Acho que tinha uns 25 anos quando, após um ano de deliberações, me tornei "sem religião" e com um conceito bastante vago de divindade. Então aos 26 me tornei agnóstico e aos 27 ou 28, achei que tinha de arranjar uma posição mais clara e menos logicamente dispersa e me tornei ateu. Depois ateu "forte" e agora ateu "indiferente". Desde os 26 que sou cético, de duvidar antes de concluir.
E sim, creio que todos nascemos ateus, se estamos nos referindo à crenças em deuses. A invenção de uma entidade criadora, mantenedora, doadora e destruidora vem como uma falha dedutiva. Desde nascença que temos cérebros preparados para perceber padrões e corrlata-los, é verdade, e mesmo para tirar conclusões daí, também é verdade. Conclusões que são indispensáveis para se poder sobreviver, mesmo que no fim não tenham nada a ver com os padrões.
Mas isso não é o gene "deus". A não ser que tenhamos por "deus" toda e qualquer "coisa" cuja relação com o padrão seja despropositada ou mesmo inexistente.