Autor Tópico: Clube Cético, Clube Ateu ou Clube Teísta (...)?  (Lida 20527 vezes)

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Luz

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Clube Cético, Clube Ateu ou Clube Teísta (...)?
« Online: 15 de Julho de 2006, 13:47:38 »
   Ao visitar parte dos fóruns, ora me sinto num Clube Ateu ora me sinto no Clube Teísta, Deísta ou Religioso, mas raramente num Clube Cético.
   Os Ateus Céticos querem “provar” que Ceticismo e Teísmo (...) são incompatíveis.
   Os Teístas (...) Céticos querem “provar” o contrário.
   A conversa vira briga, ninguém prova nada e a idéia do tópico se perde totalmente.
   É claro que a “generalização” não se aplica a todos – há exceções, e muitas.

   Se o Ceticismo Científico pede um olhar cuidadoso frente ao conhecimento e “sempre” embasado em provas, sobre deus penso que o Ceticismo, ate o momento pede apenas dúvidas, nenhuma certeza, pois não existem quaisquer provas.

   A ausência de provas da existência de deus não significa de forma nenhuma provas da sua inexistência, assim como, a ausência de provas da inexistência de deus não significa, do mesmo modo, provas de sua existência.

   E qualquer questão levantada pela “imaginação” passa pelo mesmo processo.

   A impossibilidade de comprovar a existência de algo, torna a questão sem caráter verídico, mas isso não significa que a torne uma questão de caráter inverídico, apenas inverificável.

   A única resposta que o Ceticismo pode dar sobre deus, o dragão invisível, as fadas, os gnomos é “não sei”, não tenho “provas”, portanto, não posso simplesmente descartar a possibilidade sem dar uma “satisfação”. E como não tenho essa satisfação sou obrigado a admitir qualquer possibilidade, por mais absurda que seja, até se prove o contrário.

   Isso tão pouco significa que “devo” acreditar ou duvidar, significa que “posso” acreditar ou duvidar, desde que saiba ser imparcial e não afirme e nem negue qualquer coisa sem apresentar “provas” do que estou dizendo, considerando a gama de possibilidades que existem entre a afirmação e a negação de uma questão.

   Se é impossível “provar” a inexistência de “algo”, torna-se automaticamente impossível fazer afirmações ou negações sobre esse “algo”, uma vez que a Ciência e o Ceticismo Científico trabalham e exigem em qualquer circunstância a apresentação de “provas” que justifiquem o fato.

   E o único fato que existe sobre deus é que nem a Ciência e nem O Ceticismo Científico podem fazer qualquer afirmação ou negação sem ferir seus próprios princípios e desobedecer a suas próprias regras.

   Deus ainda é uma “incógnita” por ser resolvida.

   Ou chegamos num consenso que o Ceticismo é incompatível tanto com o Ateísmo quanto com o Teísmo (...) ou chegamos num consenso que podem existir paralelamente desde que sejam devidamente separados no momento de discutir as questões levantadas nos fóruns.

   Teísmo (...) e Ateísmo são implicações de um assunto muito específico – a existência / inexistência de deus ou deuses, não se referem a fadas e gnomos ou dragões invisíveis, portanto não há porque misturar as coisas.

   Quando alguém se diz Ateu ou Teísta (...) está sendo bastante explícito e ao meu ver não tratam de qualquer coisa além do que as próprias “expressões” traduzem e portanto, é ridículo perguntar a uma Teísta (...) se ele acredita em fadas, pois isso é irrelevante, do mesmo modo que perguntar a um Ateu se ele pode provar a inexistência do dragão invisível.

   Na minha opinião, atitudes do tipo, podem ser encaradas como a “falácia” do espantalho, sem trazer nenhuma contribuição às discussões. E todas as vezes que fazemos isso, estamos, na verdade, ferindo a seriedade que o Ceticismo pede.

   Bom, tudo isso é uma opinião “pessoal” e gostaria de saber o que Teístas (...) e Ateístas “Céticos” pensam a respeito.

« Última modificação: 15 de Julho de 2006, 18:13:27 por Luz »

Offline HSette

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Re: Clube Cético, Clube Ateu ou Clube Teísta (...)?
« Resposta #1 Online: 15 de Julho de 2006, 14:54:17 »
Eu, particularmente, não pretendo provar nada para ninguém! :-)
A tônica por aqui é o Ceticismo.

Teísmo e Ateísmo pegam carona. E nem correspondem à questão principal.

