hoje se não tivesse recebido os tapas.
É o tipo de violência desnecessária, que dependendo do caso - e da gravidade - só afasta o filho dos pais. (Caso que provavelmente não é o seu.)
Só queria que observassem que "não bater" pode perfeitamente conviver com limites. E muito bem, obrigado.