Vejam o texto que achei na Wikipedia (verbete: HUmberto de Campos). Está bem fundamentado e neutro (ao contrário da propaganda ufanista dos espíritas pró-psicografia). Vamos lembrar, ainda, que o Brasil é o campeão mundial em desrespeito ao direito autoral: pirataria de DVDs, xerox de livros, músicos que não recebem chongas das suas composições, etc. Então essa questão do HUmberto de Campos está muito mal explicada. E se não fosse Chico Xavier e sim algum médium desconhecido e fuleiro que inventasse estar psicografando o dito cujo? Será que a justiça seria tão generosa quanto o foi no caso do Chico?
"É polêmica antiga no meio jurídico o valor probatório da psicografia. O caso mais famoso indubitavelmente foi o de Humberto de Campos. A partir de 1937, três anos após a morte de Campos, várias crônicas e romances atribuídos ao escritor começaram a ser psicografados pelo médium brasileiro Chico Xavier. Entre as obras, todas editadas pela Federação Espírita Brasileira, a de maior notoriedade entre os espíritas brasileiros foi Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho. No ano de 1944, a viúva de Humberto de Campos ingressou em juízo, movendo um processo contra a Federação Espírita Brasileira e Francisco Cândido Xavier, no sentido de obter uma declaração, por sentença, de que essa obra mediúnica "era ou não do 'Espírito' de Humberto de Campos", e que em caso afirmativo que ela tivesse os direitos autorais da obra. O assunto causou muita polêmica e, durante um bom tempo, ocupou espaço nos principais periódicos do País. A Autora, D. Catarina Vergolino de Campos, foi julgada carecedora da ação proposta, por sentença de 23 de agosto de 1944, do Dr. João Frederico Mourão Russell, juiz de Direito em exercício na 8º Vara Cível do antigo Distrito Federal. Tendo ela recorrido dessa sentença, o Tribunal de Apelação do antigo DF manteve-a por seus jurídicos fundamentos, tendo sido relator o Ministro Álvaro Moutinho Ribeiro da Costa."