E um detalhe: penso que deus, sem desmerecê-lo (:-)), não passa de um conceito abstrato, subjetivo, sem correspondência direta na realidade objetiva. Sendo assim, nada mais natural do que controvérsias acaloradas sobre o tema.
« Última modificação: 15 de Julho de 2006, 14:56:56 por HSette »
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"Por quê?"
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Chaves

Offline Hold the Door

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Re: Clube Cético, Clube Ateu ou Clube Teísta (...)?
« Resposta #2 Online: 15 de Julho de 2006, 15:06:59 »
A única resposta que o Ceticismo pode dar sobre deus, o dragão invisível, as fadas, os gnomos é “não sei”, não tenho “provas”, portanto, não posso simplesmente descartar a possibilidade sem dar uma “satisfação”. E como não tenho essa satisfação sou obrigado a admitir qualquer possibilidade, por mais absurda que seja, até se prove o contrário.
Inversão do ônus da prova.

Além disso, você está cometendo o erro de considerar todas as possibilidades igualmente válidas. A validade de uma possibilidade depende das evidências contrárias e favoráveis a ela.

Por exemplo, no caso do dragão invisível não existe uma única evidência a favor, várias contra. Ele não pode existir a menos que um sem-número de alegações especiais totalmente absurdas sejam corretas. Embora não se possa provar com absoluta certeza nem sua existência e nem sua inexistência, de forma alguma as duas possibilidades têm o mesmo peso. A possibilidade dele não existir é absurdamente maior do que a dele existir. Esta é, por assim dizer, estatisticamente insignificante.
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Offline Alenônimo

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Re: Clube Cético, Clube Ateu ou Clube Teísta (...)?
« Resposta #3 Online: 15 de Julho de 2006, 15:54:46 »
A única resposta que o Ceticismo pode dar sobre deus, o dragão invisível, as fadas, os gnomos é “não sei”, não tenho “provas”, portanto, não posso simplesmente descartar a possibilidade sem dar uma “satisfação”. E como não tenho essa satisfação sou obrigado a admitir qualquer possibilidade, por mais absurda que seja, até se prove o contrário.
Inversão do ônus da prova.

Além disso, você está cometendo o erro de considerar todas as possibilidades igualmente válidas. A validade de uma possibilidade depende das evidências contrárias e favoráveis a ela.

Por exemplo, no caso do dragão invisível não existe uma única evidência a favor, várias contra. Ele não pode existir a menos que um sem-número de alegações especiais totalmente absurdas sejam corretas. Embora não se possa provar com absoluta certeza nem sua existência e nem sua inexistência, de forma alguma as duas possibilidades têm o mesmo peso. A possibilidade dele não existir é absurdamente maior do que a dele existir. Esta é, por assim dizer, estatisticamente insignificante.

Luz, melhor ter a certeza de ler o post do Angelo Melo de novo. :hihi:
“A ciência não explica tudo. A religião não explica nada.”

Luz

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Re: Clube Cético, Clube Ateu ou Clube Teísta (...)?
« Resposta #4 Online: 15 de Julho de 2006, 16:59:35 »
Luz, melhor ter a certeza de ler o post do Angelo Melo de novo. :hihi:

O fato de uma possibilidade ser maior torna ela mais provável ou simplesmente mais possível?
E contra todas as evidências já houve vezes em que a Ciência constatou o oposto do que se acreditava mais possível?
« Última modificação: 15 de Julho de 2006, 17:04:49 por Luz »

Luz

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Re: Clube Cético, Clube Ateu ou Clube Teísta (...)?
« Resposta #5 Online: 15 de Julho de 2006, 17:17:15 »
A única resposta que o Ceticismo pode dar sobre deus, o dragão invisível, as fadas, os gnomos é “não sei”, não tenho “provas”, portanto, não posso simplesmente descartar a possibilidade sem dar uma “satisfação”. E como não tenho essa satisfação sou obrigado a admitir qualquer possibilidade, por mais absurda que seja, até se prove o contrário.

Inversão do ônus da prova.

Angelo,

Estou falando de uma "resposta". Um resposta implica em uma pergunta anterior e não em uma afirmação. Onde é que está a inversão do ônus?

