vou ser sucinto, li o tópico todo, mas preferi não citar ninguém pq daria muito trabalho.
1 - É uma completa loucura sequer tentar supor que castigos físicos não sejam úteis em um processo de educação. podem não ser sempre, assim como nenhum tipo se método de ensino o é.
O cerne da questão é se esse tipo de conduta deve ser permitido na nossa sociedade atual.
Eu tenho uma visão diferente, acho que qualquer conduta que não vá gerar um trauma psicológico é valida.
Vou dar um exemplo que aconteceu na minha escola no segundo grau, era metade do ano (terceiro ano) e na quadra rolou uma briga feia entre dois garotos, um deles (que bateu no outro e era bem maior) quebrou dois dedos dando um soco na cara do outro que quebrou vários dentes.
Bem o pai do que quebrou os dedos, pegou ele no mesmo dia e deu uma surra de cinto na frente de todo mundo na saída.
O pai do outro, não bateu nele, simplesmente disse para ele que se ele quisesse consertar a boca que trabalhasse pq ele não ia sustentar arruaceiro.
resultado final, o muleque teve que trabalhar o ultimo ano além de aguentar zoação mais de 3 meses indo para a aula banguela (e acabou brigando de novo com outro cara por causa de zoação com isso), do segundo grau e se fudeu no vestibular, aliás nem sei se ele continuou tentando ou foi trabalhar com outra coisa. o que levou as cintadas depois de duas semanas tava normal na escola, foi meio zoado, mas não brigou mais.
O garoto que não apanhou (não tomou castigo físico do pai),foi castigado da seguinte forma "Você vai trabalhar para conseguir consertar seus dentes, pois eu não sustento arruaceiro."
O problema nesse castigo, assim como nos castigo "tradicionais", tendem a humilhar a Criança/Adolescente, o que não contribui em nada para uma boa formação.
O castigo não deve ser aplicado quando uma criança/adolescente faz algo errado, e sim quando ele oferece resistência em aceitar que "aquele algo" esta errado.
Os adultos erram,Crianças/Adolescente tendem a errar, e a função dos pais é orientá-los e castigá-los sempre que houver resistência a orientação. Castigar uma criança sempre que ela errar, seria achar que essa criança é um robo, uma máquina, crianças/adolescentes não são robôs está na sua natureza errar e a função dos pais é mostrar o que é certo e o que é errado, e castigar somente e "tão somente" houver resistência em aceitar o erro.
Castigar antes disso é esquecer a condição humana da criança de errar.
O outro problema é que castigos não devem ser aplicados para humilhar ou provocar danos na moral ou vida escolar de um adolescente e sim servem para mostrar a autoridade dos pais, castigos simples como deixar de ir a praia no final de semana, cortar jogos preferidos,deixar de ir ao baile surtem efeitos e não causam humilhação ou provocam danos na educação.
Como um exemplo de "castigo errado", tenho os castigos que minha Tia aplicava nos meus primos,
sempre que eles faziam algo errado eles ouviam: "Vão pro quarto e fiquem lá estudando, estão de castigo!", o erro está no fato de associar estudo com castigo, conclusão todos eles hoje tem aversão ao "estudo".
Não é ´tão difícil acerta no castigo, saber a hora de aplicá-lo é só seguir esses passos que eu mesmo criei para educar meu filho:
1º Certifique-se de que você não está fora de sí, se estiver deixe para castigá-lo depois.
2º Verifique se o ato praticado foi intencional ou um erro sem intenção, se não foi intencional simplesmente ajude-o a não errar mais, nada de castigo.
3ºSe foi intencional, mostre categoricamente que tal ato está errado, sem castigá-lo
4º Se foi intencional com resistência a aceitar tal erro, castigue-o
5º Nunca deixe de castigá-lo quando necessário, isso é essencial.
6º Castigos são para mostrar sua autoridade e nunca para humilhar a criança ou mesmo prejudicá-la em algo como estudo e dignidade.
7º Seja proporcional no seu sermão de acordo com o erro cometido para que a criança saiba distinguir o que é um "erro" e o que é um "super erro", isso é essencial para um policiamento da criança em suas atitudes, elas são humanas e certa hora terão que tomar decisão, e talvez a decisão esteja em escolher entre o "erro" e "o super erro".
8º Aumente o grau do castigo somente quando houver resistência da criança em aceitar sua autoridade e nunca proporcional a o tamanho do seu erro, isso te ajuda a castigá-lo de forma simples e obtendo sempre o mesmo resultado
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9º Seja humano e exemplifique que também erra e como faz para evitar
10º Lembre-se sua atitude é essencial, a criança é um espelho, se demostra serenidade e autocontrole a criança tende a copiar, se demostrar descontrole e fúria a criança também tende a copiar, mostre até onde vai sua capacidade de resolver um problema com auto controle, mas lembre-se é a atitude do seu filho que você está formando.
Finalizando, somos inteligentes e devemos mostrar isso para nossa prole, inteligência é mostrar que a força bruta não resolve nada, enquanto existir outros meios.