Nossa, Uiliníli, eu posso dizer, baseado em extensiva experiência com os dois modelos, que não chegamos nem perto ainda, em termos de RPGs eletrônicos, de conseguirmos passar a sensação de imersão e liberdade de ação que RPG de mesa proporciona ao jogador.
Por mais que os RPGs estejam bem avançados hoje, com mundos gigantescos, eles ainda possuem uma pré-programação, suas ações estão todas presas dento do que já foi pré-programado, assim como seus diálogos, que são todos definidos. Quantas vezes você não quis dar uma resposta diferente, em uma conversa com algum NPC, e não tinha nem uma opção parecida?
Eu não sei se você já jogou RPG de mesa, mas você entra totalmente no seu personagem, precisa interpretar suas ações e sentimentos, precisa definir uma personalidade para ele, e tentar agir de acordo, é algo muito legal e desafiador.
E por mais que a imaginação do mestre também seja limitada, são as suas ações, como jogador, que irão definir as reações do mestre. Oras, meu personagem pode, por exemplo, ter tido um dia ruim, adentrar uma taverna e pedir uma bebida, enquanto o mestre me narra o ambiente e uma conversa que eu (meu personagem) ouço e toca exatamente no ponto que tornou meu dia ruim. Bem, o mestre não tem pré-definições do que eu posso ou não fazer agora, ele não sabe se eu vou simplesmente ignorar e me afundar em "Ale", se eu vou me encaminhar para conversar com os cidadãos, ou se eu vou simplesmente jogar a caneca na cabeça de um e sair gritando, feito um maluco: "Morram, seus miseráveis, morram!". Ele vai ter que simplesmente improvisar de acordo com minhas decisões, essas sim, praticamente só limitadas pela
minha imaginação.
OK, ficou longo, mas é que eu realmente gostava de jogar