Se faço uma afirmação (deus existe) tenho que provar, mas não se simplesmente disser que acredito. Certo?
No entanto, se eu disser que acredito e você negar (deus não existe), o ônus não passa a ser seu?
Afinal, uma negativa não tem o mesmo valor impositivo de uma afirmativa equivalendo a uma certeza sobre o fato?
Ou só a afirmação é que requer ônus e posso sair negando tudo aquilo que desejar sem ter que provar nada?

Afinal, como é que funciona o ônus e quando é que há inversão?

Se eu te perguntar se deus existe, como um cético científico, o que me responderia?
« Última modificação: 15 de Julho de 2006, 17:31:52 por Luz »

Offline Alenônimo

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Re: Clube Cético, Clube Ateu ou Clube Teísta (...)?
« Resposta #6 Online: 15 de Julho de 2006, 17:33:31 »
O fato de uma possibilidade ser maior torna ela mais provável ou simplesmente mais possível?

Qual a diferença?

E contra todas as evidências já houve vezes em que a Ciência constatou o oposto do que se acreditava mais possível?

Não que eu saiba.
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Offline Alenônimo

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Re: Clube Cético, Clube Ateu ou Clube Teísta (...)?
« Resposta #7 Online: 15 de Julho de 2006, 17:47:30 »
Se faço uma afirmação (deus existe) tenho que provar, mas não se simplesmente disser que acredito. Certo?

Indiferente de você acreditar ou não, sua afirmação dá margem à dúvidas. Se é uma crença, então você deveria ignorar qualquer questionamento a ela. Mas se você não ignorar, é porque considera a afirmação uma verdade e, por você ter proposto tal afirmação que não tem (ao menos ainda) um fundamento na realidade, cabe a você explicar o motivo de continuar acreditando.

No entanto, se eu disser que acredito e você negar (deus não existe), o ônus não passa a ser seu?

Não, pois foi você quem adicionou algo ao conceito da realidade. Ou você ignora a pergunta dele e se mantém crente, ou responde como sua afirmação pode ser embasada na realidade.

Afinal, uma negativa não tem o mesmo valor impositivo de uma afirmativa equivalendo a uma certeza sobre o fato?
Ou só a afirmação é que requer ônus e posso sair negando tudo aquilo que desejar sem ter que provar nada?

Existem critérios para definir qual deve ser o ônus da prova. Impressionante, mas você ignorou todos.

Afinal, como é que funciona o ônus e quando é que há inversão?

Deixe-me tentar uma abordagem diferente:

Quem pode provar seu ponto de vista mais fácil? Uma pessoa que afirma que pode voar ou outra que duvida que ela possa voar?

A pessoa que alega que pode voar consegue provar bem fácil que consegue voar… voando. Mesmo que haja questionamentos ao seu método, ele poderia voar quantas vezes precisasse para que as pessoas pudessem conferir como ele o faz.

Já a pessoa que duvida poderia dizer o porquê de ser impossível voar. No entanto, a pessoa que voa pode insistir colocando alguma desculpa que explique o porquê ela pode voar e porquê não se pode levar o questionamento do cético a sério. Isso pode criar uma discussão infinita com o crente rebatendo todo e qualquer questionamento do cético, até que este desista de questionar.

Entendeu? O cara que voa pode usar uma demonstração empírica para provar que está certo, mas pode insistir em tentar rebater as questões do cético sem nunca ter que mostrar efetivamente que voa e, muitas vezes, sem ter que dar satisfação de como voa (pois ele pode alegar que não sabe e inventar desculpas para não passar por testes).

Entendeu agora?

Se eu te perguntar se deus existe, como um cético científico, o que me responderia?

Não há evidências de que existe um Deus. Usando a lógica, a existência de Deus seria algo extremamente improvável pois exigiria uma mudança radical na lógica. E para ele provar que existe, basta aparecer. Tão simples que o ônus da prova é dele mesmo.
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Luz

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Re: Clube Cético, Clube Ateu ou Clube Teísta (...)?
« Resposta #8 Online: 15 de Julho de 2006, 17:50:52 »
Qual a diferença?

Uma coisa é possível quando ainda não foi constatado ser impossível. Uma coisa é provável quando foi ou pode ser submetida à provas.

Não que eu saiba.

Contra todas as evidências a Ciência constatou o oposto sobre o que se pensava ser o mais possível sobre a "teoria do éter".

O éter não é mais possível, pois isso é provável.

Contra todas as evidências a Ciência constatou o oposto sobre o que se pensava ser o mais possível sobre o "vacuo".




