A experiência social tem mostrado que há três tipos de céticos/ateus... sei que há diferença, mas deixemos isto por agora.
São céticos, propriamente dito, aqueles que aguardam...
Ou aqueles cuja investigação não apresentou resultados...
Ou ainda aqueles que negam, simplesmente.
Mas todo cético, obviamente, gostaria que se lhe provasse a existência de Deus.
Apenas ninguém jamais experimentou colocar-se na posição deste Deus.
Supondo-o como o criador dos multiversos, imaterial, eterno e, na condição de tudo ter criado, toda a Ciência terá sido por ele concebida. A distância entre ele e nós, sob todos os aspectos imagináveis seria impensável... a comunicação, então, impraticável.
Não teria um corpo com forma delimitada pois estaria sujeito às leis da matéria que lhe definiriam desgastes, alterações e limitações, no tempo e no espaço.
Todas as coisas atenderiam a finalidades apenas por ele conhecidas, ante o homem ainda incipiente, mas não tão difíceis de sobre elas especularmos, sempre nos servindo da razão e da lógica. Penso que conclusões acertadas sobre esta entidade precisam apenas seguir esta estreita senda que distingue entre divagações místicas versus razão e lógica.
Como bons observadores acreditamos estar no topo da criação entre os seres vivos, isto no mundo em que vivemos, claro. A Evolução, para nós, é axiomática.
Não temos qualquer dificuldade em supor que nestes Multiversos as humanidades, que se disseminam ao infinito, se diferenciariam apenas em termos de aprimoramento intelectual, moral, e, talvez, uma forma física mais ou menos aperfeiçoada; menos sujeita a achaques, etc.
A nossa curiosidade nos levaria a perguntar: qual seria a forma inteligente mais aperfeiçoada e quais seus atributos.
Talvez, olhando para a nossa própria Terra, perceberíamos uma linha evolutiva partindo de seres de complexidade nervosa primitiva até alcançarem o estágio atual do Sapiens... daí, ao infinito e além.
Mas, se a evolução deste sistema nervoso prossegue, qual seria seu ponto limite? E sua forma?
Naturalmente por estarmos trabalhando com hipóteses digamos que este criador não quisesse, como supõem alguns de nós, permanecer anônimo, por trás dos bastidores.
E por que não?
Porque a certeza de que algo superior a nós, nos criou, isto obedecerá a algum propósito; e mais que isto, haverá uma destinação que precisaríamos descobrir... como?
Também isto está sujeito às leis da evolução e ao afirmarmos que o homem é herdeiro de si mesmo uma grande verdade nos é apresentada.
Não teria Deus deixado pistas de sua existência, compreensíveis aos homens que investigassem sobre a origem das coisas; por exemplo da vida, da matéria e do Universo?
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Acredito piamente que sim, mas igualmente existem aqueles que não admitem tal possibilidade.
Contudo se o grau de separação entre criador e criatura é de fato incomensurável, tais pistas não serão tão óbvias, como num jogo em que os mais obstinados, os que mais se esforçam, ou os mais aptos, chegam à frente
Onde a diferença entre essas duas correntes de pensamento?
Recuso-me definitivamente a admitir fatores como inteligência, racionalidade e objetividade a separar um grupo do outro.