Offline Hold the Door

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Re: Clube Cético, Clube Ateu ou Clube Teísta (...)?
« Resposta #9 Online: 15 de Julho de 2006, 17:58:31 »
A única resposta que o Ceticismo pode dar sobre deus, o dragão invisível, as fadas, os gnomos é “não sei”, não tenho “provas”, portanto, não posso simplesmente descartar a possibilidade sem dar uma “satisfação”. E como não tenho essa satisfação sou obrigado a admitir qualquer possibilidade, por mais absurda que seja, até se prove o contrário.

Inversão do ônus da prova.

Angelo,

Estou falando de uma "resposta". Um resposta implica em uma pergunta anterior e não em uma afirmação. Onde é que está a inversão do ônus?

Se faço uma afirmação (deus existe) tenho que provar, mas não se simplesmente disser que acredito. Certo?
No entanto, se eu disser que acredito e você negar (deus não existe), o ônus não passa a ser seu?
Afinal, uma negativa não tem o mesmo valor impositivo de uma afirmativa equivalendo a uma certeza sobre o fato?
Ou só a afirmação é que requer ônus e posso sair negando tudo aquilo que desejar sem ter que provar nada?

Afinal, como é que funciona o ônus e quando é que há inversão?
A inversão está na sua afirmação "sou obrigado a admitir qualquer possibilidade, por mais absurda que seja, até se prove o contrário".

Como já falei, as possibilidades não são igualmente válidas. Isto faz com que eu não seja obrigado a admitir uma possibilidade absurda até que se prove o contrário. Quem defende a possibilidade absurda é que deve apresentar alguma evidência palpável de sua validade, até lá vou continuar considerando a possibilidade absurda como "estatisticamente insignificante".

Ou seja, a frase deveria ser "não sou obrigado a admitir qualquer possibilidade absurda, até se prove o contrário".

Se eu te perguntar se deus existe, como um cético científico, o que me responderia?
Não há evidências de alguma ação sobrenatural nas leis naturais. Se ele existe, se esconde nas lacunas do conhecimento científico e não interage com o nosso mundo, o que é o mesmo que não existir.
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Re: Clube Cético, Clube Ateu ou Clube Teísta (...)?
« Resposta #10 Online: 15 de Julho de 2006, 17:59:57 »
Não há evidências de que existe um Deus. Usando a lógica, a existência de Deus seria algo extremamente improvável pois exigiria uma mudança radical na lógica. E para ele provar que existe, basta aparecer. Tão simples que o ônus da prova é dele mesmo.

É extamente onde estou querebdo chegar. Como cético você não afirmou e nem negou, apenas constatou que não há evidências da existência de deus. Do que se conclui pela "lógica" que também não há evidências contrárias.

O ônus da prova no caso não tem qualquer relevância, pois nenhum de nós dois afirmou ou negou qualquer coisa. Constatamos que não há evidêncfias.

O raciocínio está certo?

Luz

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Re: Clube Cético, Clube Ateu ou Clube Teísta (...)?
« Resposta #11 Online: 15 de Julho de 2006, 18:02:32 »
Não há evidências de alguma ação sobrenatural nas leis naturais. Se ele existe, se esconde nas lacunas do conhecimento científico e não interage com o nosso mundo, o que é o mesmo que não existir.

Então isso significa que como cético está me dizendo que deus não existe ou tentando me induzir a essa constatação?

Luz

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Re: Clube Cético, Clube Ateu ou Clube Teísta (...)?
« Resposta #12 Online: 15 de Julho de 2006, 18:04:15 »
Ou seja, a frase deveria ser "não sou obrigado a admitir qualquer possibilidade absurda, até se prove o contrário".

No paragrafo logo abaixo está justificado: "Isso tão pouco significa que “devo” acreditar ou duvidar, significa que “posso” acreditar ou duvidar (...)"

« Última modificação: 15 de Julho de 2006, 18:13:01 por Luz »

Offline Hold the Door

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Re: Clube Cético, Clube Ateu ou Clube Teísta (...)?
« Resposta #13 Online: 15 de Julho de 2006, 18:12:37 »
Contra todas as evidências a Ciência constatou o oposto sobre o que se pensava ser o mais possível sobre a "teoria do éter".

O éter não é mais possível, pois isso é provável.
Não Luz. Nunca houve evidência nenhuma à favor da existência do éter. Ele foi proposto devido ao modelo ondulatório mecânico newtoniano, usado como base para descrever o fenômeno. Mas desde o primeiro experimento, ficou claro que todas as evidências eram contra a existência do éter luminífero.

Contra todas as evidências a Ciência constatou o oposto sobre o que se pensava ser o mais possível sobre o "vacuo".
Contra quais evidências? Vácuo quântico não é objeto de estudo da mecânica clássica, por isto esta não pode produzir nenhuma evidência, a favor ou contra, ele. As "evidências" só foram produzidas depois da previsão teórica da mecânica quântica, constatando o que se previa e não o oposto.
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Re: Clube Cético, Clube Ateu ou Clube Teísta (...)?
« Resposta #14 Online: 15 de Julho de 2006, 18:18:37 »
Não há evidências de alguma ação sobrenatural nas leis naturais. Se ele existe, se esconde nas lacunas do conhecimento científico e não interage com o nosso mundo, o que é o mesmo que não existir.

Então isso significa que como cético está me dizendo que deus não existe ou tentando me induzir a essa constatação?
Como cético estou te dizendo que não há qualquer evidência que mostre que algum ser sobrenatural atue sobre nosso mundo. A possibilidade é "estatisticamente insignificante", então na falta de qualquer evidência considero que o peso da possibilidade da não existência é absurdamente maior que o peso da possibilidade da existência. E mais, se ele existir, dado que não interage com o mundo, é irrelevante para a ciência.
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Offline Hold the Door

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Re: Clube Cético, Clube Ateu ou Clube Teísta (...)?
« Resposta #15 Online: 15 de Julho de 2006, 18:20:33 »
Ou seja, a frase deveria ser "não sou obrigado a admitir qualquer possibilidade absurda, até se prove o contrário".

No paragrafo logo abaixo está justificado: "Isso tão pouco significa que “devo” acreditar ou duvidar, significa que “posso” acreditar ou duvidar (...)"


Admitir ou não uma possibilidade baseado em evidências tem pouco a ver com acreditar ou não em alguma coisa.
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Luz

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Re: Clube Cético, Clube Ateu ou Clube Teísta (...)?
« Resposta #16 Online: 15 de Julho de 2006, 18:21:40 »
E um detalhe: penso que deus, sem desmerecê-lo (:-)), não passa de um conceito abstrato, subjetivo, sem correspondência direta na realidade objetiva. Sendo assim, nada mais natural do que controvérsias acaloradas sobre o tema.

Concorco com você que deus é um conceito abstrato, mas não sem correspondência na realidade objetiva. Afinal, temos que levar em conta, não deus propriamente dito, mas a influencia dessa idéia na realidade objetiva.

Mesmo sendo abstrato e talvez até mesmo inexistente, deus é algo que modifica a realidade das pessoas e mesmo a história universal. O que, aliás, na minha opinião é a única coisa que o difere de outros mitos.

Negar a importância dessa idéia ou compará-la a outros mitos, atualmente, é fechar os olhos para a realidade. Gostemos ou não, e não gostamos, deus é mais "real" que gostaríamos.

E convenhamos, os conceitos abstratos, subjetivos e sem correspondência na realidade objetiva são muitos, como a própria "ética", por exemplo. Como deus, existem muitos conceitos abstratos de suam importância da realidade da maior parte das pessoas e que tem a força de modificar o cénário, mesmo não existindo de fato.
« Última modificação: 15 de Julho de 2006, 18:32:11 por Luz »

Luz

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Re: Clube Cético, Clube Ateu ou Clube Teísta (...)?
« Resposta #17 Online: 15 de Julho de 2006, 18:23:53 »
Admitir ou não uma possibilidade baseado em evidências tem pouco a ver com acreditar ou não em alguma coisa.

Angelo, nesse caso, penso justamente o oposto. São justamente as evidências que nos levam ou não a "acreditar" numa possibilidade. No caso específico estamos falando de deus, mas leve isso para outros campos de comparação.
E no caso, por evidências, não entendo o mesmo que provas.
« Última modificação: 15 de Julho de 2006, 18:27:02 por Luz »

Offline Hold the Door

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Re: Clube Cético, Clube Ateu ou Clube Teísta (...)?
« Resposta #18 Online: 15 de Julho de 2006, 18:30:40 »
Não há evidências de que existe um Deus. Usando a lógica, a existência de Deus seria algo extremamente improvável pois exigiria uma mudança radical na lógica. E para ele provar que existe, basta aparecer. Tão simples que o ônus da prova é dele mesmo.

É extamente onde estou querebdo chegar. Como cético você não afirmou e nem negou, apenas constatou que não há evidências da existência de deus. Do que se conclui pela "lógica" que também não há evidências contrárias.

O ônus da prova no caso não tem qualquer relevância, pois nenhum de nós dois afirmou ou negou qualquer coisa. Constatamos que não há evidêncfias.

O raciocínio está certo?
Se deus possui atributos que gerariam evidências específicas, então pela lógica, se estas evidências não existem, esse deus específico não existe. Ou você tem que apelar para alegações especiais que tornam a possibilidade de sua existência absurda.
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Offline HSette

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Re: Clube Cético, Clube Ateu ou Clube Teísta (...)?
« Resposta #19 Online: 15 de Julho de 2006, 18:38:30 »
Citar
Concorco com você que deus é um conceito abstrato, mas não sem correspondência na realidade objetiva. Afinal, temos que levar em conta, não deus propriamente dito, mas a influencia dessa idéia na realidade objetiva.

Luz, disseste bem. A idéia.
Assim como a idéia da existência de bruxaria, etc. etc. etc.

Citar
Negar a importância dessa idéia ou compará-la a outros mitos, atualmente, é fechar os olhos para a realidade. Gostemos ou não, e não gostamos, deus é mais "real" que gostaríamos.

Até onde sei, ninguém por aqui nega a importância dessa idéia.
E para mim não se trata de gostar ou não gostar.
É uma questão antropológica e sociológica.
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blue pill

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Re: Clube Cético, Clube Ateu ou Clube Teísta (...)?
« Resposta #20 Online: 15 de Julho de 2006, 18:38:42 »

realidade é tudo que se vê (no sentido geral de percepçao dos 5 sentidos humanos)
o que não se ve não é realidade (pois nao precisamos considerar, pq seria inutil


realidade é tudo que se vê (no sentido geral de percepçao dos 5 sentidos humanos)
o que não se ve não é realidade (pois nao precisamos considerar, pq seria inutil


realidade é tudo que se vê (no sentido geral de percepçao dos 5 sentidos humanos)
o que não se ve não é realidade (pois nao precisamos considerar, pq seria inutil


é só entender isso e qualquer pessoa vira cético ...

é dificil entender isso ?

Offline Hold the Door

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Re: Clube Cético, Clube Ateu ou Clube Teísta (...)?
« Resposta #21 Online: 15 de Julho de 2006, 18:39:21 »
Admitir ou não uma possibilidade baseado em evidências tem pouco a ver com acreditar ou não em alguma coisa.

Angelo, nesse caso, penso justamente o oposto. São justamente as evidências que nos levam ou não a "acreditar" numa possibilidade. No caso específico estamos falando de deus, mas leve isso para outros campos de comparação.
E no caso, por evidências, não entendo o mesmo que provas.
Mesmo que você considere assim, não muda o fato de que uma afirmação sem qualquer evidência a favor e várias contra não tem qualquer peso relevante.
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blue pill

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Re: Clube Cético, Clube Ateu ou Clube Teísta (...)?
« Resposta #22 Online: 15 de Julho de 2006, 18:40:28 »
É INUTIL CONSIDERAR REALIDADE AQUILO QUE NAO SE VE (nos 5 sentidos)
PORQUE NAO SE VE

Offline HSette

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Re: Clube Cético, Clube Ateu ou Clube Teísta (...)?
« Resposta #23 Online: 15 de Julho de 2006, 18:43:02 »
Citar
realidade é tudo que se vê (no sentido geral de percepçao dos 5 sentidos humanos)
o que não se ve não é realidade

Eu já não seria tão taxativo.
O Universo, por exemplo, ao que tudo indica, se estende para além do horizonte visível, e no entanto, não pode ser considerado uma não-realidade.
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Offline Stéfano

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Re: Clube Cético, Clube Ateu ou Clube Teísta (...)?
« Resposta #24 Online: 15 de Julho de 2006, 18:44:12 »
Citação de: Luz
Se eu te perguntar se deus existe, como um cético científico, o que me responderia?
Que do ponto de vista científico, essa resposta não é possível e que não há nenhuma evidência de que Deus existe e nem de que não exista. Discutir o assunto em termos de ciência é pura perda de tempo.
"Alternative and mainstream Medicine are not simply different methods of treating ilness. They are basically incompatible views of reality and how the material world works." Arnold S. Relman

 

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